Policiais civis fazem assembleia e passeata nesta terça-feira

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) realiza na manhã desta terça-feira uma assembleia em frente à sede do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, com previsão também de uma passeata até o Palácio do Campo das Princesas. Na assembleia será decidido se a paralisação da categoria será de 24, 48 ou 72 horas. Segundo o Sinpol, a medida será votada por conta do tratamento que o governo de Pernambuco tem dado à categoria e à segurança pública do estado.

Policiais saíram do Sinpol  até o Palácio do Campos das Princesas
Policiais civis devem sair do Sinpol até o Palácio do Campos das Princesas

“Não é novidade para a sociedade pernambucana que a segurança pública de Pernambuco passa por uma profunda crise, faltando comando e sobrando trapalhadas. Os policiais civis de Pernambuco têm o pior salário do Brasil e trabalham diariamente em condições desumanas, sendo obrigados a fazer cotas para material de escritório, água, copos e até mesmo a limpeza das delegacias e Institutos da Polícia Civil. A situação é caótica”, informou a nota oficial divulgada pelo sindicato.

Atualização dia 03/08/16 às 11h10

Depois da assembleia e da passeata realizadas nessa terça-feira, uma comissão do Sinpol foi recebida por representantes do governo no Palácio do Campo das Princesas. Depois da conversa, a categoria decidiu que não faria paralisação das atividades, pelo menos por enquanto.

Obras no entorno do Complexo do Curado estão suspensas

As obras no entorno do Complexo Prisional do Curado, que envolviam a desapropriação e remoção de residências, estão suspensas. A decisão foi tomada depois de reunião realizada ontem entre uma comissão formada por 10 moradores e o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, no Palácio do Campo das Princesas. Em nota, o governo afirmou que “tendo em vista a abertura do diálogo entre as partes, fica suspensa qualquer ação, física, técnica ou jurídica” no entorno da unidade prisional.

Moradores fizeram protesto ontem. Foto: Rafael Martins/ Esp. DP
Moradores fizeram protesto ontem. Foto: Rafael Martins/ Esp. DP

A remoção de cerca de 50 casas dos arredores do complexo está prevista no decreto 42.862/16, publicado no Diário Oficial em abril. A intervenção ocorreria para criar um perímetro de segurança no entorno das três unidades prisionais e foi determinada depois da fuga de dezenas de presos, em janeiro, após uma bomba ter sido detonada destruindo o muro. O decreto, mesmo diante da decisão de ontem, segue mantido.

Na próxima quinta-feira, haverá uma audiência na Câmara dos Vereadores. O governo afirmou que irá encaminhar um representante ao encontro. Os moradores do entorno do complexo estão mobilizados desde fevereiro. Segundo eles, a construção do perímetro afetaria cerca de 300 famílias e mais do que as 50 casas especificadas no decreto.

O encontro havia sido marcado na última semana, de acordo com os moradores, que pretendiam ser atendidos pelo governador Paulo Câmara. O gestor, afirmou a assessoria, estava em Arcoverde. Os moradores voltaram a reivindicar o encontro na tarde de ontem e realizaram um protesto, com cerca de 100 pessoas, na frente da sede do governo estadual durante a tarde.

Iraci e Edson não querem deixar a casa. Foto: Julio Jacobina/DP
Iraci e Edson não querem deixar a casa onde moram. Foto: Julio Jacobina/DP

“Já tentamos nos reunir mais de cinco vezes. Entregamos um projeto no qual mostramos que é possível construir esse muro dentro da unidade, sem precisar retirar as casas. O ideal, para a gente, seria retirar o presídio dali”, afirmou o enfermeiro e um dos representantes da comunidade Marcone Marques, 45 anos, que mora na localidade desde que nasceu.

Greve da Polícia Militar chega ao fim no estado

Policiais militares de Pernambuco encerram na noite desta quinta-feira a greve que durou dois dias. Depois de uma assembleia realizada na frente do Palácio do Campo das Princesas, o grupo que estava aquartelado deve retornar aos poucos ao trabalho. Durante a paralisação, diversos saques e assaltos foram praticados na Região Metropolitana do Recife (RMR), deixando a população assustada.

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