Policiais civis da equipe de inteligência do estado do Pará estão auxiliando a delegada Gleide Ângelo e mais dois investigadores pernambucanos nas buscas pelo engenheiro Janderson Rodrigo de Alencar, 29 anos, e sua filha Júlia Cavalcanti Alencar, de um ano e dez meses. Os policiais da 9ª Delegacia de Homicídios de Olinda chegaram à cidade de Belém na noite da última quarta-feira depois de realizarem diligências no estado do Maranhão, por onde pai e filho passaram antes de seguirem para o Norte do país. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Pará, os policiais do setor de inteligência ficarão à disposição da equipe comandada por Gleide Ângelo tempo que for necessário.
Ainda segundo a Polícia Civil do Pará, diligências estão sendo realizadas nas cidades de Belém e Ananindeua. “Os policiais do Pará ficarão com a equipe de Pernambuco o tempo necessário para realizar as buscas e, se for preciso, farão viagens até para o interior do estado”, ressalou o assessor da Polícia Civil, Walrimar Santos. Informações extra-oficiais apontam que Janderson teria familiares na cidade de Belém. Antes de chegar no Pará, a polícia já sabe que o engenheiro esteve hospedado em um hotel na cidade de São Luís, no Maranhão, onde foram encontrados pertences do pai e da filha.
Janderson Alencar está sendo procurado pela polícia pernambucana desde o dia 10 deste mês. Ele tinha autorização da Justiça para ficar com a menina das 9h às 18h. Como não devolveu a menina no horário determinado, o caso foi denunciado à polícia e desde então os dois estão sendo procurados. Antes de fugir com filha, segundo a Polícia Civil de Pernamnbuco, Janderson realizou um saque bancário no valor de R$ 400 mil, o que tem ajudado seu deslocamento pelo Brasil.
Os nomes e as fotografias de Janderson e Júlia foram repassados para as polícias Federal e Rodoviária Federal. O engenheiro não tem autorização da mãe para fazer viagens com a criança, o que impede a saída dele do país por aeroportos. Depois do sumiço de Janderson, Cláudia obteve na Justiça um mandado de busca e apreensão itinerante para a criança. Com isso, qualquer pessoa que encontrar o engenheiro com a filha pode acionar a polícia, que poderá resgatar a menina a entregá-la à mãe. A servidora pública Cláudia Cavalcanti, 42, mãe de Júlia, segue com esperanças de reencontrar a filha. “Tenho certeza de que minha filha vai voltar para casa”, disse Cláudia na última quarta-feira.