Apesar de ter sido concluído na semana passada, o inquérito que investiga a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão ainda não foi encaminhado à Justiça. Isso porque o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) André Rabelo, que acompanha o caso, pediu que a delegada Vilaneida Aguiar realizasse novas diligências.
Com nove volumes e dois anos de investigação, o inquérito sobre a morte do empresário vai afirmar se houve e quem foi ou foram os responsáveis pelo assassinato de Sérgio. Ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em 28 de agosto de 2012, em seu apartamento na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Nem a polícia, nem o MPPE informaram quais serão as novas diligências a serem feitas. O que se sabe é que precisam ser sigilosas.
Três novos depoimentos estão marcados para a próxima semana no inquérito que a apura a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, que foi encontrado morto dentro do seu apartamento no dia 28 de agosto do ano passado, na Avenida Boa Viagem.
Devem ser ouvidos pelo delegado Erivaldo Guerra, da Delegacia de Boa Viagem, a mãe e o sobrinho de Sérgio e outra pessoa que não teve a identidade revelada. Ontem pela manhã, o delegado ouviu o depoimento do chaveiro que teria sido contratado para abrir os cofres do empresário, que ficavam em dois escritórios. A polícia está investigando o suposto furto de um valor de R$ 350 mil que pertenciam a Sérgio Falcão.
Apesar de não poder comentar o teor do interrogatório do chaveiro, o delegado Erivaldo Guerra informou que o depoimento durou aproximadamente uma hora. O rapaz, que não teve o nome revelado, teria sido contratado pela família do empresário para abrir os cofres que ficam no escritório de Falcão e no da mãe dele, ambos localizados na Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
O caso começou a ser investigado depois que a viúva do empresário, Adriana Miranda, formalizou, no mês de julho, uma queixa-crime alegando que, dias após a morte de Falcão, os familiares retiraram o dinheiro do cofre. A família do empresário informou que os cofres foram abertos mas apenas para a retirada de fotografias e documentos de Sérgio Falcão.
Em entrevista ao Diario no ínicio desta semana, o advogado da irmãs do empresário, Ernesto Cavalcanti, declarou acreditar que a queixa feita pela viúva foi uma maneira de prejudicar os familiares que estão disputando a guarda do filho do casal na Justiça. A avó paterna conseguiu o direito de ficar com a criança em fins de semana intercalados e em alguns dias da semana preestabelecidos.
O promotor André Rabelo já entregou para a delegada Vilaneida Aguiar do Departamento de Homicíidos e Proteção à Pessoa (DHPP) as respostas das 17 perguntas que ele havia feito aos peritos do Instituto de Criminalística (IC) sobre o caso Sérgio Falcão. Segundo o promotor, os questionamentos respondidos pelos peritos não conseguiram o convencer que o empresário cometeu suicídio.
Rabelo vai esperar agora a delegada remeter o inquérito ao MPPE, o que deve acontecer ainda neste mês. “Por tudo que eu vi até agora, essa morte foi um homicídio. Os peritos estão pensando que são Deus. Numa investigação, a perícia, muitas vezez, é apenas 10% do resultado”, apontou o promotor. Em coletiva de imprensa na manhã dessa segunda-feira, o presidente da Associação da Polícia Científica de Pernambuco, Enock Santos, voltou a afirmar que o empresário Sérgio Falcão cometeu suicídio.
Em duas horas de um depoimento cercado de contradições, o policial militar reformado Jailson Melo, 53 anos, suspeito de assassinar o empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52, em agosto do ano passado, voltou a afirmar nessa quarta-feira, ao sair do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que é inocente. Segundo informações extraoficiais, o inquérito sobre o caso, ocorrido há nove meses no apartamento da vítima, na Avenida Boa Viagem, deve ser concluído em junho. Além do indiciamento de Jailson, considerado o executor, outras pessoas que teriam envolvimento no crime serão denunciadas à Justiça.
A linha principal é de que o homicídio foi motivado por interesses no patrimônio financeiro da vítima, que, apesar da crise da Construtora Falcão, mantinha contas no exterior. A defesa do suspeito segue com a tese de negativa de autoria. “Jailson não mudou em nada o depoimento. Sérgio Falcão puxou a arma que estava na cintura dele (do PM) e atirou contra a boca. Foi um ato de covardia, que acabou prejudicando outra pessoa”, disse o advogado André Fonseca. Na saída do DHPP, o suspeito voltou a afirmar que era inocente. Durante o depoimento, a delegada Vilaneida Aguiar questionou se Jailson Melo poderia participar de uma nova reconstituição. Ele se negou a repetir a simulação.
Espera
Enquanto junta as últimas peças do quebra-cabeça, a polícia ainda aguarda a entrega das respostas aos 17 questionamentos feitos sobre o laudo do Instituto de Criminalística, que apontou o suicídio – contrariando as investigações. Uma lesão na testa e outra na região esquerda da cabeça, além de marcas no chão, apontariam para luta corporal entre vítima e suposto assassino.
O laudo negou que houve agressão. Outra dúvida: os óculos da vítima estavam por baixo de um dos pés dela. Como foram parar lá? Hoje completam-se 70 dias de espera. O promotor André Rabelo afirmou que pode responsabilizar criminalmente os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos, se entender que houve protelação para divulgação dos resultados.
A perícia pernambucana mais uma vez se vê encurralada diante de questionamentos sobre o trabalho desenvolvido por seus profissionais e pela demora excessiva no cumprimento dos prazos de entrega dos laudos, o que acaba causando prejuízos ao inquérito policial. A morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52, em Boa Viagem, que completou nove meses ontem, virou mais um caso emblemático. Faz 68 dias que o promotor de Justiça André Rabelo aguarda respostas de 17 dúvidas enviadas ao Instituto de Criminalística (IC). O laudo apontou suicídio como causa da morte da vítima. Rabelo afirmou que pode responsabilizar criminalmente os peritos, se entender que houve protelação para divulgação dos resultados exigidos por ele.
O inquérito aguarda apenas essas respostas para ser concluído. “O IC está retardando o que tem obrigação de fazer. O requisitório enviado pelo Ministério Público precisa ser respondido, pois é uma exigência. Se observar que os profissionais estão se omitindo a cumprí-lo, eles serão responsabilizados”, disse o promotor, que resolveu quebrar o silêncio ontem, após a TV Clube exibir, com exclusividade, uma reportagem em que o perito George Sanguinetti analisa o material colhido pela perícia pernambucana e contesta a versão de suicídio. Para ele, as provas apontam para um assassinato. O perito, que vive em Alagoas, é famoso por investigar casos como a morte de PC Farias e de Isabela Nardoni.
Rabelo disse que, diante do que analisou até agora, Sérgio não pegou na arma que tirou a sua vida. Uma lesão na testa e outra na na região esquerda da cabeça, além de marcas no chão, apontariam para uma luta corporal entre vítima e suposto assassino, o PM reformado Jailson Melo, que trabalhava como segurança dela. “Nem exame residuográfico nas mãos do suspeito foi feito pela perícia. Os peritos deram um tiro no pé. Se comprovar que houve obstrução de provas, posso denunciá-los à Justiça. Não há justificativa para a demora dos resultados dos questionamentos. Isso acontece porque eles não têm as respostas”, completou o promotor, que, assim como a polícia, crê em assassinato a mando de outras pessoas.
Silêncio
A delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelo inquérito da morte do empresário, preferiu manter o silêncio sobre a polêmica. Mas, nos bastidores, ela também não esconde a insatisfação pelos resultados do laudo assinado pelos peritos criminais Sérgio Almeida e Jairo Lemos. Ambos estão proibidos de se pronunciar. Nem mesmo diante das críticas, a direção do IC quis falar.
Foi adiada para uma data ainda a ser definida a nova reconstituição da morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos. A reprodução simulada estava prevista para esta terça-feira, mas como o PM reformado Jailson Melo, suspeito de ter matado a vítima com um tiro na boca, em 28 de agosto do ano passado, decidiu que não iria participar, os peritos do Instituto de Criminalística resolveram adiar o procedimento.
A delegada responsável pelas investigações, Vilaneida Aguiar, disse que a próxima reconstituição acontecerá com três novas testemunhas, entre elas a irmã do empresário, a médica Alda Falcão, que chegou ao apartamento dele antes da polícia, mas não entrou no quarto onde estava o corpo. A nova simulação foi solicitada pelo MPPE, que acredita no assassinato a mando de outra pessoa. Já a perícia apontou suicídio.
A nova reconstituição da morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, está confirmada para a próxima terça-feira. A defesa do PM reformado Jailson Melo, suspeito de ter matado a vítima com um tiro na boca, em 28 de agosto do ano passado, ainda não decidiu, entretanto, se ele participará da simulação.
O advogado André Fonseca disse que só definirá isso no dia da simulação, quando se encontrar com o seu cliente. A delegada responsável, Vilaneida Aguiar, garantiu que mesmo sem a presença do principal suspeito, a reconstituição acontecerá, inclusive com três novas testemunhas, entre elas a irmã do empresário, a médica Alda Falcão, que chegou ao apartamento dele antes da polícia, mas não entrou no quarto onde estava o corpo.
Quatro peritos diferentes dos que participaram do primeiro laudo irão participar. A nova simulação foi solicitada pelo MPPE, que acredita no assassinato a mando de outra pessoa. Já a perícia apontou suicídio.
Oito meses após a morte do empresário Sérgio Falcão, que levou um tiro na boca dentro de seu apartamento na Avenida Boa Viagem, uma nova reconstituição tentará, finalmente, apontar se ele foi assassinato ou se suicidou. A simulação foi marcada para o dia 30 e deverá apresentar surpresas, com a presença de três novas testemunhas.
A defesa do PM reformado Jailson Melo, que é suspeito de matar o construtor de 52 anos e participou da primeira simulação em 3 de setembro do ano passado, seis dias após a tragédia, afirmou que ainda não decidiu se ele estará nesta segunda reconstituição. O advogado André Fonseca disse que vai avaliar as condições psicológicas do suspeito, que está em liberdade, para tomar uma decisão. Mesmo assim, a delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelo caso, garantiu que a nova dramatização está mantida. “Ninguém é obrigado a produzir provas contra si”, ponderou Vilaneida.
A polícia convocou a irmã do empresário, Alda Falcão, e um funcionário do Edifício 14 Bis, pois ambos entraram no apartamento de Sérgio antes da polícia. Os dois não teriam entrado no quarto onde estava o corpo. Para comprovar essa tese, a delegada pediu a presença de um PM acionado pelo Ciods para verificar a morte da vítima. “Essa reconstituição será mais completa”, disse a delegada. Ela acrescentou que há uma lista de pessoas para prestarem depoimento. Quatro peritos criminais e o promotor André Rabelo também vão participar da simulação.
Em paralelo, os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos realizam a revisão do laudo que apontou suicídio. A revisão foi solicitada pela Ministério Público, que discordou do resultado. Para o órgão, Sérgio foi assassinado por Jailson a mando de outra pessoa.
Novos peritos do Instituto de Criminalística (IC) irão revisar o laudo que apontou como um suicídio a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, em 28 de agosto de 2012. A Justiça acatou a solicitação do Ministério Público de Pernambuco, que exigiu uma nova reconstituição. Sete meses depois que o corpo do construtor foi encontrado no apartamento dele em Boa Viagem, a delegada Vilaneida Aguiar, do DHPP, resolveu quebrar o silêncio sobre a investigação. Ela afirmou que a linha mais forte é de que Falcão tenha sido assassinado pelo policial militar reformado Jailson Melo, em um crime provavelmente encomendado por uma terceira pessoa e não pela própria vítima, como chegou a ser cogitado nos bastidores. A motivação, porém, permanece em sigilo. O corpo, que chegou a ser sepultado, está no IML desde que foi exumado e deverá ser examinado novamente.
O novo laudo, que será feito por peritos diferentes daqueles que elaboraram o primeiro, deverá ser entregue em 30 dias e poderá determinar a reviravolta do caso, inclusive com o pedido de prisão preventiva do suspeito. A conclusão inicial do IC, assinada pelos peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos, foi entregue em janeiro à polícia.
“Após um estudo, percebemos que várias indagações ainda precisam ser respondidas”, disse a delegada Vilaneida Aguiar. A reconstituição simulada do ocorrido, com a presença do suspeito, é um dos principais impasses. O perito responsável, Gilmário Lima, observou que “tecnicamente era inviável a morte do empresário ter acontecido como Jailson disse” – conforme o Diario publicou com exclusividade. O suspeito contou que entrou no quarto do empresário para ver o notebook que estava aberto num site de armas. Do lado direito, a vítima teria puxado a pistola da cintura do PM e atirado contra a própria boca.
“Entrei em contato com o IML, que informou ser impossível, pois o corpo caiu à esquerda. Se a versão dele fosse verdadeira, o empresário não teria dado nenhum passo. Cairia na mesma hora”, explicou a delegada. O promotor André Rabelo disse que, além da reconstituição, encaminhou 12 questionamentos a serem respondidos pela nova equipe de peritos, cujas identidades estão sendo mantidas em sigilo para evitar interferências e possíveis pressões de pessoas envolvidas na morte de Sérgio. “Ao final, vou decidir por novas diligências, indiciamento ou arquivamento do inquérito”, afirmou.
O laudo do Instituto de Criminalística (IC) sobre a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52, entregue ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), já é alvo de questionamentos da polícia e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O documento indica suicídio, mas um dos exames, a reprodução simulada no apartamento da vítima, que teve a presença do suspeito pelo crime, foi assinado apenas pelo perito criminal Gilmário Lima.
O especialista apontou que a encenação do PM reformado Jailson Melo, 53 anos, não está de acordo com a cena encontrada da morte da vítima, segundo revelou uma fonte do DHPP. No entanto, os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos, que assinaram o laudo final, garantem que o empresário se matou. O resultado do laudo foi antecipado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco. Um novo laudo será solicitado, segundo o promotor de Justiça André Rabelo.
A contradição dos peritos chama atenção, mas a direção do IC preferiu não entrar na polêmica. A delegada Vilaneida Aguiar analisa os exames. Após a leitura, ela se posicionará sobre o caso e encaminhará o laudo à Justiça para apreciação do MPPE. Sabe-se que a polícia e o promotor creem que o empresário foi assassinado por Jailson a mando de outras pessoas. A motivação estaria relacionada às dívidas da Construtora Falcão, que pertencia a Sérgio. Outros questionamentos devem ser feitos nos próximos dias.
Na próxima segunda-feira, a morte do empresário completará cinco meses. O corpo foi encontrado com um tiro na boca no apartamento de Sérgio na Avenida Boa Viagem. A defesa do suspeito afirma que Jailson foi armado ao local por solicitação da vítima. Num momento de distração, Sérgio teria puxado a pistola 380 da cintura do suspeito e atirado contra a própria boca.
Do Diario de Pernambuco texto do repórter Raphael Guerra