PCPE não vai mais fornecer telefones de delegados para a imprensa

Depois da mudança no formato de divulgação dos números de homicídios registrados em Pernambuco, que agora só são informados no dia 15 do mês seguinte, a Secretaria de Defesa Social (SDS), por meio da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), adotou uma nova estratégia de comunicação. Ou pelo menos de não comunicação. É que a partir de agora, a assessoria de imprensa da PCPE não está mais fornecendo números de telefones celulares de delegados para os jornalistas. Até então, a imprensa recebia uma lista com os números de celulares nos quais todos os delegados do estado poderiam ser encontrados, inclusive os telefones funcionais. Ou seja, quem tiver seus contatos que os guardem bem guardados.

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Jornalistas terão que apelar para a sorte para falar com delegados. Arte: Jarbas/DP

A assessoria da PCPE diz que a mudança visa corrigir “desencontros de informações” e evitar que ocorram prejuízos às diligências e investigações. Ainda de acordo com a PCPE, o objetivo da medida é fazer com que a informação chegue a todos os meios de comunicação com qualidade e precisão. No entanto, todo mundo sabe que jornalista vive de informação e que quanto mais rápido essa informação é divulgada para a sociedade, melhor estamos cumprindo o nosso papel de informar e cobrar respostas. Eu, particularmente, cubro o setor de polícia e segurança pública desde 2002 e, desde sempre, os delegados costumam atender às ligações e falar somente aquilo que podem e quando estão podendo falar.

Nem sempre o tempo em que as informações são repassadas para as empresas de comunicação é o tempo da exibição de telejornais, da veiculação de programas de rádios ou de fechamento de jornais impressos. Temo que essa mudança prejudique a qualidade da informação. Pois, em algumas situações, estaremos correndo o risco de publicar notícias sem ter recebido as informações necessárias por parte de quem as estão investigando. Fica o alerta.

Complexo Prisional do Curado terá bloqueadores de celulares

Até o final deste mês, as três unidades prisionais do Complexo do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, estarão equipadas com um novo bloqueador de telefones celulares. A promessa da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) é a de que os cerca de seis mil detentos não consigam mais fazer ou receber ligações telefônicas depois da instalação dos equipamentos.

Complexo do Curado, antigo Aníbal Bruno, registrou a maior fuga
Complexo do Curado, antigo Aníbal Bruno, receberá os equipamentos

De acordo com o secretário executivo da Seres, coronel Romero Ribeiro, o custo mensal dos bloqueadores será de R$ 140 mil. Ao ano, o investimento vai custar R$ 1.684,200 aos cofres públicos. Encontrar aparelhos de telefone celular dentro dos presídios de Pernambuco já faz parte das rotineiras vistorias realizadas nas unidades. Ainda segundo a Seres, o objetivo do governo é implantar a novidade em todas as 20 unidades até o final do ano de 2014.

“Estamos adotando essa medida para garantir a segurança dos funcionários do sistema e, principalmente, para evitar que aconteça comunicação dos detentos com o mundo externo. Ainda não podemos dizer onde os bloqueadores irão ficar dentro das unidades prisionais, nem de que forma eles irão funcionar”, explicou o secretário Romero Ribeiro. O equipamento possui tecnologia importada da índia e trabalha com ajuda de um software de gestão de monitoramento.

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