O Decreto nº 39.397 publicado no Diário Oficial desta quinta-feira instituindo a Medalha Pacto pela Vida do Estado de Pernambuco que será destina a homenagear policiais civis e militares já está causando reboliço nas duas instituições. É que o 5º artigo do decreto diz que “a condedoração Pacto pela Vida Resultado Valor Público será concedida pelo Governador do Estado aos Delegados Seccionais e Comandantes de Organização Militar Estadual de Áreas Integradas de Segurança que tenham obtido a maior redução absoluta, ou percentual, nos crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), no ano anterior à consessão da medalha.”
A queixa, que me parece pertinente, partiu dos policiais que trabalham diretamente no combate à criminalidade como os soldados, cabos e sargentos da Polícia Militar e dos agentes, comissários e delegados da Polícia Civil que investigam os crimes de homicídios. Em Pernambuco, por exemplo, são as equipes dos núcleos de CVLIs e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) as responsáveis pela elucidação dos assassinatos. No entanto, na hora de receber os louros, os agraciados são os superiores. “O único incentivo que temos para trabalhar na investigação de homicídios é porque gostamos muito do que fazemos. Temos muita cobrança e nada de reconhecimento”, ressaltou um policial.