Diante do silêncio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre o pedido feito por promotores de Justiça para que a Polícia Federal investigue o assassinato de Thiago Faria Soares, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, rebateu as críticas ao trabalho do Polícia Civil.
A solicitação para que a apuração local dê lugar à PF foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), formado por promotores, e divulgada com exclusividade pelo Diario na edição de ontem. Segundo Carvalho, todos os esforços estão sendo empregados no caso. “Esse é o entendimento de um grupo de promotores, mas fizemos o possível para elucidar o crime. Se houver decisão que a Polícia Federal deve entrar em ação, ela será bem-vinda”, ressaltou.
O caso tem sido motivo de constantes desentendimentos entre o MPPE e a Polícia Civil. Desde 14 de fevereiro, segundo o chefe da Polícia Civil, Osvaldo Morais, os delegados responsáveis pelo caso, Alfredo Jorge e Josineide Confessor, não estão mais de posse do inquérito, o que paralisou a investigação. “Os promotores ficaram com os seis volumes do inquérito”, pontuou Morais.
A Polícia Federal deve assumir as investigações sobre a morte do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos, assassinado em 14 de outubro do ano passado, no município de Itaíba, no Agreste do estado. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) enviou um pedido de federalização ao Ministério da Justiça para que o caso passe a ser investigado por um delegado da PF.
As divergências entre o MPPE e a Polícia Civil sobre esse inquérito tiveram seu estopim no mês passado, quando a Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) divulgou uma nota criticando o trabalho da polícia.
Os promotores do Gaeco já estiveram com o superintendente da PF em Pernambuco, delegado Marcello Diniz Cordeiro, para informar que eles pretendem direcionar a continuação do inquérito para os agentes federais. A resposta, no entanto, só será conhecida quando o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, der o seu parecer.
Segundo o chefe da Polícia Civil do estado, delegado Osvaldo Morais, há cerca de 15 dias os delegados responsáveis pelo inquérito pediram ao MPPE, mais uma vez, a prorrogação do prazo. O pedido ainda não foi atendido. “Oficialmente, não fomos informados sobre esse pedido de investigação pela Polícia Federal, mas o inquérito está há duas semanas com os promotores que estavam trabalhando em conjunto com os delegados”, afirmou Morais.
A Polícia Civil de Pernambuco divulgou uma resposta à nota oficial da Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) se queixando de falta de informações e questionando a demora da conclusão do inquérito que apura a morte do Promotor Thiago Faria Soares.
Na sexta-feira passada foram completados quatro meses do crime sem que o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) tenha sido concluído. De acordo com o MPPE, entre as pendências, estão a falta do resultado das perícias e o laudo da reprodução simulada realizada em dezembro passado no local do crime.
Em nota, a polícia diz que vem dando prioridade ao caso que conta com dois delegados à frente das investigações, que as diligências estão sendo acompanhadas por promotores e que a demora se deve à complexidade do caso.Confira o documento na íntegra:
Em resposta à Nota Oficial da Associação do Ministério Público de Pernambuco – AMPPE, que questionada a demora da conclusão do inquérito que apura a morte do Promotor Thiago Faria Soares, a Polícia Civil de Pernambuco esclarece o seguinte:
1 – A Polícia Civil do Estado de Pernambuco, cumprindo orientação da Secretaria de Defesa Social – SDS e do Governador do Estado, vem dando prioridade ao caso do Promotor Thiago Faria Soares, inclusive, colocando à disposição da investigação dois delegados com experiência na área de homicídios;
2- Todas as diligências desde o primeiro dia estão sendo acompanhadas por Promotores designados pelo Excelentíssimo Procurador Geral d e Justiça Estado Agnaldo Fenelon, podendo atestar os motivos da “demora” apontada por esta Associação;
3- A complexidade da investigação, por si só, justificaria a demora, ademais, o rito da mesma (Investigação) tem sido trabalhado par e passo com os membros desse parquet;
4- Ressalto ainda a presença de membros do Ministério Público de outros Estados que acompanham o caso;
5- É lamentável a postura dessa Associação que cobra, sem conhecimento de causa, agilidade numa investigação que requer paciência para evitar erros ou desmando em nome de falsa justiça.
Primeira semana de março. Esse é o novo prazo estipulado pelo Instituto de Criminalística (IC) para a liberação do resultado do laudo da reprodução simulada feita em dezembro passado sobre a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares.
Segundo a perita criminal Vanja Coelho, uma das responsáveis pela elaboração do laudo, ainda faltam alguns ajustes para finalizar o documento. Ontem se completaram quatro meses da morte do promotor, assassinado a caminho do trabalho ao lado da noiva Mysheva Martins, em Águas Belas, no Agreste.
No mesmo dia, a Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) divulgou nota criticando o trabalho da polícia. Atualmente, dois delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão à frente das investigações, que estão sendo acompanhadas em tempo integral por três promotores.
Confira matéria completa no Diario de Pernambuco deste sábado
Nesta sexta-feira faz quatro meses da morte do promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Thiago Faria Soares. O inquérito que está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda não foi concluído. Entre as pendências, estão a falta do resultado das perícias e o laudo da reprodução simulada realizada em dezembro passado no local do crime.
Diante desse cenário, a Associação do Ministério Público de Pernambuco – AMPPE divulgou uma nota se queixando da falta de informações e da não conclusão das investigações. Confira a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
A Associação do Ministério Público de Pernambuco – AMPPE, entidade que congrega os Promotores e Procuradores de Justiça do Estado,fundada em 16 de junho de 1946, vem a público, completados quatro meses do assassinato do Promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Faria Soares, ocorrido em 14/10/2013, durante o seu deslocamento em serviço entre as Comarcas de Águas Belas e Itaíba, manifestar sua inquietação com a demora na conclusão das investigações do crime, pontuando:
1. Mesmo com a ciência da complexidade das circunstâncias do crime investigado, que exigem a realização de diligências várias, inclusive laudos periciais de elevada indagação, mostra-se inquietante que, quatro meses após a sua instauração, o procedimento investigatório ainda esteja sem uma conclusão definitiva, especialmente quando, três dias após o fato, os gestores da Segurança Pública Estadual confortaram a sociedade com notícias de que o caso já havia sido esclarecido.
2. Mais ainda, inquieta-nos o fato de que o apontado principal suspeito de ser o mandante do crime permaneça foragido, sem qualquer inquirição nos autos do inquérito e sem que as forças repressivas do Estado consigam efetivar sua prisão provisória decretada pelo Poder Judiciário, muito embora tenha o mesmo dado duas entrevistas, veiculadas na imprensa em rede nacional. A situação evidencia nítida falha no planejamento das operações policiais, ou, mais grave, que o caso parece ter deixado de constituir uma prioridade da segurança pública no Estado de Pernambuco, fato que fragiliza as instituições republicanas e coloca em dúvida a efetiva proteção de todos os membros da sociedade pernambucana.
3. A realidade descrita impôs ao Colégio Nacional de Procuradores Gerais de Justiça, à Procuradoria Geral da República e ao Conselho Nacional do Ministério Público a união de forças, consolidada na formação de uma força-tarefa nacional para acompanhar, em apoio ao GAECO-PE (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), as investigações conduzidas pela Polícia Civil. Ressalta a Associação do Ministério Público de Pernambuco que, juntamente com o Grupo de Promotores que atuam no caso, manterá vigilância permanente e acompanhamento do desenrolar das investigações, de modo a possibilitar que a verdade dos fatos e identificação dos responsáveis por tão bárbaro crime venham à tona. Por fim, reitera o compromisso de todos os Promotores e Procuradores de Justiça do Estado de Pernambuco de, com o redobrado ânimo, promover frontal enfrentamento à criminalidade comum e organizada, em todos os municípios do Estado de Pernambuco, de modo a propiciar uma convivência social mais harmônica e uma segurança pública de qualidade para todos.
Nem mesmo as acusações feitas pelo fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa de que a advogada Mysheva Martins seria a mandante do assassinato do noivo, o promotor Thiago Faria Soares, a fizeram se pronunciar sobre o caso. Ainda sendo acompanhada por psiquiatras e orientada pelo advogado José Augusto Branco, ela pretende manter o silêncio sobre o crime para a imprensa. Na opinião de Branco, a divulgação do vídeo do fazendeiro foi uma forma dele conseguir o apoio da população e escapar de um possível julgamento no Tribunal de Júri.
“As informações dele a respeito de Mysheva são inverídicas. Se ele sabe de tantas coisas, porque não procura a polícia e apresenta a versão dele”, desafia Augusto Branco. No vídeo divulgado na última terça-feira, o fazendeiro diz não ter dúvidas de que Mysheva mandou matar o noivo. Para a polícia, até o momento, ele é o suspeito de ter encomendado a execução e permanece foragido.
Mais de três meses após o assassinato do promotor de Justiça, a polícia ainda não concluiu as investigações. O crime aconteceu no dia 14 de outubro do ano passado, na PE-300 em Águas Belas, no Agreste do estado. Uma das peças que faltam para montar o quebra-cabeça desse enredo é o laudo pericial da reconstituição da morte de Thiago Faria, feita em 23 de dezembro passado. Até a segunda quinzena de fevereiro, o Instituto de Criminalística (IC) entregará esse resultado aos investigadores.
O documento terá informações precisas sobre a posição do carro onde estavam o promotor, Mysheva Martins, e o tio dela. Fontes do Diario revelaram que a possibilidade de os tiros terem sido disparados quando o veículo estava parado é grande. “Zé Maria está querendo se beneficiar no futuro com a divulgação dessas informações inventadas. Ele quer tumultuar o processo e dividir a opinião pública para escapar de uma condenação”, aponta Branco.
Outra peça esperada pela polícia é o resultado de um exame de balística, que também está sendo elaborado pelo (IC), para tentar descobrir se existe ligação entre o assassinato do promotor Thiago Faria e a morte da esposa de um primo de Mysheva Martins, ocorrida no dia 10 de dezembro de 2013, em Itaíba. Os investigadores querem saber se o tipo de munição e a arma usada nas duas execuções são os mesmos. Lúcia de Fátima Gomes e Silva morreu com tiros de espingarda 12, o marido dela ficou ferido e os assassinos foram identificados.
Caso o exame seja compatível, a polícia pode ter a identidade dos executores de Thiago. A possibilidade de ligação entre os crimes surgiu pelo modo da execução, que foram semelhantes. O exame de balística ainda não tem data para ficar pronto. Os delegados Alfredo Jorge e Josineide Confessor voltarão a Águas Belas antes da conclusão do inquérito para colher novos depoimentos.
Depois de ter descartado a possibilidade de ligação entre o assassinato do promotor Thiago Faria e a morte da esposa de um primo de Mysheva Martins, ocorrida no dia 10 de dezembro de 2013, a polícia mudou de opinião e está investigando o caso. Um exame de balística foi solicitado ao Instituto de Criminalística (IC) para tentar identificar se o tipo de munição e a arma usados na execução de Lúcia de Fátima Gomes e Silva são os mesmos utilizados pelos assassinos do promotor.
Segundo fontes da polícia, caso esse resultado seja compatível, os investigadores já saberão os nomes dos executores de Thiago Faria. Isso porque os homens que mataram Lúcia foram identificados. A suspeita de relação entre os crimes foi levantada pelo modo da execução, semelhante à morte do promotor.
Lúcia de Fátima estava acompanhada do marido Genival Martins dos Santos, que dirigia seu veículo para o Sítio Salgado, na Zona Rural de Itaíba, quando elefoi surpreendido por três homens. Houve troca de tiros. Lúcia não resistiu. Genival, que havia saído da prisão poucos dias antes do atentado, foi encontrado em casa com uma espingarda e um revólver calibre 38. Ele foi autuado por tentativa de homicídio (por ter disparado contra os atiradores) e porte ilegal de armas.
Na época, a polícia alegou que a motivação do crime teria sido vingança, porque Genival seria responsável pelo assassinato do parente de um dos suspeitos de participarem do atentado contra ele. O exame de balística que está sendo feito pelo IC ainda não tem data para ficar pronto.
Até a segunda quinzena de fevereiro, o Instituto de Criminalística (IC) concluirá o laudo sobre a reconstituição da morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, realizada em 23 de dezembro de 2013. Essa é uma das lacunas que falta para a Polícia Civil concluir a investigação do crime ocorrido em 14 de outubro do ano passado, em Águas Belas, no Agreste do estado.
O documento que será entregue aos delegados Alfredo Jorge e Josineide Confessor trará informações precisas sobre a posição do carro onde estavam a vítima, sua noiva, Mysheva Martins, e um tio dela. A possibilidade de os tiros terem sido disparados quando o veículo estava parado é grande, segundo fontes do Diario.
Em um vídeo divulgado nessa terça-feira, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado pela polícia como a pessoa que encomendou o assassinato do promotor, e que está foragido, afirma que Mysheva seria a real mandante do crime. Ele diz que o veículo de Thiago estava parado e que Myscheva já tinha deixado o automóvel quando os disparos foram feitos.
Na reprodução simulada, os peritos encenaram o momento da execução de Thiago oito vezes. Em algumas delas, o veículo estava inerte no acostamento da PE-300. Em outras, o carro trafegava em uma velocidade abaixo de 20 Km/h. Na semana passada, os peritos do IC voltaram ao cenário do crime para esclarecer algumas dúvidas.
“Estamos finalizando o laudo da perícia. Estivemos em Águas Belas para refazer alguns caminhos e cálculos e também para checar coisas que não tínhamos feito no dia da reconstituição. Quanto à velocidade do carro do promotor, simulamos o momento dos disparos com o carro parado e também com o veículo em baixíssima velocidade”, ressaltou a perita Vanja Coelho, que trabalha no caso com mais três peritos.
Na gravação divulgada ontem, o fazendeiro diz que está disposto a prestar depoimento à polícia, caso seu mandado de prisão seja revogado. Num trecho da entrevista, José Maria conta que o carro do promotor estava sendo seguido pelo veículo onde estavam os três assassinos e que ele teria parado o veículo na rodovia, possivelmente a pedido da noiva.
“Um carro vinha dando sinal de luz atrás do veículo do promotor e ele parou o carro porque Mysheva pediu para ele parar. Essa verdade ela não fala. Também um casal ofereceu ajuda depois do crime, antes dos parentes dela passarem, e ela não quis. Isso ela não disse no depoimento”, acusa José Maria. Nos seus depoimentos, a advogada contou que o carro do noivo foi interceptado por outro veículo onde estariam os assassinos.
Os passos refeitos na reprodução simulada realizada nessa segunda-feira seguiram as informações da ex-noiva do promotor, Mysheva Martins, e de outras testemunhas. Veja o passo a passo:
O primeiro ponto da reprodução simulada foi o momento em que o promotor e Mysheva deixaram a casa dela, no centro de Águas Belas, no carro dele
Em seguida, o carro se dirigiu à Fazenda Nova, onde o casal fez uma parada para Mysheva pegar convites do casamento, que estava prestes a acontecer
Após deixar a fazenda, Thiago e Mysheva voltaram à casa dela, onde Thiago parou o carro, desceu e entregou uma encomenda a algum familiar da noiva
Da casa da advogada, o casal foi ao escritório dela, no centro de Águas Belas. Lá, o tio de Mysheva, identificado como Adaltivo Martins, entrou no carro
Após deixar Águas Belas, o carro seguiu para a PE-300, onde o veículo foi interceptado por um veículo com três homens
O homem que estava no banco traseiro apontou uma espingarda e fez o primeiro disparo. Thiago foi atingido no ombro e parou no acostamento
Depois de rodar alguns metros, o veículo com os suspeitos retornou e encostou no carro do promotor. O assassino fez mais três disparos e o trio foi embora
Quando o carro dos suspeitos retornava, Mysheva abriu a porta, pulou e se protegeu em uma vala. O tio desceu do carro de Thiago e fugiu pelo
acostamento
Ao ver que Thiago estava morto, Mysheva entrou em desespero e começou a gritar por socorro. Ela chorou bastante e tentou parar um carro para pedir ajuda.
Uma Hillux preta, onde estavam quatro pessoas, parou e um casal desceu para ajudar Mysheva. A advogada seguiu para o centro de Águas Belas
O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, 47 anos, que chegou a passar 65 dias preso no Centro de Triagem (Cotel), no Grande Recife, como suspeito de matar o promotor, compareceu à Delegacia de Águas Belas na manhã dessa segunda-feira. Edmacy atendeu a uma intimação para se apresentar aos delegados que investigam o caso, no entanto, se negou a participar da reprodução simulada depois de ter sido informado que a encenação seria feita apenas com base no depoimento de Mysheva Martins.
“Eu não posso participar da simulação de uma coisa que não presenciei. Sou inocente desse crime e vou provar isso, como já estamos conseguindo fazer”, afirmou o agricultor, que chegou à delegacia com três advogados e mais de dez parentes. Edmacy é cunhado do fazendeiro José Maria Pedro Rozendo, que, segundo a polícia, foi o mentor do assassinato do promotor Thiago Faria. Ele está com a prisão decretada pela Justiça, mas ainda não foi localizado pela polícia.
O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 10 mil por informações que levem à prisão. Na manhã de ontem, os parentes e advogados de Edmacy e José Maria acompanharam a reconstituição da abordagem ao carro do promotor. Essa cena foi a mais demorada de toda a reprodução simulada. Para que todos os detalhes fossem analisados e fotografados com precisão, o trânsito na PE-300 precisou ser interditado nos dois sentidos por mais de uma hora.