As investigações da Polícia Civil de Pernambuco apontam que pelo menos seis pessoas podem estar envolvidas na morte da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, assassinada a facadas, em dezembro do ano passado, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Petrolina. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo delegado responsável pelas investigações, Marceone Ferreira.
Além do homem apontado como o autor das facadas que mataram Beatriz Mota, a polícia afirma que cinco funcionários do colégio onde aconteceu o crime podem ter ligação com o caso. Segundo o delegado Marceone Ferreira, quatro homens e uma mulher que trabalharam no local no dia da festa mentiram nos depoimentos.
Ainda segundo o delegado, Beatriz não foi a única criança abordada pelo suspeito na noite do crime. Outra menina também foi abordada por um homem que pediu ajuda para buscar umas mesas. A criança, no entanto, não atendeu ao pedido e saiu correndo. Também de acordo com o delegado, as perícias feitas indicam que a menina não foi assassinada na sala em que foi encontrada.
Para a polícia, Beatriz teria sido morta em outro local e, já sem vida, teria sido levada para a sala utilizada como depósito de equipamentos esportivos desativado. Ainda de acordo com o delegado, a cena do crime teria passado por uma limpeza, o que dificultou o trabalho da perícia.
A menina foi assassinada no dia 10 de dezembro do ano passado em uma festa de formatura no colégio em que seu pai dá aulas de inglês, em Petrolina. Beatriz tinha ido para a festa acompanhada dos pais e da irmã mais velha, que foi participar das solenidades. A menina se afastou da mãe, Lúcia Mota, para beber água e não voltou. O colégio disse que só vai pronunciar sobre a coletiva da polícia nesta quarta-feira.
Até agora, nenhum suspeito foi preso, apesar da Polícia Civil ter divulgado o retrato falado do suspeito de ter cometido o crime. A imagem foi elaborada a partir do depoimento de várias testemunhas que estavam na festa. Uma recompensa no valor de R$ 10 mil esta sendo oferecida por informações que levem à prisão do ou dos suspeitos do crime.
Quem souber de algo que possa auxiliar a investigação deve ligar para o telefone do Disque-Denúncia Agreste (81) 3719-4545 ou pelo site www.disquedenunciape.com.br. O anonimato é garantido.