DHPP vai analisar imagens para identificar assassino de garçom

As imagens da câmera de segurança da Secretaria de Defesa Social (SDS) devem ser entregues hoje ao delegado responsável pela investigação do assassinato do garçom José de Miranda Uchôa Neto, 28 anos, morto na noite da última quarta-feira. José foi assassinado com um tiro no peito quando parou sua moto em um semáforo da Avenida Beberibe, na Zona Norte do Recife, após uma suposta briga de trânsito.

Sombrinho da vítima estava inconsolável. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press
Sobrinho da vítima estava inconsolável. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

O corpo dele foi enterrado ontem à tarde, no Cemitério de Santo Amaro. Os familiares de José de Miranda estão revoltados com o crime e cobram justiça para o caso. O delegado Victor Hugo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), começará a investigar o crime hoje.

Durante o velório, parentes da vítima disseram que ela era uma pessoa muito calma e que não tinha inimigos. “Meu filho não era marginal. Ele era querido por todo mundo e não tinha inimizade com niguém. Nós queremos que seja feita justiça. Ele já estava chegando perto da casa dele quando aconteceu essa tragédia. Estamos todos destruídos”, declarou a mãe, a dona de casa Rejane Bento de Melo, 53.

De acordo com a Polícia Militar, testemunhas afirmaram que o crime pode ter acontecido devido a uma discussão entre o garçom e o motorista de um Celta prata de placa não anotada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda foi acionado para tentar socorrer a vítima, mas ao chegar ao local José já estava sem vida.

A condenação antes do crime ser provado

Uma casa destruída e uma família de luto. Depois de perder a filha mais nova, de apenas seis meses, um casal teve o barraco onde moravam com duas crianças pequenas completamente derrubado pelos vizinhos. Os moradores do Alto dos Coqueiros achavam que o homem de 29 anos tivesse estuprado a filha, o que há levou à morte. No entanto, os pais do bebê de seis meses foram liberados pela polícia. De acordo com o laudo preliminar feito pelos peritos do Instituto de Medicina Legal (IML), não houve rompimento do hímen ou fissura no ânus, indícios que comprovam o que os familiares alegaram ao prestar depoimento, não houve abuso.

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Casa onde a família morava foi toda destruída. Foto: André Estanislau/TV Clube

O delegado Vitor Hugo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que abrirá um inquérito para investigar o caso como morte a esclarecer. Segundo o delegado, a criança pode ter morrido por asfixia ou engasgada com leite materno. “A família toda dormia na mesma cama, alguém pode ter dormido por cima da criança à noite ou a bebê pode ter se sufocado com o leite da mãe”, explicou. Apesar da liberação da polícia, moradores revoltados com a suspeita invadiram a residência da família no Alto dos Coqueiros, em Beberibe, e destruíram a casa. Ou seja, conderam o suspeito sem antes ter provas do que havia acontecido. Situações, infelizmente, cada vez mais frequentes.

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