Vinte e cinco cidades do estado não tiveram mortes de janeiro a março

Na contramão da escalada da violência, onde 1.522 pessoas foram assassinadas em Pernambuco apenas nos três primeiros meses deste ano, 25 cidades do estado não tiveram nenhum registro de homicídio no primeiro trimestre. Os dados estão disponíveis no site da Secretaria de Defesa Social (SDS), que divulgou nesse final de semana o total de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) ocorridos no mês de março. Segundo a pasta, 548 homicídios foram notificados em Pernambuco, o que deixou a população assustada.

Município de Triunfo está entre os que não registrou mortes. Foto: Peu Ricardo/Esp.DP
Município de Triunfo está entre os que não registrou mortes no período. Foto: Peu Ricardo/Esp.DP

Nesta segunda-feira, o secretário de Defesa Social anunciou que 528 homicidas foram presos em Pernambuco entre os meses de janeiro e março deste ano. “Precisamos reduzir a criminalidade. Para esse mês de abril, esperamos uma redução, mas os números só serão divulgados no dia 15 de maio. No entanto, é preciso dizer que 194 homicidas foram presos em flagrante nos três primeiros meses deste ano. Além disso, 334 mandados de prisão contra homicidas foram cumpridos no mesmo período. Estamos trabalhando com foco no combate a crimes de homicídios, que é uma grande chaga, uma grande preocupação”, comentou o secretário.

Confira as cidades onde não houve mortes de janeiro a março deste ano:

Belém de Maria
Fernando de Noronha
Frei Miguelino
Granito
Iati
Ibimirim
Iguaraci
Ingazeira
Ipubi
Itacuruba
Jatobá
Jurema
Lagoa do Ouro
Manari
Mirandiba
Moreilândia
Petrolândia
Quixaba
Salgadinho
Santa Filomena
Serrita
Solidão
Terra Nova
Triunfo
Verdejante

Pernambuco é um dos estados com mais políticas voltadas às mulheres

Entre 2009 e 2013, o número de municípios com estrutura para a formulação, coordenação e implementação de políticas para as mulheres cresceu 8,8 pontos percentuais, mostra a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, apenas  27,5% dos municípios brasileiros (1.533) tinham, no ano passado, estrutura para essa formulação, contra 18,7% dos municípios contemplados em 2009, quando o tema foi pesquisado pela primeira vez. A região com o maior percentual de municípios com essa estrutura é a Nordeste (33,6% dos 1.794 municípios). Em Pernambuco, a taxa chega a 77,3%, enquanto na Paraíba fica em 14,3%.

Segundo o estudo, nos municípios com até 5 mil habitantes, apenas 12,9% tinham essa estrutura em 2013. Em contrapartida, nas cidades com mais de 500 mil habitantes, o percentual chega a 97,5%.

No Brasil, quase 70% dos municípios (3.852) têm população de até 20 mil habitantes e menos de um quarto (739) tinham estruturas para a gestão da política de gênero. Na comparação com 2009, as cidades médias foram as que mais criaram essas estruturas. Nos municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes, houve aumento de 71,5%, mas a maior variação em pontos percentuais ocorreu nos municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes (13,9 pontos percentuais).

Segundo o IBGE, com 1.668 municípios, a Região Sudeste registra o menor percentual de municípios com estrutura de gestão da política de gênero (22,2%). O Rio de Janeiro apresenta a maior proporção (56,5%) e Minas Gerais a menor (19%). A região com o maior percentual de municípios com essa estrutura é a Nordeste (33,6% dos 1.794 municípios). Em Pernambuco, a taxa chega a 77,3%, enquanto na Paraíba fica em 14,3%.

Dos 1.533 municípios com órgão gestor de política de gênero, 61,2% (938) executam ações para grupos específicos, como os das pessoas idosas, com ações em 83,7% dos municípios (785), e as mulheres com deficiência, com 47,9% (449).

Em contrapartida, os grupos que envolvem as populações indígenas (149 municípios ou 15,9%), lésbicas (246 municípios ou 26,2%), e negras (357 municípios ou 38,1%) são as categorias em que a atuação das prefeituras com políticas é mais reduzida.

Em relação à implantação das casas-abrigo de gestão municipal, previstas pela Lei Maria da Penha, a pesquisa constatou que, passados sete anos da aprovação da lei, apenas 2,5% dos municípios contam com essas estruturas. Nos 3.852 municípios com até 20 mil habitantes, há 16 casas-abrigo. Naqueles com mais de 500 mil habitantes, 61,5% têm esse tipo de estrutura.

Da Agência Brasil

Mais uma frente contra o crack

Foi aberto nesta quinta-feira, no auditório do Tribunal de Contas de Pernambuco, o encontro Crack, é possível vencer. O secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda, do Ministério da Saúde, participou do evento acompanhado dos secretários estaduais Bernardo D’Almeida e Frederico Amâncio, respectivamente Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Planejamento e Gestão.

A solenidade contou com a participação dos gestores estaduais e municipais das secretarias de Saúde; Assistência Social; Segurança Pública e Prevenção de Políticas sobre Drogas.

Foto: Paulo Mendes/SEDSDH
Encontro foi no auditório do TCE. Foto: Paulo Maciel/SEDSDH

O objetivo da ação é reunir representantes e técnicos dos governos Federal, Estadual e Municipal que aderiram ao programa para debater a implementação junto aos municípios tirando dúvidas existentes. Em 2013, os municípios de Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Petrolina e Recife foram contemplados com o programa devido ao número de habitantes ser maior de 200 mil.

Em Pernambuco, desde 2013 até o final de 2014, será investido mais de 85 milhões pela União para implantar ou reforçar equipamentos públicos já em funcionamento nas áreas da Assistência Social, Saúde, Educação e Segurança Pública. Os recursos irão contemplar as ações estratégicas do Executivo estadual e dos municípios que realizarem a adesão.

Estiveram presentes no evento Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos da Prefeitura da Cidade do Recife; Leon Garcia, diretor de Articulação e Coordenação de Políticas sobre Drogas;e Rafael West, gerente feral de Políticas sobre Drogas.

Com informações da assessoria de imprensa da SEDSDH

Pernambuco registrou 2.293 assassinatos de janeiro até setembro

O mês de setembro de 2013 computou um total de 245 assassinatos em todo o estado de Pernambuco. Apesar de alto, o número foi comemorado pela Secretaria de Defesa Social (SDS). O balanço foi apresentado na manhã desta quinta-feira durante a reunião semanal do Pacto pela Vida, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Segundo o secretário Wilson Damázio, a redução no número de Crimes Violentos Letais Intencionais no mês de setembro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado foi de 20,3%.

Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Números foram divulgados nesta quinta-feira. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Ainda de acordo com os dados da SDS, setembro foi o 5º mês deste ano com menos de 250 assassinatos registrados no estado. Em setembro de 2012, um total de 304 crimes foram registrados pela polícia. Também nos números da SDS, de janeiro a setembro deste ano, 2.293 pessoas foram mortas de forma violenta em Pernambuco.

No balanço apresentado na coletiva de imprensa, a SDS informou que 20 municípios do estado além do distrito de Fernando de Noronha ainda não teriam registrado nenhum crime de homicídio neste ano. “Esse resultado faz parte do esforço das ações que estão sendo desenvolvidas pela Pacto pela Vida, desde 2007, o estado tem trabalhado pesado para reduzir os índices de criminalidade”, frisou o secretário Wilson Damázio.