Sargento do Exército preso acusado por nove estupros

 

Com informações do Diario de Pernambuco

 

Um dos crimes que mais revolta a sociedade, sem querer dizer que os outros sejam menos revoltantes, é o de estupro. Obrigar uma pessoa a manter relações sexuais com outra sob agressão ou ameaças é algo inadmissível. Sem falar nos riscos de contrair doenças. A Polícia Civil prendeu ontem no Recife um militar que está sendo acusado de cometer pelo menos nove estupros. O sargento do Exército Jailson Alexandre  Serra, 40 anos, alega inocência.

A prisão aconteceu dois meses após ele registrar queixa, na Delegacia da Várzea, pelo roubo do seu carro depois de ter emprestado o veículo a uma sobrinha de 18 anos. Um detalhe, porém, chamou a atenção da polícia. O sargento não informou o estupro da jovem, ocorrido durante o roubo. A partir daí, descobriu-se que Jailson era acusado de atentado violento ao pudor em processo de 2006. E com uma foto antiga dele, que constava nesse processo, a polícia convocou vítimas de estupros que haviam registrado queixa naquela delegacia para verem a imagem. Oito apontaram o sargento como o autor dos crimes.

Na casa do sargento, policiais encontraram o que seriam provas dos estupros. Entre elas, uma moto preta, facas e luvas cirúrgicas. “As vítimas afirmam que o criminoso usava uma moto do tipo que localizamos, além de apontarem características semelhantes às do militar”, justificou o delegado titutar da Várzea, Frederico Bezerra Cavalcanti. Para o delegado, existem indícios de que o sargento planejou o crime contra a sobrinha. As mulheres,  inclusive a garota de 18 anos, ressaltaram ser o estuprador um homem de  estatura mediana e cabelos grisalhos. Os crimes ocorreram na Zona Oeste do Recife.
O sargento deve responder ainda pelos crimes de roubo, lesão corporal e tentativa de homicídio. Em um dos casos, a vítima teve um pulmão perfurado por uma faca ao reagir ao estupro. Preso no quartel do 4º Batalhão da Polícia do Exército, Jailson nega os crimes. O Exército abriu inquérito para investigar o caso, o que pode resultar na expulsão dele das Forças Armadas. A Polícia Civil tem dez dias para concluir os inquéritos. “É possível que novas denúncias surjam à medida que a imagem dele for sendo divulgada”, acredita o delegado.

 

Irmão de Mução ainda está preso no Centro de Triagem

 

Mução (C) chegou a vir para o Recife quando foi preso como suspeito em Fortaleza (REPRODUCAO/TV CLUBE)
Mução (C) chegou a vir para o Recife quando foi preso como suspeito em Fortaleza

Até o fim desta semana, a Polícia Federal deverá entregar o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF). Materiais de HDs, tablets, celulares e pen drives usados pelo radialista foram recolhidos para perícia em cinco imóveis residenciais e comerciais de Mução. Segundo a polícia, apesar do compartilhamento de imagens, não é possível associar a rede a casos de pedofilia. Outras 31 pessoas continuam sendo investigadas em todo o país por participação na quadrilha. Nesta terça-feira, os advogados de Bruno Vieira Emerenciano, 31, chegaram no Recife para ler o decreto de prisão e nesta quarta-feira devem entrar com um pedido de habeas corpus. Bruno foi preso depois de ter contado à polícia que cometeu os crimes usando a identidade do irmão famoso.

Quando foi preso, no dia 28 de junho, o radialista negou a participação no caso, apesar dos fortes indícios. A polícia chegou a afirmar que era particamente impossível que Mução não tivesse participação na rede. Até que as investigações chegaram ao irmão dele. Procurados, familiares não quiseram comentar o caso. “Fomos orientados por nossos advogados a não dar novas declarações”, explicou a irmã dos envolvidos, Renata Vieira. Os advogados também não comentaram a reviravolta no caso. À época, eles afirmaram que o radialista estava tranquilo, pois tinha certeza da inocência.

A operação Dirty Net é um desdobramento da operação Caverna do Dragão, que levou à descoberta dos outros integrantes do grupo. A organização funcionava através de uma rede privada, criptografada, em um programa de compartilhamento. Para entrar, os usuários precisavam de convite e aprovação dos outros participantes. Cada um tinha sua própria coleção de imagens, que disponibilizavam para os outros, sem comercialização. Durante as operações, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão.

Delegado Tiago Cardoso fala sobre os dias no Cotel

 

Quase quatro meses após sua chegada ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, o delegado Tiago Cardoso, que foi preso em março deste ano suspeito de comandar um esquema criminoso dentro da Delegacia de Combate à Pirataria, a qual ele comandava,  falou com exclusividade ao repórter André Estanislau e ao cinegrafista Jackson Gomes da TV Clube, do grupo Diários Associados. A entrevista foi exibida no programa Cardinot Aqui na Clube.

Na conversa, Tiago Cardoso diz que a vida dele virou um inferno após a prisão. Ele conta ainda o que tem feito para passar os dias dentro da unidade e relata como foram os minutos em que os colegas policiais invadiram seu apartamento para fazer a prisão. O delegado, que está afastado das funções até que o processo seja julgado, disse que perdeu quatro quilos após chegar ao Cotel e que pretende responder ao processo em liberdade.

Confira a entrevista completa:

Preso perde olho direito após ser baleado

 

A Secretaria de Ressocialização do Estado (Seres) abriu uma sindicância para apurar de que forma o preso Brian Mignac, 19 anos, foi atingido por uma bala de borracha e perdeu o olho direito. O incidente aconteceu na manhã dessa segunda-feira quando o rapaz, que está preso no pavilhão O do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, no Complexo Aníbal Bruno, estava deixando a unidade para ir a uma audiência. Na hora, alguns presos estariam armados com facas e provocando tumulto na prisão. Foi quando um policial militar, ainda não identificado, atirou com balas de borrachas para conter a confusão e acabou acertando Brian. Os detentos do local ficaram revoltados e chegaram a jogar pedras no corpo da guarda. Ferido, o preso foi levado para o Hospital da Restauração, de onde foi transferido para a Fundação Altino Ventura. O jovem passou por uma cirurgia, mas ainda espera na enfermaria do presídio até voltar ao hospital para colocar uma prótese no olho, já que o globo ocular foi retirado. A família ainda não decidiu de que forma vai agir, mas adiantou que quer justiça. “Meu filho é muito jovem. Ele perdeu um órgão e está muito nervoso com tudo isso. Queremos justiça”, desabafou a dona de casa Sandra Mignac, mãe de Brian. Casos de presos que ficam cegos dentro de unidades prisionais do estado têm sido recorrentes. Leia mais sobre o caso na edição impressa do Diario de Pernambuco desta quinta-feira.