Uma das áreas mais movimentadas do Recife ganhou uma ajuda de peso no combate à insegurança. Está em operação, desde o início desta semana, no Viaduto Capitão Temudo, a Plataforma de Observação Elevada – POE da Secretaria de Defesa Social – SDS. A plataforma foi adquirida para ajudar na fiscalização da Copa do Mundo em 2014 e, devido à eficiência dos seus serviços, foi integrada as ações da Policia Militar.
A POE conta com 14 câmeras de longo alcance e abrangência de 360º e vai ajudar a PMPE no combate a crimes na região que fica em torno do viaduto, como a Avenida Agamenon Magalhães, o Fórum Joana Bezerra, a Ponte do Pina, a comunidade do Coque e até trechos da Rua Imperial. Além das câmeras tradicionais, a plataforma conta também com câmeras térmicas, que ajudam em ocorrências noturnas. O equipamento tem chamado a atenção de quem passa pelo viaduto.
O serviço está ligado ao Centro Integrado de Operações de Defesa Social – CIODS e conta com o apoio do 16º Batalhão de Policia Militar – BPM, 24 horas por dia, que administra o uso das câmeras e com a Companhia Independente de Policiamento com Motocicleta – CIPMoto, que realiza rondas nas ruas próximas à Plataforma durante o dia.
A presença do poder policial nesta área era um pedido antigo da população local, já que a região possui estatísticas recorrentes de assaltos. Segundo o secretário executivo da SDS, Alexandre Lucena, o novo serviço vai reforçar a fiscalização ostensiva na área, por onde passam todos os dias boa parte da população do Recife e Região Metropolitana, e ampliar a sensação de segurança dessas pessoas.
Dos 30 equipamentos de musculação da orla de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, 19 estão danificados. Instalados ao longo dos 8km do calçadão como uma opção de lazer e atividade física gratuita para a população, os módulos que foram entregues em março do ano passado têm sido alvos de furtos. Feitos de aço inoxidável, os pontos de musculação são bastante utilizados por quem frequenta a orla no período da noite e nos finais de semana.
Segundo o secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões, todas as peças que foram furtadas serão recolocadas nos terminais num prazo de 30 dias. Apesar de não saber informar o total do prejuízo, Simões adiantou que os custos serão pagos pela iniciativa privada, que inaugurou a nova orla de Boa Viagem em parceira com a prefeitura.
Nem a presença das câmeras de monitoramento e a grande quantidade de pessoas e carros que circulam na Avenida Boa Viagem impediu a ação criminosa nos equipamentos. “Isso é um absurdo. Em vários pontos de musculação estão faltando peças. Acho que roubam os pedaços para vender. Como estão faltando peças não consigo fazer todos os exercícios como flexões, por exemplo”, reclamou o autônomo Walter Martins de Andrade Júnior, 30 anos, que costuma se exercitar na orla da Zona Sul. Ontem pela manhã, ele estava em um equipamento no Pina e que estava com peças faltando.
Ainda segundo o secretário de Turismo do Recife, fiscalizações periódicas são realizadas na orla para verificar o funcionamento dos equipamentos de lazer. “A cada dois ou três meses fazemos um pente fino para verificar as condições dos terminais de musculação e observamos que algumas peças com as quais as pessoas fazem exercícios para trícepes estão sendo roubadas. Como são de aço, acho que tiram para vender. A iniciativa privada vai repor todas as peças que foram roubadas em até 30 dias. E agora, no lugar de um parafuso que prendia essas peças, elas serão soldadas”, destacou Simões.
A reclamação sobre os equipamentos de musculação danificados são recorrentes também nos quiosques do calcadão. “Cheguei para trabalhar na segunda-feira e percebi que algumas peças do aparelho de ginástica tinham sido levadas. Durante o horário em que estamos por aqui ninguém tira nenhuma peça. Isso deve acontecer tarde da noite ou de madrugada. Os clientes que chegam aqui no quiosque e costumam usar os equipamentos estão reclamando muito”, ressaltou uma comerciante que preferiu não ter o nome publicado.
Para tentar reduzir casos de vandalismo ou furtos de peças e equipamentos nas áreas de lazer do Recife, a Prefeitura do Recife faz campanhas de conscientização e espera que a população ajude fazendo denúncias. “Não queremos que a sociedade faça o papel de polícia, mas quem presenciar pessoas furtando ou danificando equipamentos pode acionar um guarda municipal ou a Polícia Militar pelo número 190”, completou o secretário de Turismo do Recife.
A renovação da orla de Boa Viagem nasceu da parceria dos grupos Ambev, Itaú e Mondelez com a gestão municipal e foi elaborado no início de 2014. São oferecidos à população academia Recife e do idoso, pista de cooper de 460 metros, cinco parques infantis, três campos de futebol, cinco quadras poliesportivas, uma quadra de basquete, quatro quadras de tênis, pistas de skate half-pipe, 30 módulos de musculação e reforma dos dez banheiros da orla. O projeto que custou R$ 12 milhões contemplou ainda a suavização de 98 curvas da ciclovia.
O pedido de liminar que solicitava a suspensão do concurso público da Polícia Militar de Pernambuco, marcado para o domingo, não foi acatado pela Justiça. A decisão foi proferida pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Évio Marques da Silva.
A ação havia sido interposta contra o estado e o instituto organizador do certame, o Iaupe, e solicitava a anulação do item prescrito no edital que previa a eliminação de candidato identificado como transexual durante a etapa do exame médico. Como consequência, pleiteava a reabertura das inscrições com essa modificação no edital.
O juiz considerou que a suspensão do concurso prejudicaria os inscritos, o estado e a empresa organizadora. O magistrado justificou que o edital do concurso da PM não impedia a inscrição das pessoas transgêneros. “Como se vê, mesmo existindo uma disposição (no edital) que em tese vedaria transexuais no âmbito da corporação militar, a realidade fática se apresenta diferente, posto que os ditos trans ocupam cargos na PMPE, conforme relatado pelas matérias jornalísticas acostadas pela demandante”, afirmou.
“Apesar de o edital ter sido deflagrado no dia 25 de março de 2016, apenas na semana que antecede a primeira fase do certame seu teor é questionado. Ora, se a demandante desde o início se sentiu prejudicada com as disposições colocadas pela administração, conforme deixou transparecer na exordial, de logo deveria ter se insurgido, evitando, portanto, dispêndio financeiro significativo por parte dos réus para garantir toda logística necessária para executar um concurso público com tantos inscritos”, justificou.
Em 17 de maio, a Secretaria de Defesa Social (SDS) decidiu rever o item do edital, após a polêmica provocada pelo assunto, atendendo a uma demanda do Ministério Público de Pernambuco.