Patrulha do Bairro ganha reforço

A partir da próxima segunda-feira, as ruas do Recife contarão com reforço na segurança, principalmente durante a madrugada. As 105 viaturas da Patrulha do Bairro passarão a circular 24 horas por dia. De acordo com o coordenador do programa, tenente coronel Josué Limeira, o objetivo é garantir ainda mais a queda dos índices de crimes contra o patrimônio (CVP). Desde que foi criada, a Patrulha do Bairro funciona, em média, das 7h às 23h.

Vários bairros irão receber novas viaturas. Foto: Glynner Brandão/DP/D.A.Press
Vários bairros irão receber novas viaturas. Foto: Glynner Brandão/DP/D.A.Press

A mudança foi possível graças à formatura de 800 policias militares no início deste mês. As equipes serão substituídas a cada 12 horas. Outra novidade, que será anunciada hoje à tarde pelo governador Eduardo Campos, é a entrega de mais 70 viaturas que vão contemplar os municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Abreu e Lima, Itamaracá, Itapissuma, Igarassu, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, São Lourenço da Mata e Camaragibe. O número de viaturas do programa vai saltar de 190 para 260.

“O critério para a escolha dos bairros e cidades que devem receber o reforço é justamente aqueles que apresentam maior quantidade de crimes contra o patrimônio. Em breve, outras 19 irão ser entregues em cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão”, afirmou Josué Limeira. A Patrulha do Bairro foi relançada pelo governo do estado em agosto do ano passado. Seis meses depois, a Secretaria de Defesa Social comemorou a redução de 21,3% nos CVPs.

Do Diario de Pernambuco

 

Policiais receberão R$ 94 para trabalhar na Operação Enem

 

Depois de botarem a boca no trombone e reclamarem do valor que foi pago pela diária trabalhada durante as eleições no último dia 7 de outubro, que foi de R$ 54, os policiais militares e também os civis terão direito a um valor um pouco maior para garantir a ordem pública e promover a defesa do cidadão durante a Operação Enem. Portaria conjunta das secretarias de Administração, Fazenda e Defesa Social determina o pagamento de R$ 94,01 para as diárias dos profissionais que trabalharem durante os dias 3 e 4 de novembro escalados para serviços ligados à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). É o que o diz o velho ditado: “quem não fala, Deus não ouve.”

Terão direito à gratificação tanto na Polícia Civil como na Polícia Militar, servidores de todas as categorias e patentes. Segundo a portaria, os delegados e comissários irão receber o mesmo valor que os escrivães e os agentes de polícia, assim como os coronéis e demais oficiais colocarão no bolso o mesmo dinheiro que os cabos e soldados irão receber. A portaria é assinada pelos secretários José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira (Administração), Paulo Henrique Saraiva Câmara (Fazenda) e Wilson Salles Damázio (Defesa Social).

 

Leia também: PMs reclamam do valor pago na diária das eleições

Militares brasileiros mergulhados nas drogas

 

Do jornal Estado de Minas

Com fardas imponentes e armas na cintura, eles são treinados para combater o crime, lutar na guerra, salvar pessoas em perigo. A missão nobre, o regime rigoroso de disciplina e uma legislação penal própria extremamente dura, porém, não têm livrado os militares do flagelo das drogas. É crescente o uso de bebida, maconha, pó e pedra nos quartéis. No ano passado, 161 denúncias contra integrantes das Forças Armadas chegaram à Justiça Militar — uma média de 14 por mês. De janeiro à primeira quinzena de junho, foram 56.

O serviço de saúde do Exército encaminhou, de 2010 para cá, 42 usuários graves de crack para internação prolongada. Na Marinha, seis receberam tratamento. A Aeronáutica se recusou a passar informações sobre o assunto. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o tema também é tratado com sigilo. Mas Paulo*, que é PM, e José*, bombeiro, aceitaram conversar com o Estado de Minas. Eles relataram o drama das drogas no mundo militar, as dificuldades e facilidades que a carteira diferenciada traz para um usuário e como estão tentando abandonar o vício.

Prestes a completar 20 anos de Justiça Militar, o ministro Olympio Pereira da Silva Junior, vice-presidente do Superior Tribunal Militar, é taxativo: “Os casos estão aumentando, principalmente com o crack. O que aparece no meio civil, aparece aqui dentro também, não tem jeito”. Ele lembra que, embora praticamente todos os processos sejam de militares com pequenas quantidades de drogas, no Código Penal Militar não existe a figura do usuário. “0,01 grama ou 30 quilos é tudo crime, com reclusão de até cinco anos, podendo haver desligamento da instituição”, explica.

*Nomes fictícios a pedido dos entrevistados

 

José – Bombeiro
“Já deixei minha arma por droga na boca”

Da cerveja socialmente aos porres com bebida destilada, ainda nos primeiros tempos de bombeiro, passaram-se não mais que cinco anos. “Quando vi tinha me tornado um alcoólatra. Levava vodca para o quartel. Faltava ao serviço, os colegas iam me buscar em casa bêbado porque senão era deserção”, conta José. A vontade de parar levou o brasiliense, hoje com 40 anos, a procurar ajuda. Mas, entre uma e outra recaída, ele conheceu a cocaína. Com ela, vieram as piores sensações. “Mania de perseguição, ciúme em excesso, alucinação, paranoia mesmo”, conta.

O medo que ainda havia de perder o emprego foi se dissipando. “Usava cocaína dentro do quartel. Chegou uma hora em que pensei: ‘Se quiserem me reformar, dane-se. Vou usar droga até morrer’.” Enquanto as perdas de José aumentavam — sem mulher, longe do filho, sem dinheiro —, sua noção de limite diminuía. “Já deixei minha arma por droga na boca. Vendi uma TV também. Guardava cocaína no carro, fui parado em blitz bêbado. Era só mostrar minha identificação militar que estava liberado”, lembra. “As pessoas veem a gente como um herói. Então, para os vizinhos e conhecidos, nunca fui o José. Sempre era o bombeiro. Passei a ser o bombeiro que chegava doidão, drogado, bêbado. É difícil pedir ajuda”, diz. Desde março sóbrio, o militar de músculos bem torneados e rosto bonito se mantém firme no tratamento. “Sou um bom profissional, sei que posso chegar a major”, aposta José, com 23 anos na corporação.

 

Paulo – Policial Militar
“Passava cinco, oito dias usando crack direto”

Aos 18 anos, quando vestiu a farda da Polícia Militar do DF pela primeira vez, Paulo combatia a droga por convicção. Somente aos 30, para acompanhar a então mulher, passou para o outro lado. “Foram 10 anos usando cocaína, sem grandes prejuízos. Quando experimentei o crack, vi o fundo do poço. Em cinco meses, estava acabado”, conta Paulo. Com faltas excessivas e sem condições de trabalhar, ele pediu ajuda ao comandante do quartel, que o encaminhou para o Centro de Assistência Social da PM do DF, chamado pela sigla Caso.

Hoje existem cerca de 70 policiais militares sendo tratados no Caso. A PM afirmou que 12% da corporação são dependentes de álcool, segundo estudo de 2008. “Novos levantamentos apontam para um percentual maior”, diz a nota. Paulo não arrisca levantamentos, mas a experiência o leva a uma conclusão grave: “A PM e os bombeiros estão doentes”.

Pai de cinco filhos, o maranhense de 45 anos se lembra com tristeza da época em que fumava a pedra. “Passava cinco, oito dias usando crack direto, sem querer saber de nada. É uma droga miserável. Foi preciso um baque grande, uma traição conjugal, para eu acordar”, afirma. Mais de cinco meses sem consumir, participando de terapia individual e em grupo, além de sessões de musculação para combater a ansiedade, Paulo não se importa com os cochichos e olhares atravessados dos colegas. “Comentam: ‘Esse aí foi internado por causa de crack’. Eu não ligo, o que importa é que estou limpo.”

PMs farão vários plantões no São João

 

A Secretaria de Defesa Social (SDS), por meio da sua assessoria de comunicação, informa ao blog que o número de policiais militares que foi divulgado para o policiamento do São João do estado (33.763) foi bem maior que o total do efetivo (cerca de 20 mil homens) porque muitos PMs irão fazer plantões extras durante as festividades. No entanto, isso não quer dizer que um PM vai se transformar em dois! Serão os mesmos profissionais trabalhando mais. A SDS afirma ainda que a diária de R$ 94 paga no período é o grande atrativo para os policiais aceitarem as jornadas extras. O órgão diz ainda que está à disposição da população para apresentar os números do efetivo de policiais destacados para garantir a segurança no São João.

Confira a nota enviada ao blog pela assessoria de comunicação da SDS:

 

1. O número de 33.763 são escalas extras, três mil a mais do que no ano passado, isto significa dizer que o mesmo  policial pode tirar mais de uma escala no período junino, bem como os policiais civis com 9.557 plantões extras para suprir a demanda. Já os bombeiros contam com 4.159 plantões extras. No mesmo caso dos Policiais Militares,  os Policiais Civis e Bombeiros também tiram mais de um plantão.  Nestas épocas de festas muitos policiais se disponibilizam a tirar mais de um serviço, por este motivo o número de Policiais Militares aumentou 9,8%, Policiais Civis 49,1%, Bombeiros Militares 4,8%. Todos estes números foram contabilizados pelas Diretorias Gerais de Operações dos Órgãos Operativos  da Secretaria de Defesa Social.

2. Acrescentamos ainda que a diária nos finais de semana no período Junino passa de R$ 54 reais para R$ 94, contabilizando um investimento realizado pelo Governo do Estado de R$ 2,3 milhões, que serão pagos com diárias extras aos profissionais de segurança.

3. Finalmente, depois deste esclarecimento e das matérias bem elaboradas e postadas nos três principais jornais de circulação no Estado, achamos que não resta nenhuma dúvida ao internauta, que não houve nenhuma “mágica” realizada pela Secretaria de Defesa Social. Caso reste ainda alguma dúvida ao internauta, pedimos ao mesmo para entrar em contato com o Centro Integrado de Comunicação -31835324- que teremos o maior prazer em lhe mostrar as escalas extras dos quatro Órgãos Operativos da SDS.