Todos os resultados dos laudos e perícias sobre as investigações do assassinato do promotor Thiago Faria Soares já foram entregues à Polícia Civil. A investigação do DHPP, no entanto, pode não ser concluída devido ao pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco para que Polícia Federal entre no caso.
Thiago foi baleado em 14 de outubro de 2013, quando dirigia seu carro na rodovia PE-300, entre Águas Belas e Itaíba, no Agreste. Ele estava a caminho do trabalho, acompanhado da noiva, a advogada Mysheva Martins, e de um tio dela, quando o carro dele foi interceptado por um veículo com três homens. Um dos ocupantes fez vários disparos. Thiago morreu na hora.
Ontem, os membros do Gaeco, que não estão falando sobre o assunto com a imprensa, enviaram um ofício à Polícia Civil informando que o inquérito foi encaminhado para a Procuradoria Geral da República. A decisão sobre a entrada da PF no caso depende do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que ainda não se pronunciou.
A assessoria de imprensa da PF ressaltou que espera o comunicado do Ministério da Justiça para iniciar ou não as investigações. Nos bastidores, comenta-se que os agentes federais não estariam satisfeitos com a solicitação, pois teriam que entrar no caso quase cinco meses depois do assassinato. O que dificulta o trabalho de investigação, sobretudo as perícias.