A Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (Aspol/PE) enviou ao blog textos produzidos por eles onde foram elencados os principais problemas constatados na Polícia Civil do estado. A seguir, veja o relato da associação sobre o quesito equipamentos de proteção para a categoria.
Texto na íntegra
Falta de equipamentos de proteção. Este é o assunto do quarto texto da série “CAOS DA POLÍCIA CIVIL PERNAMBUCANA”. O Governo de Pernambuco investe uma quantia considerável na pasta da Segurança Pública, com valores exorbitantes, porém, sem resultados consideráveis. Assim, é importante questionar onde essa verba esta sendo investida? Quais as prioridades e como são traçadas? Por que a remuneração dos policiais civis é a 26ª pior do País?
Em Pernambuco, a maioria dos valores é direcionada à Corporação da Polícia Militar. Não que esta instituição não necessite, mas é escandaloso o direcionamento dos investimentos, a exemplo da última aquisição realizada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), que comprou 350 novas submetralhadoras e 950 pistolas calibre .40, que chegam a custar mais de R$ 4 milhões. Com isso, devemos questionar o seguinte ao poder público: a Polícia Civil, incluindo os doze cargos, não necessita de armamento e equipamentos de proteção?
A resposta é SIM, pois as armas da Polícia Civil são insuficientes para a totalidade de servidores, além do que, faltam coletes balísticos para a proteção dos policiais no cumprimento das suas atribuições, uma política de treinamento com arma de fogo (prática de tiro) e investimentos na remuneração dos servidores.
Cogita-se internamente entre os policiais civis a reivindicação da criação de uma Secretaria específica para tais servidores, pois a insatisfação é geral em relação à atenção especial que a SDS dá aos policiais militares. Com a nova repartição, as necessidades e a operacionalidade da instituição seriam observadas em detrimento da reserva dos recursos para a dita secretaria.
Leia mais sobre o assunto em:
Wagner,
Essa matéria reflete a situação de sucateamento da polícia civil.
O sucateamento não se resume apenas a estrutura física, mas também ao grande déficit do efetivo, o que tem causado grandes transtornos para toda sociedade.
Um fato interessante que presenciei na minha cidade (agreste do estado), foi uma viatura da PRF chegando no domingo ao meio dia na delegacia conduzindo uma pessoa; e o mais interessante é que a delegacia estava fechada. Daí vi aquela situação ridícula onde os policiais da PRF ligavam a sirene, batiam no vidro pra ver se alguém abria as portas da delegacia, mas não apareceu ninguém.
Isso demonstra claramente a falta de efetivo na polícia civil.
Agora porque o governo não contrata os aprovados no concurso da PCPE?
A sociedade precisa cobrar do Dr. Eduardo Campos o aumento do efetivo da polícia civil e da policia militar.
Hoje temos aprovados da policia civil e da policia militar, basta apenas o governo cumprir com o programa Pacto pela Vida, e teremos mais policiais investigando, policiais responsáveis por dar cumprimento às formalidades processuais de Polícia Judiciária, policiais combatendo e garantindo a segurança, a ordem e a lei em nosso estado.