Os bairros de Santo Amaro, Ibura, Coelhos e Coque, considerados os pontos de maior incidência de venda e no consumo de crack do Recife, receberão, nos próximos 30 dias, 60 câmeras, que serão monitoradas por ônibus adaptados para servirem de bases móveis para detectar os crimes e possibilitarem ações imediatas.
A lista de equipamentos, que também inclui mais viaturas, sprays de pimenta e armas de imobilização por eletricidade (tasers) serão distribuídas em três áreas (Coelhos e Coque dividem uma delas) foram entregues nessa semana pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, com um ano e meio de atraso. A ação faz parte do programa Crack, é Possível Vencer, do governo federal, que se baseia em três eixos: prevenção, tratamento ao usuário e repressão ao traficante.
As bases móveis servem como um pequeno centro de comando e controle, dando suporte tecnológico aos profissionais de segurança pública que acompanham, por meio de monitores, as imagens captadas por câmeras de vídeo instaladas em pontos fixos das comunidades. “Os policiais que trabalharão nas bases estão sendo capacitados a atuar de acordo com a filosofia de polícia comunitária”, explicou o secretário de Defesa Social Wilson Damásio, durante entrevista coletiva de apresentação do programa. “Esses PMs estarão aptos a encaminhar usuários aos serviços de saúde e assistência social”, completou.
A secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Meki, destacou que as bases móveis serão entregues aos estados que aderiram ao programa e Pernambuco foi o primeiro a formalizar sua participação. “A iniciativa das bases de videomonitoramento será fundamental para minimizar os problemas relacionados ao enfrentamento às drogas. Desde o ano passado, estamos entregando equipamentos de segurança pública para as unidades da federação”, destacou. Segundo dados da SDS, foram apreendidas 155 toneladas de crack no estado no primeiro semestre de 2013, 17% a mais que o mesmo período em 2012.
Do Diario de Pernambuco