Pacto pela Vida faz seis anos com redução de 35,4% nos assassinatos

Depois de figurar 18 vezes como o estado mais violento do país em 25 anos e de ter registrado um total de 46 mil assassinatos entre os anos de 1996 e 2006, Pernambuco escolheu o ano de 2007 para iniciar uma nova história no quesito segurança pública. Há seis anos estava sendo lançado o programa Pacto pela Vida, uma integração entre os poderes públicos e a sociedade civil organizada, que conseguiu deixar Pernambuco numa posição menos crítica no ranking da violência. Atualmente, o governo do estado comemora a redução de 35,4% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).

Iara, Delma e Nivaldo moram na Rua Timbiras e conversam na calçada até tarde. Foto: Nando Chiappetta/DP.D.A Press
Iara, Delma e Nivaldo moram na Rua Timbiras e conversam na calçada até tarde. Foto: Nando Chiappetta/DP.D.A Press

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o número foi resultado da implantação do programa estadual de segurança pública que visa reduzir em 12% o número de mortes a cada ano e que hoje inspira a elaboração de um plano semelhante para a capital do estado. No Recife, a redução no número de mortes desde 2007 foi de 52,1%.

Os investimentos feitos na área de segurança fizeram de Pernambuco o único estado do Nordeste a reduzir os índices de criminalidade. Segundo o Mapa da Violência 2013 – Mortes Matadas por Armas de Fogo, o estado obteve uma redução de 27,8% nas mortes entre os anos de 2000/2010. Ainda como ponto positivo do pacto é lembrado o último dia 29 de abril, quando o estado passou 24 horas sem registrar um único crime de homicídio. “Pela primeira vez, zeramos os homicídios em território pernambucano desde a implantação do pacto. Isso merece uma celebração à vida. Esse dia histórico é resultado do trabalho articulado, da dedicação e da perseverança nas metas de redução da violência”, definiu o governador quando fez o anúncio na semana passada.

Márcia e Flávio, comemoram a tranquilidade no bairro. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A. Press
Márcia e Flávio, comemoram a tranquilidade no bairro. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A. Press

Entre as ações prometidas pelo Pacto pela Vida estavam a contratação de mais policiais militares, construção e reforma de batalhões e delegacias, reforço no patrulhamento ostensivo e investimento em qualificação profissional e inteligência dos policiais civis e militares. Conhecido por muito tempo como um dos bairros mais perigosos do Recife, Santo Amaro, após a implantação do pacto, passou a ser exemplo para o estado. O bairro chegou a ser citado pelo então presidente Lula em vários eventos como exemplo na redução da criminalidade. Moradora do bairro há 60 anos, a aposentada Márcia de Moura, 63, conta da tranquilidade na Rua Barros Barreto, onde mora com o companheiro Flávio Martins de Souza, 55. “Moro aqui desde criança. As coisas melhoram muito. Não vemos mais violência como antigamente”, ressalta Márcia.

Quem também destaca a tranquilidade de Santo Amaro são os aposentados Iara Batista, 66, Nivaldo Alexandre da Silva, 75, e Delma Moraes, 70. Moradores da Rua Timbiras, eles afirmam que aproveitam os finais de tarde e até mesmo a noite para conversar na calçada. “Isso aqui é uma calmaria. Tem gente que fica na frente de casa até uma hora da madrugada e ninguém mexe com a gente”, revela seu Nivaldo. Até o final deste mês, o prefeito do Recife Geraldo Julio deve apresentar o projeto do Pacto pele Vida do Recife que também terá como meta reduzir os índices de assassinatos em 12% na capital pernambucana.

Recife espera seguir exemplo do estado na redução de homicídios

Em 2007, a capital pernambucana contabilizava uma média de 68 homicídios para cada 100 mil habitantes. Seis anos depois, a taxa caiu para 38. Com a criação do programa Pacto pela Vida do Recife, porém, a prefeitura lançará uma meta ainda mais ousada. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana garantiu que vai trabalhar para reduzir os índices a 10 mortes para cada 100 mil habitantes – conforme preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo precisa ser atingido até o final de 2016, quando chega ao fim a gestão do prefeito Geraldo Julio. Nos primeiros quatro meses deste ano, Recife já obteve uma redução de 21,8% em relação ao mesmo período de 2012 – um dado relevante se comparado com a média do estado, que conseguiu uma queda inferior a 6%.

Desde a criação do Pacto pela Vida, a meta é de queda anual de 12%, mas, nos últimos dois anos, houve oscilações mensais e a Secretaria de Defesa Social não conseguiu cumprir o objetivo. “Estamos trabalhando com o setor de inteligência para desarticular as organizações criminosas e com a polícia preventiva, presente nos bairros e comunidades. Vamos lutar para atingir a meta até dezembro”, afirmou Wilson Damázio.

Confiança

Moradora do bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, a técnica de laboratório Ana Lúcia Gomes, 54 anos, se diz confiante com os resultados do Pacto pela Vida. Ela também destacou como principal ponto positivo o reforço no policiamento nos bairros.   “Estamos nos sentindo mais seguros graças às prisões”, destacou.

Entre as ações que serão implementadas pela Prefeitura do Recife estão o reforço na iluminação pública, a interação da Polícia Militar com a guarda municipal e a criação de mais espaços de lazer nas comunidades. O Pacto Pela Vida do Recife começou a ser construído em parceria com a sociedade no dia 6 de abril, durante a Consulta Pública realizada no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena.

Do Diario de Pernambuco

 

Quem dera fosse assim todos os dias

Por Raphael Guerra

Do Diario de Pernambuco

Um dia histórico no enfrentamento à violência. Essa foi a definição dada pelo governador Eduardo Campos ao anunciar que, na última segunda-feira, Pernambuco não registrou nenhum homicídio. É a primeira vez que isso acontece desde que as estatísticas começaram a ser monitoradas, em janeiro de 2004. No Recife, somente neste ano, esse resultado foi obtido 52 vezes. Já em 43 dos 184 municípios do estado o balanço é ainda mais expressivo: nenhum assassinato registrado desde 1º de janeiro. O governador pontuou que esses números são um “presente” ao programa Pacto pela Vida, que, no próximo dia 8, completa seis anos.

“Pela primeira vez zeramos os homicídios em território pernambucano. Isso merece uma celebração à vida. É um dia que queremos que se repita sempre, pois se trata de uma conquista da sociedade pernambucana. Esse dia histórico é resultado do trabalho articulado, da dedicação e da perseverança nas metas de redução da violência”, definiu o governador.

Crédito: Editoria de arte/DP
Crédito: Editoria de arte/DP

Segundo ele, o estado é o único do Nordeste a alcançar uma queda de mais de 35% nos índices de assassinatos. Campos destacou o trabalho diário de monitoramento das estatísticas, aliado às ações articuladas de repressão às drogas e aos grupos de crimes organizados. “Segurança não é só tarefa da polícia. Tem que haver coragem de acompanhar e apostar na transparência da ação para reduzir a violência”, disse.

Das 43 cidades sem homicídios neste ano, Limoeiro, no Agreste do estado, foi uma das destacadas durante a entrevista coletiva. Isso porque, em maio de 2007, quando o Pacto pela Vida foi criado, eram contabilizadas cerca de 82 mortes para cada 100 mil habitantes. Atualmente, o índice é de 9. Salgadinho, também no Agreste, chama a atenção. O último crime aconteceu em 2009.

O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, lembrou que, por inúmeras vezes, o estado chegou a registrar mais de 30 homicídios numa segunda-feira. Isso sem contar os altos índices nos fins de semana e feriados. “Agora vamos concentrar esforços nos delitos de âmbito familiar, como os contra a mulher. Conseguimos reduzí-los em 38,8%, a maior queda registrada no país”, afirmou.

Reforço
O relançamento do programa Patrulha do Bairro, em agosto de 2012, também contribuiu com a redução de 21,3% nos crimes contra o patrimônio, entre eles os assaltos. Morador de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, o portuário Lúcio Arcoverde, 48, garante que já sentiu a diferença. “As viaturas passam com frequência pelas ruas, o que acaba afastando a presença de bandidos”, disse.

 

Campanha pela paz ainda não está surtindo efeito

Apesar das peças publicitárias que estão sendo veiculadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) para difundir a Campanha da Paz no estado, os casos de crimes de homicídios por motivos banais continuam acontecendo. Há uma semana, o secretário Wilson Damázio reuniu a imprensa para falar sobre a campanha que visa reduzir os índices de crimes de proximidades. Veja os links no final deste post:

Veja matéria publicada na edição desta terça-feira do Aqui PE:

Um policial de 46 anos foi brutalmente assassinado na noite do último domingo por três suspeitos na Favela do Engorda, em Catende, na Mata Sul de Pernambuco. O crime foi motivado depois de uma discussão por causa de um som alto. Os suspeitos do assassinato, identificados como Reginaldo Gomes da Silva, 27 anos, Edvaldo Manoel da Silva e Severino José da Silva, atingiram a vítima, o cabo da PM José Carlos Vicente de Lima, com golpes de facão e depois usaram a própria arma do policial para atirar contra ele.

A vítima estava de folga em um bar com os amigos, quando resolveu reclamar da altura do som que saía da residência dos suspeitos. Os três homens estavam bebendo e já eram conhecidos do cabo. “O policial os repreendeu e resolveu ir até a casa da mãe de um deles, já que era tudo na mesma rua. Quando estava conversando com ela e com a filha dela, ele foi surpreendido pelo ataque dos três homens”, informou a delegada Josineide Confessor, da Delegacia de Plantão de Palmares.

Os suspeitos atingiram o policial com vários golpes de facão na frente de cerca de 10 testemunhas. A vítima ainda teria tentado reagir, mas devido aos ferimentos acabou sendo dominado pelos homens. “Ninguém interferiu, porque eles estavam com facões e o policial estava armado. Quando o José de Lima pegou a arma, ele não conseguiu atirar. Os suspeitos se aproveitaram disso, tomaram o revólver e dispararam contra ele”, contou a delegada.

De acordo com a polícia, Reginaldo Gomes da Silva, Edvaldo Manoel da Silva e Severino José da Silva conseguiram fugir a pé, levando a arma da vítima. A polícia está fazendo diligências para tentar descobrir a localização dos suspeitos. Até agora, ninguém foi preso. O corpo do policial foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. A vítima trabalhava no município da Jaqueira, também na Mata Sul, mas estava morando em Catende.

Leia mais sobre o assunto em:

Assista aos vídeos da Cultura de Paz

Se você perde a cabeça, você perde sua vida

 

 

 

 

SDS lança campanha da Cultura de Paz nesta quarta-feira

Será lançada nesta quarta-feira pela Secretaria de Defesa Social – SDS a campanha “Cultura de Paz”. O objetivo é diminuir, a partir da conscientização da população, os índices de violência por razões fúteis e impulsivas. De acordo com a Gerência de Análise Criminal e Estatística – GACE da SDS, 49% dos homicídios investigados em Pernambuco, em 2012, foram crimes por impulso.

A campanha será veiculada na televisão, no rádio, no jornal, na internet, como também em outdoor e backbus na Capital, Região Metropolitana e cidades do Interior, além de cartazes e adesivos para carros. De acordo com a SDS, os crimes de proximidades, que envolvem rixas, brigas de vizinhos e discussão de familiares são os mais difíceis de serem evitados.

Mais informações sobre esse assunto ainda nesta quarta-feira

Da Assessoria de imprensa da SDS

Instituto Antônio Carlos Escobar vai encerrar suas atividades

Criado em 2005 para discutir a segurança pública em Pernambuco e apresentar propostas para reduzir a criminalidade, o Instituto Antônio Carlos Escobar (Iace) fechará as portas na próxima semana. De acordo com o psicanalista José Carlos Escobar, um dos fundadores, a instituição cumpriu sua missão de cobrar investimentos do poder público. Isso porque, desde 2007, com a criação do Pacto pela Vida, o estado vive um momento de redução da violência. No próximo dia 21, às 19h30, uma cerimônia no Conselho Regional de Medicina (Cremepe) oficializará o encerramento das atividades.

Para José Carlos Escobar, entidade cumpriu sua função (HELDER TAVARES/DP/D.A. PRESS)

Para José Carlos Escobar, entidade cumpriu a sua função

“Nossa avaliação é positiva, pois o estado está apresentando queda na violência. Ao longo desses anos, fizemos muitas mobilizações pedindo segurança. Vamos apresentar uma revista com o balanço das ações”, afirmou Escobar. Ele é irmão de Antônio Carlos Escobar, que deu nome ao instituto. Antônio Carlos foi assassinado em dezembro de 2005, quando ladrões atiraram contra ele num sinal da Avenida Domingos Ferreira, no Pina. A vítima tinha acabado de acionar a buzina do seu carro para chamar a atenção para o assalto a um casal que ocupava um veículo à frente dele.

Uma das campanhas de maior impacto do Iace aconteceu logo após sua criação. Representantes de 37 entidades, a maioria ligada aos direitos humanos, decretaram “estado de medo” em Pernambuco. O movimento divulgando a violência foi estampado em outdoors e outbuses com imagens de vítimas de crimes. Em 2006, o estado registrava uma taxa de 55 homicídios para cada 100 mil habitantes, uma das médias mais altas do Brasil. Seis anos depois, o índice caiu para 37 mortes para cada 100 mil habitantes.

Do Diario de Pernambuco

Projeto de lei propõe criação do Disque-Denúncia da Mulher

Apenas no mês de janeiro, o estado de Pernambuco registrou 20 assassinatos de mulheres. O número alto tem preocupado as autoridades policiais e agora também a Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Zé Maurício (PP) está propondo a criação de um Sistema Integrado Estadual de Registro de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher no estado de Pernambuco denominado (Socorro Mulher – PE). A ideia é integrar todos os órgãos de atendimento à mulher vítima de violência doméstica. Além dessa integração, está sendo proposta ainda a criação do Disque-Denúncia da Mulher, onde as mulheres ou seus familiares e conhecidos possam fazer denúncias sobre agressões sem precisar se identificar.

Deputado falou sobre projeto no plenário. Foto: Alepe/Divulgação
Deputado falou sobre projeto no plenário. Foto: Alepe/Divulgação

O objetivo do serviço será atender, acolher, orientar e encaminhar as vítimas para os  serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no estado. “Depois da Maria da Penha, testemunhamos uma coragem maior das mulheres para denunciarem o crime, mas percebemos também a urgência de um número maior de ações para fazer um trabalho preventivo, de conscientização, capaz de evitar que a agressão se concretize”, relatou o deputado. No Brasil, 4 mil mulheres são mortas por ano. O país está em 7º lugar em taxa de homicídios contra as mulheres e 70% dessas vítimas são mortas por companheiros e ex-companheiros.

Segundo a proposta, devem ser anexados documentos como Boletim de Ocorrência, exame de corpo de delito, ficha de notificação compulsória de casos de violência doméstica e familiar. Caso seja aprovado, o projeto de lei pretende diminuir o período de tramitação dos processos cíveis e criminais. “Com essa proposta, iremos conseguir traçar um perfil dos agressores de mulheres, saber que tipo de violência é praticada e quais os motivos das agressões”, acrescentou Zé Maurício. Agora, o projeto precisa passar pelas comissões de Justiça e Cidadania da Assembleia Legislativa para depois ir parar nas mãos do governador Eduardo Campos. “Tenho certeza que o governador irá aprovar esse projeto que vai contribuir muito na redução da violência contra a mulher”, finalizou o deputado.

Centro das Mulheres do Cabo lança campanha contra violência

O Centro das Mulheres do Cabo de Santo Agostinho (CMC) está promovendo nesta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, algumas atividades em vários pontos da cidade. Na programação está previsto o lançamento da campanha “A Cidade que se quer, não tem violência contra mulher”, com uma Caravana de Mulheres que percorrerá os principais bairros da cidade. No percurso haverá paradas nas praças com panfletagem, fala das mulheres e muita animação.

A coordenadora geral do CMC, Nivete Azevedo, salienta a importância da campanha para o enfrentamento à violência contra as mulheres no espaço doméstico e público. “Temos o direito a uma vida sem violência, podendo andar livremente pela cidade sem medo de ser violentada”, afirmou.

No sábado, (09/03), a partir das 8h30, a caravana irá ao litoral onde ocorrerá uma panfletagem nas praias de Gaibu e Suape, que tem como objetivo levar a mensagem da campanha que reforça a importância da rede de proteção à mulher vítima de violência, orientando as mulheres a se prevenir e denunciar qualquer tipo de agressão.

A ação se estenderá por todo o mês de março, com a veiculação de programas temáticos no Rádio Mulher, além de diversas atividades nas escolas, empresas do Complexo Portuário de Suape e nas comunidades do Cabo. O Centro das Mulheres do Cabo salienta que no ano passado, a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou que 13 mulheres foram assassinadas no município do Cabo. Neste ano, quatro assassinatos já foram divulgados pela imprensa.

Da Assessoria de imprensa do CMC

Leia mais sobre o assunto em:

Crimes contra mulheres seguem sem freio em Pernambuco

Mais de 67% das vítimas mortas por armas de fogo são jovens

De cada três mortos por arma de fogo, dois estão na faixa dos 15 a 29 anos, é o que mostra o Mapa da Violência 2013: Mortes Matadas por Armas de Fogo. A publicação, divulgado com exclusividade pela Agência Brasil, diz que os jovens representam 67,1% dos mortos por arma de fogo.

As informações se referem ao período de 1980 a 2010 e revelam que, em 30 anos, um total de 799.226 pessoas morreram vítimas de armas de fogo. Desses, 450.255 mil eram jovens entre 15 e 29 anos de idade. A publicação, feita pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, analisou as mortes por armas de fogo decorrentes de agressão intencional de terceiros (homicídios), autoprovocadas intencionalmente (suicídios) ou de intencionalidade desconhecida, cuja característica comum foi a morte causada por arma de fogo.

Maior parte das vítimas tem entre 15 e 29 anos. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A.Press

De acordo com a publicação, a análise dos dados de morte de jovens no ano de 2010, mostra que as armas de fogo são a principal causa de morte no próprio segmento. Neste ano, foram registradas 75.553 mortes de jovens de 15 a 29 anos de idade, sendo que um terço (22.694) foi decorrente do uso de arma de fogo. “Bem longe da segunda causa: os acidentes de trânsito, que representam 20% da mortalidade juvenil”, diz a publicação.

“Temos uma epidemia de violência em todo o Brasil e sabemos o perfil de quem ela atinge mais: são jovens, negros e, geralmente, de baixa renda,” disse para a Agência Brasil o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pela publicação. Entre as causas da morte por arma de fogo entre os jovens, Waiselfisz  indica o abandono da escola e a baixa inserção no mercado de trabalho. “Hoje temos 9 milhões de jovens que não estudam, não trabalham e que estão vulneráveis a situações de violência”, disse.

Continue lendo Mais de 67% das vítimas mortas por armas de fogo são jovens