O regulamento da Série A de 2018, com 12 vagas internacionais e risco de punição de 3 pontos em caso de atraso salarial

O troféu da Série A. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF divulgou o regulamento oficial do Brasileirão de 2018. O documento (íntegra abaixo) é relativamente simples, com 14 páginas e algumas mudanças acerca da Série A, que terá quatro nordestinos nesta edição: Sport, Bahia, Vitória e Ceará. Destaco sete pontos da fórmula votada no conselho técnico da competição, realizado no Rio de Janeiro. O sistema de disputa, lembrando, é o mesmo desde 2006, com vinte clubes e pontos corridos.

Confira a tabela do Brasileirão clicando aqui.

Artigo 5 – As doze vagas internacionais
Libertadores: 1º, 2º, 3º e 4º na fase de grupos; 5º e 6º na fase preliminar
Sul-Americana: 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º, todos na primeira fase 

Obs. Caso os possíveis campeões da Liberta, Sula e Copa do Brasil de 2018 terminem na zona de classificação internacional, a vaga via Série A será do clube seguinte, excluídos os assegurados nas copas da Conmebol, claro. Logo, há a possibilidade de até 15 times classificados (Liberta + Sula).

Artigo 10 – Transferências de jogadores: entre clubes da elite, atletas com no máximo 6 jogos disputados na competição. Por sinal, cada time só pode contratar até cinco jogadores oriundos da Série A, sendo no máximo três de um mesmo clube. À parte disso, só poderá obter reforços em outros mercados (Séries B, C e D, além das duas janelas internacionais, de 10/01 a 02/04 e de 20/06 a 20/07). O prazo de registro de contratos vai até 4 de setembro.

Artigo 13 – Critérios de desempate na classificação: 1) vitórias, 2) saldo, 3) gols pró, 4) confronto direto (somando ida e volta), 5) menos cartões vermelhos, 6) menos cartões amarelos, 7) sorteio. Obs. Nunca houve sorteio.

Artigo 16 – Preço mínimo do ingresso: R$ 40, inteira; R$ 20, meia-entrada (abaixo disso, só com autorização da CBF, como vem ocorrendo nos últimos anos). Ah, a renda líquida é do mandante, como frisa o artigo 14.

Artigo 19 – Punição por salário atrasado: 3 pontos por jogo caso atrase o pagamento da folha salarial a partir de 30 dias – execução da pena após a análise do STJD. Comprovada a dívida, o tribunal dará 15 dias para que o clube quite o débito com o jogador/elenco – visando a revogação da sanção.

Artigo 20 – A capacidade mínima dos estádios é de 12 mil espectadores. Portanto, os quatro nordestinos têm ao menos dois palcos à disposição em suas cidades: Sport (1º Ilha do Retiro, 30 mil; 2º Arena PE, 45 mil), Bahia (1º Fonte Nova, 50 mil; 2º Pituaçu, 32 mil), Vitória (1º Barradão, 35 mil; 2º Fonte Nova, 50 mil) e Ceará (1º Castelão, 63 mil; 2º Presidente Vargas, 20 mil).

Artigo 21 – Mudança de mando de campo: o clube só poderá jogar fora da jurisdição de sua federação estadual em até cinco jogos. No entanto, nas últimas cinco rodadas a mudança de estado é vetada.

Náutico perde de virada para o Botafogo da Paraíba e se complica no Nordestão

Nordestão 2018, 2ª rodada: Botafogo-PB 2 x 1 Náutico. Foto: Guga Matos/JC Imagem/Estadão conteúdo

Após o tropeço na estreia do grupo C da Copa do Nordeste, o jogo no Almeidão era essencial para manter a campanha acessível. O Náutico até abriu o placar, numa cabeçada de Wallace Pernambucano, aos 5 minutos, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo, em dois escanteios, com falhas da defesa. O Botafogo chegou à vitória, e à liderança, numa cabeçada do zagueiro Gladstone, ex-Náutico, aos 8, com Camutanga deixando o adversário subir sozinho, e num gol olímpico do meia Marcos Aurélio, ex-Sport, aos 46, contando com a falha do goleiro Bruno, que socou a bola para dentro.

Entre os lances, o timbu chegou a acertar a trave numa cobrança de falta de Wallace, o melhor do time, disparado. No segundo tempo, o camisa 9, que chegou a cinco gols no ano, criou quase todas as boas jogadas, conseguindo avançar ao campo ofensivo com força e técnica. Porém, embora pressionado pelo placar, o timbu não teve uma grande chance. Já o alvinegro, que contou com boa presença de sua torcida, atuou de forma precavida – o Belo ainda armou bons contragolpes, mas também não foi efetivo, com o 2 x 1 mantido.

Nordestão 2018, 2ª rodada: Botafogo-PB 2 x 1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

A partida que encerrou a segunda rodada na competição deixou o time pernambucano em 3º lugar na chave (Botafogo 6 pontos, Bahia 3, Náutico 1 e Altos 1). Agora, o timbu parte para dois difíceis compromissos contra o tricolor de aço, na Fonte Nova (22/02) e na Arena PE (10/03). Provavelmente, só um bom desempenho nesses dois confrontos poderá manter o Náutico na briga por um lugar nas quartas de final. Vai em uma corrente contra a história, tentando evitar mais uma eliminação na fase de grupos, como aconteceu nas participações anteriores nesta volta do regional (2014, 2015 e 2017).

Histórico de Botafogo-PB x Náutico (todos os mandos)
49 jogos
23 vitórias alvirrubras (46,9%)
11 empates (22,4%)
15 vitórias paraibanas (30,6%)

Nordestão 2018, 2ª rodada: Botafogo-PB 2 x 1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Burocrático, o Sport vence o Santos-AP e já soma R$ 2,2 milhões na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foi a 7ª participação do Santos do Amapá na Copa do Brasil. Como nas anteriores, o homônimo do time da Vila Belmiro não conseguiu passar da primeira fase. Quase não atacou no Estádio Zerão, mostrando extrema fragilidade técnica. Apesar disso, perdeu por um placar apertado, 2 x 1. E aí cabe uma crítica ao vencedor. O Sport, três divisões acima e com um investimento incomparável, foi incapaz de definir uma partida fácil.

No primeiro tempo, o rubro-negro pernambucano teve mais volume, mas pecou pelo excesso de preciosismo – resultando na bola aérea na reta final. E o visitante ainda perdeu um pênalti, mal marcado. Marlone bateu e o goleiro Axel defendeu. Na volta do intervalo, o Sport – que tinha a vantagem do empate – tocou um pouco mais a bola, mesmo num gramado muito irregular, e chegou várias vezes com perigo. Aos 10 minutos, Leandro Pereira pegou a bola de costas, girou, tirando o marcador, e deslocou o goleiro. Foi o primeiro gol do centroavante após sua grave lesão no joelho, que o afastou dos gramados por 6 meses. Depois disso, os homens de frente abusaram de perder gols – Marlone com cafofa, Thallyson fominha, Rithely sem direção etc.

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foram quase 30 minutos de domínio, sem execução. Até o castigo, num lance fortuito do pentacampeão amapaense, que empatou aos 39, num chute de fora da área. Uma falta de atenção que poderia custar um prêmio milionário. Ao menos houve a resposta. Três minutos depois, quando o cenário caminhava, de forma incrível, para a tensão, o leão desempatou. Justamente o nome que substituiu de última hora o atacante André, que alegou ‘motivos pessoais’ para não viajar, embora o motivo esteja mais relacionado à proposta feita pelo Grêmio – rechaçada pela direção rubro-negra. Pois Leandro Pereira recebeu de Thomás e bateu cruzado, definindo a burocrática vitória.

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 1,0 milhão (vs Santos-AP)
2ª fase – R$ 1,2 milhão (vs Ferroviário-CE)
3ª fase – R$ 1,4 milhão?

O leão na 1ª fase da Copa do Brasil
24 participações

21 classificações (87,5%; última em 2018 – Santos-AP)
3 eliminações (12,5%; última em 2016 – Aparecidense-GO)

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A tabela básica da Série C de 2018, com o Clássico das Emoções logo na abertura

O troféu da Série C. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF divulgou a tabela básica da Série C de 2018, que terá o mesmo formato pela 7ª vez seguida. A competição tem três clubes pernambucanos (Santa, Náutico e Salgueiro), programando um clássico já na primeira rodada. O Clássico das Emoções, que ocorre pela primeira vez na terceira divisão, tem mando de campo do alvirrubro – a princípio, na Arena Pernambuco, ou nos Aflitos caso o palco seja liberado a tempo. A confederação ainda irá detalhar as datas e horários, com a 1ª rodada ocorrendo nos dias 14 e 15 de abril.

Abaixo, a íntegra da tabela, com 18 rodadas na primeira fase, com os 20 clubes divididos em dois grupos – os nordestinos estão presentes na chave A.

Clássico das Emoções no Brasileiro (1971-2017)
Série A (17 jogos) – 9V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E
Série B (14 jogos) – 6V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E
Série C (2 jogos) – a disputar

Santa Cruz na Série C
4 participações: 08 (descenso), 12, 13 (acesso) e 18
56 jogos (78 GP e 57 GC, +21)
22 vitórias (39,2%)
18 empates (32,1%)
16 derrotas (28,5%)

Náutico na Série C
2 participações: 99 e 18
21 jogos (44 GP e 20 GC, +24)
13 vitórias (61,9%)
3 empates (14,2%)
5 derrotas (23,8%)

Salgueiro na Série C
9 participações: 08, 09, 10 (acesso), 12 (descenso), 14, 15, 16, 17 e 18
130 jogos (142 GP e 156 GC, -14)
40 vitórias (30,7%)
45 empates (34,6%)
45 derrotas (34,6%)

O torneio de 2018 vai 14/04 a 23/09. Não para na Copa do Mundo.

Série C com acesso nas quartas pelo 7º ano. Desta vez, sem o gol qualificado

O conselho arbitral da Série C do Brasileirão de 2018. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Pelo 7º ano consecutivo a terceira divisão terá o mesmo formato. Ou seja, dois grupos de dez times (regionalizados) na primeira fase, com jogos dentro das respectivas chaves – ida e volta, com 18 rodadas. Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas, com cruzamento olímpico (1A x 4B, 2A x 3B, 1B x 4A e 2B x 3A). Já no primeiro mata-mata, nos dias 19 e 26 de agosto, a tensa disputa pelo acesso. A novidade, nesta temporada, é o fim do gol qualificado nos jogos eliminatórios, valendo apenas o saldo – em caso de empate, pênaltis. A Série C de 2018 tem três pernambucanos: Náutico e Santa, rebaixados em 2017; e o Salgueiro, em sua 5ª participação seguida

Eis a divisão dos grupos do Campeonato Brasileiro…

Grupo A – ABC-RN, Atlético-AC, Botafogo-PB, Confiança-SE, Globo-RN, Juazeirense-BA, Náutico-PE, Remo-PA, Salgueiro-PE e Santa Cruz-PE 

Grupo B – Botafogo-SP, Bragantino-SP, Cuiabá-MT, Joinville-SC, Luverdense-MT, Operário-PR, Tombense-MG, Tupi-MG, Volta Redonda-RJ e Ypiranga-RS

O regulamento foi definido no conselho técnico realizado no Rio de Janeiro, com a presença de todos os 20 participantes, sendo oito nordestinos – seguindo o cronograma da semana, com arbitrais das duas divisões acima.

Relembre os mata-matas: 2012201320142015, 2016 e 2017.

Desempenho nas quartas de final da Série C, por estado (2012-2017)

Acessos
4 – São Paulo
2 – Alagoas, Ceará, Pará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul
1 – Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Santa Catarina

Eliminações
5 – Rio de Janeiro
4 – Ceará e Minas Gerais
2 – Alagoas, Paraíba, São Paulo e Sergipe
1 – Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul 

As imagens da campanha do Sport rumo ao inédito título brasileiro, há 30 anos

O capitão Estevam Soares ergue a Taça das Bolinhas, após o título brasileiro do Sport em 1987. Foto: Arquivo/DP

O Sport é o campeão brasileiro de futebol de 1987 desde o dia 7 de fevereiro de 1988, quando venceu o Guarani por 1 x 0, na sexta e última rodada do quadrangular final da competição. Dali em diante, a discussão seria apenas nos tribunais, com o clube pernambucano ganhando em todas as instâncias possíveis, duas vezes. Pois a data mais marcante na história do leão chega a exatamente três décadas, ainda dando a impressão de que não faz tanto tempo assim. Consequência do assunto recorrente, naturalmente.

O blog acompanha os meandros jurídicos da conquista há tempos, mas aqui o foco é exclusivo no futebol, com 56 imagens marcantes sobre a campanha que valeu a primeira estrela dourada ao Leão da Ilha. São três álbuns distintos, num verdadeiro passeio histórico (algumas fotos saíram apenas na época): preparação/1ª fase, fase final do Módulo Amarelo e quadrangular final.

A campanha do Sport
20 jogos*

12 vitórias
12 vitórias
5 empates
3 derrotas

29 gols marcados
12 gols sofridos
* Sem contar as vitórias por W.O. 

Artilheiros: Nando 8 gols; Augusto, Betão e Zico 4; Robertinho 3; Zé Carlos Macaé e Neco 2; Ribamar e Marco Antônio 1 

Total de público pagante: 110.317 torcedores em 10 jogos
Média: 11.031 torcedores

Mais: regulamento oficial, vídeo completo da final e livro de coautoria do blog.

Imagens da preparação do Sport, desde a eleição de Homero Lacerda à a contratação de Emerson Leão (como goleiro e, posteriormente, técnico) e da campanha do time na primeira fase, quando liderou de ponta a ponta. Em 14 jogos, o time perdeu apenas uma partida, ganhando os dois turnos previsos no módulo.

Emerson Leão comandando um dos primeiros treinos no Sport, após ser convencido por Homero Lacerda sobre a nova função, iniciada na decisão do Estadual - no jogo contra o Santa, o campeão estadual, acumulou a função de goleiro e técnico pela única vez. Foto: Arquivo/DP
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Os registros da fase final do Módulo Amarelo, com tensa semifinal com o Bangu, tendo confusão tanto em Moça Bonita quanto na Ilha do Retiro, inclusive com ameaça de suspensão do jogo, e com a polêmica decisão com o Guarani, encerrada após o 11 x 11 nas penalidades.

Bangu 3 x 2 Sport (25/11/87). Na abertura da semi, em Moça Bonita, o leão sofreu a sua 2ª derrota na campanha (foram 3 em 20 jogos). Foto: Fernando Gomes/O Globo (reprodução do livro '1987 - De fato, de direito e de cabeça')
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Após as decisões dos módulos, em dezembro, o regulamento voltou a ser discutido, com o Flamengo querendo a revogação da última fase, que previa o cruzamento entre os dois melhores do Amarelo e do Verde. Após o conselho arbitral extraordinário em 15 de janeiro de 1988, no qual era preciso haver unanimidade para a mudança (e não houve), começou o quadrangular final da ‘Copa Brasil’, o nome oficial da competição. Disputa repleta de W.O., mas também com bola e taça na mão.

A taça das bolinhas referente ao Campeonato Brasileiro de 1987, guardada desde sempre na sede do Sport Club do Recife. Foto: Williams Aguiar/Sport
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Vídeo de Sport 1 x 0 Guarani (07/02/1988)

Série A 1987, final: Sport 1 x 0 Guarani. Crédito: TV Jornal/youtube (reprodução)

Em 7 de fevereiro de 1988, o Sport venceu o Guarani por 1 x 0, gol de cabeça do zagueiro Marco Antônio, pela última partida do quadrangular final do Campeonato Brasileiro de 1987. O jogo na Ilha, que confirmou o rubro-negro pernambucano como campeão, foi transmitido para todo o país pelo SBT, através das suas 43 afiliadas na época, incluindo a TV Jornal no Recife.

A narração coube a Ivo Morganti, com comentários do ex-zagueiro Clodoaldo e reportagens de Jorge Kajuru. Pois um torcedor leonino gravou a partida com a primeira estrela dourada em VHS. Num trabalho em conjunto com o Futuro Sport, o vídeo foi convertido num arquivo digital e colocado à disposição no youtube, com 2 horas e 7 minutos de imagens raras da decisão. Há 30 anos.

O vídeo já tem mais de 55 mil visualizações. Para quem ainda não assistiu…

Em sua 7ª apresentação, o Santa vence a primeira em 2018. Goleada sobre o Treze

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

Em sua 7ª apresentação oficial em 2018, o Santa Cruz finalmente saiu vencedor. Ao superar o Treze, num Arruda deserto, o tricolor evitou uma marca indigesta – um novo tropeço teria igualado a pior largada do clube numa temporada, com 7 jogos, em 1985.  Para a alegria da torcida, acompanhando pela tevê, a história não se repediu. Com o resultado positivo, o time pernambucano chegou à 2ª colocação do grupo A do Nordestão.

O vazio na arquibancada se explica. A partida ocorreu de portões fechados, cumprindo a punição imposta pelo STJD devido aos objetos arremessados por torcedores na semifinal regional de 2017. No pré-jogo, o cenário neutro até animou o visitante, mas com a bola rolando os corais abriram o placar logo aos 5 minutos, numa boa trama iniciada pelo lateral Vítor, que tabelou e recebeu para finalizar – foi apenas a 3ª vez que o time ficou em vantagem no ano. A partir disso, a equipe de Júnior Rocha retraiu. Não abriu mão da posse de bola (teve 51% no 1T), mas pouco atacou, esperando o erro do adversário.

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz x Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

O Treze até pressionou, com duas boas defesas de Machowski, mas tomou um contragolpe mortal aos 22. Os tricolores avançaram num 3 contra 1, com Jeremias (um dos melhores) chegando livre para tocar a bola entre as pernas do goleiro Saulo. Foram as duas únicas finalizações do Santa na primeira etapa. Portanto, foi eficiente. No 2T, o Treze voltou sem Marcelinho Paraíba – desgaste natural de um atleta de 42 anos. O visitante se lançou ao ataque e deu vários contragolpes ao campeão nordestino de 2016, com Arthur Rezende aproveitando um para definir a primeira vitória (e goleada) no ano, 3 x 0.

Histórico de Santa Cruz x Treze (todos os mandos)
87 jogos
41 vitórias tricolores (47,1%)
22 empates (25,2%)
24 vitórias paraibanas (27,5%)

Nordestão 2018, 2ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Treze. Foto: Roberto Ramos/DP

A cota de TV da Série B 2018, com R$ 169 milhões. Na divisão, 36% para dois clubes

As cotas de TV da Série B de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ao todo, a Globo pagará R$ 169,79 milhões pelos direitos de transmissão da Série B de 2018. Entretanto, somente os dois cotistas presentes (Coritiba e Goiás) correspondem a 36% de toda a receita. Os demais times vão dividir um bolo de R$ 108 milhões, negociado para esta edição. Em relação à edição passada, que contou com o Inter, um cotista ainda maior, a queda geral foi e 5,6%. Confira como fica a divisão da televisão para a Segundona.

Grupo 1: Coritiba (R$ 35.000.000)
O clube é um dos 18 do país com o status ‘cotistas da tevê’, garantindo uma cota de Série A mesmo disputando a segunda divisão. Como esta é a sua primeira participação após o rebaixamento, o clube paranaense tem direito à cota integral. E vale lembrar que o Coxa ainda recebe um adicional pelo pay-per-view, à parte desta cota fixa (idem com o Goiás).

Grupo 2: Goiás (R$ 26.250.000)
O Goiás também faz parte dos ‘cotistas’. Porém, o contrato firmado pelos 18 cotistas com a emissora, com cláusulas válidas de 2012 a 2018, prevê a redução de 25% no valor anual a partir da segunda temporada ao descenso – e o Goiás já está indo para a terceira. Portanto, assim como já havia ocorrido em 2017, o alviverde goiano deixa de receber R$ 8,75 milhões.

Grupo 3: demais clubes* (R$ 6.030.000, cada)
Os outros 18 participantes não possuem contratos duradouros com a Globo, tendo que negociar anualmente a situação – o Guarani já fez parte na ‘nata’, mas foi deixado de lado em 2012. Neste ano, o bolo para esses clubes foi de R$ 108.540.000, com aumento de R$ 14,74 milhões em relação à edição anterior. Porém, o formato mudou. Em 2017, no arbitral, foi decidido que os times recém-rebaixados e os dois melhores que não haviam conseguido o acesso receberiam cotas maiores, escalonadas. Enquanto isso, os quatro oriundos da Série C receberiam menos. No arbitral de 2018, por 10 x 8 na votação, os clubes decidiram dividir igualitariamente, como era até 2016.

* Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil de Pelotas, CRB, Criciúma, CSA, Figueirense, Fortaleza, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento e Vila Nova

A tabela da Série B de 2018, com 4 clubes do Nordeste. A menor representatividade

O troféu da Série B. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF divulgou a tabela básica da Série B de 2018, agendada entre 13 de abril e 24 de novembro. Esta é a 13ª edição da competição na era dos pontos corridos, sempre com o mesmo formato: 20 clubes, 38 rodadas, 4 acessos e 4 rebaixamentos. Terá a menor representatividade do Nordeste neste período, com apenas quatro clubes (CRB, CSA, Fortaleza e Sampaio Corrêa).

A representatividade nordestina (e de PE) nos pontos corridos da Série B
2006 – 5 clubes (Náutico e Sport), 2 acessos
2007 – 5 clubes (Santa Cruz), 1 acesso e 1 descenso
2008 – 6 clubes (nenhum pernambucano), 1 descenso
2009 – 7 clubes (nenhum pernambucano), 1 acesso e 3 descensos
2010 – 6 clubes (Náutico e Sport), 1 acesso e 1 descenso
2011 – 7 clubes (Náutico, Salgueiro e Sport), 2 acessos e 2 descensos
2012 – 6 clubes (nenhum pernambucano), 1 acesso e 1 descenso
2013 – 6 clubes (Sport), 1 acesso e 1 descenso
2014 – 7 clubes (Náutico e Santa Cruz), 2 descensos
2015 – 8 clubes (Náutico e Santa Cruz), 2 acessos e 1 descenso
2016 – 5 clubes (Náutico), 1 acesso e 1 descenso
2017 – 5 clubes (Náutico e Santa Cruz), 1 acesso e 3 descensos
2018 – 4 clubes (nenhum pernambucano), a conferir

Total: 13 acessos à Série A e 17 rebaixamentos à Série C