Unidos por Artur fazem caminhada para cobrar justiça pela morte do médico

Hoje, o grupo Unidos por Artur, criado por amigos e familiares do médico assassinado, fará uma caminhada pela paz. O encontro está previsto para acontecer às 16h, na Praça Miguel de Cervantes no bairro da Ilha do Leite. Eles pedirão justiça para o caso. Enquanto isso, a Polícia Civil segue trabalhando para esclarecer toda a trama e prender todos os suspeitos do crime.

Médico tinha 36 anos, era casado e deixou um filho pequeno. Foto: Arquivo Pessoal
Médico tinha 36 anos, era casado e deixou um filho pequeno. Foto: Arquivo Pessoal

Ameaças a testemunhas, circulação de informações sobre possíveis motivações do crime nas redes sociais e risco de fuga dos suspeitos estão entre os fatores que levaram a polícia a pedir as prisões do médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, e do filho dele, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32. Eles teriam tramado a morte do médico Artur Eugênio de Azevedo, 36, assassinado no dia 12. De acordo com a polícia, Cláudio Amaro (pai) estava de viagem marcada aos Estados Unidos.

Pai e filho, que estão presos em celas diferentes no Cotel, se negaram a prestar depoimento ontem ao  delegado Guilherme Caraciolo. O investigador afirma ter provas materiais contra ambos. Além dos dois outros homens que são procurados por participação no assassinato, a polícia admitiu que pode haver uma quinta pessoa envolvida no crime.

Delegado Guilherme Caraciolo está à frente do caso. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Equipe do delegado Guilherme Caraciolo está toda empenhada na solução desse assassinato. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Segundo fontes da Polícia Civil, além das ameaças de morte que várias pessoas receberam para não repassar informações sobre as divergências entre Cláudio e Artur, a viagem do médico aos EUA (para participar de um congresso) foi interpretada pela polícia como possibilidade de fuga.

Contra Cláudio Júnior constam as impressões digitais dele no local onde o carro da vítima foi queimado e as imagens que comprovam que ele seguiu Artur da saída do hospital até o prédio onde o médico morava, em Boa Viagem. “Não realizamos diligências hoje (ontem) mas estamos investigando o envolvimento de um quinto suspeito”, acrescentou Caraciolo.

Os pedidos de revogação das prisões temporárias foram entregues à Justiça ontem e devem ser analisados hoje. “O que meu pai mais quer agora é chegar em casa e voltar a trabalhar”, afirmou Daniel Gomes, que também é advogado.

Para que a juíza Maria Inês de Albuquerque analise os pedidos de liberdade, os quatro volumes do inquérito precisam ser remetidos pela polícia à 1ª Vara Criminal de Jaboatão. Ontem, o advogado Daniel Lima, que representa a família de Artur, também analisou o inquérito.

Audiência do caso Danielle Fasanaro acontece nesta sexta-feira

Parentes e amigos da modelo Danielle Fasanaro, assassinada a tiros pelo ex-companheiro, em 19 de junho do ano passado, estarão nesta sexta-feira, a partir das 9h, em Frente ao Fórum de Olinda, na Avenida Pan Nordestina, para fazer uma corrente de oração e pedir justiça para o caso. Nas redes sociais, a irmã da modelo, Michelle Fasanaro, criou as hashtags #CASODANISOLINO #CASODANI #DELUTONALUTA

Segundo a família, um terço será realizado às 9h30. Os parentes pedem para que as pessoas vistam camisas preta. O ato acontecerá porque está prevista para esta sexta-feira, às 11h30, a audiência de instrução do caso.

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Danielle Fasanaro: 11 meses e nenhuma resposta