O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) remarcou para o dia 24 de outubro, às 13h, a terceira audiência de instrução sobre o assassinato do professor José Bernardino da Silva Filho, mais conhecido como Betinho. A sessão estava prevista para acontecer na tarde desta quarta-feira, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Rodolfo Aureliano.
O adiamento foi motivado pela ausência do delegado Alfredo Jorge, que está de férias. O delegado foi responsável pelas investigações do caso e pela conclusão do inquérito policial que indiciou dois estudantes do Colégio Agnes. Além de Alfredo Jorge, será ouvido na próxima audiência o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, 20 anos, e um perito particular contratado pela defesa.
As irmãs do professor assassinado, Sandra e Márcia Pereira, deixaram o fórum afirmando que não irão deixar de lutar por justiça. “Mais uma vez estamos voltando para casa sem respostas, mas esperamos que justiça seja feita”, disse Sandra. Betinho foi encontrado morto dentro do seu apartamento, em maio do ano passado, na Avenida Conde da Boa Vista.
A investigação da Polícia Civil apontou que Ademário Dantas e outro estudante que à época tinha 17 anos foram os responsáveis pelo crime. Os dois eram alunos do Colégio Agnes, no Recife, onde Betinho trabalhava. O mais velho é filho do diretor do colégio. Os dois estudantes negam participação no assassinato.
Um ano após o assassinato do professor José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, a família ainda espera que os dois estudantes suspeitos pelo crime sejam punidos. O corpo do pedagogo conhecido como Betinho do Agnes foi encontrado dentro apartamento onde ele morava no dia 16 de maio do ano passado. Betinho estava despido da cintura para baixo, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e com um fio de ferro elétrico enrolado ao pescoço.
A investigação da Polícia Civil apontou que o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, 20 anos, e outro estudante que à época tinha 17 anos foram os responsáveis pelo crime. Os dois eram alunos do Colégio Agnes, no Recife. O mais velho é filho do diretor do colégio. No próximo dia 19 está marcada a segunda audiência de instrução do caso.
No final de setembro do ano passado, depois de pouco mais de quatro meses de investigação, o delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pediu a prisão preventiva de Ademário à Justiça. Ele foi indiciado por homicídio qualificado. Além disso, o delegado pediu a internação para cumprimento de medida socioeducativa do adolescente, por ato infracional correspondente ao crime de homicídio.
No entanto, até hoje, os dois pedidos não foram atendidos. Para concluir o inquérito, o delegado ouviu cerca de 40 pessoas e interregou os suspeitos duas vezes. Os estudantes negam envolvimento no assassinato. O caso seguiu para a Justiça sem a motivação esclarecida.
O irmão de Betinho espera que a justiça seja feita. “Eu acho que ele pagou de uma forma que não era para ter sido assim. Se ele pagou com a vida, os suspeitos terão que pagar a prisão. Espero que a justiça seja feita”, disse Silvio em entrevista à TV Clube/Record. Para o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Luís Sávio Loureiro, existem provas contra os estudantes na morte de Betinho. “Há evidências no processo que fazem concluir que os dois estiveram na cena do crime”, ressaltou Loureiro também em entrevista à TV Clube.
Segundo a polícia, Betinho foi torturado antes de morrer. “Ele teve o fio de ferro enrolado ao pescoço quando ainda estava vivo. Depois sofreu os golpes que causaram sua morte. As digitais do adolescente de 17 anos foram encontradas exatamente no ferro elétrico e no ventilador, cujo fio estava amarrando as pernas da vítima. Já a digital de Ademário estava na porta de um móvel do apartamento”, declarou o delegado Alfredo Jorge no dia da apresentação do inquérito.
Betinho morava no Edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. Além do Agnes, ele também trabalhava na Escola Municipal Moacir de Albuquerque, em Nova Descoberta, de onde havia pedido transferência uma semana antes de ser assassinado após ser flagrado saindo do banheiro com um adolescente que é aluno da escola.
Além dos dois estudantes, o inquérito do DHPP foi enviado à Justiça com o indiciamento da supervisora de uma creche de Olinda. De acordo com o delegado Alfredo Jorge, Wenderly Gomes de Castro, tentou atrapalhar as investigações indicando falsas testemunhas para prestaram depoimentos.
A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) está investigando uma denúncia feita por dois universitários e um autônomo de que quatro policiais militares teriam furtado objetos deles durante uma abordagem policial. Segundo uma das vítimas, o fato aconteceu no final da noite dessa quarta-feira, nas proximidades de uma casa de shows na Zona Norte do Recife. Na denúncia, os rapazes afirmam que tiveram um relógio de marca, uma corrente de prata e dinheiro levados pelos PMs.
“Estávamos dentro do carro com a luz interna ligada e falando com algumas pessoas pelo WhatsApp quando os PMs chegaram. Eles estavam muito violentos e afirmaram que nós estávamos consumindo drogas, o que não era verdade. Depois de passarmos mais de dez minutos com as mãos na cabeça e eles revistando o nosso carro, fomos colocados na mala da viatura, o que não poderia ter acontecido. A gente não estava com nada de errado. Nós famos assaltados pela polícia”, relatou o universitário de 19 anos.
Ainda de acordo com as vítimas, as viaturas que os abordaram eram da Patrulha do Bairro do Alto do Páscoal e de Água Fria. “Percebemos que eles tinham levado nossos pertences depois que fomos liberados da mala da viatura e recebemos a chave do carro. Eles tinham dito para a gente não entrar no carro naquele momento, mas entramos e fomos atrás deles. Depois de um tempo, conseguimos anotar as placas e acionamos a Corregedoria da SDS”, detalhou uma das vítimas.
O universitário de 19 anos contou ainda que os quatro PMs foram chamados para prestar esclarecimentos na sede da Corregedoria, que fica na Avenida Conde da Boa Vista, mas que negaram os fatos e que os quatro foram ouvidos todos juntos. “Além disso, o caso aconteceu antes da meia-noite e eles só chegaram na Corregedoria por volta das 4h da quinta-feira”, relatou.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil vai apresentar nesta quarta-feira, às 10h, a conclusão do inquérito que apurou a morte do professor José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, encontrado morto dentro do seu apartamento no último dia 16 de maio. Segundo a polícia, os dois suspeitos do crime são dois alunos do Colégio Agnes, onde a vítima trabalhou durante dez anos. Os estudantes têm 19 e 17 anos. Eles deverão ser indiciados por homicídio. Em dois depoimentos prestados ao delegado Alfredo Jorge, responsável pelo caso, ambos negaram participação no crime.
Para tentar evitar a possível prisão do estudante de 19 anos, que é filho do diretor do Agnes, seus advogados deram entrada num pedido de habeas corpus preventivo na Justiça. O pleito foi negado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Segundo a polícia, as impressões digitais dos dois estudantes foram encontradas em objetos usados para matar Betinho, como a vítima era conhecida, e em um móvel no apartamento do professor. O habeas corpus foi negado pelo juiz Alfredo Hermes Barbosa de Aguiar Neto, da 12ª Vara Criminal da Capital, que alegou que o estudante “não foi indiciado ainda pelo crime pelo qual alega estar sendo injustamente acusado.”
O corpo de Betinho foi encontrado despido da cintura para baixo, na noite do dia 16 de maio, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e com um fio de ferro elétrico enrolado ao pescoço. Segundo a polícia, o ferro elétrico foi utilizado para dar pancadas na cabeça da vítima. As digitais do adolescente estavam no ferro e no ventilador. Já as digitais do jovem de 19 anos estavam em uma cômoda do apartamento que fica no Edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista. Além do Agnes, Betinho também trabalhava na Escola Municipal Moacir de Albuquerque, no bairro de Nova Descoberta, de onde havia pedido transferência uma semana antes de ser assassinado.
O delegado Alfredo Jorge do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou no final da manhã desta sexta-feira que irá indiciar o estudante de 19 anos, aluno do Colégio Agnes, pela morte do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, conhecido como Betinho. Além disso, o delegado disse ainda que o adolescente de 17 anos, também aluno do Agnes, vai responder pelo ato infracional correspondente ao crime de homicídio também pela morte de Betinho.
O anúncio foi feito após o delegado ouvir os dois primeiros rapazes que chegaram a ser apontados como suspeitos do crime e duas mulheres que teriam ouvido esses rapazes confessarem a morte de Betinho. Uma acareação estava prevista para esta manhã, mas acabou não acontecendo. Isso porque a quinta pessoa que participaria da acareação, uma mulher que disse ter ouvido que duas testemunhas ouviram a confissão dos rapazes, se negou a participar da acareação.
Para a polícia, não restam dúvidas de que os dois alunos do Agnes são os responsáveis pelo crime. “Até o final do mês o inquérito será fechado e encaminhado à Justiça”, disse o delegado. Betinho foi encontrado morto dentro do seu apartamento, no Edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, em 16 de maio deste ano.
O jovem de 19 anos, filho do diretor do colégio, e o adolescente de 17 foram ouvidos duas vezes, mas negaram envolvimento no assassinato. No entanto, a polícia tem como provas contras eles as impressões digitais encontradas nos objetos utilizados para matar a vítima e num móvel do apartamento.
A análise das digitais realizada pelos peritos papiloscopistas do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) não deixa dúvida quanto à presença dos dois suspeitos no local. Betinho foi encontrado despido da cintura para baixo, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e com um fio de ferro elétrico enrolado no pescoço. As digitais foram encontradas no ventilador e no ferro.
Nesta sexta-feira (21), o delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), fará uma acareação entre cinco pessoas referente às investigações da morte do professor José Bernardino da Silva Filho, 49 anos. O inquérito que apura esse crime dever ser concluído no final deste mês.
Fontes do blog revelaram que os advogados do estudante de 19 anos suspeito de envolvimento na morte de Betinho, como a vítima era conhecida, apresentaram duas testemunhas ao delegado afirmando que as mesmas teriam ouvido a confissão dos dois primeiros rapazes que foram apontados como suspeitos do crime. Os dois homens chegaram a prestar depoimento, negaram participação na morte e foram liberados.
Após receber a petição da defesa do aluno do Colégio Agnes, o delegado Alfredo Jorge chamou as duas testemunhas, que são mãe e filha, para prestar depoimento. Ambas negaram que tivessem ouvido tal confissão dos rapazes. Após esse episódio, os advogados apresentaram agora uma mulher que disse ter ouvido de uma colega de trabalho que os dois primeiros rapazes que foram à delegacia teriam confessado o crime para sua mãe, uma cambista de jogo de bicho que trabalha no bairro do Prado.
Diante de tantos desencontros, o delegado resolveu fazer uma acareação entre essas três mulheres e os dois jovens que costumavam frenquentar o apartamento de Betinho para saber quem está falando a verdade. O encontro será as 10h na sede do DHPP, no bairro do Cordeiro.
Para a polícia, os dois alunos do Agnes, que não participarão desta acareação, são os principais suspeitos da morte do pedagogo. Betinho foi encontrado morto dentro do seu apartamento, no Edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, em 16 de maio deste ano.
O jovem de 19 anos, filho do diretor do colégio, e o adolescente de 17 foram ouvidos duas vezes, mas negaram envolvimento no assassinato. No entanto, a polícia tem como provas contras eles as impressões digitais encontradas nos objetos utilizados para matar a vítima e num móvel do apartamento.
A análise das digitais realizada pelos peritos papiloscopistas do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) não deixa dúvida quanto à presença dos dois suspeitos no local. Betinho foi encontrado despido da cintura para baixo, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e com um fio de ferro elétrico enrolado no pescoço. As digitais foram encontradas no ventilador e no ferro.
A polícia disse ainda que o ferro foi usado para dar pancadas na cabeça da vítima que morava sozinha no imóvel. Apesar de ter sido encontrado sem vida por um amigo no dia 16 de maio, a polícia suspeita que Betinho tenha sido assassinado no dia 14 de maio, quando foi visto pela última vez entrando no edifício.
O que a polícia ainda não conseguiu descobrir foi a motivação do assassinato que chocou familiares da vítima, amigos, funcionários, alunos, ex-alunos do Agnes e da Escola Moacir de Albuquerque, em Nova Descoberta, onde Betinho também trabalhava. Uma semana antes de ser morto, o pedagogo havia pedido transferência de local de trabalho devido a um problema envolvendo ele e um aluno adolescente.
Alunos de escolas públicas e particulares do Grande Recife estão recebendo orientações sobre prevenção ao uso de drogas. Tem sido cada vez maior a procura de gestores dos colégios, inclusive os de alto padrão, pela palestra realizada por servidores da Polícia Federal (PF) nas instituições de ensino. Segundo a PF, mais de 100 escolas foram visitadas e mais de 10 mil alunos assistiram às palestras do início de 2014 até este mês.
Tipos de drogas, causas e consequências do uso, os danos causados à saúde e até uma demonstração com a participação de cães farejadores tem sido realizada nas escolas. Até a última sexta-feira, seis escolas já estavam com palestras agendadas para o mês de agosto e outras seis para setembro. “Nossas palestras são realizadas em escolas, igrejas, associações, órgãos públicos e até em empresas. Faz parte das ações preventivas para evitar que crianças e adolescentes entrem no mundo das drogas. As palestras são gratuitas e podem ser agendadas por telefone”, explica o chefe de comunicação social da PF, Giovani Santoro.
No mês passado, um colégio particular tradicional da Zona Norte do Recife solicitou a realização da palestra por duas vezes para seus alunos dos 1º e 2º anos do ensino médio. Em sua página na internet, a instituição escreveu que o encontro teve “o objetivo de oportunizar momentos de reflexão e esclarecimentos sobre questões presentes na sociedade.”
Segundo Giovani Santoro, os estudantes que assistem às palestras recebem informações sobre efeitos e consequências do uso da maconha, crack, lança-perfume, cola de sapateiro, drogas sintéticas, álcool e cigarro. “As palestras são gratuitas e os alunos tiram muitas dúvidas durante as apresentações. De acordo com a faixa etária do público, o tempo e os temas da palestra são ajustados. Às vezes, os estudantes são muito pequenos e em outras escolas já são adolescentes”, conta Santoro.
Um dos momentos em que os estudantes ficam mais atento é na demonstração dos cães farejadores procurando drogas. “Com autorização da Justiça, levamos uma pequena quantidade de droga para as escolas e escondemos no local onde a palestra está sendo realizada. Quando os cães farejadores entram no espaço, eles identificam a pessoa que está com a droga”, explica Giovani.
A iniciativa tem sido bem recebida por alunos e pelos pais. O médico Tadeu Calheiros tem duas filhas adolescentes e uma de nove anos que estudam em colégios particulares nos bairros do Paissandu e das Graças e disse ser a favor das palestras realizadas para os estudantes. “Tenho uma filha de 16 anos, uma de 13 e uma mais nova e acho que essa iniciativa das palestras é muito válida. Acredito que o conhecimento e o esclarecimento são as melhores armas no combate e prevenção ao uso de drogas. Orientar os filhos sobre esse tema é um papel da família, sem dúvidas, mas é importante que a escola também se preocupe com isso”, ressaltou Calheiros.
Um adolescente de 17 anos está sendo apontado pela polícia como executor da morte do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, 49. Ele e outro aluno do Colégio Agnes (de 19 anos) são os suspeitos do crime, segundo o delegado Alfredo Jorge. Como antecipado pelo Diario com exclusividade, impressões digitais foram encontradas por peritos do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) na casa do professor.
As digitais do adolescente estavam no ferro de passar roupas usado para matar a vítima, no ventilador cujo fio serviu para amarrar as pernas do pedagogo e ainda na geladeira da residência. Já as do estudante de 19 anos foram colhidas na cômoda do apartamento de Betinho. Um dos estudantes é filho de um integrante da administração do colégio.
O professor foi encontrado morto em seu apartamento, no Edifício Módulo, na Conde da Boa Vista, em 16 de maio. De acordo com a polícia, os suspeitos devem ser ouvidos novamente na próxima semana. “Os dois prestaram depoimento em 21 de maio e negaram participação. Também negaram que estiveram na casa da vítima e alegaram que nem sabiam onde Betinho morava. Mas as digitais provam que eles estiveram na cena do crime”, apontou o delegado.
Alfredo Jorge afirmou que a motivação do assassinato segue indefinida e por isso a investigação vai continuar. “Precisamos saber se houve relação sexual antes do crime. Estamos esperando os laudos.”
Até o momento, a polícia não decidiu quando irá pedir a prisão temporária ou preventiva do suspeito de 19 anos e a internação do adolescente. Ambos cursam o terceiro ano do ensino médio.
“Ainda não temos a motivação, mas o inquérito pode ser fechado sem essa conclusão e encaminhado à Justiça com as provas e indícios. Ambos apresentaram álibis para a noite do crime. O mais velho disse que estava em casa e o adolescente contou que estava com a namorada, mas a versão do mais novo já foi derrubada. Acho possível que o motivo do crime só seja descoberto com a confissão dos dois suspeitos.”
Os advogados do estudante de 19 anos afirmaram que a família ainda não vai se pronunciar. Os defensores vão aguardar as intimações para os novos depoimentos. Procurado mais uma vez, o Colégio Agnes também preferiu não se pronunciar.
Pontos cegos A polícia revelou que existem pontos cegos na câmera de monitoramento do Módulo e que há a possibilidade de alguém ter entrado e saído do edifício sem ser filmado. A análise das gravações estão em andamento.
As impressões digitais dos dois estudantes do Colégio Agnes suspeitos de assassinar o pedagogo José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, foram encontradas no ferro usado para dar pancadas na cabeça do professor e também no ventilador, cujos fios estavam enrolados nas pernas de Betinho, como era conhecido, quando o corpo foi encontrado, segundo a polícia. O professor foi achado morto em seu apartamento, na Avenida Conde da Boa Vista, no dia 16 de maio.
Em depoimento no dia 21 do mês passado, uma semana após a data provável da morte do professor, os dois estudantes negaram participação no crime. A coleta das impressões pelo Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) foi fundamental para contradizer a versão deles e estabelecer um elo com o assassinato.
Os alunos deverão prestar depoimento de novo, em data a ser marcada. Em reserva, uma fonte do IITB revelou que uma impressão digital deixada em uma superfície lisa pode ser identificada com sucesso por vários dias depois do crime. “A durabilidade depende de alguns fatores. Se a pele é seca ou oleosa demais, pode atrapalhar a coleta”, contou.
Fontes da polícia revelaram que um dos suspeitos da morte do pedagogo é filho de um integrante da administração do Colégio Agnes. Procurados pela reportagem, os responsáveis pelo colégio informaram através de funcionários que não iriam se pronunciar sobre o assunto. Em entrevista à TV Clube/Record, uma vizinha de Betinho, no Edifício Módulo, disse que o professor costumava levar jovens ao seu apartamento. “Ele dizia que eram alunos.”
A Polícia Civil deve se pronunciar hoje sobre as investigações. Ontem pela manhã, o advogado Marcos Antônio da Silva esteve na sede do DHPP para falar com o delegado Alfredo Jorge, responsável pelas investigações, mas não o encontrou.
“Estou assumindo a defesa de um dos jovens apontado como suspeito a partir de hoje e vim me habilitar para ter acesso ao inquérito policial. Deixei o requerimento e se a cópia estiver pronta irei pegar nesta quarta-feira para começar a trabalhar no caso”, revelou o advogado.
O delegado Alfredo Jorge não foi localizado ontem para falar sobre o caso. Até o momento, cerca de 25 pessoas foram ouvidas pela polícia no inquérito. A vítima também trabalhava na Escola Municipal Moacir de Albuquerque, no bairro de Nova Descoberta, de onde havia pedido transferência uma semana antes de ser assassinada. A motivação ainda é um mistério. As possibilidades de latrocínio ou ligação com tráfico ou dívida de drogas foram descartadas pelos investigadores.
O irmão do proprietário da empresa de eventos W9!, Leonildo Cosme, propôs ontem, em reunião com os formandos lesados pelo fechamento da firma, que as festas sejam feitas pela empresa Megaeventus. Lídio é investigado pela polícia por estelionato e teve a prisão decretada pela Justiça.
Leonildo informou que os estudantes que se formam de outubro a dezembro teriam prioridade. Ele disse ainda que fará o possível para ressarcir o prejuízo de quem não quiser entrar em acordo (o rombo total é estimado em R$ 10 milhões). Segundo Leonildo, na segunda-feira a empresa reabrirá as portas para que seja definida a forma de reembolso.
Hoje, ele se reunirá com outras comissões de formatura na Universo, Imbiribeira. “Eu estou com o pé atrás. Prefiro o dinheiro de volta”, afirmou a estudante do último período de publicidade e propaganda da Unicap, Maria Eduarda Gayoso.
Lídio Gomes é investigado por fechar a firma e desaparecer sem realizar cerca de 150 formaturas já contratadas. Antes das eleições, a juíza da 18ª Vara do Trabalho do Recife, Solange Moura, determinou o bloqueio de qualquer conta bancária mantida no nome dele e de Adriana Karla Diniz Alves Cosme, sua sócia, além do rastreamento dos veículos e de imóveis deles para penhora.