Pelo menos 66 detentos fugiram do Presídio Frei Damião

Depois de ter anunciado que apenas 20 homens teriam fugido do Presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo do Curado, no último sábado, a Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) elebarou uma lista com o nome de 66 presos que conseguiram escapar da unidade prisional e que o blog teve acesso. A relação foi encaminhada para a Secretaria de Defesa Social (SDS), que está trabalhando junto com a Seres na recaptura.

Desde a manhã do último sábado, fontes do blog informaram que a quantidade de fugitivos era bem maior do que o divulgado. Procurada na tarde desta terça-feira, a assessoria da Seres afirmou agora que a quantidade de fugitivos para a secretaria foi de 21 homens e que até o momento 17 deles foram recapturados. Apesar do blog ter conseguido além da relação a ficha de cada um dos homens que fugiram inclusive com o timbre da secretaria, a Seres insiste em dizer que não tem ainda uma relação completa dos fugitivos. Fontes do blog apontam que ainda estariam faltando alguns nomes na relação.

Veja a relação dos presos que conseguiram fugir:

ADMILSON SEVERINO DOMINGOS

ADRIANO DE SOUZA OU JULIO GOMES ALVES

ADRIANO MARIANO DA SILVA

ALEX DE OLIVEIRA SILVA

ALEXANDRE ELIAS DA SILVA

ALEXANDRE GUILHERME DE SOUZA

ALEXSANDRO DA SILVA SENA OU ALEXANDRE

ALEXSANDRO LUIZ DA SILVA

ANDERSON CLEITON SILVA DE BRITO

ANTONIO PEREIRA GUILHERME DE LIMA

AUSCIO ROBERTO SOUZA LIEUTHIER

CARLOS ANDRE DOS SANTOS

CARLOS ANTONIO DA SILVA

DANIEL DE SOUZA VELOSO

DAVID RICARDO DE OLIVEIRA SOARES

EDNALDO JOSE DA SILVA

EDVALDO JOSE DE SANTANA JUNIOR

EDVAN VIEIRA DE MELO

EGNALDO JOSE DA SILVA

EMERSON DE PAULA CARVALHO

EMIZAEL LIMA DA SILVA

FABIANO JOSE DA SILVA

FABIO FRANCISCO DE OLIVEIRA

FAGNER SEVERINO DE OLIVEIRA

FERNANDO PEREIRA DA SILVA

FERNANDO SEMEAO DA SILVA

FRANCISCO SALES FERNANDES

GILLIARDE HENRIQUE DA SILVA

HELIZAFAN DA SILVA MENEZES

INALDO VIDAL DA SILVA FILHO

ITALO CAIQUE JOSE DA SILVA

IVSON GOMES DA SILVA

JACKSON PEREIRA DA SILVA

JAILSON DA SILVA MENDES GONÇALVES

JAMESSON CARLOS DA SILVA SOUZA

JEFFERSON SANTANA DE OLIVEIRA

JHOLENO SOARES DA SILVA

JOAO JOSE DA SILVA

JOEL ANTONIO DO NASCIMENTO OU JOEL ANTONIO DO NASCIMENTO FILHO

JOSE CARLOS BARBOSA

JOSE CARLOS VENICIO DE LIMA

JOSE DIMAS DE SOUZA PINTO

JOSE GEMERSON DA HORA

LEANDRO JOSE DA SILVA

LEOMAR ANTONIO BEZERRA DOS SANTOS

LEONARDO FERREIRA BRISA

LEONARDO GOMES DE LIMA

LUCAS JOSE OLIVEIRA DE ANDRADE

LUIZ CARLOS FELIX DO NASCIMENTO

LUIZ EDUARDO DOS SANTOS

MANOEL RENATO ALMEIDA DE LIMA

MAURO BELMIRO DA SILVA (VELOSO)

NELSON PINHEIRO DE ALMEIDA

OZIRIS SANTOS DA SILVA

PAULO HENRIQUE CARVALHO DE SOUZA

RAFAEL AUGUSTO DE SOUZA

RAMON LUAN AZEVEDO GOMES

REGINALDO ALEXANDRE FLORIANO DA SILVA JUNIOR

REGIVALDO OLIVEIRA DA SILVA OU JOSE REGIVALDO OLIVEIRA DA SILVA

ROBERTO JACINTO DOS PRAZERES JUNIOR

SEBASTIAO PEREIRA DE SOUZA JUNIOR

THIAGO HENRIQUE DA COSTA SILVA

TIAGO JOSE DA SILVA OU TIAGO JOSE DOS SANTOS

VERONILSON FRANCISCO DA SILVA

WELLINGTON GONÇALVES DA SILVA OU WALDINES DA SILVA

ZENILDO FRANCISCO DOS ANJOS FILHO

Veja também as fichas dos presos que fugiram do presídio:

Roubo cinematográfico em banco do bairro de Casa Forte

Do Diario de Pernambuco

A agência do Bradesco da Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, teve todo o dinheiro do cofre central levado por ladrões na madrugada do último sábado, numa ação digna de filme. Tanto, que o furto só foi descoberto mais de 48 horas depois. Sem disparar um único tiro, os criminosos conseguiram despistar a empresa de segurança e fugiram sem serem vistos. O banco não informou o valor da quantia levada.

A agência não abriu as portas para o público ontem. Só funcionaram os caixas eletrônicos. Do lado de fora não havia nenhum sinal de arrombamento. Esse foi o diferencial para que ninguém percebesse o que acontecia no interior da agência. O alarme do banco soou por volta da meia noite da sexta-feira. Uma equipe da empresa de segurança Prosegur chegou a ir ao local, mas não percebeu nenhuma movimentação e retornou. Os ladrões tiveram tempo de sobra para continuar a ação sem serem incomodados.

Polícia esteve na agência nessa segunda-feira. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A.Press

O furto só foi descoberto ontem, por volta das 7h30, quando o primeiro vigilante chegou para trabalhar. O cenário que o vigilante encontrou parecia de filme. A porta de aço, que dá acesso ao cofre central, com cerca de 5 centímetros de largura, foi aberta com um maçarico. O local onde ficava o painel da senha foi recortado e eles conseguiram abrir a porta. Dentro da sala do cofre, os ladrões se depararam com quatro cofres e repetiram em todos o mesmo procedimento.

Para entrar na agência os criminosos não tiveram muita dificuldade. Eles serraram a grade de uma janela, que fica nos fundos da agência, na área do estacionamento. E para ninguém perceber a movimentação, tiveram o cuidado de colocar um painel escondendo a janela. Outra preocupação para não serem descobertos foi com as câmeras de vídeo. Ao entrar na agência, eles tiveram o cuidado de mudar a direção do equipamento para tirá-las do alcance de visão deles. Também se preocuparam em levar o HD e a placa mãe do computador que gravava as imagens. Além do dinheiro levaram dois revólveres calibre 38.

O caso vai ser investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos. De acordo com a delegada Érica Bezerra, não há como saber se os ladrões são de fora ou da região. A delegada disse ainda que vai aguardar o resultado da perícia. Sobre a ação da empresa de segurança, ela acredita que houve falha.“Pelas informações que recebi, eles foram até o banco e voltaram sem verificar o que acontecia”, disse. Em abril passado, a  agência foi alvo de assaltantes. Na ocasião, houve troca de tiros.

 

Parentes de mortos no incêndio podem demorar dez anos para receber indenizações

Da Agência Brasil

Os parentes dos mortos e dos feridos no incêndio da Boate Kiss, que deixou ao menos 231 mortos em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, podem esperar mais de dez anos para receber indenização dos responsáveis pela tragédia. Segundo o professor de direito civil da Universidade de Brasília, Frederico Viegas, esse tipo de processo é complexo e só deve ser concluído quando chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), última instância a qual os envolvidos podem recorrer.

“Fatalmente vai terminar no STJ porque as pessoas vão recorrer [das decisões judiciais]. É um caso extremamente complexo que envolve muitos responsáveis”, explicou. O professor acredita que até a solução dos processos, os responsáveis podem tentar fazer acordos com os parentes das vítimas.

Em casos recentes no Brasil, como as grandes tragédias aéreas, as famílias ainda negociam na Justiça a responsabilidade pelas mortes, o valor e a forma de pagamento das indenizações. Para Frederico Viegas, o ideal é que os parentes das vítimas da Boate Kiss se unam em associações como as que foram formadas no caso dos acidentes envolvendo as empresas TAM e Gol.

“Buscar uma ação conjunta é mais efetivo nestes casos. Além disto, os custos são menores, compartilhados, e basicamente é o mesmo perfil, o de perda de vidas de estudantes”, explicou.

O advogado acredita que a responsabilidade sobre o incêndio será atribuída a todos os atores. A Justiça vai definir como cada um responderá pelas perdas provocadas pelo fogo. “Todos terão uma parcela de responsabilização, mas os proprietários da boate e a banda serão os principais [acusados]”, avaliou. Um dos integrantes da banda teria disparado o efeito pirotécnico que provocou o incêndio.

Além do uso do sinalizador pela banda, o professor destacou a falta de saídas de incêndio no local e a única porta de acesso da boate. Acrescentou que a prefeitura deve responder pela negligência na fiscalização destas casas, já que a boate funcionava com alvará vencido.

Segundo ele, existem poucas chances de os proprietários da Kiss terem seguro do estabelecimento. “Estes seguros são caros e o empresário não paga por estes seguros. Vou me espantar se tiverem”, disse.

Frederico Viegas explicou que as indenizações às famílias podem chegar a valores equivalentes a sete salários mínimos por vítima, multiplicado pelos anos que faltariam até que os jovens completassem 65 anos de idade.