Foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em Motel de Olinda

O empresário Paulo César de Barros Morato, suspeito de integrar a organização criminosa que, de acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), pode ter lavado dinheiro para financiar a campanha de políticos pernambucanos, foi encontrado morto dentro do Motel Ti-ti-ti, na Avenida Perimetral Norte, no bairro de Sapucaia, em Olinda, na noite desta quarta-feira.

Polícia Federal/Divulgação
Morato era considerado foragido. Polícia Federal/Divulgação

Dois delegados da Polícia Civil já estão no motel, Gleide Ângelo e Jorge Ferreira, além de peritos e outros investigadores já estão no local. Até o momento, a informação é de que Morato teria cometido suicídio, mas a informação ainda não foi confirmada pela polícia. Morato estava sendo procurado pela Polícia Federal e já era considerado foragido da Operação Turbulência. Ele não foi encontrado na última terça-feira quando foram cumpridos outros três mandados de prisão.

Paulo Morato é supostamente dono da empresa “Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplenagem LTDA”. Ele é apontado pelo Ministério Público como um dos que  aportou recursos na aquisição da aeronava Cesna, que transportava o ex-governador Eduardo Campos em 2014, falecido em 13 de agosto daquele ano, num acidente aéreo. De acordo com o assessor de imprensa da PF, Giovani Santoro, a princípio, a morte será investigada pela Polícia Civil. Ainda não foi divulgado se havia outra pessoa com Morato no quarto do motel.

ADEPPE critica mudanças de delegados na Corregedoria Geral da SDS

A direção da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) critica as mudanças de delegados promovidas na Corregedoria Geral e publicadas pelo blog no último dia 14 de junho (Leia aqui).

Confira a nota na íntegra:

A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) recebeu com incomum perplexidade a notícia das mudanças de Delegados na Corregedoria Geral da SDS, publicadas  no último dia 7, em que foram dispensados de suas funções naquele órgão, sem qualquer fundamentação, os Delegados Fábio Gaudêncio, Adriana Oliveira, Graham Campelo e Djalma Raposo.

Os colegas que ora são retirados da Corregedoria são profissionais de vasta experiência na função investigativa e têm como característica marcante uma atuação independente, imparcial e sempre pautada pelo respeito às garantias individuais dos investigados, qualidades que, aparentemente, não são as desejadas pela atual gestão.

Aliás, é de se frisar que a direção do órgão vem atuando com o propósito claro de gerar estatísticas positivas de punição, mesmo quando as comissões de disciplina concluem pelo arquivamento. Prova disso é a condenação sumária de uma Delegada pelo fato dela não ter apresentado sua própria defesa nos autos de um processo administrativo disciplinar.  O processo foi instaurado para apurar as circunstâncias de um assalto do qual ela foi vítima, ocasião em que teve subtraída a arma da instituição. Ela foi absolvida do fato principal apurado, afinal, policiais não estão imunes à crescente violência, entretanto, por não ter exercido o seu direito de defesa, quando instada a fazê-lo pela Corregedoria, restou punida.

Essa condução dos trabalhos na Corregedoria, dirigida por pessoa estranha aos quadros das corporações subordinadas ao órgão, está causando forte desmotivação nos profissionais de segurança pública. Na Polícia Civil, por exemplo, essa tendência punitiva está levando os Delegados a evitar investigações mais complexas. Não há mais clima para grandes investigações. Muitos servidores estão buscando funções administrativas para não ter que lidar com os problemas cotidianos das Delegacias, que podem ser objeto de processos disciplinares. Resultado, menos investigação, mais violência, causando-se inestimável prejuízo à sociedade.

Temos, porém, a plena confiança de que a substituição efetuada não interferirá na manutenção da necessária isenção que a função exige e que, mesmo com menos experiência no cargo, os colegas convocados saberão lidar com maestria contra eventuais interferências que possam surgir no intuito de se ampliar punições naquele órgão correcional.

A ADEPPE solidariza-se com os colegas, colocando-se à inteira disposição para auxiliar no exercício pleno de seus direitos.

A DIRETORIA