Moradores do barro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, já não sabem mais a quem pedir ajuda diante dos inúmeros casos de assaltos ocorridos na localidade. As investidas criminosas acontecem a qualquer hora do dia ou da noite. E sem exagero. Os ladrões estão acordando cedo para tomar bolsas e celulares de trabalhadores e estudantes que saem de casa por volta das 6h. “Já ouvi os gritos de uma mulher bem cedinho dizendo que tinha roubado a bolsa dela aqui na rua”, disse uma moradora da Rua Doutor Gastão da Silveira.
Segundo moradores e comerciantes do local, os criminosos costumam agir de bicicletas ou de motocicletas. Viatura da Polícia Militar, dizem os denunciantes, é artigo raro no bairro. Grupos inteiros de estudantes já foram vítimas de assaltos. “Na semana passada dois rapazes em duas bicicletas assaltaram quatro meninas que voltavam da escola. Um deles mostrou um revólver para elas e levou os telefones celular. Isso aconteceu perto das 13h”, detalhou uma comerciante.
Diante do medo de sair de casa e de tanta orações que já fizeram pedindo proteção, os moradores da Iputinga pedem que polícia faça agora sua parte providenciando o reforço no policiamento na área. Um dos pontos onde também acontecem muitos assaltos é a Rua São Mateus, onde estão diversos estabelecimentos comerciais. A denúncia está feita, falta agora a ação da Polícia Militar de Pernambuco.
Uma quadrilha envolvida em recentes assaltos nas linhas de ônibus que trafegam pelos bairros do Bongi, Várzea, Caxangá e Cidade Universitária e ainda pela Avenida Recife e BR-101, foi desarticulada nessa quinta-feira durante a Operação Viagem Livre. Dos seis suspeitos, quatro eram adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, entre eles, dois irmãos. Segundo a polícia, os assaltos aconteciam há cerca de três meses. As prisões foram anunciadas ontem pelos delegados Edilson Alves e Joel Venâncio.
Após denúncias, os suspeitos adolescentes além Jeferson de Lima, 18 anos, e Wagner Ramos dos Santos, 20, foram encontrados pela polícia em suas casas, na comunidade da Horta, no bairro do Bongi. Com eles foram apreendidos 15 celulares, bolsas e uma lata de cola. Os adolescentes foram apreendidos por ato infracional por formação de quadrilha e já estão à disposição da Justiça. Os demais integrantes devem responder pelos crimes de roubo qualificado, formação de quadrilha e corrupção de menores de idade.
Na maioria dos casos, os assaltantes subiam e desciam dos veículos num ponto de ônibus localizado dentro da comunidade e faziam o assalto durante o percurso. “A quadrilha costumava entrar nos ônibus portando facas e facões. Os assaltos estavam se tornando tão frequentes que muitos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco estavam preferindo pegar o metrô na Estação do Barro para evitar os assaltos nas linhas”, comentou Joel Venâncio, delegado da Várzea.
Segundo informações da polícia, foram solicitadas imagens internas dos ônibus que trafegavam pelo local, mas as empresas alegaram que as câmeras disponíveis não funcionavam. “As empresas não quiseram disponibilizar imagens dos assaltos alegando que as câmeras não filmaram as ações. Essas imagens nos ajudariam a identificar outros suspeitos e confirmar a identidade dos que já foram encontrados”, afirmou Venâncio. De acordo com o Urbana-PE, as câmeras instaladas nos ônibus estão em funcionamento, no entanto, o período de armazenamento é curto.
As mulheres continuam sendo as maiores vítimas de furtos de telefones celulares durante grandes eventos. Foram muitas as reclamações da mulherada que teve o aparelho levado, principalmente das bolsas, na noite desse sábado durante a Trivela. Os furtos aconteceram tanto na área da pista quanto no camarote.
A polícia afirma que existe uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. Os ladrões compram os ingressos caros e ficam circulando no meio das pessoas para aproveitar os momentos de descuido e furtar o que estiver a seu alcance. Os iPhones são os produtos mais cobiçados.
Nem mesmo a presença de seguranças contratados pela organização do evento faz os bandidos ficarem inibidos. A dica é evitar levar coisas de valor para lugares com muita gente e, se levar, ficar atento. No caso das mulheres, nunca deixem suas bolsas de lado ou para trás. Tentem deixá-la sempre à sua frente.
Nesse final de semana, fui para uma casa de shows no Recife que tem sido um dos locais mais badalados nos últimos meses. Grandes artistas têm se apresentado no espaço. Como cheguei antes dos meus amigos, fiquei cerca de 15 minutos na porta da casa de shows para esperá-los e entrarmos juntos. Nesse pequeno intervalo, conversei com duas pessoas que estavam vendendo bebidas na frente da festa.
Além das dezenas de cambistas que circulavam de um lado pra outro gritando que compravam ingressos sobrando, observei que havia pelos menos três homens que não estavam ali vendendo nem comprando nada. Um deles tinha até um guarda-chuvas preso às costas. Antes que eu perguntasse, os vendedores ambulantes com os quais eu estava batendo um papo alertaram: “esses são os batedores de bolso”. Sem serem notados pelos seguranças que atuam apenas a partir da portaria da casa de shows, esses homens se aproveitam dos descuidos de algumas pessoas para praticar furtos.
“Eles ficam por aí cubando as pessoas que chegam pra festa. Quando um cambista está vendendo o ingresso às pessoas eles ficam por perto. Se alguém der um vacilo, eles roubam mesmo. E quando está no aperto, com muita gente, eles metem a mão nos bolsos e nas bolsas das pessoas. Tenha cuidado, meu filho”, disse um dos ambulantes. Fica aqui, então, o alerta para os responsáveis pelas casas de shows, para a polícia e, sobretudo, para as pessoas que costumam ir para festas à noite.
Todo nós sabemos que, infelizmente, algumas pessoas se aproveitam do carnaval para promover arrastões e se meterem em confusões que resultam em muita violência. Para conter os ânimos desses mais exaltados, as autoridades policiais são escaladas para trabalhar durante os quatro dias de folia nos diversos polos de animação do estado. Com um efetivo defasado, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) irá aproveitar a mão de obra dos alunos do curso de formação da PM para atuarem nos dias de festa. A decisão, no entanto, tem preocupado os alunos e seus familiares porque os mesmos estão indo para a rua sem proteção legal e ainda sem armas de fogo.
Essa situação já havia sido divulgada pelo blog e a corporação chegou a responder porque estava agindo de tal forma (veja links abaixo). No entanto, o blog não para de receber e-mails e telefonemas voltando a alertar para os riscos dessa determinação. Entre as queixas dos futuros policiais e de seus parentes estão a falta de coletes balísticos para todos os alunos e os horários de trabalho da tropa. “Estamos trabalhando, muitas vezes, até as três da madrugada, quando deveríamos largar de meia-noite. Além disso, estamos sem coletes e o pagamento das bolsas sempre atrasa. Temos relatos de companheiros que estão passando dificuldades para se manterem”, disse um dos alunos.
Outro futuro PM revelou ao blog que a cúpula da corporação afirmou que o estado não teria como garantir um carnaval seguro para a população sem que os alunos do curso de formação fossem escalados para o serviço. Tudo bem que eles sejam necessários para evitar tragédias, mas que pelo menos fossem tratados com respeito. Mostrar que tem PM na rua talvez seja uma maneira de passar segurança aos foliões e para a imprensa. Mas é preciso muito mais que isso para que, de fato, o trabalho tenha bons resultados. Afinal, saco vazio não fica em pé.
Se você é daquelas pessoas que costumam deixar vários objetos dentro do carro quando o estaciona em um lugar vulnevárel, preste bastante atenção aos riscos que está correndo. Depois de uma onda de arrombamentos de veículos nos estacionamentos de grandes supermercados, a polícia agora está ocupada em tentar descobrir também quem são os integrantes de uma quadrilha criminosa que escolheu os arredores de um dos parques mais movimentados do Recife para agir.
Localizado no bairro da Jaqueira, área nobre da nossa capital, o Parque da Jaqueira se tornou o alvo, segundo a polícia, de arrombadores de carros. Os criminosos conseguem, de maneira discreta, abrir as portas dos veículos, retirar cartões de créditos das bolsas e carteiras e, em seguida, partem para a farra das compras. Para escapar dessa modalidade criminosa, a polícia orienta ter mais cuidado nos locais onde parar seu carro e não deixar pertences à mostra. Pois isso é um convite aos ladrões! Nem mesmo a presença da Polícia Militar nas imediações do parque tem conseguido evitar os constantes arrombamentos.
Leia a matéria publicada na edição impressa do Diario de Pernambuco desta segunda-feira. O texto a seguir é da repórter Adaíra Sene
Uma área verde adorada por crianças, idosos e atletas está sendo invadida pelo medo. O Parque da Jaqueira, no bairro nobre de mesmo nome, na Zona Norte do Recife, vem sendo alvo de furtos constantes. Sem se intimidar com a presença dos dois Postos de Policiamento Ostensivo (PPOs) nos entornos, os suspeitos abrem os veículos estacionados nas imediações do parque com uma chave mestra, reviram os pertences das vítimas e retiram apenas os cartões de créditos. No lugar, deixam outros também roubados e já bloqueados. A Delegacia de Casa Amarela, responsável pelas investigações de crimes na área, informou que os crimes são frequentes e que podem ser fruto de uma parceria criminosa entre arrombadores e estelionatários.
“O parque recebe gente de vários lugares e tem policiamento por perto, mas as pessoas não ficam atentas. Vão caminhar e deixam a bolsa, carteira, cartões, notebooks dentro do carro para quem quiser ver”, ressaltou o delegado Gilmar Rodrigues, titular da delegacia. “Não temos assaltos armados, mas alguns bandidos abrem a porta discretamente e tiram os cartões para clonar. Os arrombadores passam os cartões para o estelionatário e pronto. Fazem a farra com os cartões”, explicou Rodrigues.
Um dos idealizadores do projeto Parque da Jaqueira, o arquiteto Carlos Bellandi, 85 anos, se entristece ao constatar as ocorrências. “Não fizeram grande coisa do nosso projeto. Precisam reforçar, principalmente, o policiamento, mas também melhorar a iluminação e a limpeza para que ele volte a ser o que era ”, comentou. Até mesmo os flanelinhas estão insatisfeitos. “Eu fico nessa área há cinco anos. Na semana passada, quebraram o vidro do carro de uma mulher na Rua Simão Mendes. Era de manhã. Pegaram a bolsa e correram. O povo ainda vem culpar a gente”, desabafou um flanelinha que preferiu não se identificar.
A equipe de reportagem observou que o 11º Batalhão da Polícia Militar é o responsável pelo patrulhamento e segurança na área. Os dois postos de policiamento ficam na Rua do Futuro e na Praça Fleming. As rondas são feitas pela viatura de Patrulha do Bairro e pelas equipes do próprio batalhão. Nos PPOs, a guarda é feita 24 horas, sempre com dois policiais de prontidão. Já a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informou que sobre a iluminação do local, irá enviar técnicos ainda nesta semana para avaliar a necessidade de reparos em pontos de iluminação do Parque da Jaqueira.