O caso de um homem que se apresentou como policial e sacou uma arma dentro de uma boate na madrugada desta quarta-feira no bairro de Boa Viagem traz à tona uma discussão séria. A entrada de pessoas armadas em casas de shows. Felizmente, nesse caso, não houve registro de feridos. Mas, segundo as testemunhas, o tal policial teria ficado com a arma na mão, por algum tempo, dentro da boate. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Boa Viagem e abre espaço para muitos questionamentos.
Na madrugada do último domingo, um homem foi baleado na área dos camarotes de um clube no centro de Jaboatão. Ele está internado em estado grave no Hospital Restauração. O show foi encerrado pela polícia. Casos como esses têm sido cada vez mais frequentes. Daí vem a pergunta: Como essas pessoas conseguem entrar armadas em casas de shows? O que elas pretendem para estarem armadas durante uma festa? É preciso rever essas situações e reforçar as abordagens nas entradas das festas. Outra coisa que não poderia ser permitida é a entrada de policiais armados em eventos, sem que estejam a trabalho.
Veja a nota divulgada pela assessoria da Polícia Civil sobre o caso da boate em Boa Viagem:
A Polícia Civil de Pernambuco esclarece que a Delegacia de Boa Viagem vai investigar uma ocorrência registrada nesta madrugada (13) sobre um suposto constrangimento sofrido por frequentadores da boate UK Pub no interior do estabelecimento. As vítimas relataram na ocorrência que estavam no fumódromo da casa de festa quando uma pessoa que se autodeclarou “policial”, conforme consta no BO nº 13E0097003909, registrado pelas partes, sacou uma arma de fogo após verificar que um dos presentes fumava um suposto cigarro de maconha. As partes disseram também que o suposto policial ordenou que três seguranças da referida boate revistassem todos os presentes no fumódromo a procura de drogas. As pessoas contaram ainda no boletim que esta pessoa teria ficado portando a arma de fogo a todo tempo, causando um certo medo e constrangimento a todos. O delegado Erivaldo Guerra, responsável pelos trabalhos, informa que neste primeiro momento não há confirmação se a conduta foi praticada por algum policial. Ele disse ainda que vai enviar uma equipe de investigadores agora pela manhã ao estabelecimento comercial para tentar recolher mais informações sobre o caso e tentar resgatar imagens do sistema interno de câmeras do local. As pessoas citadas no boletim de ocorrência também serão reinquiridas para prestarem depoimento.
Prezado Wagner: Entendo a sua colocação acima e reforço que as casas noturnas precisam ter um maior controle no tocante ao acesso de frequentadores, seja para identificar armas, seja para identificar drogas. Já no tocante a proibir algum policial identificado a entrar armado, isso o segurança não pode fazer, todavia, pode perfeitamente identificar essa entrada numa ficha de controle interno específica, bem como não pode fazer questionamento se o policial está a serviço ou não pois ele (segurança) não é da Polícia! Aos policiais é permitido o porte de arma de fogo (independente de dia, hora e local) devendo estar atento quanto à discrição e a sua condição no local público, podendo responder pelo excesso. O que não pode e não deve acontecer é qualquer um que queira estar armado ou com drogas. Nessa situação acima pode ter sido eventualmente um policial, como pode ter sido qualquer pessoa e que não houve fiscalização por parte da casa noturna. Vamos aguardar a apuração dos fatos pela Polícia Civil.
Caro Wagner,
Entendo o quão delicado é o tema pelo fato do mesmo envolver vidas e a capacidade (por meio de armas de fogo feitas com tal propósito) de tirá-las, porém, não é, no mínimo, responsável de um meio de comunicação ou de um comunicador-formador de opinião vir, levianamente, questionar as prerrogativas constitucionais delegadas àqueles que são investidos pela própria sociedade para portar armas no intuito de proteger a todos.
Ora, se o Estado estabelece tal prerrogativa e nela se coadunam direitos e deveres, como por exemplo, a do policial, mesmo estando fora de serviço, ter SEMPRE A OBRIGAÇÃO DE REPRIMIR DELITOS, estando aí incluídos a segurança do policial, a sua, e a de toda a sociedade, não podendo ele se esquivar de tal dever, reforçando, MESMO NÃO ESTANDO EM HORÁRIO DE TRABALHO.
A função policial é árdua e impõe que o servidor dê sua vida em defesa da justiça, da lei e, por conseguinte, do cidadão, para quem é destinada qualquer medida estatal, permitindo, portanto, o porte de armas. Quando vossa senhoria, irresponsável e precipitadamente (como a maioria da imprensa faz, prejulgando, quando só ao Judiciário, após o pleno contraditório, é estabelecido tal possibilidade de juízo de valor) coloca toda uma classe que trabalha incansável e insalubremente para o bem de toda a sociedade, num mesmo “saco”, pregando a retirada de uma prerrogativa constitucional, impõe a população uma falsa verdade e desacredita as instituições democráticas garantidoras do direito e da democracia deste país.
Não é facultado nem ao senhor, nem ao dono de qualquer estabelecimento impedir o ingresso de Policiais armados a qualquer lugar, desde que devidamente informado aos responsáveis pelo estabelecimento, até porque se, dentro de tal ambiente ocorrer crime o policial, devidamente identificado, em caso de omissão, será responsabilizado civil, penal e administrativamente e, em caso de ação, possivelmente irá evitar um crime ou, pelo menos, o agravamento de uma situação delituosa.
Não estou aqui incitando a irrestrita ação de (maus) Policiais, sendo conivente com abusos e arbitrariedades, pelo contrário, apenas não se pode lançar impropérios e críticas infundadas sem embasamento e sem um mínimo de contraponto nos argumentos, já que quando a polícia (na verdade, seus funcionários, os Policiais) age de forma correta (na imensa e absurda maioria das ocasiões) apenas cumpre seu dever, mas, talvez por resquício do ainda próximo período de exceção ditatorial onde os órgãos Policiais foram utilizados para reprimir a democracia e ceifar vidas de cidadãos que apenas queriam exercer sua liberdade, não se pode criminalizar a polícia e o policial como é feito, levianamente, diuturnamente pela imprensa, seja falada ou escrita.
Ademais, após seu post, foi verificado que sequer tratava-se de Policial Civil o autor da suposta abusividade e, além de tudo, o fato de que se estava consumindo drogas no ambiente e, pior, tais entorpecentes estavam sendo oferecidos (tráfico de drogas, conforme art. 33, da Lei 11.343/2006), foi deixado em segundo plano, apenas pelo aspecto sensacionalista e chamativo que se denota ao “manchetear” uma atitude abusiva de um “Policial”.
Concluo informando que o caráter, em específico, das polícias judiciárias (Polícias Civil e Federal), é repressivo e investigativo (após o cometimento do crime, sendo necessária ação velada, paisana, técnica) sendo necessário e imprescindível, e por isso as Leis estabelecem o porte integral de armas de fogo em todo o território nacional, além de garantirem a ida e o regresso com mais segurança ao profissional mais exposto que qualquer outro indivíduo de nossa sociedade as mazelas da criminalidade, estando ele em horário de lazer ou não.
Os maus profissionais devem ser extirpados/excluídos de todos os órgãos da administração, seja polícia, judiciário, política e, igualmente da imprensa, mas, não genericamente e antecipadamente, é necessário o acontecimento da ação e a individualização do autor para a devida e justa punição, sem leviandades ou achismos.
Corroborando com explanação vide: http://www.adepolalagoas.com.br/artigo/carteirada-policial-abuso-ou-prerrogativa.html
Palmas para as palavras do Sr. Rafael Cavalcanti. Infelizmente, essa não é a visão da mídia, que só pensa em vender notícia, mas sem se preocupar com o conteúdo. Infelizmente, em virtude de notícias sensacionalistas como essa, a população está ficando cada vez mais desacreditada no trabalho da polícia. Uma vergonha.
Esses policiais civis, nao sao todos, abusam muito da sua autoridade achando-se o maximo mas não é bem por ai, assim usando uma farda e uma arma na cintura qualquer um é valente esquecem que sao ser humano como qualquer outro nada mais, no dia dia nas ruas você ve que muitos nao tem nem um porte físico para impor respeito mas tem uma arma uma farda e um distintivo não é assim e sopa.