Assassino da alemã Jennifer Kloker condenado a 26 anos de prisão

Três anos depois, o Caso Jennifer, como ficou conhecido o assassinato da turista alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, teve um desfecho. Na noite dessa quarta-feira, o júri de São Lourenço da Mata, formado por cinco mulheres e dois homens, decidiu pela condenação de Alexsandro Neves dos Santos, último réu a ser julgado e apontado como autor dos disparos que mataram a jovem. O juiz José Wilson Soares determinou a pena de 26 anos em regime fechado. A defesa já adiantou que vai recorrer.

Alexsandro Neves é apontado como autor dos disparos (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)

O crime ocorreu naquele município na terça-feira de carnaval de 2010. Há dois meses, os demais participantes foram julgados: Delma Freire, Pablo e Ferdinando Tonelli e Dinarte Dantas. Em um julgamento que durou quase dez horas, Alexsandro voltou atrás no depoimento dado à polícia e negou ter atirado em Jennifer, apontando Pablo, companheiro da vítima, como o autor dos disparos. Na ouvida, ele disse, ainda, que foi contratado pelos Tonelli para aplicar o golpe do seguro do carro, o que teria justificado sua ida ao local do homicídio.

A defesa de Alexsandro, representada pelo advogado Armando Gonçalves, baseou sua tese no fato de que em menos de dois minutos seria impossível praticar o crime. Esse é o tempo que o carro onde a alemã foi conduzida para o local do crime ficou parado na BR-408, segundo o GPS instalado no veículo. O Ministério Público de Pernambuco, no entanto, provou que a perícia apontou que o crime poderia ter sido praticado em 49 segundos.

Em dezembro, Delma Freire foi condenada a 32 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e homicídio duplamente qualificado, além de fraude processual. Pablo e Ferdinando receberam, cada um, 25 anos e seis meses de prisão, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Dinarte foi condenado a 14 anos pelos mesmos crimes, mas foi beneficiado pela delação premiada ao contribuir com as investigações da polícia e responde em liberdade.

Do Diario de Pernambuco.

Caso Jennifer: último acusado do crime no banco dos réus

Três anos e dez dias após a morte da alemã Jennifer Kloker, o quinto e último acusado de participação no crime que teve repercussão internacional será julgado. Alexsandro Neves dos Santos, apontado como o autor dos disparos que tiraram a vida da jovem alemã, não deve confessar participação no crime, como o fez na fase das investigações. À polícia, Alexsandro revelou que foi contratado pelos parentes de Jennifer para matá-la por R$ 5 mil. Chegou a receber a metade do dinheiro antes do crime.

Alexsandro deve negar participação. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A.Press

O júri popular está previsto para iniciar depois das 9h, no Fórum de São Lourenço da Mata. Alexsandro deveria ter sido julgado em dezembro, junto com os outros acusados, mas a data precisou ser adiada porque o advogado dele, Armando Gonçalves, estava de licença médica. O julgamento será coordenado pelo juiz José Wilson Soares Martins, titular da Vara Criminal da cidade. Alexsandro está preso no Complexo Prisional do Curado.

A defesa solicitou a participação do perito do Instituto de Criminalística responsável pelo laudo do exame residuográfico e deve alegar que o acusado não sabia do assassinato. Alexsandro Neves informou que foi chamado para dar um golpe ao tocar fogo em um carro para receber dinheiro da seguradora e não para matar a alemã. Ele receberia R$ 5 mil pelo ato. Além do perito, os delegados Alfredo Jorge e Gleide Ângelo, do DHPP, foram intimados.

Segundo a polícia, a morte da alemã foi motivada pela existência de um seguro de vida avaliado em R$ 1,2 milhão. Inicialmente, os envolvidos alegaram que Jennifer foi sequestrada por dois motoqueiros após um assalto. Depois de ouvir testemunhas e receber informações do GPS do carro usado pela família, a polícia começou a montar o quebra-cabeça.

Quatro acusados já foram condenados pelo crime: Fotos Diario de Pernambuco

Condenações
Delma Freire, 51 anos, apontada como mentora e mandante do crime, foi condenada por homicídio duplamente qualificado, formação de quadrilha e fraude processual. A sogra de Jennifer ficou com a maior pena, 32 anos em regime fechado. Desses, ela já cumpriu mais de dois, pois está presa desde a época das investigações policiais. Pablo, 24, e Ferdinando Tonelli, 47, foram condenados a 25 anos e 6 meses por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Eles estão presos no Complexo Prisional do Curado desde 2010. Já Dinarte Medeiros, 42 (irmão de Delma), que responde ao processo livre, pegou 14 anos e 4 meses por homicídio e formação de quadrilha.

Com informações do Diariodepernambuco.com.br