A partir de agora, além de escrever para o Diario de Pernambuco e para o blog Segurança Pública, estarei participando do telejornal PE no Ar, da TV Clube/Record, apresentado pela competente jornalista Isly Viana. Algumas vezes durante a semana, iremos discutir assuntos referentes à segurança pública do estado e falar sobre os casos policiais de grande repercussão. A estrea aconteceu nesta quarta-feira, onde falamos sobre o julgamento do quinto e último acusado de matar a alemã Jennifer Kloker.
O PE no Ar começa às 7h30 e vai ao ar de segunda a sexta-feira levando ao telespectador tudo o que aconteceu de importante no estado. Você pode colaborar conosco enviando sugestões de matérias. O contato comigo pode ser feito pelo e-mail: wagneroliveira.pe@dabr.com.br ou ainda pela twitter @wagner__oliver. Já pela televisão, o contato pode ser realizado pelo e-mail: jornalismo@tvclubepe.com.br. No programa desta quinta-feira (28) voltaremos a falar sobre o desenrolar do caso Jennifer. Contamos com a audiência e colaboração de vocês. Desde já, obrigado.
Três anos e dez dias após a morte da alemã Jennifer Kloker, o quinto e último acusado de participação no crime que teve repercussão internacional será julgado. Alexsandro Neves dos Santos, apontado como o autor dos disparos que tiraram a vida da jovem alemã, não deve confessar participação no crime, como o fez na fase das investigações. À polícia, Alexsandro revelou que foi contratado pelos parentes de Jennifer para matá-la por R$ 5 mil. Chegou a receber a metade do dinheiro antes do crime.
O júri popular está previsto para iniciar depois das 9h, no Fórum de São Lourenço da Mata. Alexsandro deveria ter sido julgado em dezembro, junto com os outros acusados, mas a data precisou ser adiada porque o advogado dele, Armando Gonçalves, estava de licença médica. O julgamento será coordenado pelo juiz José Wilson Soares Martins, titular da Vara Criminal da cidade. Alexsandro está preso no Complexo Prisional do Curado.
A defesa solicitou a participação do perito do Instituto de Criminalística responsável pelo laudo do exame residuográfico e deve alegar que o acusado não sabia do assassinato. Alexsandro Neves informou que foi chamado para dar um golpe ao tocar fogo em um carro para receber dinheiro da seguradora e não para matar a alemã. Ele receberia R$ 5 mil pelo ato. Além do perito, os delegados Alfredo Jorge e Gleide Ângelo, do DHPP, foram intimados.
Segundo a polícia, a morte da alemã foi motivada pela existência de um seguro de vida avaliado em R$ 1,2 milhão. Inicialmente, os envolvidos alegaram que Jennifer foi sequestrada por dois motoqueiros após um assalto. Depois de ouvir testemunhas e receber informações do GPS do carro usado pela família, a polícia começou a montar o quebra-cabeça.
Condenações
Delma Freire, 51 anos, apontada como mentora e mandante do crime, foi condenada por homicídio duplamente qualificado, formação de quadrilha e fraude processual. A sogra de Jennifer ficou com a maior pena, 32 anos em regime fechado. Desses, ela já cumpriu mais de dois, pois está presa desde a época das investigações policiais. Pablo, 24, e Ferdinando Tonelli, 47, foram condenados a 25 anos e 6 meses por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Eles estão presos no Complexo Prisional do Curado desde 2010. Já Dinarte Medeiros, 42 (irmão de Delma), que responde ao processo livre, pegou 14 anos e 4 meses por homicídio e formação de quadrilha.