Já havia comentado aqui no blog sobre a diferença de tratamento dada aos casos de mortes de dois servidores do Estado ligados à segurança pública. O primeiro a ter vida interrompida foi o promotor Thiago Faria Soares. O segundo, foi o soldado da Polícia Militar Alisson Ribeiro. O que muita gente questiona é o destaque dado a um e a outro caso. Abaixo, segue um texto do delegado Igor Leite sobre esse tema. Com a licença dele, estou reproduzindo para a análise de vocês.
Confira o texto do delegado:
Um Policial Militar do 6º BPM voltava para casa de motocicleta, quando foi emboscado por um veículo com homens armados, que efetuaram diversos disparos de arma de fogo e ceifaram a vida do policial, que não teve qualquer oportunidade de defesa. Crime relacionado ao trabalho? É bem possível. Mas ninguém ouviu falar do caso e, se ouviu, foi certamente muito pouco.
Infelizmente, não foi montada equipe especial para apurar o feito. Não foram designados diversos delegados, equipes multidisciplinares com dezenas de policiais e peritos, nem surgiu apoio do Ministério Público, OAB ou coisa alguma. Não existiu alarde, mas silêncio. Alguns poucos colegas trabalharam na hora de folga para tentar solucionar o caso. E só! Em contrapartida, há dias um promotor de Justiça foi assassinado de modo similar e todos sabem o que aconteceu. Pelo menos uma centena de funcionários públicos trabalharam no caso e a mobilização foi hercúlea, com repercussão até internacional.
Ao que me parece, ainda que sejam todos funcionários públicos que trabalham pela justiça, há vidas que valem mais e vidas que valem menos. Talvez seja importante refletir sobre isso, antes de enfiar a cara na próxima boca de fumo…
Igor Leite – Delegado da Polícia Civil de Pernambuco
Leia mais sobre o assunto em:
Parentes e amigos do PM assassinado pedem mais empenho nas investigações
Infelizmente, é verdade não sabemos quais critérios utilizados para essa diferença de empenho, somente por ser um policial.
A resposta é: DINNHEIROOOO
Policiais este é um exemplo…dentre vários outros…que devemos trabalhar com inteligência… o governo faz que nos paga e nós fingiremos que trabalhamos…não sejamos “OMISSOS” aos olhos das câmaras…mas, não devemos colocar nossa cabeça em risco por uma sociedade corrupta e preconceituosa…cada policial está “SOZINHO” e não “EXISTE” apoio nenhum dentro e fora da corporação!!!!
Enfim uma voz sensata!!! Sou policial e há muito vejo dois pesos e duas medidas qdo a questão envolve os “oficiais” e o resto. O resto se emburaca em boca de fumo, mete a bota no esgoto, sobe escadarias que até parecem que vão dar no céu pra entregar intimação. “Oficial” tá lá, dando acoxo, regalias… cargo de chefia, gerência, percentual de risco de vida em 225% (o resto ganha 100%)… resumindo: resto!!! Vai meter a cara na boca de fumo, vai!!! O seu presentinho vem depois… E o agradecimento do Governo tbm!!!