Era a sua primeira vez num octógono e ainda que Leandro Cabral não se sentisse à vontade, não permitiu que qualquer traço de desconforto permeasse sua expressão. Enquanto caminhava sem intimidade com o ringue, tentava encontrar o rosto de seu adversário com socos lançados sem precisão. Mesmo assim, havia algo em si que chamava a atenção do público que lotava as arquibancadas daquele ginásio abafado e mergulhado em penumbra. A frieza com a qual encarava um oponente maior e mais experiente era inquietante. Intimidadora. A mesma frieza com a qual, cinco anos antes, planejou e cometeu um assassinato.
Agora, a agressividade que guiou as mãos de Leandro enquanto ele executava o crime brutal pode ser também seu passe de saída da prisão. Desta vez, canalizada. Moldada pelos princípios rígidos das artes marciais. Figura central de um projeto idealizado por seu pai, Leandro passou a ter aulas de taekwondo e jiu jitsu dentro do presídio de Pesqueira há um ano e meio. Em 9 de março, foi liberado pela juíza Orleide Rosélia Nascimento Silva para participar de um evento de MMA em Belo Jardim.
A matéria completa você pode conferir na edição impressa do Diario de Pernambuco deste domingo. O trabalho é de autoria dos repórteres Brenno Costa e Celso Ishigami. As imagens são do fotógrafo Paulo Paiva.
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