O tenente da Polícia Militar Sebastião Antônio Félix recorreu da condenação de 150 anos e seis meses de reclusão. O oficial foi acusado pelo Ministério Público de Pernambuco de duplo homicídio triplamente qualificado e 11 tentativas de homicídio. O anúncio da condenação aconteceu no final da noite da quarta-feira. O oficial permanecerá em liberdade até que o recurso seja julgado.
O oficial é acusado de comandar um grupo de policiais militares que obrigou 17 adolescentes a pular no Rio Capibaribe, no carnaval de 2006, provocando a morte de dois por afogamento. Os meninos teriam sido confundidos com um grupo que praticava arrastões. O episódio divulgado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco na época ficou conhecido como caso Ponte Joaquim Cardoso.
No mês de maio, quatro PMs estiveram no banco dos réus. Três deles foram condenados e um absolvido. Os três PMs condenados pegaram 96 anos de reclusão. As condenações foram pelo homicídio triplamente qualificado de Diogo Rosendo, e nove tentativas de homicídios. Os outros três militares serão julgados pela morte de Zinael José de Souza, 17, e pelas tentativas de homicídios contra outros dois adolescentes, em data a ser definida.
O Procon-PE propôs, ontem, em audiência de conciliação com o Banco do Brasil, a assinatura de um Compromisso de Ajustamento de Conduta diante da comprovação de venda de dólares falsos pela instituição. Para o Procon, o banco infringiu o Código de Defesa do Consumidor. Se não aceitar o compromisso, o BB pode pagar multa de até R$ 7 milhões.
O banco pediu 15 dias para dar uma resposta. Entre as cláusulas há o compromisso do banco capacitar seus colaboradores com relação aos direitos do consumidor, implementar em 30 dias um procedimento de prevenção contra a aquisição de moedas falsas e confeccionar, em 30 dias, cartilhas cujo modelo será determinado pelo Procon-PE, em quantidade que totalize R$ 50 mil. Caso o banco não responda a proposta em 15 dias, o processo administrativo irá para julgamento.
A venda de dólares falsos, ocorrida na agência Rio Branco, veio à tona depois que a estudante Amanda Parris e o pai dela, João Neto da Silva, foram surpreendidos quando tentavam depositar, em um banco de Galveston, Texas, US$ 2.820. O dinheiro foi comprado em 18 de junho. Ao todo, nove clientes foram lesados em operações com cédulas falsas.
O banco chegou a ser proibido de vender moeda estrangeira por 24 horas em Pernambuco. A decisão foi suspensa depois que o BB apresentou ao Procon medidas para solucionar o problema. O BB informou que a origem do problema foi a aquisição de US$ 24 mil, de terceiros, em 10 de setembro de 2014. Por uma falha, os dólares ficaram na tesouraria e foram vendidos entre 8 e 19 de junho.
O segundo dia de julgamento do tenente da Polícia Militar Sebastião Antônio Félix iniciou na manhã desta quarta-feira com o depoimento do réu, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra. O oficial é acusado de comandar um grupo de policiais militares que obrigou 17 adolescentes a pular no Rio Capibaribe, no carnaval de 2006, provocando a morte de dois por afogamento. Antes de ser ouvido, o tenente deu entrevista à imprensa e voltou a declarar que é inocente.
Ontem foram realizado os interrogatórios de oito vítimas das agressões. Após a ouvida do tenente será feito o debate entre acusação e defesa e em seguida a votação dos jurados. A sentença deve sair no final da tarde de hoje. Pela manhã, três sobreviventes prestaram depoimento como testemunhas. Dois deles, presos por envolvimentos em crimes depois que ficaram maiores de 18 anos, foram trazidos do sistema prisional.
Dona Maria do Carmo Simplício, mãe de Diogo Rosendo, uma das vítimas fatais, acompanhou o julgamento, como também o pai e a mãe de Zinael Souza, outro adolescente que morreu, o policial militar reformado Israel Ferreira e a dona de casa Zineide Maria de Souza. O episódio divulgado com exclusividade pelo Diario na época ficou conhecido como caso Ponte Joaquim Cardoso. No mês de maio, quatro PMs estiveram no banco dos réus. Três deles foram condenados e um absolvido.
À tarde, mais cinco testemunhas foram interrogadas. O conselho de sentença que vai decidir se o tenente é culpado ou não por duas mortes e 11 tentativas de homicídio é formado por quatro homens e três mulheres. O julgamento está sendo presidido pela juíza Fernanda Moura de Carvalho. A defesa do acusado pediu que oito testemunhas fossem ouvidas em plenário. Por esse motivo, houve um pequeno atraso no início do júri. Pois algumas vítimas tiveram que ser pegas em casa e no presídio.
O promotor André Rabelo afirmou que vai pedir a condenação do acusado por duas mortes e 11 tentativas. Durante o início do júri, o promotor pediu à juíza que o acusado fosse colocado no banco dos réus, pois o tenente, que estava com a farda da polícia, estava sentado junto aos advogados de defesa. O pedido foi negado pela magistrada.
Está previsto para começar às 9h desta terça-feira o julgamento do tenente Sebastião Antônio Félix. O oficial é acusado de comandar um grupo de policiais militares que obrigou 17 adolescentes a pular no Rio Capibaribe, no carnaval de 2006, provocando a morte de dois por afogamento. O episódio divulgado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco na época ficou conhecido como caso Ponte Joaquim Cardoso. No mês de maio, quatro PMs estiveram no banco dos réus. Três deles foram condenados e um absolvido.
Os três PMs condenados pegaram 96 anos de reclusão. As condenações foram pelo homicídio triplamente qualificado de Diogo Rosendo, e nove tentativas de homicídios. Os meninos teriam sido confundidos com um grupo que praticava arrastões. Os outros três militares serão julgados pela morte de Zinael José de Souza, 17, e pelas tentativas de homicídios contra outros dois adolescentes, em data a ser definida. O tenente é acusado de comandar as duas ações. O oficial nega as acusações.
Após o primeiro julgamento, a Justiça determinou que Aldenes Carneiro da Silva, José Marcondi Evangelista e Ulisses Francisco da Silva cumpram a pena em regime inicialmente fechado na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá. Mas não há previsão de quando eles serão presos porque o advogado dos três, José Siqueira, entrou com recurso após o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti terminar de ler a sentença.
Como todos estão em liberdade, permanecerão soltos até que a apelação seja julgada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. O quarto policial julgado foi absolvido. A Justiça entendeu que Irandi Antônio da Silva não participou dos espancamentos nem deu ordem para entrarem na água, pois estava na viatura. De acordo com o promotor André Rabelo, o PM estava a 300 m de onde tudo ocorreu.
O promotor do júri desta terça-feira será o mesmo, no entanto, o corpo de jurado, formado por sete pessoas, será escolhido antes do início do julgamento. A sessão será presidida pelo juíza Fernanda Moura de Carvalho.
Comerciantes e frequentadores das imediações da Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, estão assustados com a onda de violência no local. Na semana passada, uma loja de revenda de telefones celulares foi assaltada e teve um prejuízo de mais de 30 mil. Os assaltantes fugiram levando vários aparelhos.
Segundo as pessoas que trabalham na área, o policiamento na praça é praticamente inexistente. A Polícia Militar desativou um Posto de Policiamento que havia no local, o que deixou as imediações ainda mais vulneráveis. Segundo o empresário João Bosco, a PM só chegou à loja duas horas após o assalto. Ele faz um apelo ao governo do estado por mais segurança no local.
Após esfaquear a filha de apenas um ano e três meses no último sábado, na cidade de Lagoa de Itaenga e ser preso, o agricultor Marcelo Pereira da Silva, 51 anos, cometeu suicídio neste domingo. Ele estava detido no Presídio de Vitória de Santo Antão, onde se enforcou usando uma corda feita por lençóis.
A garota Jenifer Raquele da Silva Pereira segue internada na enfermaria do Hospital da Restauração (HR) e não corre risco de morte. De acordo com a assessoria de comunicação da unidade de saúde, Jenifer sofreu lesões superficiais e não teve nenhum órgão atingido. A mãe da menina, a agricultora Tatiane Maria da Silva, disse que brigava com o companheiro quando ele pegou uma faca e atingiu a menina. Segundo ela, o crime foi motivado por ciúmes.
Marcelo estava em liberdade condicional depois de cumprir pena na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, por assassinar o filho José Airton Simões Pereira. O crime aconteceu há 15 anos e ele foi condenado a 15 anos e quatro meses e estava em liberdade condicional.
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou por meio de nota que o detento Marcelo Pereira da Silva estava em uma cela isolada no Presídio de Vitória de Santo Antão-PVSA quando foi encontrado morto com indícios de enforcamento. A Polícia Civil, o Instituto de Criminalística – I.C e o Instituto de Medicina Legal – IML foram chamados para investigação do caso, perícia do local e recolhimento do corpo. O secretário determinou ao superintendente de segurança e ao diretor da unidade a apuração do fato.
Alunos de escolas públicas e particulares do Grande Recife estão recebendo orientações sobre prevenção ao uso de drogas. Tem sido cada vez maior a procura de gestores dos colégios, inclusive os de alto padrão, pela palestra realizada por servidores da Polícia Federal (PF) nas instituições de ensino. Segundo a PF, mais de 100 escolas foram visitadas e mais de 10 mil alunos assistiram às palestras do início de 2014 até este mês.
Tipos de drogas, causas e consequências do uso, os danos causados à saúde e até uma demonstração com a participação de cães farejadores tem sido realizada nas escolas. Até a última sexta-feira, seis escolas já estavam com palestras agendadas para o mês de agosto e outras seis para setembro. “Nossas palestras são realizadas em escolas, igrejas, associações, órgãos públicos e até em empresas. Faz parte das ações preventivas para evitar que crianças e adolescentes entrem no mundo das drogas. As palestras são gratuitas e podem ser agendadas por telefone”, explica o chefe de comunicação social da PF, Giovani Santoro.
No mês passado, um colégio particular tradicional da Zona Norte do Recife solicitou a realização da palestra por duas vezes para seus alunos dos 1º e 2º anos do ensino médio. Em sua página na internet, a instituição escreveu que o encontro teve “o objetivo de oportunizar momentos de reflexão e esclarecimentos sobre questões presentes na sociedade.”
Segundo Giovani Santoro, os estudantes que assistem às palestras recebem informações sobre efeitos e consequências do uso da maconha, crack, lança-perfume, cola de sapateiro, drogas sintéticas, álcool e cigarro. “As palestras são gratuitas e os alunos tiram muitas dúvidas durante as apresentações. De acordo com a faixa etária do público, o tempo e os temas da palestra são ajustados. Às vezes, os estudantes são muito pequenos e em outras escolas já são adolescentes”, conta Santoro.
Um dos momentos em que os estudantes ficam mais atento é na demonstração dos cães farejadores procurando drogas. “Com autorização da Justiça, levamos uma pequena quantidade de droga para as escolas e escondemos no local onde a palestra está sendo realizada. Quando os cães farejadores entram no espaço, eles identificam a pessoa que está com a droga”, explica Giovani.
A iniciativa tem sido bem recebida por alunos e pelos pais. O médico Tadeu Calheiros tem duas filhas adolescentes e uma de nove anos que estudam em colégios particulares nos bairros do Paissandu e das Graças e disse ser a favor das palestras realizadas para os estudantes. “Tenho uma filha de 16 anos, uma de 13 e uma mais nova e acho que essa iniciativa das palestras é muito válida. Acredito que o conhecimento e o esclarecimento são as melhores armas no combate e prevenção ao uso de drogas. Orientar os filhos sobre esse tema é um papel da família, sem dúvidas, mas é importante que a escola também se preocupe com isso”, ressaltou Calheiros.
Em meio à crise que bate à porta da Polícia Civil, a Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (ASPOL/PE) denuncia que os servidores que trabalham na Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Civil, situada na Rua Tabira, no Recife, estão enfrentando falta de material de expediente e até água potável.
Na tentativa de ajudar os servidores do local, a ASPOL/PE enviou um ofício para a Diretoria de Recursos Humanos solicitando a disponibilização de água potável para os servidores policiais lotados na Diretoria, sobretudo para quem trabalha no setor de protocolo, que é responsável pelo atendimento de toda a categoria.
Para Diego Soares, presidente da ASPOL/PE: “É inadmissível que, na ânsia por economizar dinheiro, o governo corte suprimentos básicos para o servidor exercer suas funções, como material de expediente e água potável. Os policiais civis já vivem um dos piores momentos da história da instituição, com o sucateamento da sua estrutura, baixo efetivo e vencimentos irrisórios comparados aos demais estados da federação”.
A presidenta Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, a lei que torna crime hediondo o assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança Pública e do sistema prisional, seja no exercício da função ou em decorrência do cargo ocupado. A nova lei foi publicada na edição dessa terça-feira do Diário Oficial da União.
Aprovada pelo Congresso, em junho, a lei também estabelece o agravamento da pena quando o crime for cometido contra parentes até terceiro grau desses agentes públicos de segurança e for motivado pelo parentesco deles. Esses tipos de homicídio especificamente serão considerados qualificados, o que aumentará a pena do autor do crime.A pena vai variar de 12 a 30 anos de prisão, maior que a pena para homicídio comum, de seis a 20 anos. Também foi aumentada em dois terços a pena para casos de lesão corporal contra esses agentes de segurança pública ou parentes deles.
A Polícia Civil está cada vez mais perto de desvendar o assassinato do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, conhecido como Betinho, que teve o corpo encontrado dentro de seu apartamento na Avenida Conde da Boa Vista, em 16 de maio.
Segundo um policial que pediu para não ser identificado, um celular deixado no apartamento da vítima levou os investigadores ao primeiro suspeito, um adolescente de 17 anos, estudante do Colégio Agnes, onde Betinho era coordenador pedagógico. O estudante foi chamado a depor, e, a partir dele, a polícia chegou ao segundo suspeito, um estudante de 19 anos, filho do diretor do Agnes.
Os dois foram ouvidos pelo delegado Alfredo Jorge no dia 21 de maio e negaram participação. Além do telefone do celular do adolescente, a polícia encontrou impressões digitais dos dois estudantes na cena do crime.
Betinho estava com os pés amarrados com um fio de ventilador e um fio de ferro elétrico em volta do pescoço. As digitais do adolescente foram encontradas nos eletrodomésticos. Já as digitais do suspeito de 19 anos estavam numa cômoda do apartamento da vítima. Segundo a polícia, um ferro elétrico foi utilizado para dar pancadas na cabeça da vítima que morava sozinha.
As possibilidades de latrocínio ou ligação com tráfico ou dívida de drogas foram descartadas pelos investigadores, que já ouviram cerca de 30 pessoas.
Os dois estudantes serão intimados a prestar novo depoimento na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em data não revelada pela polícia. O Diario tentou falar ontem com o delegado Alfredo Jorge, mas ele não respondeu as ligações. Em entrevista coletiva sobre o caso no início do mês de junho, o delegado afirmou que ainda não havia conseguido chegar à motivação do assassinato.
A polícia também solicitou as imagens do circuito de segurança do edifício, mas a análise feita até o momento não ajudou nas investigações. No dia em que o corpo da vítima foi encontrado, a polícia recolheu no apartamento latas e cachimbos para fumar crack.
A vítima também trabalhava na Escola Municipal Moacir de Albuquerque, em Nova Descoberta, de onde havia pedido transferência uma semana antes de ser assassinada.