Por Raphael Guerra, do Diario de Pernambuco
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) determinou prazo de 45 dias para que a Prefeitura do Recife lance o projeto piloto de cadastramento e monitoramento dos flanelinhas. Em audiência púbilca ontem foi definido que os guardadores de carros terão crachás obrigatório, numeração e camisas padrozinadas.
Um número de telefone será divulgado para que os motoristas denunciem irregularidades. Câmeras da Secretaria de Defesa Social também vão ajudar na identificação de possíveis extorsões.
O Bairro do Recife será o primeiro a receber a ação, em janeiro de 2015. No entanto, ainda não ficou decidido se os flanelinhas atuarão nas áreas de Zona Azul, visto que os motoristas já pagam o valor do talão. “Vamos começar a avaliar nos finais de semana”, disse a secretária executiva de Controle Urbano, Cândida Bonfim. A previsão é de que, já no mês seguinte, o mesmo aconteça em outras ruas.
No credenciamento, os guardadores serão fotografados e devem apresentar RG, CPF e comprovante de residência. É necessário ter mais de 18 anos. A Polícia Civil terá a função de verificar os antecedentes criminais e possíveis mandados de prisão em aberto.
“O objetivo não é criminalizar os flanelinhas”, afirmou Cândida, que lembrou ainda que os motoristas não são obrigados a pagar pela vaga de estacionamento.
Haverá placas indicativas nas ruas em que houver os guardadores cadastrados. Cândida afirmou também que todos devem passar por capacitação junto ao Sebrae, com cursos de atendimento ao público e marketing pessoal.
Inicialmente, Cândida Bonfim informou que seria definido um valor mínimo e um máximo que os flanelinhas poderiam cobrar aos motoristas. Porém, após reunião na prefeitura, houve o recuo da decisão. “Não haverá um valor instituído a ser cobrado”, disse nota oficial da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano.
Essa foi a segunda audiência pública convocada pelo MPPE para discutir as irregularidades praticadas por flanelinhas no Recife.