Polícia vai punir quem difamou Vaniela nas redes sociais

Após esclarecer onde a estudante de direito Vaniela Oliveira Varela, 25 anos, estava durante os quatro dias em que ficou sumida, a delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), anunciou que internautas que estiverem cometendo calúnia ou difamação contra Vaniela poderão ser punidos.

Gleide Ângelo falou sobre o desfecho da história. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Gleide Ângelo falou sobre o desfecho da história. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Segundo Gleide, Vaniela viajou para João Pessoa na quarta-feira passada após sair do Fórum de Jaboatão, onde foi vista pela última vez, e decidiu retornar no sábado ao sentir saudades da avó. Durante a estadia na Paraíba, Vaniela se hospedou numa pousada na praia de Tambaú. Um funcionário da pousada confirmou à TV Clube/Record que a universitária ficou no estabelecimento durante o período em que esteve sumida, sozinha e estudando.

Durante uma semana, o público acompanhou o drama da família. A repercussão também incluiu comentários e mensagens ofensivas na web. A delegada disse que comentários estão sendo analisados. Familiares e amigos estão tirando prints e a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos foi acionada. “É bom todo mundo ter cuidado com o que diz. Se postarem qualquer mensagem caluniando ou difamando, vão responder criminalmente”, disse Gleide.

O crime de calúnia, punível com pena de seis meses a dois anos, se configura quando alguém imputa a outro um crime, falsamente. A difamação, ato de imputar algo ofensivo à reputação, pode render três meses a um ano.

Vaniela Oliveira contou à polícia onde esteve por quatro dias. Foto: Brenda Alcantara/Esp DP/D.A Pres
Vaniela Oliveira contou à polícia onde esteve por quatro dias. Foto: Brenda Alcantara/Esp DP/D.A Pres

A delegada revelou que Vaniela será indiciada por falsificação de documento. Ela colocou a foto em uma carteira de identidade que achou no ano passado e usou o documento para comprar a passagem para João Pessoa. Seu objetivo era não ser localizada.

“Há um mês Vaniela pensava em fugir. Ela nos contou que estava passando por problemas e resolveu que não voltaria”, explicou Gleide. Vaniela voltou exatamente para o lugar de onde partiu, nas imediações do fórum, onde foi encontrada chorando e acabou acolhida por populares. Para não ser identificada, só fez pagamentos em dinheiro.

 

Sobre a falsificação, Gleide disse que não houve flagrante e Vaniela não preenche requisito para ser presa. Ela responderá em liberdade. O crime tem pena de dois a seis anos em caso de condenação.

Avó surpresa
A avó de Vaniela, Maria José Silva, 61 anos, que a criou desde pequena, ficou supresa. “Depois que ela voltou da delegacia, não me contou nada do que havia acontecido. Fiquei sabendo pela televisão. Hoje pela manhã ela foi passar uns dias na casa da minha irmã no interior”, disse.

Caso Betinho: investigações tomam novo rumo

As investigações sobre o assassinato do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, encontrado morto dentro do seu apartamento no dia 16, tomaram novos rumos. O crime, que a princípio estaria ligado somente à vida pessoal da vítima, pode estar relacionado ao ambiente profissional de Betinho. A Polícia Civil investiga a participação de alunos de um dos colégios onde ele trabalhava.

Crime está sendo investigado pelo delegado Alfredo Jorge do DHPP. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press
Crime está sendo investigado pelo delegado Alfredo Jorge do DHPP. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Betinho era coordenador pedagógico do Colégio Agnes e professor da Escola Municipal Moacir de Albuquerque. Na última quinta-feira, dois estudantes do colégio particular prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e negaram envolvimento. Novas ouvidas serão colhidas hoje. Pelo menos oito pessoas das duas instituições de ensino prestarão depoimentos.

Ontem os investigadores passaram a tarde analisando imagens de monitoramento do Edifício Módulo para colher novos indícios. Fontes da Polícia Civil revelaram que as primeiras imagens enviadas ao DHPP não eram referentes ao dia em que o professor chegou em casa, a quinta-feira dia 14, e sim de dois dias antes. Embora ainda não saiba os detalhes nem a motivação do crime, a polícia já tem alguns indícios contra os estudantes investigados, um deles de 17 anos.

Professor trabalhava no Agnes e na rede municipal de ensino. Foto: Arquivo Pessoal
Professor trabalhava no Agnes e na rede municipal do Recife. Foto: Arquivo Pessoal

Betinho trabalhava no Agnes há 17 anos. Alunos, funcionários colegas e familiares lamentaram a morte do pedagogo que morava sozinho. O crime foi registrado pelo plantão da Força-Tarefa do DHPP ainda na noite do último dia 16. Na segunda-feira (18), o delegado Alfredo Jorge assumiu as investigações. Procurado pelo Diario ontem, ele disse que não poderia falar sobre o caso.

Na semana passada, dois rapazes que costumavam frequentar a casa de Betinho foram intimados e prestaram depoimentos no DHPP. Ambos negaram participação no assassinato. Um deles contou à polícia que já havia mantido relacionamento com a vítima e que continuava frequentando o apartamento para consumir drogas com o pedagogo.

A família de Betinho afirmou desconhecer o envolvimento dele com drogas. Dentro do apartamento, a polícia encontrou cachimbos e latas para fumar crack. Durante os dois dias em que o pedagogo não foi visto pelos vizinhos, a porta do apartamento dele esteve aberta e batia com o vento.

“Ele deixava um pano para vedar a porta quando saía, porque estava com problemas, mas fechava por dentro. Quando foram verificar, a porta estava encostada e a grade da frente com um cadeado, que foi arrombado”, disse uma moradora, que preferiu não se identificar, um dia após a descoberta do corpo.

Saiba mais:

O que a polícia já sabe:

O pedagogo chegou ao prédio na quinta-feira (14) à noite, estacionou sua motocicleta e entrou em seu apartamento

Ele não foi trabalhar na sexta-feira (15), nem foi visto pelos vizinhos durante toda a sexta-feira e o sábado

O corpo foi encontrado na noite do sábado por um rapaz que costumava frequentar o apartamento da vítima e por um morador do edifício

Betinho estava sem roupas da cintura para baixo, com as pernas amarradas pelo fio do ventilador e com fio do ferro de passar roupas enrolado no pescoço

O(s) suspeito(s) desceu(ram) do sétimo andar, onde morava o pedagogo, até o quarto andar, onde jogou(ram) as chaves do apartamento num lixeiro

As imagens da câmera de monitoramento do prédio gravadas na quinta-feira (14) já estão sendo analisadas pela polícia

O que a polícia precisa descobrir:

Quem esteve no apartamento do professor a partir do momento em que ele chegou em casa na noite do último dia 14

Quem cometeu o crime e amarrou as pernas e o pescoço do pedagogo que trabalhava em duas escolas no Recife

Quem desceu do sétimo até o quarto andar do Edifício Módulo e jogou as chaves do apartamento num lixeiro

Quais foram os motivos que levaram uma ou mais pessoas a tirarem a vida do pedagogo que era querido por todos

Se entre as pessoas que aparecem nas imagens do circuito do prédio está algum dos investigados pelo crime

Se houve luta corporal antes do crime e se a pessoa entrou no apartamento com a autorização da vítima

Briga entre um policial do GOE e outro do DHPP termina em tiro

Dois policiais civis de Pernambuco estão sendo investigados após uma confusão no trânsito que acabou em tiro. Um agente do Grupo de Operações Especiais (GOE) e outro do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP) se envolveram em uma discussão na noite da sexta-feira, na Avenida Presidente Kennedy, no bairro de Peixinhos, em Olinda.

O agente do GOE, que estava em uma moto, chegou a perseguir o policial que estava em uma viatura descaracterizada após o desentendimento entre os dois. Sem nenhum deles saber que ambos eram policiais, a briga recomeçou e um tiro foi disparado da arma que estava com o agente do GOE.

Viatura atingida por disparo é um Fox vermelho, que está no pátio do DHPP, no bairro do Cordeiro (TERESA MAIA/DP/D.A PRESS)

A perfuração atingiu o vidro do lado do motorista, mas ninguém ficou ferido. A viatura, um Fox vermelho de placa OYV-2464 está no pátio do DHHP, no bairro do Cordeiro, onde foi periciada. A sede do GOE fica no mesmo bairro. As duas unidades estão frente a frente e são separadas apenas pela Avenida Maurício de Nassau e por um muro. Os dois policiais ainda não prestaram depoimento oficialmente, mas fontes da Polícia Civil informaram que o agente do GOE alegou que o disparo foi acidental.

Os nomes dos policiais envolvidos na confusão não foram revelados pela polícia. Um policial militar de identidade não revelada teria presenciado toda a discussão entre os dois policiais civis. Além dos depoimentos dos envolvidos, o relato desse PM vai ser fundamental para apurar as circunstâncias do ocorrido e saber se o disparo foi realmente acidental.

A cúpula da Polícia Civil não se pronunciou sobre o que aconteceu. O caso vai ser investigado pelo Núcleo do DHPP responsável pela área de Olinda. Os dois agentes envolvidos na confusão não foram afastados das funções. Além do inquérito, eles devem ser submetidos a sindicância pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Policiais do DHPP fazem capacitação

Policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP iniciaram curso de capacitação nas áreas em segurança de dignitários e prática de direção defensiva. Esse é o primeiro curso do ciclo de capacitação da Força Tarefa.

Dentro da programação também está prevista a participação dos policiais integrantes da Força Tarefa nos cursos de abordagem policial. Os cursos estão sendo realizados no Campus de Ensino Recife – CERE da Academia Integrada de Defesa Social da Secretaria de Defesa Social – ACIDES/SDS .

Os cursos estão sendo coordenados pela Força Tarefa, sob comando do Delegado Darley Timóteo em parceria com a VISACON – empresa especializada em segurança. O Coordenador da Força Tarefa, garante que pretende manter os policiais em treinamento contínuo a fim de garantir uma melhor prestação de serviço de segurança Pública para a população de Pernambuco.

Homem é morto dentro de ônibus no Terminal Joana Bezerra

Passageiros de um ônibus que fazia a linha PE-15 Joana Bezerra tiveram um grande susto no início da noite deste sábado quando um homem foi morto com um tiro na cabeça dentro do coletivo.

Crime aconteceu por volta das 18h. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Crime aconteceu por volta das 18h. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Segundo a polícia, três rapazes subiram no ônibus uma parada antes do terminal. Um deles, que estava armado, entrou pela porta da frente e rendeu o motorista. Enquanto isso, outros dois suspeitos recolhiam pertences dos passageiros. O homem morto foi identificado pela polícia como Jaderson Rodrigues dos Santos, 24 anos, que segundo a polícia, era um dos assaltantes.

Policiais civis da Força-tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local para registrar a ocorrência, assim como também peritos do Instituto de Criminalística (IC). A pessoa que atirou não foi identificada.

Muitos passageiros que chegavam e saíam da Estação do Metrô Joana Bezerra ficaram assustados com a movimentação no local. Após o término da perícia, o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro.

Delegado José Cláudio Nogueira será o novo gestor do DHPP

Depois de passar um ano e cinco meses à frente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Inalva Regina deixará o cargo nos próximos dias. Isso porque uma portaria que será publicada no Diário Oficial do Estado até o final desta semana vai nomear o delegado José Cláudio Nogueira para novo chefe do DHPP. Segundo fontes do blog, Inalva deixará o DHPP com números positivos em relação às investigações e soluções de crimes de homicídios no Grande Recife.

José Cláudio deixará o Depatri. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
José Cláudio deixará o Depatri. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Atualmente, Nogueira está no comando do Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), com sede no bairro de Afogados. No lugar dele vai assumir o Depatri o delegado Renato Rocha Leite, que estava à frente do Denarc (Departamento de Repressão ao Narcotráfico).

Já Inalva chefiou, por muitos anos, a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), onde conduziu grandes investigações e operações de crimes sexuais contra adolescentes. Antes de ir para o DHPP respondia pela Delegacia Seccional de Olinda. Agora, Inalva irá chefiar a Delegacia Seccional de Paulista. Além da saída da gestora do DHPP, mais três delegados da especializada serão remanejados para outros cargos.

Acusados de matar rapaz com vaso sanitário foram denunciados pelo MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já ofereceu a denúncia contra os três acusados da morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, atingido por um dos dois vasos sanitários jogados do anel superior do estádio do Arruda. Everton Filipe Santiago, 23, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Waldir Pessoa Firmo, 34, foram indiciados por homicídio qualificado e por outras três tentativas, já que três pessoas ficaram feridas no episódio.

Polícia quer comprovar depoimentos dos suspeitos. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Polícia indiciou os três envolvidos na morte. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O crime aconteceu depois da partida entre Santa Cruz e Paraná, no dia 2 de maio – uma sexta-feira, à noite. Os três, que confessaram participação no assassinato, seguem presos no Centro de Triagem, em Abreu e Lima, onde devem aguardar pelos julgamentos. De acordo com a delegada Gleide Ãngelo, o inquérito foi remetido para avaliação do MPPE na sexta-feira da semana passada. A polícia espera apenas pelo laudo da reprodução simulada realizada no último dia 12 com a presença de dois dos três suspeitos para também juntá-lo ao inquérito.

“Não temos dúvidas da participação deles na morte de Paulo Ricardo. Mesmo que somente dois tenham jogado as privadas, os três irão responder pelos mesmos crimes. Estamos apenas esperando o laudo do Instituto de Criminalística (IC)”, ressaltou Gleide Ângelo, que apurou o caso juntamente com o delegado Alfredo Jorge, também do DHPP. Na denúncia, o promotor Eduardo Tavares requisitou a manutenção da prisão preventiva dos três envolvidos.

O crime

Na investigação, os delegados descobriram que os acusados retornaram ao estádio pelo portão 10, que dá acesso direto ao anel superior, antes do término do jogo. Eles haviam saído do campo, viram uma briga e resolveram voltar para jogar pedras no grupo que estava brigando. Como não acharam pedras, resolveram atirar os vasos.

Na reconstituição, foi esclarecido o local exato de onde os vasos sanitários foram jogados. Depois de arrancarem as privadas do banheiro feminino, os suspeitos caminharam mais de 100 metros no anel superior, de onde atiraram os objetos. Everton, De acordo com a polícia, não jogou as privadas. Foram Luiz Cabral e Waldir que jogaram os objetos sobre os torcedores do Sport e do Paraná. Depois disso, os três deixaram o campo em dois minutos pelo portão 11.

Médico foi assassinado com quatro tiros

Policiais da Núcleo de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) de Jaboatão dos Guararapes e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) começaram desde o início da manhã as investigações sobre a morte do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos. A suspeita principal é de latrocínio (assalto seguido de morte), mas outras possibilidades não foram descartadas.

Veículo da vítima foi encontrado na Guabirada. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Veículo da vítima foi encontrado na Guabirada. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

O cirurgião torácico foi encontrado morto na noite dessa segunda (12), em Comporta, Jaboatão dos Guararapes, com quatro marcas de tiros. o veículo da vítima, um Gol de cor preta e placas OYS-1564 foi encontrado na manhã desta terça-feira, completamente cabronizado, por trás do CT do Náutico, no bairro da Guabiraba, no Recife.

As primeiras informações da polícia são de que o médico desapareceu depois de visitar um paciente no Hospital Português, na Ilha do Leite. Quando foi encontrado morto, ele estava sem documentos de identificação. No bolso da camisa estava apenas o cartão do estacionamento da unidade de saúde, de onde saiu à noite. As investigações do caso estão sendo comandadas pelo delegado Guilherme Caraciolo.

Por volta das 12h desta terça-feira, o corpo de Artur Eugênio deixou o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, onde foi periciado. O velório acontece nesta tarde na capela do Hospital Português. Até o momento ainda não há informações sobre o horário e local do sepultamento.

Corpo de Artur foi levado para o Hospital Portguês, onde será velado
Corpo de Artur foi levado para o Hospital Portguês, onde será velado

Vários colegas de profissão do cirurgião estiveram no IML e lamentaram a morte. Artur foi descrito como um profissional dedicado e uma pessoa muito alegre. O médico morava no Recife apenas com a esposa e um filho de pouco mais de um ano. Os familiares são todos de Campina Grande, na Paraíba.

A torcida agora é por justiça

Registro encontrado no Fotolog de Everton Filipe, conhecido como Ronaldinho, mostra a amizade dele com Waldir Pessoa, o último dos suspeitos preso (REPRODUÇÃO)
Registro encontrado no Fotolog de Everton Filipe, conhecido como Ronaldinho, mostra a amizade dele com Waldir Pessoa, o último dos suspeitos preso

Passava das 19h de ontem quando Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, chegou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Com o rosto coberto por um paletó, acompanhado da sua mãe, de um amigo e de um advogado. Pouco tempo depois, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, deixava o DHPP. Preso pela manhã, fora conduzido ao Cotel, onde está, desde a segunda-feira, Everton Filipe Santiago, 23. Estava terminada a busca da polícia pelas três pessoas diretamente envolvidas na morte do soldador Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos. Só a busca. Essa busca.

Preso na manhã de ontem no Rio Grande do Norte, Luiz Cabral de Araújo chegou ao DHPP com a cabeça levantada e o olhar frio. Saiu para o Cotel com o mesmo semblante (EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS)
Preso na manhã de ontem no Rio Grande do Norte, Luiz Cabral de Araújo chegou ao DHPP com a cabeça levantada e o olhar frio. Saiu para o Cotel com o mesmo semblante

Há outras a realizar. Da verdade, por exemplo. Os detalhes do que realmente aconteceu na noite da sexta-feira 2 de maio de 2014, quando os três estupidamente atiraram dois vasos sanitários do anel superior do Arruda e mataram Paulo Ricardo. Alguns  vieram à tona ontem. Em seus depoimentos, Luiz e Waldir confessaram mais do que a simples participação. As mãos deles empurraram as bacias. A Everton, coube o papel de arrancar os vasos. Aos vídeos recebidos pela polícia, das câmeras instaladas do Arruda, restou a prova de que os três deixaram o estádio no mesmo momento, após cometer o crime. Estavam juntos. Pensaram e executaram juntos.

 (PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS)

Leia cobertura completa no caderno Superesportes, no Diario de Pernambuco, desta sexta-feira

Delegada Gleide Ângelo investiga morte de torcedor do Sport atingido por privada

A delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Gleide Ângelo foi designada especialmente pela chefia da Polícia Civil de Pernambuco para investigar a morte do torcedor do Sport Paulo Gomes Ricardo da Silva, 26 anos. Ele morreu na noite de sexta-feira após ser atingido por uma privada, após a partida entre Santa Cruz e Paraná, no estádio do Arruda.

Cúpula de segurança fala sobre morte do torcedor. Foto: SDS/Divulgação
Cúpula de segurança fala sobre morte do torcedor. Foto: SDS/Divulgação

O caso provocou revolta nos familiares, amigos, torcedores e em toda sociedade. A mãe do jovem está inconsolável. Até o final da manhã deste sábado, parentes do rapaz permaneciam no Instituto de Medicina Legal (IML), onde aguardavam a liberação do corpo desde a madrugada.

Gleide já recebeu o inquérito e está analisando o material. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A/PPress
Gleide vai conduzir o inquérito sobre a morte. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A/PPress

Na manhã deste sábado, o secretário de Defesa Social do estado, Alessandro Carvalho, deu uma entrevista coletiva sobre o caso. Ele afirmou que algumas imagens da saída do jogo e da confusão foram registradas pelas câmeras de segurança da SDS. “A investigação vai ser feita com toda a prioridade pelo DHPP. A delegada Gleide Ângelo vai conduzir o inquérito. Vamos trabalhar para apontar o culpado ou os culpados no menor espaço de tempo possível”, destacou Carvalho.

Vítima tirou foto junto à torcida do Paraná ontem. Foto: Reprodução/Yuri de Lira/DP/D.A Press
Vítima tirou foto junto à torcida do Paraná. Foto: Reprodução/Yuri de Lira/DP/D.A Press

Segundo a delegada Gleide Ângelo, as investigações do caso tendem a ser complicadas. Deve-se tomar como base fundamental o depoimento de testemunhas e análises da perícia. Para ela, o fato de no estádio não haver câmeras de segurança podem dificultar o trabalho da polícia.

“É difícil identificar a pessoa que fez isso nas condições apresentadas”, relatou a delegada. Ainda segundo Gleide Ângelo, a família da vítima soube do ocorrido ainda nesta no começo desta madrugada deste sábado, por volta de 1h.