A Lei Complementar Nº 144, de 15 de maio de 2014, também chamada Lei Dilma, pegou de surpresa também a chefia da Polícia Civil de Pernambuco. Até o final da tarde de ontem, segundo o delegado Osvaldo Morais, chefe da corporação, 19 delegados deixaram de trabalhar na investigação de crimes ou em serviços administrativos.
De acordo com o chefe da Polícia Civil, muitos profissionais que estão deixando de trabalhar não pretendiam abandonar a carreira agora.
“Desses profissionais que já saíram, 17 tinham mais de 65 anos e duas delegadas já completaram mais de 25 de serviço e optaram pela aposentadoria. Além disso, até o final do ano, mais dois delegados irão chegar aos 65 anos e precisarão deixar a polícia também”, revelou Morais.
Para ocupar os lugares deixados pelos policiais que partiram, a chefia já está programando um remanejamento de postos de trabalho. Alguns delegados atuavam em plantões na Região Metropolitana, outros eram titulares em delegacias do interior ou estavam realizando trabalhos internos.
Um protesto dos delegados da Polícia Civil do Grande Recife deixou, na semana passada, duas delegacias de Jaboatão dos Guararapes sem atendimento ao público durante o fim de semana. Vários delegados estão entregando os plantões do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Os policiais afirmam que não têm condições ideais de trabalho e que o valor pago pela jornada extra é muito baixo.
Os policiais pernambucanos dizem que recebem o terceiro salário mais baixo do país. A decisão de entregar os plantões, segundo os delegados, foi comunicada à chefia da Polícia Civil duas semanas antes do início do mês de maio. Eles informaram que deixariam o PJES a partir do dia 1º desse mês, tendo em vista o descontentamento com o governo do estado.
“O governo anterior disse que, ao final do seu mandato, deixaria a classe dos delegados com um dos salários melhores do país. Mas não foi isso que aconteceu, pelo contrário, hoje os delegados de Pernambuco têm o segundo pior salário; em contrapartida, têm uma das maiores cobranças e trabalham para manter os números do Pacto pela Vida”, contou um delegado, que preferiu não ter o nome publicado.
Em desabafo ao blog, os delegados se queixaram de que sempre foram cobrados pelo governo para cumprir as metas do programa de segurança, sobretudo na redução de assassinatos, mas que não receberam o devido reconhecimento. Atualmente, Pernambuco é o único estado do Nordeste onde o número de homicídios está diminuindo.
“Estamos cansados. Muitos estão doentes, afastados com depressão, estresse etc. Entramos para a polícia para trabalharmos e servimos à população, mas antes de tudo fazemos parte dessa população, temos família e direitos a termos qualidade de vida”, disse um delegado ao blog.
O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, delegado Osvaldo Morais, afirmou que foi baixada uma portaria autorizando as diretorias de polícia a escalar policiais para trabalharem no esquema 12h por 36h ou 24h por 72h. A medida vai ser posta em prática nas unidades onde haja entrega dos PJES. Como o serviço de delegacia é essencial à população e não pode ser omitido, os policiais não poderam se recusar a trabalhar. Só que agora, no lugar de hora extra em dinheiro, receberão folgas.
Uma briga de famílias é a principal hipótese investigada pelos cinco delegados que apuram os 18 homicídios ocorridos nos três primeiros meses deste ano em Serra Talhada, a 415 km do Recife, no Sertão. O número de assassinatos, que já é igual ao do ano de 2013 todo, acendeu a luz de alerta da cúpula da segurança pública estadual.
Um ex-policial militar, de identidade preservada, está sendo investigado como suspeito por duas mortes no último dia 22 de março, quando foram baleados, perto de um bar no Centro, João Carlos Epaminondas, 44, e o primo dele, o policial militar Geovane Alves Pereira, 37, que era lotado no Rio Grande do Norte. Naquele mesmo fim de semana, outras três pessoas foram mortas em locais públicos e houve duas tentativas de assassinato.
Viatura da Polícia Militar faz rondas pela cidade. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press
Dos cinco mortos, três são da família Pereira, incluindo Olímpio Pereira Júnior, 39, que chegou a ser socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu. A polícia investiga se há uma guerra com outra família ou se trata-se de um conflito interno, envolvendo diferentes clãs. As outras duas pessoas que morreram no violento fim de semana, um casal identificado como Antônio Ferreira da Silva, 33, e Eliene Pereira Lima, 27, não seriam a princípio, ligadas à família, mas tudo ainda está sendo investigado. Após a onda de homicídios, uma força-tarefa foi montada na cidade para tentar esclarecer os casos e prender os suspeitos. A população está assustada com o aumento da violência e o clima é tenso.
Conhecido da polícia e dos moradores da cidade pelo histórico do envolvimento em crimes de execução, João Carlos Epaminondas chegou a passar vários anos preso. Recentemente estava cumprindo prisão domiciliar, mas acabou ganhando a liberdade no fim do mês de janeiro. Isso porque no dia do seu julgamento as testemunhas não comparecerem ao Fórum, pois não haviam sido notificadas. A Justiça, então, acabou concedendo a liberdade ao acusado.
Fontes da polícia acreditam que a morte de João Carlos, conhecido como Galeguinho de João de Tonhé, foi uma forma de vingança relacionada às muitas mortes que ele teria praticado nos anos de 1990 em Serra Talhada. O cidadão, que já chegou a trocar tiros com PMs e confessou a morte de um homem que teria matado seu pai num assalto, estava com novo julgamento marcado para junho deste ano. “Acreditamos que só estavam esperando ele aparecer na rua para matá-lo. Esse homem já assassinou muita gente e as famílias estão se vingando”, contou um policial em reserva.
Memória
Brigas de família no interior do estado
Exu
A terra de Luiz Gonzaga, no Sertão, foi palco por mais de 30 anos de uma guerra política entre famílias. Os moradores viveram décadas de medo devido às lutas entre as famílias Alencar e Sampaio. Mais de 40 mortes foram registradas durante o conflito, que só acabou depois de muitos acordos de paz frustrados. O alvo da briga entre os clãs era o poder político da cidade.
Cabrobó
Numa guerra que durou 14 anos no Sertão, um total de 150 pessoas foram assassinadas entre as cidades de Cabrobó e Belém de São Francisco. Cinco famílias disputavam o poder na região e os membros acabaram pedindo ajuda da Justiça para encerrar com a matança.
Floresta
Outro caso no Sertão do estado é a guerra entre as famílias Ferraz e Novaes, em Floresta. A rixa teve início em 1913 pela disputa do poder. Depois de alguns anos de paz, os assassinatos voltaram nos anos 1990. Em 1992, o prefeito Francisco Ferraz Novaes foi morto.
Itaíba
O município do Agreste, onde em outubro de 2013 foi morto o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, ganhou fama nos anos 2000 por ter um Triângulo da Pistolagem, motivado por disputas de terra. O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como o mandante da morte do promotor, também foi acusado de mandar matar, em 1990, o prefeito de Águas Belas, Hildebrando Lima.
Quase seis mil itens entre alimentos, brinquedos e roupas foram arrecadados em menos de um mês de campanha realizada nas delegacias do estado. O 1º ano da Operação Noite Feliz da Polícia Civil de Pernambuco superou as expectativas dos policiais e levou alegria a muitas crianças carentes. A atitude dos policiais, que cada vez mais se aproxima da comunidade, vem conquistando muitos adeptos nas campanhas sociais promovidas pela polícia.
A primeira entidade a receber as doações foi a Creche de Tia Socorro, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, onde vivem mais de 50 crianças na faixa etária de zero a seis anos. “A solidariedade é contagiante. A vontade de fazer o bem se espalha entre as pessoas com a proximidade dos festejos de final ano”, disse o Chefe da Polícia Civil, Osvaldo Morais. A dona da creche, Zenilda Bezerril, parabenizou a iniciativa. “Se cada um fizesse um pouco, muita gente estaria feliz nos dias de hoje”, afirmou.
A ideia de fazer a Operação Noite Feliz surgiu do delegado Glaukus Menck, gestor de Polícia do Interior 2, no Sertão Pernambucano. Tudo começou com a Operação Caixa de Sorriso no Dia das Crianças. A ação foi realizada apenas no Sertão e foi um sucesso. Com a Noite Feliz não podia ser diferente. O Sertão foi a área que mais arrecadou donativos: 1.257 quilos de alimentos; 1.200 refrigerantes; 1.015 brinquedos e 472 peças de roupas para todas as idades.
A Diretoria do Interior 1 – Agreste do Estado – também se engajou na luta e conseguiu arrecadar 160 brinquedos, 120 quilos de alimentos e 110 peças de roupas. A Delegacia do Idoso, no Recife arrecadou 14 brinquedos. O Departamento de Crimes Patrimoniais – Depatri, conseguiu 340 brinquedos e 65 quilos de alimentos. O Departamento de Narcotráfico – Denarc recolheu 160 brinquedos e a Delegacia de Paulista 230 brinquedos.
A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, Delegacia Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, Delegacia de Jaboatão dos Guararapes e tantas outras também se engajaram na campanha. Cada delegacia ficou responsável pela escolha da instituição para a entrega dos donativos.
Acontece na manhã desta quinta-feira, na Delegacia de Águas Belas, mais uma reunião entre os delegados responsáveis pela investigação da morte do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos. Participam no encontro os delegados Rômulo Holanda (que preside o inquérito), Salustiano Albuquerque, Glaukus Menck e Josineide Confessor. O objetivo da reunião é dividir as tarefas e definir os próximos passos da investigação.
A Polícia Civil informou nessa quarta-feira que poderá solicitar a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de todas as pessoas que estão sendo investigadas e ouvidas no caso. Segundo o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, delegado Osvaldo Morais, os pedidos que ainda não foram feitos serão providenciados nos próximos dias.
Depois de um dia inteiro de reuniões sobre as investigações do assassinato do promotor Thiago, foram definidos os nomes dos representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que irão acompanhar os trabalhos realizados pelos delegados e promotores que apuram o crime.
Ao final da reunião realizada no Fórum de Águas Belas entre a Polícia Civil (PC) e o MPPE, a sub-procuradora Laís Teixeira informou que ela, o também sub-procurador Fernando Barros e o promotor Rinaldo Jorge irão acompanhar toda a investigação.
Segundo os policiais que investigam a assassinato do promotor Thiago Faria Soares, 36 anos, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa é o principal suspeito de ser o mandante da execução ocorrida na manhã dessa segunda-feira, em Itaíba, no Agreste do estado. O nome foi divulgado pelo chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, na tarde desta terça-feira (15), durante o velório do corpo da vítima no Centro Cultural Rossini Couto, na Avenida Visconde de Suassuna, Recife. O sepultamento aconteceu no final da tarde, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
Segundo a polícia, o suspeito seria um dos antigos donos da Fazenda Nova, em Águas Belas, no Agreste, uma área de 25 hectares, onde a vítima morava. Thiago Soares foi encontrado morto com quatro perfurações de espingarda calibre 12 dentro de seu carro, um Hyundai, na rodovia estadual PE-300, no caminho entre a fazenda e o Fórum de Itaíba, onde trabalhava. Na hora da abordagem, ele estava com a noiva, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela Adautivo Elias Martins.
A disputa por terra teria motivado a execução do promotor. Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil. Diante do crime de repercussão nacional, a Associação do Ministério Público de Pernambuco denunciou que existem 19 promotores que vivem sob escolta da Polícia Militar por estarem ameaçados de morte. O procurador geral da República designou três procuradores para, juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Pernambuco, reforçar a equipe de investigação, formada por 50 policiais civis e militares, além do próprio MPPE.
Foi publicada na edição desta sexta-feira no Diário Oficial do estado, a LEI nº 15.026 que altera a estrutura organizacional da Polícia Civil de Pernambuco. Entre as novas medidas estão as criações das Delegacias de Repressão aos Crimes Cibernéticos e Intolerância Esportiva. As unidades atenderão a uma demanda de investigação uniforme e atuação especializada de ocorrências praticadas através da internet ou ligadas a atividades esportivas.
Segundo o Chefe de Polícia Civil, Osvaldo Morais, a implantação das unidades será imediata. A Delegacia de Crimes Cibernéticos cujo titular será o delegado Leonardo Gama vai funcionar na Sede Operacional da Polícia Civil, na Rua da Aurora. O delegado tem especialização na área de crimes cibernéticos.
Já a Delegacia de Intolerância Esportiva terá seus trabalhos executados na sede da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), no bairro de São José. O titular será o delegado Carlos Onofre, que hoje coordena as ações da Polícia Civil dentro dos estádios de futebol.
A lei também cria as três Divisões de Homicídios e as 19 Delegacias de Homicídios, em substituição aos Núcleos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). As novas delegacias serão redistribuídas na Região Metropolitana, Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado. A norma também altera os níveis de classificação de Delegacias Policiais de dezenas de municípios pernambucanos. A nova reclassificação permite um maior aporte de recursos humanos e materiais nas cidades, além de prever o enquadramento a novo nível de função dos delegados titulares.
A Polícia Civil de Pernambuco realiza na manhã desta terça-feira, a cerimônia de posse dos novos agentes e escrivães de polícia. Mais de 600 servidores policiais vão receber das mãos do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio e do chefe de Polícia Civil, Osvaldo Morais o termo de posse, a nova carteira funcional e o bóton da instituição.
A solenidade acontece no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda. O secretário Estadual de Planejamento e Gestão, Frederico Amâncio, irá ministrar uma palestra aos mais novos funcionários públicos sobre as ações e metas do governo do estado. O objetivo da apresentação é alinhar o trabalho desses policiais civis às ações estratégicas do Pacto Pela Vida.
O primeiro lugar do Curso de Formação da Polícia Civil vai fazer um juramento em nome dos demais agentes e escrivães empossados. Também será apresentado um vídeo institucional com os melhores momentos do curso, realizado entre os meses de outubro de 2012 a janeiro deste ano, no Centro de Ensino Recife (Cere), da Academia Integrada de Defesa Social (Acides).
Com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil
A publicação da saída do gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Casimiro Ulisses de Oliveira tem sido bastante lamentada pelos delegados que trabalharam com ele durante os sete meses que o delegado esteve à frente da especializada. Aproximadamente dez delegados do DHPP se manifestaram através de comentários para este blog fazendo questão de ressaltar que o gestor sempre foi uma pessoa íntegra e excelente profissional. Alguns comentários, inclusive, chegam a afirmar que Casimiro teve a imagem denegrida através das palavras descritas na nota sobre sua saída do cargo. Em seu lugar assumirá a delegada Inalva Regina.
Entre os relatos deixados no blog existem elegios ao modelo de trabalho e à disponibilidade do gestor para com toda a equipe. Um grupo de delegados, um comissário, uma escrivã e uma estagiária ressaltaram que nunca tiveram qualquer problema com a gestão de Casimiro. Procurado para saber o motivo da saída do chefe do DHPP, o chefe de Polícia Civil, Osvaldo Morais, ressaltou que o mesmo estava deixando o departamento por questões administrativas. “Estamos fazendo algumas mudanças estruturais e por isso precisamos fazer esse ajuste. Casimiro está entrando de férias, a partir de agora. Quando ele retornar vamos decidir onde ele irá ficar”, afirmou Morais.
A delegada Inalva Regina foi a escolhida para ser a nova gestora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela vai ocupar o lugar do delegado Casimiro Ulisses, que passou cerca de sete meses no cargo. A indicação de Inalva não foi surpresa para o blog, que já havia antecipado que o nome dela era o mais cotado para a função. Concorriam à vaga também os delegados Bruno Chacon, Edilson Alves e João Brito.
Inalva tem vasta experiência. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A.Press
A notícia da nomeação de Inalva, apesar de ter causado surpresas para alguns policiais, agradou grande parte dos delegados do DHPP. Nessa terça-feira, Inalva já esteve no gabinete do chefe de Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, que, segundo algumas fontes do blog, estaria apostando todas as suas fichas nela para restabelecer a harmonia no departamento de homicídios.
Inalva chefiou, por muitos anos, a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), onde conduziu grandes investigações e operações de crimes sexuais contra adolescentes. Atualmente estava respondendo pela Delegacia Seccional de Olinda. Para assumir o cargo, a delegada terá que esperar a publicação no Diário Oficial.