Caso Danielle Fasanaro: família ainda espera julgamento do suspeito

Nesta quinta-feira está fazendo dois anos e 11 meses que a modelo Danielle Solino Fasanaro, 35 anos, foi assassinada pelo tatuador Emerson Du Vernay Brandão, que se apresentou à polícia com o nome de André Cabral Muniz. O crime aconteceu no apartamento onde a vítima morava, no bairro de Casa Caiada, em Olinda, e causou muita comoção. Danielle terminou o relacionamento com Emerson, o que teria motivado o assassinato, segundo a polícia.

Apesar de algumas audiências já terem acontecido, a Justiça ainda não se pronunciou sobre uma possível data para julgamento do suspeito, que segue preso. Antes de matar Danielle, Emerson a fez de refém junto com seu filho pequeno por várias horas. Dezenas de policiais militares foram acionados para a ocorrência, mas apenas a criança conseguiu ser salva.

Um missa será celebrada nesta quinta-feira, às 19h, na igreja do Morro da Conceição, em Casa Amarela, para lembrar os dois anoss e 11 meses da morte de Danielle. “Estamos cansados de esperar que a justiça seja feita. Chega de impunidade. Não vou desistir de lutar até que o culpado pela morte da minha irmã seja condenado”, desabafou Michelle Solino Fasanaro, irmã da modelo.

Assaltos e medo na Ilha de Itamaracá

Os constantes assaltos ocorridos nas praias do Sossego, Enseada dos Golfinhos e Pontal da Ilha têm assustado os veranistas e moradores da Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR). No ano passado, de janeiro a abril, foram registrados 28 crimes violentos contra o patrimônio. Neste ano, no mesmo período, já foram 70.
Os moradores denunciam que homens fortemente armados, geralmente encapuzados, têm agido sempre da mesma maneira.

Assaltos acontecem na estrada que dá acesso às praias. Foto: Annaclarice Almeida/DP
Assaltos acontecem na estrada que dá acesso às praias. Foto: Annaclarice Almeida/DP

Após bloquearem a estrada de barro que dá acesso às praias, eles assaltam motoristas e passageiros dos carros. “As ações acontecem sempre no mesmo local e do mesmo modo. Os assaltantes ficam numa ladeira sinuosa, localizada a aproximadamente 400 metros depois da Penitenciária Professor Barreto Campelo, onde bloqueiam a pista e fazem os assaltos”, contou uma veranista da localidade.

Ainda segundo ela, as investidas criminosas aumentaram a partir do início deste ano. O auditor Marconio Cavalcanti, 42 anos, tem uma casa na Praia do Sossego há quatro anos, mas agora colocou à venda. “Já soube de várias ocorrências de assalto naquela área. Um dia estavam indo para minha casa e um carro estava voltando na estrada. Os passageiros, que eram mulheres e crianças, tinham acabado de ser assaltados”, disse Marconio.

A situação de medo e temor na Ilha já chegou ao gabinete do secretário de Defesa Social. Para tentar encontrar uma solução para o problema, representantes de associações de moradores das praias terão hoje uma reunião com representantes da SDS. Devem participar do encontro o secretário-executivo, Alexandre de Almeida Lucena, o delegado seccional de Paulista, Ivaldo Pereira, e o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel André Ângelo, responsável pelo policiamento ostensivo na Ilha de Itamaracá. Veranistas e a própria polícia acreditam que alguns crimes estejam sendo praticados por ex-presidiários que moram nas proximidades.

Segundo o delegado de Itamaracá, Evaristo Neto, as ocorrências de assaltos registradas na delegacia estão sendo investigadas, mas é preciso que todas as vítimas, inclusive veranistas, façam o boletim. “Estamos investigando e fazendo o monitoramento de todos os casos registrados. Do assalto ocorrido durante o carnaval, onde um grupo de assaltantes invadiu uma casa e fez várias pessoas reféns, conseguimos identificar e prender os cinco suspeitos”, detalhou o delegado de Itamaracá. “Iniciamos a investigação a partir das imagens dos circuitos de câmeras de segurança”, concluiu Neto.