Corregedoria da SDS vai ouvir PM que postou vídeo com tricolores

A Secretaria de Defesa Social (SDS) identificou o responsável por postar o vídeo em que torcedores da facção organizada Inferno Coral foram obrigados a entoar o grito de guerra do rival Sport “Ccazá, cazá”. O nome não foi divulgado, mas trata-se de um policial, que será interrogado pela corregedoria. A comissão de sindicância vai avaliar o caso e a partir de hoje serão convocados os interrogatórios.

A partir do depoimento deste policial a Corregedoria quer identificar os demais envolvidos no caso, que também serão ouvidos. A investigação também conta com informações dadas por testemunhas. “Já identificamos o responsável por postar o vídeo e estamos apurando os demais responsáveis pelo que aconteceu”, afirmou o corregedor da SDS, Sidney Lemos.

Ainda não se sabe qual tipo de punição será aplicada aos envolvidos nos casos. Isso só vai ser possível após a apuração completa. “Temos que ouvir os envolvidos primeiro para saber a responsabilidade de cada um. Depois disso é que a comissão vai avaliar o que será feito com cada um”, explicou Sidney Lemos.

“Botão do pânico” para inibir violência contra mulheres tem apoio na Câmara

Durante a comissão geral que debateu o combate à violência contra a mulher, nessa quarta-feira (4), o prefeito de Vitória (ES), Luciano Santos Rezende, apresentou o projeto denominado “botão do pânico”, aparelho entregue a cidadãs que sofrem violência doméstica. Segundo Rezende, “nenhuma das mulheres que teve acesso ao mecanismo foi agredida novamente”.

O prefeito explicou que a iniciativa, desenvolvida conjuntamente com o Tribunal de Justiça local, consiste em entregar à vítima uma espécie de campanhia que, se acionada por três minutos ou mais minutos, dispara um alarme na sede da Guarda Municipal.

A partir daí, a viatura mais próxima vai para a localidade onde se encontra a vítima, enquanto também é avisado o carro da delegacia especializada em violência contra a mulher. Ao ser acionado o botão, o áudio de onde se encontra a possível agredida começa automaticamente a ser gravado, e a gravação serve como prova no processo judicial.

Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
Discussão sobre o fim da violência contra a mulher. Dep. Iriny Lopes (PT-ES)
Iriny Lopes: na última década, foram assassinadas 43 mil mulheres no Brasil.

A presidente do PSC Mulher, Denise Assumpção Fernandes, gostou tanto do projeto desenvolvido em Vitória que defende sua adoção em todo o Brasil. Para ela, “as campanhas de conscientização não são suficientes, e o botão do pânico é a melhor opção para proteger a mulher e seus filhos”.

Reincidência
Durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, realizada neste ano, as parlamentares constataram que um dos problemas da violência de gênero é exatamente a reincidência, devido à proximidade entre vítima e agressor. De acordo com o relatório final do colegiado, retirando-se as modalidades de violência sexual e de assédio, o parceiro é o responsável por mais 80% dos casos reportados.

Ainda conforme o levantamento da CPMI, os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que a residência consta como o lugar onde ocorrem 69,9% dos casos de violência contra a mulher, enquanto a via pública responde por 18,6% dos episódios.

Da Agência Câmara