Polícia já ouviu 30 adolescentes no caso das fotos das meninas nuas

Pelo menos 30 garotos do grupo de 70 que estão sendo investigados pela divulgação de fotos de adolescentes nuas do facebook já foram ouvidos na Gerência de Polícia da Criança do Adolescente (GPCA). Nessa segunda-feira, cinco deles prestaram depoimento. O caso, que está sob sigilo, envolve adolescentes de 12 a 17 anos de oito escolas particulares das zonas Norte e Sul do Recife. Segundo fontes do Diario, entre os investigados existe um adulto. Todos os envolvidos faziam parte de um grupo fechado na rede social onde estavam postadas mais de 40 fotos de meninas nuas. A polícia já conseguiu identificar seis garotas que tiveram suas fotografias expostas na rede. Procurada pela reportagem, a delegada responsável pelo caso, Renata Pinheiro, disse que não poderia se pronunciar sobre as investigações.

Crédito: Mascaro/DP
Crédito: Mascaro/DP

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), adquirir, possuir ou armazenar vídeo ou fotos com pornografias ou cenas de sexo explícito que envolvam crianças e adolescentes é crime. A pena prevista pelo ECA é de um a quatro anos de reclusão mais o pagamento de multa. Como ainda faltam muitas pessoas a serem ouvidas, as investigações devem seguir até o final do mês de maio. Os menores de 18 anos que tiverem sua participação comprovada na investigação irão responder pelo ato infracional. Já o adulto poderá responder pelo crime. Ainda de acordo fontes do Diario, os pais de alguns adolescentes envolvidos no caso ficaram surpresos quando souberam que seus filhos faziam parte do grupo no facebook. A página foi retirada do ar após o início das investigações.

Para o psicólogo Juarez Távora, uma série de fatores são responsáveis pela exposição  de adolescentes na internet. “A falta de limites é um dos fatores que faz esses jovens utilizarem a internet de maneira errada. Muitas vezes, essas crianças e adolescentes não têm ideia da dimensão do prejuízo que uma exposição na internet pode causar”, ponderou. Outro ponto lembrado pelo psicólogo é a erotização das crianças que acontece cada vez mais cedo. Para o procurador de Justiça de Pernambuco José Lopes de Oliveira Filho, especialista em crimes cibernéticos, os pais também devem ficar atentos ao que os filhos fazem nas redes sociais. “É fundamental que o acesso aos adolescentes à internet seja acompanhado pelos seus pais”, ressaltou.

Leia mais sobre o assunto em:

Polícia investiga exposição de fotos de adolescentes nuas no Facebook

Polícia investiga exposição de fotos de adolescentes nuas do Facebook

A Polícia Civil está investigando a divulgação de várias fotos onde alunas de escolas de classe média alta das zonas Norte e Sul do Recife aparecem nuas em um grupo fechado no Facebook. O caso que envolve adolescentes de 12 a 17 anos está sendo investigado pela Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), desde o início do mês passado. Cerca de 60 estudantes faziam parte do grupo que já foi retirado do ar. Mais de 40 fotografias das alunas estavam expostas.

A investigação corre em segredo de Justiça, no entanto, o Diario descobriu que muitos adolescentes já prestaram depoimento e que as imagens que estavam sendo compartilhadas foram enviadas aos meninos pelas próprias garotas. Porém, elas não tinham conhecimento de que as fotos seriam divulgadas para o grupo. O caso traz à tona a exposição dos jovens na internet.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crime adquirir, possuir ou armazenar vídeo ou fotos com pornografias ou cenas de sexo explícito que envolvam crianças e adolescentes.

Leia matéria completa na edição impressa do Diario de Pernambuco deste sábado.

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Canal de denúncias da Polícia Federal recebe até queixas de desilusões amorosas

MPPE vai apurar celular em presídio

Após o Diario de Pernambuco revelar que um detento do Presídio de Igarassu usava o celular com tecnologia 3G para acessar o seu perfil do Facebook e se comunicar com amigos e familiares, o caso será apurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O promotor Marcellus Ugiette, da Vara de Execuções Penais, destacou que a falha na segurança é provocada pela superlotação das unidades prisionais e pela falta de agentes penitenciários em número suficiente para garantir o controle dos reeducandos. Segundo Ugiette, vistorias recentes comprovaram que o uso de celulares é um problema comum a todos os presídios pernambucanos.

“Certamente, a Vara precisa apurar esse episódio. A fiscalização para evitar a entrada dos aparelhos nas unidades continua muito precária, porque faltam agentes e o número de guaritas ativadas também é pouco. Em Petrolina, por exemplo, há 12 guaritas, mas só duas funcionam. Há locais em que há apenas uma”, denunciou o promotor.

O detento Jean Felipe, que postava as fotos e comentários no Facebook, deve prestar depoimento, na próxima semana, ao conselho de disciplina da unidade, que decidirá qual penalidade ele sofrerá. Uma das punições possíveis é passar 30 dias numa cela isolada dos outros presos.

Promotor<br />
Marcellus Ugiette<br />
diz que uso de<br />
aparelhos é comum (INES CAMPELO/DP/D.A PRESS - 7/3/07)
Promotor Marcellus Ugiette diz que uso de aparelhos é comum

A falta disciplinar grave de Jean Felipe também será inserida em seu histórico prisional, o que poderá acarretar a perda de futuros benefícios concedidos pela Justiça, a exemplo da liberdade condicional àqueles que apresentam boa conduta. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que não irá mais se pronunciar sobre o caso, mas o serviço de inteligência continua investigando a possibilidade de outros presos pernambucanos estarem usando as redes sociais livremente dentro e fora das celas. O assunto é mantido em sigilo.

Na página do Facebook, Jean Felipe constumava postar imagens em que aparecia sozinho dentro da cela ou em corredores com baixa iluminação. Em uma das fotografias ele ainda aparece com uma criança nos braços, no pátio do Presídio de Igarassu, em dia de visita familiar. Todas foram postadas via dispositivos móveis. Apesar da gravidade das denúncias que comprovam a falta de mecanismos para evitar a entrada de celulares nos presídios, a Seres argumentou que desenvolve várias ações preventivas, entre elas a revista dentro dos pavilhões e a utilização de aparelhos detectores de metal e raio x.

Do Diario de Pernambuco. Texto de Raphael Guerra

Tira foto no presídio pra postar no facebook

Driblando a fraca fiscalização na segurança das unidades prisionais, os presos pernambucanos aderiram às redes sociais, entre elas o Facebook, para se comunicarem com amigos e parentes. Prova disso é o que acontece com o detento Jean Felipe no Presídio de Igarassu. Com o uso de celular com tecnologia 3G, ele posta comentários e fotos dentro da cela e no pátio desde novembro do ano passado. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) garantiu que o reeducando será colocado numa cela de disciplina. Em paralelo, outros detentos, de diversas unidades, estão sendo investigados pelo serviço de inteligência. O assunto está sendo mantido em sigilo.

Detento tinha celular 3G. Foto: Reprodução Facebook
Detento tinha celular 3G. Foto: Reprodução Facebook

Na página do Facebook, há fotos em que Jean Felipe aparece sozinho dentro da cela ou em corredores de baixa iluminação. Mas, uma específica chama a atenção: ele aparece com uma criança nos braços em dia de visita – quando a segurança é reforçada. Todas as imagens foram postadas via dispositivos móveis. O celular, segundo denúncia que está em fase de apuração, também era compartilhado entre os outros detentos de Igarassu. Agentes penitenciários podem estar envolvidos na facilitação da entrada dos aparelhos, também usados para ligações e práticas de outros possíveis crimes. O uso das redes sociais, inclusive, já é bastante comum em outros presídios brasileiros.

Em nota, a assessoria da Seres afirmou que o reeducando foi identificado e, pelo fato de usar celular, responderá ao conselho de disciplina da unidade, podendo sofrer outras penalidades. O Diario verificou que a última postagem de Jean aconteceu na manhã dessa quinta-feira. Uma espécie de código escrito pelo preso, em apenas uma palavra: “Neni”.

“A Seres ressalta que realiza diversas ações com o intuito de evitar que materiais ilícitos entrem e permaneçam dentro das unidades prisionais, como revistas dentro dos pavilhões e nos visitantes, assim como, utilização de aparelhos detector de metal e raio-x”, completou a nota. O Diario solicitou à Seres informações como o nome completo, idade e motivo da prisão de Jean Felipe. Porém, a assessoria não repassou os dados.

Por Raphael Guerra, do Diario de Pernambuco

 

Detentos curtindo tudo no Facebook de dentro do presídio

 

Enquanto algumas empresas não permitem que seus funcionários, até mesmo aqueles que trabalham com internet, tenham acesso às redes sociais, detentos do Presídio do Róger, em João Pessoa, na Paraíba, estão postando diariamente coisas no Facebook. O assunto foi destaque na capa do jornal Aqui PE dessa quinta-feira e trouxe à tona uma questão muito grave. Além dos telefones celulares que já conseguiam entrar nas unidades prisionais, agora os presos estão tendo acesso a smartphones e computadores conectados à internet. Segundo a matéria do jornal, os detentos atualizam suas páginas com fotos dentro da unidade e até de visitas dos familiares aos domingos. Uma das imagens mostra um preso segurando duas facas.

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Um dos presos tem 231 amigos na sua conta do Facebook. A Secretaria de Administração Penitenciária (Sedap) informou que já tem conhecimento do caso e que as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Também no estado do Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apura o caso de dois detentos que atualizavam perfis no Facebook de dentro da unidade penal de segurança máxima, em Campo Grande. Resta saber se a moda já chegou aqui em Pernambuco também. Pela lei, nenhuma pessoa que está detida em unidade prisional pode ter acesso a telefone ou acesso à internet, exceto para os presos que fizerem isso para fins de trabalho na unidade.