Desde a implantação do Pacto Pacto pela Vida estadual, a redução de homicídios em Pernambuco foi de 34%. Segundo o Mapa da violência 2013 – mortes por armas de fogo, divulgado no início de março, o estado obteve redução de 27,8% no número de mortes entre os anos de 2000/2010. Também de acordo com a publicação, o Maranhão teve um crescimento no número de vítimas de 344,6% na década. Já Alagoas, Bahia, Ceará e Paraíba tiveram taxa de crescimento de mais de 200%.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, afirmaram que o programa municipal será espelhado no estadual. No ano de 2012, Pernambuco teve 2.721 homicídios. Foram 186 crimes a menos do que em 2011. Os números divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) indicam uma redução de 6,3% na taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) por 100 mil habitantes. Em 2011, a redução foi de apenas 1,2% no quantitativo de mortes. Já nos anos de 2010 e 2009 as diminuições foram de 14% e 12%, respectivamente.
O policiamento ostensivo no estado ganhou um reforço no início do mês passado com a formatura de 1.996 policiais civis e militares. A maior parte do efetivo (800 soldados da Polícia Militar) está integrando o Programa Patrulha dos Bairros, que foi ampliado na semana passada. O reforço na segurança pública também chegou às delegacias com a contratação de 415 agentes e 201 escrivães.
“Temos certeza de que o pacto vai conseguir os mesmos resultados que o plano estadual. Pernambuco está servindo de modelo para outros estados do país no quesito segurança e desponta como o único estado do Nordeste a reduzir os índices de criminalidade”, ressaltou Geraldo Julio.
Depois de anunciar que as ciclofaixas móveis do Recife serão expandidas para outros bairros, o secretário de Turismo e Lazer, Felipe Carreras, adiantou que enviará, nesta segunda-feira, um ofício para a Secretaria de Defesa Social (SDS) pedindo que algumas duplas de policiais militares de bicicletas sejam deslocadas para acompanhar o percurso das duas rotas que levam os ciclistas ao Marco Zero.
“Farei a solicitação ao secretário Wilson Damázio como uma forma de oferecer mais seguranças às pessoas que estão participando do projeto. Apesar de não termos registrado nenhum incidente, vamos tomar esse cuidado. Pedirei pelo menos cinco duplas para cada trajeto”, disse Carreras, enquanto pedalava na manhã de ontem na Avenida Mário Melo, em Santo Amaro.
Diferentemente das reclamações da última sexta-feira, quem usou as ciclofaixas ontem não fez queixas da presença de outros tipos de transporte no local, apesar de algumas pessoas de patins ainda terem frequentado o espaço. No dia do feriado, o Diario chegou a flagrar um homem montado num cavalo. Ele usou a ciclofaixa da Zona Sul e se deslocou do Pina ao bairro do Cabanga sem ser importunado. “Estou pedalando desde cedo e até agora não tivemos nenhum registro de incidente”, apontou Felipe Carreras, acrescentando que os novos destinos da expansão ainda não foram definidos.
Leia matéria completa na edição impressa do Diario de Pernambuco desta segunda-feira.
Os moradores do município de Panelas, no Agreste do estado, estão apavorados com a onda de assaltos que está acontecendo na região. Segundo relatos enviados ao blog, os crimes têm sido praticados sobretudo no distrito de São José do Bola. Os criminosos, segundo a população, estão aterrorizando pequenos e grandes comerciantes e até mesmo os agricultores que moram lá.
Quem vive em Panelas diz ainda que as autoridades locais não fazem nada para conter a violência. A população pede que o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, mande “policiais capacitados para investigar e acabar com a falta de respeito para com a população daquela localidade”. Atenção, SDS e governo do estado, as providências precisam ser tomada antes que as tragédias passem a acontecer. O alerta está dado.
Aconteceu nessa quinta-feira, no Clube da Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf, no bairro do Bongi, a cerimônia de assinatura do Protocolo de Intenções da Prefeitura do Recife, referente à propriedade da Chesf para a implantação do primeiro Centro Comunitário da Paz – Compaz. O principal objetivo do Centro é oferecer alternativas para prevenir a criminalidade, combater o consumo de drogas, principalmente entre os jovens, além de funcionar como uma ferramenta de inclusão social, criar alternativas de lazer, esportes e cultura e fortalecer a cidadania dos recifenses.
O primeiro Compaz, que vai funcionar em uma área de 17 mil metros quadrados, contará com biblioteca, cine teatro, piscina, ginásio coberto, quadra de tênis, campo de futebol; entre outros equipamentos de cultura e lazer. Além disso, o espaço oferecerá aos moradores do entorno cursos de capacitação profissional para jovens em situação de risco, mediação de conflitos, acesso à Justiça, políticas de prevenção às drogas e violência e apoio psicológico para pessoas em situação de desagregação social.
O principal objetivo do Compaz é oferecer alternativas para prevenir a criminalidade e o consumo de drogas, principalmente entre os jovens, além de funcionar como uma ferramenta de inclusão social. Esse trabalho será realizado através de políticas integradas e equipamentos de alta qualidade. O modelo é baseado em experiências que deram certos em outras cidades do mundo.
O primeiro Compaz beneficiará diretamente os moradores da RPA 4, que abrange os bairros Prado, Zumbi, Torrões e Engenho do Meio – essas localidades registram altos índices de criminalidade. O centro também vai atender a demanda da população por bibliotecas e espaços de convivência.
O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, participouco do evento, falou sobre a iniciativa da Prefeitura do Recife e garantiu apoio no que for necessário. “O Compaz certamente ajudará a combater a violência, uma vez que dialoga diretamente com o Governo Presente. Tenho certeza que aqui serão realizadas diversas atividades que contribuirão para a formação de muitos jovens”, falou. A Prefeitura do Recife, através da Secretária de Segurança Urbana, vai construir cinco unidades do Compaz.
Também estiveram presentes na cerimônia, o Prefeito do Recife, Geraldo Júlio, o Vice Prefeito, Luciano Siqueira, o Secretário de Segurança Urbana da Cidade do Recife, Sérgio Murilo, o Presidente da Chesf, João Bosco de Almeida, o Secretário de Planejamento e Gestão do estado, Frederico Amâncio, o Secretário da Criança e Juventude, Pedro Eurico, o Comandante Geral da Polícia Militar em exercício, coronel Eden Vespaziano, o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Carlos Casa Nova, dentre outras autoridades.
Depois de passarem por situações de constrangimento durante o final de semana, os parentes e amigos do universitário Raimundo Neto, 25 anos, finalmente conseguiram a ajuda que precisavam para exigir o direito que eles têm de saber o que aconteceu com o jovem. Samambaia, como era conhecido, era o mais novo de cinco irmãos e foi o primeiro membro da família a chegar à universidade. Por uma fatalidade ou crueldade, não sabemos ainda, seus sonhos foram interrompidos.
Com Raimundo, morreram também as esperanças dos familiares de uma vida melhor. Os amigos da universidade não param de lembrar como o rapaz era querido e alegre. Seu corpo, enfim, deve ser velado e sepultado nesta terça-feira, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Nessa segunda, um grupo de parentes e amigos falou com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e com o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro.
Confira notícia publicada no portal Diariodepernambuco.com.br
A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmou que irá acionar o Ministério da Educação e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos para pedir apoio no caso da morte do estudante de ciências sociais Raimundo Neto, mais conhecido como Samambaia. Além disso, a UFPE dará apoio psicológico à família e também criou um Grupo de Trabalho formado por docentes e estudantes para debater quais as novas medidas que irá tomar em relação ao caso.
Durante a manhã, a delegada Gleide Ângelo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi designada para ficar responsável pelo inquérito. O rapaz saiu de casa na quarta-feira (2) passada, dizendo que iria comprar um notebook no Centro do Recife e desapareceu. Seu corpo foi encontrado na manhã da sexta-feira (4), na praia de Boa Viagem, em frente ao edifício Brigadeiro Eduardo Gomes, trajando apenas uma bermuda com a Carteira de Reservista no bolso. A Declaração de Óbito foi assinada pela médica legista Ana Dolores do Nascimento que identificou “asfixia por afogamento”.
Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, também se comprometeu a entrar em contato com autoridades do governo do estado a fim de auxiliar nas tratativas para custear o enterro e agilizar a apuração do episódio. “Estou confiante de que essa morte será esclarecida o mais rápido possível, inclusive estamos acompanhado a apuração dos fatos desde a sexta-feira, quando acionamos nosso setor de segurança institucional para ajudar no que for possível”, afirmou Anísio.
Em nota, o Departamento de Sociologia e a Coordenação do Curso de Ciências Sociais da UFPE também se posicionaram.
Leia o documento abaixo:
O Departamento de Sociologia e a Coordenação do Curso de Ciências Sociais da UFPE, diante da trágica morte do estudante do Curso de Ciências Sociais Raimundo Matias Dantas Neto, encontrado morto na madrugada do último dia 04, em circunstâncias ainda não esclarecidas e que dão margem à suspeita de que não teria sido uma morte acidental por afogamento, vêm de público reivindicar das autoridades responsáveis pela investigação em curso uma apuração rigorosa das condições que provocaram seu trágico desaparecimento. Esta nota vem juntar-se às manifestações do corpo discente no sentido de um esclarecimento cabal dessas condições, de modo que à dor de sua perda tão sentida por seus colegas e familiares, a quem prestamos solidariedade, não venha somar-se o sofrimento, para o qual não há luto, de qualquer dúvida sobre as circunstâncias de sua morte.
Recife, 7 de janeiro de 2013
Maria da Conceição Lafayette de Almeida – Chefe do Departamento de Sociologia
Eliane Maria Monteiro da Fonte – Coordenadora do Curso de Ciências Sociais
José Luiz Ratton – Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Patrícia Pinheiro de Melo – Chefe do Departamento de História
Maria do Socorro Abreu de Andrade Lima – Coordenadora do Curso de história
Gabriela Tarouco – Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Daniel Rodrigues – Diretor do Centro de Educação
A recém criada secretaria de Segurança Urbana do Recife terá como prioridade em suas ações remover bares e vendedores de espetinhos das calçadas da cidade. O secretário Murilo Cavalcanti irá trabalhar em parceria com a secretaria de Mobilidade Urbana para tentar resolver o problema. Cavalcanti adiantou ao Diario que já conversou inclusive com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio sobre o assunto.
Basta saber se as ações serão realmente colocadas em prática. Digo isso porque é cada dia mais comum a presença de pontos comerciais em calçadas, sobretudo nos bairros da periferia do Recife. Em alguns desses pontos, os frequentadores aproveitam para praticar tráfico de drogas. Até mesmo algumas Academias da Cidade foram ocupadas por comerciantes e criminosos, o que tem sido combatido pelo trabalho da Polícia Militar com a Patrulha do Bairro.
Leia parte da matéria publicada no caderno de Política do Diario de Pernambuco desta quinta-feira
Os secretários municipais João Braga e Murilo Cavalcanti, respectivamente titulares de Mobilidade e Segurança Urbana, disseram, logo após a posse, que a prioridade de ambas as pastas, nesses primeiros meses, será encontrar mecanismos para devolver as calçadas aos recifenses. A decisão, segundo eles, beneficiará os deslocamentos e ajudará no combate à violência. Atualmente, muitas calçadas estão privatizadas, servindo de estacionamento para carros, pontos de bares e comércio.
A recuperação das calçadas do Recife é uma demanda antiga da academia, embora seja sempre alvo de polêmicas, já que muitos bares e espetinhos, por exemplo, funcionam nos locais de passagem de pedestre. “Queremos fazer ações integradas e uma das primeiras ações – além de fazer um levantamento dos bairros mais violentos -, é devolver a calçada aos cidadãos. Entendemos que o espaço é o lugar mais seguro para se andar. É uma briga boa que teremos pela frente, porque esse é o primeiro lugar para a cidadania”, declarou Murilo Cavalcanti, acrescentando que pedirá apoio ao Ministério Público.
Murilo Cavalcanti contou ter conversado longamente com o secretário de Defesa Social do estado, Wilson Damázio. O titular estadual da pasta de segurança defendeu, no ano passado, o ordenamento de bares em calçadas, por exemplo, mas terminou sendo alvo de muitas críticas. “Noventa dias é um prazo suficiente para montar a equipe, os programas de curto prazo e apresentar à população”, declarou.
Uma portaria conjunta das secretarias de Administração, Fazenda e Defesa Social do estado que considera a necessidade de repremir com mais eficácia os crimes contra o patrimônio, em especial os que envolvem instituições financeiras e aqueles com restrição de liberdade e as ocorrências de sequestro resolve estipular um valor de diárias para os policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE). A “bondade” veio depois de três meses sem os servidores receberem um centavo de gratificação.
Alegando a necessidade de manter os policiais das duas unidades especializadas em regime de pronto emprego, para agir em qualquer região do estado, os secretários Ricardo Dantas (Administração), Paulo Câmara (Fazenda) e Wilson Damázio (Defesa Social), definiram os valores a título de diária, por dia trabalhado, limitado a 30 dias, para os servidores e militares da SDS que estiverem em serviço na campanha de ordem pública que ocorrerá durante o período de 08/11/2012 a 21/12/2012.
A portaria do Diário Oficial diz que tantos os civis como os militares receberão a diária de R$ 54,01 para cada dia trabalhado. A pechincha vai ser paga a todos os profissionais, sejam de alta patente ou operacionais de cargos mais baixos. No entanto, o que alguns policiais revelaram ao blog é que há três meses nem o GOE nem o CIOE estavam recebendo mais gratificações. Depois que foram criados os PJEs (programa de jornada extras) os benefícios deixaram de ser pagos. Para os beneficiados, essa portaria veio como uma espécie de cala-boca para que ninguém reclamasse. Porém, o que ninguém sabe, é como vai ficar a situação a partir do mês de janeiro.
As autoridades de segurança pública do estado estiveram reunidas num café da manhã nessa segunda-feira num encontro com representantes do Poder Judiciário do estado. O encontro, que serviu para integrar ainda mais as forças do sistema de justiça criminal, aconteceu no gabinete do chefe de polícia, Osvaldo Morais.
Estiveram presentes o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, os desembargadores Fausto Freitas, Fausto Campos e Itabira Brito, alguns representantes do Ministério Público e os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, Luís Aureliano e Carlos Eduardo Casa Nova.
Também estiveram presentes no café o secretário executivo de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o gestor da Polícia Científica, Francisco Sarmento, além de juízes, promotores e vários oficiais e delegados de polícia que fazem parte do alto escalão dos órgãos operativos da secretaria.
O chefe de polícia, Osvaldo Morais, chamou a atenção para a importância do agradecimento aos contribuem para o êxito do Pacto Pela Vida. “Esse momento é singular para que possamos nos congraçar com alegria e companheirismo”, disse.
Já o desembargador Fausto Campos ressaltou que o Poder Judiciário está engajado com as polícias e Ministério Público no combate à criminalidade. A palavra integração foi o tom do discurso do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio.
Para ele, é destaque o trabalho pioneiro realizado em Pernambuco com os órgãos de segurança pública e justiça. “Ver os poderes públicos integrados é um motivo de orgulho. O nosso trabalho é exemplo para outros estados”, salientou Damázio, que encerrou sua fala prometendo outros encontros como aquele.
Planejar as ações e operações das polícias civil e militar do estado agora ficou um pouco mais fácil. É que todo o esquema de atuação que antes era feito em papel e com a ajuda de mapas passou a ser montado por computador. Isso nos traz a esperança de eliminação ou diminuição de erros durante os procedimentos. Após o planejamento, tudo o que é feito na rua é monitorado pelos departamentos de Operações Gerais das duas instituições, o que implica dizer ao policial que não ande fora da linha, pois está sendo monitorado por todos os lados. A novidade faz parte do projeto de Modernização dos Centros de Planejamento das Polícias Civil e Militar de Pernambuco e deve começar a funcionar, na prática, no início do mês de julho.
De acordo com o gerente técnico de Programas e Projetos da Secretaria de Defesa Social, capitão David Gonzaga, as duas salas de planejamento e monitoramento da Civil e da PM estão passando pelos últimos ajustes para começarem a funcionar. O blog visitou a unidade da Polícia Civil, na Rua da Aurora, onde um grupo de policiais estava sendo treinado para montar uma operação. Uma mesa digital grande e dois telões são utilizados para demarcar as áreas onde os policiais devem estar e como eles irão atuar no momento das operações, além de mostrar imagens das ações em tempo real. Uma das ações a ser montada efetivamente com o novo sistema será o planejamento do São João do município de Caruaru, no Agreste do estado.
“Nós conseguimos mapear toda a área onde vamos trabalhar utilizando a tecnologia de localização com o auxílio do Google e, além disso, todas as imagens das câmeras de segurança da SDS podem ser acessadas por aqui. Para conseguirmos ter as imagens mais precisas das ações, implantamos 35 terminais embarcados nas viaturas da PM com câmeras na parte dianteira e traseira do veículo”, explicou Capitão David. Os policiais que estão participando dessas operações também estarão com localizadores pessoais. A SDS comprou 200 equipamentos para colocar nas ruas. Com tanto investimento em tecnologia na área de segurança, espera-se que as operações sejam sempre positivas, a partir de agora.
Desde o dia 14 de março, quando a cúpula da segurança pública do estado resolveu montar a Operação Corsário, que prendeu o delegado Tiago Cardoso, um comissário, um escrivão e dois agentes que faziam parte da sua equipe na Delagacia de Combate à Pirataria e eram suspeitos de participarem de um esquema criminoso, o clima não anda muito bom entre chefes e subordinados. Ainda nas primeiras horas da operação, a imprensa tomou conhecimento do trabalho da polícia e precisava noticiar o que estava acontecendo. Então, as primeiras informações sobre o grupo que foi preso e levado para o Grupo de Operações Especiais (GOE) começaram a ser divulgadas. No dia seguinte, a cúpula da Defesa Social convocou uma entrevista coletiva para revelar os nomes e mostrar as fotos de todos os policiais presos, o que causou revolta em muitos policiais. Não que eles estivessem querendo defender os presos, mas que a exposição do grupo fosse evitada. Nessa hora, o corporativismo dos colegas não comoveu a chefia.
Os cinco suspeitos foram todos levados para o Centro de Triagem, o Cotel, em Abreu e Lima, para onde já mandaram tantos presos e estão lá até agora. O que muitos delegados e agentes têm dito é que esse grupo preso foi escolhido como bode expiatório pelo primeiro escalão para que servisse de exemplo aos demais policiais. “Eles (chefes) não precisavam ter feito o que fizeram. Os policiais erraram e devem pagar pelo erro, mas não precisavam ter exposto o caso desse jeito”, disse um delegado. O que se vê agora é um clima de mal estar e desconfiança entre chefes e subordinados. As investigações que duraram um ano descobriram um esquema de cobrança de propina por parte dos policiais presos para liberar material apreendido em operações ou deixar de recolher mercadorias pirateadas no Grande Recife e ainda não encaminhar inquéritos para a Justiça.