Hoje, o grupo Unidos por Artur, criado por amigos e familiares do médico assassinado, fará uma caminhada pela paz. O encontro está previsto para acontecer às 16h, na Praça Miguel de Cervantes no bairro da Ilha do Leite. Eles pedirão justiça para o caso. Enquanto isso, a Polícia Civil segue trabalhando para esclarecer toda a trama e prender todos os suspeitos do crime.
![Médico tinha 36 anos, era casado e deixou um filho pequeno. Foto: Arquivo Pessoal](http://blogs.diariodepernambuco.com.br/segurancapublica/wp-content/uploads/2014/05/13/artur-eugênio.jpeg)
Ameaças a testemunhas, circulação de informações sobre possíveis motivações do crime nas redes sociais e risco de fuga dos suspeitos estão entre os fatores que levaram a polícia a pedir as prisões do médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, e do filho dele, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32. Eles teriam tramado a morte do médico Artur Eugênio de Azevedo, 36, assassinado no dia 12. De acordo com a polícia, Cláudio Amaro (pai) estava de viagem marcada aos Estados Unidos.
Pai e filho, que estão presos em celas diferentes no Cotel, se negaram a prestar depoimento ontem ao delegado Guilherme Caraciolo. O investigador afirma ter provas materiais contra ambos. Além dos dois outros homens que são procurados por participação no assassinato, a polícia admitiu que pode haver uma quinta pessoa envolvida no crime.
![Delegado Guilherme Caraciolo está à frente do caso. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press](http://blogs.diariodepernambuco.com.br/segurancapublica/wp-content/uploads/2014/06/05/caraciolo.jpeg)
Segundo fontes da Polícia Civil, além das ameaças de morte que várias pessoas receberam para não repassar informações sobre as divergências entre Cláudio e Artur, a viagem do médico aos EUA (para participar de um congresso) foi interpretada pela polícia como possibilidade de fuga.
Contra Cláudio Júnior constam as impressões digitais dele no local onde o carro da vítima foi queimado e as imagens que comprovam que ele seguiu Artur da saída do hospital até o prédio onde o médico morava, em Boa Viagem. “Não realizamos diligências hoje (ontem) mas estamos investigando o envolvimento de um quinto suspeito”, acrescentou Caraciolo.
Os pedidos de revogação das prisões temporárias foram entregues à Justiça ontem e devem ser analisados hoje. “O que meu pai mais quer agora é chegar em casa e voltar a trabalhar”, afirmou Daniel Gomes, que também é advogado.
Para que a juíza Maria Inês de Albuquerque analise os pedidos de liberdade, os quatro volumes do inquérito precisam ser remetidos pela polícia à 1ª Vara Criminal de Jaboatão. Ontem, o advogado Daniel Lima, que representa a família de Artur, também analisou o inquérito.