A Delegacia do Cabo de Santo Agostinho começa a investigar nesta quinta-feira o assassinato de uma dona de casa ocorrido na manhã dessa quarta-feira dentro da casa dela, na praia de Enseada dos Corais, no município do Cabo. Dona Terezinha Sá de Lucena, 69 anos, foi encontrada morta no banheiro com vários ferimentos pelo corpo. O crime foi registrado pelo delegado Joaquim Braga, da Força-tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado, a vítima estava trajando apenas roupas íntimas. Os investigadores suspeitam que o assassino tenha pulado o muro da residência.
Ainda segundo a polícia, no imóvel de classe média alta onde aconteceu o assassinato moravam, além de Dona Terezinha, o marido dela, a filha e um neto. Não havia ninguém em casa no momento do crime. “Pelas primeiras investigações, ainda não podemos dizer quem foi o autor, mas outra equipe já está à frente do caso. Também não temos como dizer que tipo de objeto foi utilizado nas agressões”, explicou o delegado Joaquim Braga.
A partir de agora, o caso vai ser acompanhado pelo delegado titular do Cabo, Antônio Resende. “Estamos iniciando as diligências agora pela manhã. Por enquanto, não posso falar nada”, resumiu o delegado. O corpo de Terezinha já foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML). O sepultamento está previsto para esta quinta-feira, no Cemitério Memorial Guararapes, na BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes. Quem tiver informações que possa ajudar a esclarecer esse crime pode telefonar para o Disque-Denúncia (81) 3421-9595.
ma criança de apenas cinco anos, que há menos de um ano viu a sua mãe ser assassinada pelo próprio pai, assistiu, na noite dessa quarta-feira, à prisão do acusado que estava com a prisão decretada pela Justiça. O caso do assassinato da professora Izaelma Cavalcante, ocorrido em dezembro ano passado, teve bastante repercussão no estado. Ela foi baleada oito vez pelo ex-companheiro, o ex-comissário da Polícia Civil Eduardo Moura Mendes, que não aceitava o fim do relacionamento dos dois e morreu dias depois no Hospital da Restauração.
Casal já estava separado na época do crime. Foto: Arquivo Pessoal
Logo após ter atirado em Izaelma, Eduardo fugiu levando o filho do casal. A criança passou vários dias com o pai e somente foi encontrada pela polícia no final do mês de março, na casa dos avós paternos, no bairro de Rio Doce, em Olinda. Resgatado pela polícia, o menino passou a viver com a avó materna, na Cidade Tabajara, onde viu o pai ser detido pelos policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Essa seria a primeira vez que o pai tentava ver o menino desde que ele foi morar com a avó materna. “Meu neto ficou muito nervoso com as cenas que viu. Ele já presenciou a morte da mãe e agora viu o pai ser preso. Ele ficou muito abalado. É apenas uma criança”, disse a mãe de Izaelma, a dona de casa Antônia Cavalcanti. O que será que está passando na cabeça dessa criança agora? Ele vai precisar receber muito amor e atenção dos familiares para superar os traumas vividos até agora.
Ex-comissário já foi levado para o Cotel. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A/Press
Veja abaixo matéria publicada no portal do Diariodepernambuco.com.br
O ex-comissário da Polícia Civil Eduardo Moura Mendes foi preso na noite desta quarta-feira (17) ao visitar o filho Heitor, de apenas cinco anos, na casa em que a criança mora com a avó, em Cidade Tabajara, Olinda. O homem era procurado pela morte da professora Izaelma Cavalcante Tavares, de 36 anos, assassinada com oito tiros em dezembro do ano passado. A criança teria presenciado o crime. A captura do suspeito foi articulada pelo delegado Cláudio Castro, do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Eduardo Moura foi preso por volta das 19h30. Contra ele, já há mandado de prisão preventivo expedido. Nesta noite, ele presta depoimento na sede do GOE, no Cordeiro. Após ser ouvido, será encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
Izaelma Cavalcante Tavares, de 36 anos, teria sido assassinada pelo ex-marido no ano passado, em Bairro Novo, Olinda. O namorado da professora, que não quis se identificar, denunciou o ex-companheiro como principal suspeito do crime. No momento da agressão, Izaelma havia levado Heitor para ver o pai, que não aceitava o fim do relacionamento. Pouco antes, ela telefonou para o namorado, que escutou uma discussão entre o casal e gravou pelo celular.
Pela escuta, é possível perceber a voz da criança. O menino ouviu os pais brigando e, logo depois, o som no telefone indica que alguém teria tentado fazer uma ligação. Em seguida, escuta-se o desespero da professora, gritando e pedindo por socorro. Izaelma foi atingida por oito disparos de revólver. Passou seis dias internada no Hospital da Restauração (HR) antes de morrer. Eduardo e a criança não foram mais encontrados. Heitor só reapareceu em março deste ano, estava na casa da avó paterna, na Rua Maria Ramos, no bairro de Rio Doce.
Durante o socorro à Izaelma, a ambulância que transportava a professora para o Hospital da Restauração ainda capotou após colidir com uma Nissan Frontier no cruzamento das avenidas Agamenon Magalhães e Rui Barbosa.
Comerciantes e moradores de dois dos mais importantes prédios da Avenida Conde da Boa Vista convivem com uma rotina de assaltos. As investidas têm ocorrido no Edifícios Duarte Coelho, que abriga o Cinema São Luiz, e no Empresarial Pessôa de Melo, do outro lado da via. Nessa terça-feira, os bandidos fizeram mais uma vítima: uma cabeleireira que trabalha no empresarial há mais de 40 anos. A Polícia Civil chegou a prender dois assaltantes na semana passada, mas isso não foi suficiente para conter a onda de violência.
Assalto aconteceu no Pêssoa de Melo. Foto: Ana Cláudia Dolores/DP/D.A/Press
Segundo a polícia, os criminosos agem em dupla, portando armas e em pleno horário comercial. As vítimas geralmente são pequenos comerciantes ou profissionais liberais que trabalhem sozinhos, por terem poucas chances de defesa. Foi o caso da cabeleireira de 53 anos que há 45 trabalha no segundo andar do empresarial. Ela pediu para não ter seu nome revelado. Por volta das 12h de ontem, dois homens aproveitaram que uma cliente estava saindo do salão de beleza e entraram no local. “Eu estava de costas fazendo o cabelo de uma cliente quando um deles mandou que eu ficasse parada e não olhasse para trás. Pensei que fosse uma brincadeira, mas logo senti um objeto na barriga e percebi que era um assalto”. A dupla levou celulares, relógios, alianças e R$ 350 em dinheiro da profissional e da cliente.
Quando saíram do salão, os bandidos tentaram assaltar um consultório odontológico no primeiro andar. “Eles chegaram a forçar a porta, mas viram que estava difícil e desistiram”, contou um técnico em odontologia de 25 anos que trabalha no local. Há dois meses, o consultório foi alvo de outra dupla, que levou objetos e dinheiro de três funcionários e dois pacientes e trancou todos no banheiro. “Primeiro, veio um se passando por paciente e, em seguida, chegou o comparsa e os dois fizeram o assalto. A gente não se sente seguro aqui. Há câmeras na portaria, mas não funcionam”, reclamou.
O Diario procurou a administração, mas os empregados não estavam autorizados a informar o telefone do síndico. Um deles negou que tivesse ocorrido um assalto, dizendo que se tratou de uma briga de vizinhos. Ele disse que as câmeras estariam em processo de modernização. A falta de segurança também predomina no Duarte Coelho. Na semana passada, um escritório foi assaltado de forma semelhante ao caso do salão de beleza. O Diario tentou falar com o síndico, mas a ligação não foi atendida. Nos dois edifícios, não há controle de entrada. Ambos já foram nobres endereços comerciais do Centro, mas hoje estão sucateados e desprotegidos.
Apesar de toda a divulgação na mídia sobre a Lei Maria da Penha, ainda existem seres do sexo masculino que seguem espancando suas companheiras. O número de denúncias, infelizmente, ainda é baixo devido ao medo que as mulheres têm de sofrer represálias. São casos que ganham destaque na imprensa por conta da violência empregada. As agressões costumam ser tão fortes que em alguns casos as mulheres chegam a morrer. O jornal Aqui PE traz em sua manchete de primeira página desta terça-feira mais um desses casos de violência contra mulher. Uma jovem precisou ser atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de apanhar do marido, o qual ela flagrou com outra mulher dentro de casa.
O caso aconteceu no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, nessa segunda-feira. A vítima contou que depois de encontrar o marido com outra mulher foi espancada por ele. Em entrevista à equipe do Aqui PE, a jovem disse que pela janela flagrou o marido com uma desconhecida. “Eu tentava entrar em casa, mas ele não deixava. Ficava empurrando a porta”, contou. Ela disse ainda ter visto a mulher sair pela porta dos fundos e tentou correr atrás dela. Foi nesse momento que o marido, um homem de 30 anos, a espancou.
A jovem revelou que já havia sido espancada outras vezes e que não denunciava porque era ameaçada. “Essa não foi a primeira vez que ele me bateu, mas agora eu quero justiça e vou até o fim”, destacou a jovem. O casal morava junto há um ano e meio e tem duas meninas gêmeas de oito meses. Se você souber de casos de agressões contra mulheres, denuncie através do telefone (81) 3421-9595.