O delegado João Gustavo Godoy, titular da Delegacia do Cordeiro, vai investigar dois estupros ocorridos embaixo da Ponte do Derby, no bairro de mesmo nome, neste mês. Além de uma adolescente de 16 anos, que sofreu abuso sexual no último dia 5, uma mulher de 24 anos também foi abordada e abusada sexualmente no dia 10 deste mês. As duas vítimas foram abordadas aproximadamente no mesmo horário, por volta das 22h30. Informações extra-oficiais indicam que o suspeito dos dois crimes seja o mesmo. Os abusos aconteceram nas proximidades do Quartel da Polícia Militar.
Segundo o delegado João Gustavo Godoy, na manhã desta terça-feira, a adolescente de 16 anos e sua mãe estiveram na delegacia. “A adolescente estava muito nervosa e quem conversou comigo foi a mãe dela. Elas estiveram na delegacia para saber se tínhamos alguma informação que pudesse chegar ao suspeito. Ainda não recebi o Boletim de Ocorrência que foi aberto na DPCA”, ressaltou Godoy, acrescentando que também teria tomado conhecimento do estupro contra a mulher de 24 anos.
Em seu depoimento à polícia, a vítima mais velha contou que foi levada para debaixo da ponte pelo suspeito que teria insinuado estar armado. A mulher contou que o suspeito dizia ser adolescente e que já teria sido apreendido outras duas vezes por estupro e uma por furto. Além disso, a vítima contou que o suspeito afirmou ter sido liberado da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) recentemente.
Cinco estupros são registrados pela polícia por dia em Pernambuco. De janeiro a agosto deste ano, 1.126 casos chegaram à Secretaria de Defesa Social (SDS). Embora as estatísticas sejam assustadoras em todo Brasil, o retrato fiel da violência sexual pode ser muito pior. O 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que apenas 35% das vítimas de crimes sexuais denunciam o caso às autoridades.
Muitas dessas vítimas são violentadas por familiares. Outras, como nos casos divulgados recentemente, são abordadas por desconhecidos. A Lei Federal 12.015/2009 alterou a conceituação de estupro, passando a incluir, além da conjunção carnal, os atos libidinosos e atentados violento ao pudor. Entre as vítimas, estão homens e mulheres, embora o sexo feminino seja o mais atingido.
A delegada Marta Rosana, assessora do Departamento de Polícia da Mulher (DPMul), ressaltou que não existe um perfil formado de agressores nem de vítimas de estupros. “Muitas mulheres que chegam à delegacia são vítimas de seus maridos, namorados, irmãos, pais, avós ou vizinhos. Além dessas, existem aquelas que são escolhidas aleatoriamente por criminosos nas ruas. No entanto, a maior parte dos casos vêm de áreas periféricas”, apontou a delegada.
A policial orienta também que as vítimas de estupro devem procurar atendimento médico imediato. Um serviço diferenciado e sigiloso é oferecido desde o mês de julho pelo Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência Sony Santos, localizado no Hospital a Mulher do Recife. Lá, além da assistência psicossocial, a mulher poderá fazer toda a profilaxia e registrar o boletim de ocorrência, caso seja da sua vontade.
Ainda segundo o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 51.090 casos de estupros foram registrados em todo o Brasil no ano de 2013. No ano seguinte, houve uma redução de 6,7%, quando aconteceram 47.646 crimes no país. Nesses dois anos, Pernambuco ficou na oitava colocação entre os estados com o maior número de casos. O estado com a maior quantidade de estupros também no mesmo período foi São Paulo, a segunda colocação ficou com o Rio de Janeiro.
Dados do Anuário revelam ainda que no Recife aconteceram 510 crimes de estupros no ano de 2013 e 456 casos em 2014. Apesar dos números de crimes sexuais apresentarem redução em relação aos meses de janeiro a agosto deste ano comparados ao mesmo período do ano passado, os casos registrados em bairros de classe média do Recife levaram uma onda de pânico ao público feminino.
Para tentar escapar dos abusos, algumas mulheres estão investindo em técnicas de defesa pessoal. Como em todos os casos de violência, a polícia recomenda também que em possíveis estupros as vítimas não devem reagir, sobretudo se o agressor estiver armado. “É difícil dizer a uma mulher que está prestes a ser violentada que não reaja. Mas ela precisa entender que a vida é o seu bem maior. O trauma de um estupro, mas duro que seja, pode ser superadom, mas a vida não volta”, comentou a delegada Marta Rosana.
Outro tipo de crime sexual que vem preocupando a polícia e especialistas é o chamado “estupro corretivo”. São casos onde uma ou mais pessoas estupram homossexuais ou bissexuais como forma de “corrigir” sua sexualidade. O blog traz relatos de duas vítimas de estupro, uma delas que foi abusada pelo irmão por ser lésbica.
“Vivo trancada dentro de casa”
Dois meses e 22 dias depois de ter sido estuprada no bairro da Torre, na Zona Norte do Recife, uma doméstica de 40 anos não consegue dormir sem tomar remédios. Também nesse período, não conseguiu ainda ter relações sexuais com o marido. Era uma sexta-feira, dia 8 de julho, quando a vítima seguia para o trabalho, em outro bairro da Zona Norte. No meio do caminho foi abordada por um homem que anunciou o assalto. Após entregar seu telefone celular, como havia sido exigido pelo criminoso, a doméstica pediu para ir embora. No entanto, o homem que a segurava pelo pescoço, diante de ameaças, a fez seguir com ele até o final da Ponte da Torre, onde aconteceu a abordagem, para dar início a outro crime. O de estupro.
“Até hoje não estou dormindo na mesma cama que o meu marido. Também não consigo abraçar as pessoas direito e vivo trancada dentro de casa. Fiquei muito assustada depois de tudo que passei”, contou a vítima. A abordagem à doméstica aconteceu num horário de muito movimento. O crime foi praticado por volta das 12h e numa região onde transitam crianças e adolescentes alunos de escolas nas proximidades. “Ele mandou eu fingir que a gente era um casal de namorados e falou que se reagisse iria me matar. Foi quando ele me levou para a beira do rio, numa área por baixo da ponte, e fez o que queria comigo. Naquela hora eu só pedia a Deus para que ele não me matasse”, lembrou a doméstica.
Depois do abuso sexual, o criminoso foi embora levando o celular da vítima. Desesperada, ela saiu andando até a Praça do Derby, de onde telefonou para o marido pedindo ajuda. “Depois que meu marido chegou fomos para o hospital, delegacia e até fazer exames no IML (Instituto de Medicina Legal). Não desejo para ninguém o que eu passei. Eu só pensava nos meus dois filhos. Graças a Deus, agora ele está preso. Espero que pague por tudo que fez”, ressaltou a vítima.
No dia 8 deste mês, uma empresária de 32 anos foi abordada quando saía de uma lavanderia na Rua Amélia, nas Graças. O crime aconteceu por volta das 12h, quando o suspeito levou a vítima até a BR-101 Sul onde a estuprou. A situação foi muito parecida com a abordagem à estudante de medicina, no bairro de Parnamirim. A universitária de 29 anos foi abordada por volta das 18h do dia 16 de agosto, na Rua André Cavalcante, quando chegava na casa dos pais.
Ao abrir a porta do carro, ela foi surpreendida pelo suspeito que estava armado com uma faca. Ele invadiu o carro, assumiu a direção e seguiu com a universitária. Segundo a polícia, a vítima foi estuprada às marrgens da BR-101, foi fotagrafada nua e com roupa pelo suspeito e, por volta das 22h, abandonada com o veículo, nas proximidades da estação de metrô Antônio Falcão, na Imbiribeira. O criminoso fugiu levando o telefone celular da estudante. Por volta das 18h do último dia 19, uma estudante também foi vítima de estupro no bairro da Madalena. O crime aconteceu nas proximidades da Rua José Osório. Segundo relato da vítima, o agressor estava de bicicleta no momento da abordagem.
A dor provocada pelo próprio irmão
Quando tinha apenas 16 anos, Roberta (como iremos chamar nossa personagem) já sabia que gostava de mulheres. Também com essa idade, teve sua primeira namorada, sem que a família soubesse. Um dia, Roberta chegou em casa e encontrou um dos seus irmãos, aquele com o qual ela mais se identificava. O que mais era seu amigo. “Quando eu entrei em casa, ele perguntou de onde eu estava chegando. Respondi que vinha da casa de uma amiga. Foi quando ele me trancou no meu quarto e praticou todos os tipos de sexo comigo. Fiquei em estado de choque e ele dizia que estava fazendo aquilo para que eu aprendesse a gostar de homens. Foi horrível”, recordou Roberta. O crime aconteceu há 26 anos e não foi denunciado à polícia. A família preferiu o sigilo. Ela era caçula de sete irmãos.
O que houve com Roberta, que hoje tem 44 anos e mora num município da Região Metropolitana do Recife (RMR), é o que se denomina estupro corretivo. São casos onde uma ou mais pessoas abusam sexualmente de homossexuais ou bissexuais sob a alegação de “corrigir” a opção sexual de quem está sendo agredido. “Cheguei a mostrar para minha mãe o lençol da minha cama todo manchado de sangue e contei o que havia acontecido, mas ela não fez nada. No dia seguinte, tive que jantar na mesma mesa que meu irmão. Depois de muitos anos, numa conversa comigo, ele disse que estava arrependido e queria morrer. Respondi que para mim ele já estava morto. Até hoje quase não tem contato com ele”, contou Roberta.
Segundo a assessora do Departamento de Polícia da Mulher, delegada Marta Rosana, alguns casos de estupro corretivo têm chegado às delegacias especializadas recentemente. “Não posso dizer quantos são agora, mas algumas vítimas têm prestado queixa desse tipo de estupro. Geralmente são mulheres lésbicas que foram violentadas por homens”, apontou a delegada. Em junho, a Polícia Civil começou a investigar um estupro ocorrido no bairro do Passarinho, em Olinda. A vítima era lésbica e disse ter sido estuprada por pelo menos três homens durante a comemoração de uma festa de São João perto de onde elas moravam.
Para a advogada, feminista e assistente de programas da ONG ActionAid no Brasil Jéssica Barbosa o estupro corretivo é uma expressão de uma tentativa de imposição de uma suposta superioridade masculina. “O machismo não consegue respeitar ou aceitar que duas mulheres se amem e sintam prazer sem que um homem esteja envolvido. Daí, surge a perversa ideia de que um homem é capaz de “corrigir” aquilo que, na verdade, é a expressão da sexualidade de duas mulheres. Também se baseia na crença de que uma mulher só é lésbica porque ainda não conheceu algo que, em muitos momentos, se chama de homem de verdade”, destacou.
Cinco estupros são registrados pela polícia por dia em Pernambuco. De janeiro a agosto deste ano, 1.126 casos chegaram à Secretaria de Defesa Social (SDS). Embora as estatísticas sejam assustadoras em todo Brasil, o retrato fiel da violência sexual pode ser muito pior. O 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que apenas 35% das vítimas de crimes sexuais denunciam o caso às autoridades.
Muitas dessas vítimas são violentadas por familiares. Outras, como nos casos divulgados recentemente, são abordadas por desconhecidos. A Lei Federal 12.015/2009 alterou a conceituação de estupro, passando a incluir, além da conjunção carnal, os atos libidinosos e atentados violento ao pudor. Entre as vítimas, estão homens e mulheres, embora o sexo feminino seja o mais vitimado. Na superedição deste final de semama, o Diario de Pernambuco traz relatos de duas vítimas de estupro, uma delas que foi abusada pelo irmão por ser lésbica. O jornal já pode ser comprado a partir deste sábado.
O número de estupros em Pernambuco caiu 21% este ano em comparação com o ano passado. No entanto, mesmo com a redução, o estado amarga 1.149 casos de janeiro a julho de 2015. A Polícia Civil apresenta hoje um suspeito de abusar de pelo menos 21 mulheres na Zona Sul. Além de abusar das vítimas, ele também roubava seus celulares e fazia fotos delas após a violência ser consumada.
Wilton Sérgio de Araújo Cavalcanti, 26 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Boa Viagem. De acordo com o delegado Manoel Martins, chefe da seccional de Boa Viagem, o número de vítimas pode aumentar. Com Wilton Sérgio foram apreendidos 26 aparelhos de celular. “Temos, inclusive, um mapa com os lugares onde ele agia”, comentou Martins.
A profissão do suspeito, informada pela polícia, é contratante de caminhão de empresa de logística. Os investigadores não disseram quando e onde ele foi preso, mas informaram que o mandado de prisão foi cumprido por policiais coordenados pelo delegado Wagner Domingues.
Após ser recolhido à delegacia, Wilton Sérgio foi reconhecido como autor dos crimes por diversas vítimas que já estiveram no local. Além das provas que serão detalhadas hoje, em uma entrevista coletica, a polícia também utilizou exames de DNA para dar mais subsídios à investigação. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os testes deram positivo para todas as vítimas que compareceram à delegacia desde a prisão de Wilton Sérgio.
Outro caso
Em cinco dias, esta será a segunda apresentação, pela polícia, de um suspeito de múltiplos estupros no Recife. Na sexta-feira, a Delegacia da Várzea anunciou a captura de Geraldo Vieira da Silva, 34 anos, que agia no bairro da Várzea, violentando estudantes universitárias.
Ele foi reconhecido por duas das vítimas, sendo a última delas uma aluna de 22 anos do curso de psicologia da UFPE. O crime ocorreu há oito dias, na Avenida General Polidoro, a principal da Cidade Universitária.
Geraldo também é acusado de abusar de uma estudante de farmácia de 21 anos da UFPE. O crime também teria ocorrido na mesma via. Os dois atos foram filmados por câmeras de segurança de empresas localizadas nas proximidades. As empresas forneceram as imagens à polícia, colaborando com a investigação. O delegado Joel Venâncio também espera que, com a divulgação, possam aparecer mais vítimas.
O número de estupros no Brasil subiu 18,17% em 2012, na comparação com o ano anterior, aponta o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Em todo o país, foram registrados 50,6 mil casos, o correspondente a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Em 2011, a taxa era de 22,1.
Os estados com as maiores taxas de estupro para cada 100 mil habitantes foram Roraima, Rondônia e Santa Catarina. As menores taxas, por sua vez, ocorreram na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Minas Gerais. O relatório completo será divulgado hoje em São Paulo.
Segundo dados do documento, o total de estupros (50,6 mil casos) superou o de homicídios dolosos (com intenção de matar) no país. Foram registradas 47,1 mil mortes por homicídio doloso em 2012, subindo de 22,5 mortes por grupo de 100 mil habitantes em 2011, para 24,3 no ano passado, uma alta de 7,8%.
O estado de Alagoas continua liderando no país o ranking de homicídios dolosos com 58,2 mortes por grupo de 100 mil habitantes, mas houve redução da taxa. Em relação a 2011, o índice recuou 21,9%, ou seja, passou de 2,3 mil mortes em 2011, para 1,8 mil mortes em 2012. No grupo de estados com as menores taxas de morte por grupo de 100 mil habitantes estão Amapá (9,9), Santa Catarina (11,3), São Paulo (11,5), Roraima (13,2), Mato Grosso do Sul (14,9), Piauí (15,2) e Rio Grande do Sul (18,4).
A população carcerária cresceu 9,39%. Em 2011, havia 471,25 mil presos no país, número que saltou para 515,5 mil em 2012. Já as vagas nos presídios cresceram menos – eram 295,43 mil em 2011 e passaram a 303,7 mil no ano passado, aumento de 2,82%.
O suspeito preso por participação no assalto em que um sargento da Polícia Militar e sua esposa foram baleados em Igarassu, no domingo, pode ser um dos autores dos estupros que vêm aterrorizando o distrito de Cruz de Rebouças. Diego Anunciado, 19 anos, foi preso e um adolescente de 17 anos foi apreendido pelos PMs do Grupo de Apoio Tático Itinerante do 17º BPM. Com a dupla, os policiais encontraram o revólver calibre 38 usado no crime e a pistola .40 que pertencia ao PM.
“Depois que o prendemos, a população passou informações de que Diego seria um dos quatro homens que estão praticando os estupros”, disse o soldado Écliton Nunes, que participou da prisão. O suspeito negou ligação com os estupros. O delegado de Cruz de Rebouças, Roberto Geraldo, vai mostrar a foto dele às vítimas, mas adiantou que ainda não há qualquer confirmação sobre ele ser um dos suspeitos.
A rotina de medo na comunidade foi mostrada pelo Diario na última quinta-feira. Após pelo menos três casos de estupro contra adolescentes do sexo feminino, muitas jovens evitam sair de casa e são acompanhadas por parentes na ida e na volta da escola.
Buscas
A polícia procura o terceiro envolvido no assalto contra o policial e sua esposa. Durante a investida, as vítimas foram atingidas por um mesmo tiro. O sargento Luiz Rodrigues de Lima e Silva, baleado no pescoço, está internado em estado grave no Hospital da PM, para onde foi transferido do Hospital da Restauração ontem à tarde. Adriana Lisboa, 35, sofreu um ferimento de raspão no braço e passa bem. O crime foi cometido por volta das 21h, quando o sargento, que é lotado no Quartel do Derby, voltava da igreja na companhia da esposa e dos filhos. Eles passavam por um retorno da BR-101 quando foram abordados.
Segundo o tenente-coronel Hailton Araújo, comandante do 17º BPM, os dois suspeitos já sob custódia confessaram participação na investida, mas um apontou o outro como autor do disparo. Ambos foram reconhecidos por Adriana Lisboa. O adulto foi encaminhado ao DHPP, autuado em flagrante e levado para o Cotel, em Abreu e Lima. Já o adolescente ficará à disposição do MPPE.
“O sargento não reagiu ao assalto. Ele é evangélico e chegou a pedir aos ladrões que não atirassem porque estava com a família no carro. Mesmo assim, um dos assaltantes acabou atirando”, disse o soldado Écliton Nunes. Segundo ele, as duas armas foram encontradas na casa de Diego. “Também havia vários tipos de munição e R$ 800 em dinheiro”.
O medo é o companheiro mais comum dos moradores de Cruz de Rebouças, em Igarassu, nos últimos dias. Segundo a população, uma onda de estupros contra meninas e adolescentes da localidade está deixando todos assustados e virou motivo de preocupação para as autoridades que ainda não conseguiram dar uma resposta efetiva à sociedade. O primeiro caso foi denunciado à polícia há cerca de um mês. Depois disso, pelo menos outras três pessoas sofreram abusos.
Na manhã dessa quarta-feira, uma garota de 17 anos quase foi violentada, mas conseguiu fugir. Na terça-feira, uma grupo de aproximadamente 200 pessoas foi às ruas pedir que a polícia tomasse providências. O temor se espalhou de tel forma que a Câmara de Vereadores da cidade exigiu, em audiência pública, o reforço do policiamento.
O modo como os estupros aconteceram leva a crer que se trata de uma quadrilha que age à luz do dia, sem temer a ação da polícia. Adolescentes de 14 a 17 anos, sozinhas, são agarradas e jogadas dentro do carro, cujos modelo e placa ainda não foram identificados. Após serem estupradas, as vítimas são deixadas, seminuas, no meio da rua. As mães não deixam mais suas filhas andarem sozinhas.
Uma das garotas, de 14 anos, foi abordada na rua ao lado do colégio onde estuda. “A população deve nos procurar. Toda informação é importante para que a gente possa identificar os criminosos”, pontuou o delegado Roberto Geraldo. Ele afirmou que já está investigando algumas pessoas que podem ter relação com a onda de estupros. A polícia diz que está se mexendo, porém os criminosos estão agindo de maneira muito mais rápida e a população não tem tempo para esperar que novas vítimas sejam feitas. Atenção polícia e gestores públicos, esse problema deve ser resolvido logo e os acusados presos.
Com informações do repórter Raphael Guerra do Diario de Pernambuco