DHPP terá novo gestor em breve

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) terá um novo gestor muito em breve. À frente de uma das delegacias mais requisitadas do estado desde a metade do ano passado, o delegado Casimiro Ulysses de Oliveira vai ser substituído nos próximos dias. Para ocupar a chefia do departamento estão sendo cogitados, por enquanto, os nomes de quatro delegados. São três homens e uma mulher, todos eles com experiência em crimes de homicídios. Encabeçam a lista os delegados João Brito, Bruno Chacon, Inalva Regina e Edilson Alves. Segundo fontes da cúpula da Secretaria de Defesa Social (SDS), o nome de Inalva Regina é o mais cotado até o momento para o cargo. A policial que hoje é responsável pela Seccional de Olinda, também já foi gestora da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) por muitos anos.

Casimiro Ulisses chefiou o DHPP por menos de um ano. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A.Press

A notícia da saída de Casimiro ainda não foi oficializada, no entanto, já ganhou vida nos corredores do departamento localizado na Avenida Mascarenhas de Morais, no bairro da Imbiribeira. Procurado pelo Diario, o chefe da Polícia Civil do estado, delegado Osvaldo Morais, disse que não teria o que falar sobre o assunto no momento. Porém, a saída de Casimiro estaria ligada a alguns problemas de relacionamento com os seus subordinados. Em novembro do ano passado, este blog publicou nota de que pelo menos seis delegados do DHPP estariam sofrendo perseguição por parte do gestor. Na época, Casimiro perferiu não falar sobre o assunto.

Edilson Alves está como coordenador. Foto: Cecília de Sá Pereira/DP/D.A.Press

Edilson Alves
Atuou como delegado responsável pela Gerência de Polícia da Capital e atualmente está como coordenador da Diretoria de Polícia Metropolitana da Polícia Civil

Bruno Chacon já foi da DP de Homicídios. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A.Press

Bruno Chacon
Já foi delegado da divisão de homicídios na GPCA, chefiou a 3ª Delegacia de Homicídios, foi responsável pela Seccional da Várzea e atualmente é assessor da Diretoria de Polícia Metropolitana

Inalva Regina já chefiou a GPCA. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A.Press

Inalva Regina
Chefiou a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), onde conduziu grandes investigações e operações contra crimes sexuais contra adolescentes. Hoje responde pela Seccional de Olinda

João Brito já trabalhou no DHPP. Foto: Lilian Pimentel Esp p/DP/D.A.Press

João Brito
Trabalhou como delegado do DHPP, foi coordenador da Força-tarefa do departamento de homicídios e atualmente desempenha a função de assessor da Diretoria de Polícia Especializada

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Delegados estão sofrendo perseguição dentro do DHPP

Delegados do DHPP defendem atuação do gestor

 

Imagens da confusão na frente do Náutico já estão em poder da polícia

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil já está com as imagens da câmera do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) que filmaram o momento da agressão sofrida pelo jovem de 19 anos na noite do último sábado. De acordo com a SDS, as imagens analisadas mostram vários homens usando jaquetas pretas e coletes à prova de balas dentro de um ônibus, nas imediações do Náutico, em uma moto e em um carro.

O encontro entre os integrantes de duas torcidas rivais gerou mais um episódio de violência no Recife. Um rapaz que estava com a camisa da Fanáutico, torcida organizada do clube alvirrubro, foi baleado na cabeça depois de um ônibus lotado de torcedores do Sport ter passado em frente aos Aflitos e as duas torcidas terem se desentendido. Lucas de Freitas Lyra, 19 anos, foi atingindo na cabeça. Ele foi submetido a uma neurocirurgia no Hospital da Restauração (HR) e o seu estado de saúde e considerado grave.

Clima ficou tenso na frente do estádio após a confusão. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

Testemunhas afirmam que o tiro foi supostamente disparado por um homem que estava escoltando o ônibus de uma empresa que fazia linha para a Zona Norte e usava um colete amarelo com o nome apoio. Algumas pessoas dizem ainda que, além do tiro que atingiu Lucas, outros tiros teriam sido disparados. Houve corre-corre e pânico nas imediações do clube.

Com base nos relatos de pessoas que presenciaram a confusão, antes do início do jogo entre Náutico e Central, marcado para as 19h, alguns coletivos começaram a passar pela Avenida Rosa e Silva com torcedores da Torcida Jovem. Continue lendo Imagens da confusão na frente do Náutico já estão em poder da polícia

Dois suspeitos de matar PM em Itamaracá estão presos

Dois homens foram presos por suspeita de participação de uma tentativa de assalto que resultou em um tiroiteio e na morte do policial militar Moisés Félix da Silva, 35 anos, do Grupamento de Ações Táticas Itinerante do 17º BPM. Os suspeitos estavam em atendimento em hospitais da Região Metropolitana do Recife (RMR), após serem feridos na troca de tiros, quando foram identificados e detidos em flagrante. Um deles está internado no Hospital Getúlio Vargas (HGV) e o outro foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.

O crime aconteceu no início da noite dessa terça-feira de carnaval, na Praça do Pilar, na Ilha de Itamaracá, Litoral Norte do estado. Pelo menos outras seis pessoas também ficaram feridas. Tudo começou quando o soldado da PM teria reagido a uma tentativa de assalto, durante o desfile do Bloco As Katraias de Itamaracá, o que causou correria entre os foliões. Cinco dos seis feridos foram encaminhados para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista e um para o Hospital da Restauração, no Recife. De acordo com as testemunhas, o PM estava de folga participando do desfile do bloco carnavalesco quando teria reagido à tentativa de um roubo de um cordão que usava no pescoço.

No Facebook de vários amigos de Moisés, o perfil está marcado com a palavra Luto. Nos comentários, amigos, militares e policiais civis demonstram sua indignação com a morte do soldado e pedem que os culpados não fiquem soltos. Ainda nos depoimentos, os relatos sobre Moisés são de que era um excelente policial e bom companheiro. A primeira postagem sobre a morte feita por uma amiga do soldado teve quase 300 compartilhamentos até a manhã desta quarta-feira.

 

Dois PMs presos acusados de matar jovem de 20 anos com tiros na nuca

Uma vítima inocente e que perdeu a vida por motivo banal. No dia 11 de maio de 2012, o jovem Diogo Lourenço da Silva, 20 anos, estava conversando com alguns amigos em frente à Delegacia do Alto do Pascoal, quando por volta das 23h, dois homens em um Celta pararam o carro, revistaram os rapazes, disseram que eram policiais da Delegacia de Narcotráfico e levaram Diogo no veículo. Num ato covarde, tiraram a vida do jovem que estava prestes a ser pai. O corpo de Diogo foi encontrado na manhã do dia seguinte, com dois tiros na nuca, por trás do cube Bariloche, em Paulista. Dois policiais militares foram presos nesta terça-feira apontados como os autores do assassinato.

Diogo foi encontrado ajoelhado com dois tiros na nuca. Foto: Reprodução/Internet

Segundo a polícia, não restam dúvidas de que Diogo Lourenço foi vítima de uma execução. Ele foi encontrado morto e ajoelhado no chão. Morreu sem qualquer chance de defesa e sem dever nada à Justiça. Ainda de acordo com a polícia, Diogo não tinha envolvimento com drogas, nem com outros crimes. E nunca havia sido preso ou apreendido quando menor de 18 anos. Para a família e os amigos, restou o alívio de saber que dois acusados pelo crime foram identificados e presos. São dois policiais militares e que já estão recolhidos no Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Paratibe.

Um dos acusados é o PM Paulo Roberto Firmino de Paula, conhecido como Paulo Bomba, de 36 anos, e que era lotado no 13º BPM. O outro é Anderson Loiola Marques, 27 anos, que fazia parte da equipe do 16º BPM. O terceiro suspeito de participar do crime ainda não foi identificado.

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Laudo sobre a causa da morte do universitário paraibano será antecipado

A causa da morte do estudante de direito paraibano Hector Igor de Souza Lopes, 20 anos, pode ser esclarecida até o fim da semana. Segundo o delegado Guilherme Caraciolo, que assumiu as investigações, o IML deve antecipar o resultado do laudo que definirá se a vítima sofreu overdose ou foi assassinada. O corpo foi encontrado de cueca, com várias lesões, em Barra de Jangada, Jaboatão, na manhã do domingo. Na pochete havia uma substância semelhante ao LSD. O sepultamento aconteceu na tarde de ontem, em Campina Grande.

“Estou aguardando o inquérito do DHPP. Testemunhas prestaram depoimento à equipe de plantão. Hoje (ontem) ouvi um caseiro e um flanelinha, mas o laudo será fundamental”, afirmou o delegado. O paraibano e um grupo de amigos participavam da rave Liquid Sky, na Arena do Paiva. De lá, ele saiu para um show de brega a cerca de 350 metros. Hector teria sido visto dando socos no ar – o que aumenta a hipótese de que estaria sob efeito de drogas. A polícia não descarta a possibilidade de ele ter sido espancado. Também vai investigar se houve omissão de socorro da equipe médica da Liquid Sky.

Do Diario de Pernambuco

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Polícia investiga morte de universitário da Paraíba que veio para rave no Paiva

 

Polícia investiga morte de universitário da Paraíba que veio para rave no Paiva

A Polícia Civil de Pernambuco está responsável por investigar os motivos e descobrir quem são os culpados (se existirem) pela morte de um estudante de direito de 20 anos que veio da Paraíba para participar de uma rave no Grande Recife nesse final de semana. Hector Igor foi encontrado sem vida e com sinais de espancamento pelo corpo. O jovem, que segundo, parentes, amava as festas de música eletrônica foi quem organizou a vinda do grupo paraibano para a Reserva do Paiva e vendeu ingressos aos amigos que vieram com ele. Amigos esses que o deixaram para trás sem nem contarem à polícia o que poderia ter acontecido com ele.

O delegado da seccional de Jaboatão dos Guararapes, Joel Venâncio, deve designar ainda nesta segunda-feira um delegado para ficar responsável pelas investigações sobre a morte do universitário paraibano. Nesse domingo, o delegado de plantão João Furtado ouviu cinco depoimentos, todos de funcionários da festa rave, como seguranças e os responsáveis pelo evento. O corpo de Hector está sendo velado nesta manhã na Igreja Presbiteriana Renascer, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, de onde deverá seguir para sepultamento.

Hector cursava direito. Foto: Reprodução/Facebook

Do Diario de Pernambuco

Mistério sobre a morte do universitário paraibano Hector Igor de Souza Lopes, 20 anos. O corpo do rapaz, com lesões na cabeça, nas costas e nas mãos, foi encontrado apenas de cueca a poucos metros da entrada de uma marina, onde acontecia um show de brega, na Reserva do Paiva, Litoral Sul do estado. Ele foi visto pela última vez na madrugada de ontem saindo de uma festa rave na Arena do Paiva. Um tablete com uma substância semelhante ao potente alucinógeno LSD e um algodão com éter estavam dentro da pochete onde foram encontrados os documentos, cartões de crédito e dinheiro do universitário. Overdose ou espancamento são as duas hipóteses levantadas pela polícia. A causa da morte só deve ser esclarecida nos próximos 15 dias, prazo para o laudo do IML ficar pronto. O exame deve apontar se Hector ingeriu drogas até morrer ou se foi agredido.

O universitário, natural de Campina Grande, cursava o terceiro período de direito na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa). Ele veio de van ao litoral pernambucano para a festa Liquid Sky com um grupo de amigos. Os jovens não foram localizados pela polícia. “Ainda não sabemos como ele se separou dos colegas. As testemunhas ouvidas disseram que ele tinha saído da rave para encontrar amigos num show de brega, que acontecia em outro espaço, distante cerca de 350 metros da Arena do Paiva”, contou o delegado João Felipe Furtado, plantonista do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O que aconteceu entre o local da festa de música eletrônica e a entrada do show de brega é uma incógnita.

Parentes do jovem estiveram na sede do DHPP. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press

Como o estudante foi encontrado com ferimentos, a polícia não descarta a possibilidade de ele ter sido espancado antes de morrer. “Vamos apurar se houve luta corporal. Não eliminamos nenhuma hipótese. As testemunhas não souberam esclarecer os fatos com precisão”, disse o delegado. As mãos de Hector estavam com marcas que indicavam pressão, como se ele tivesse sido amarrado ou segurado com força. A polícia ainda vai apurar se houve omissão de socorro, pelo tempo em que a vítima permaneceu sem receber atendimento. A produção da rave informou que a festa acontece com estrutura de atendimento médico e ambulâncias, mas que o fato ocorreu fora.

A família do rapaz veio ao Recife na tarde de ontem e cobrou mais responsabilidade dos produtores de festas. Os parentes de Hector foram até a sede do DHPP, na Imbiribeira, para pedir esclarecimentos. Depois, seguiram até a Reserva do Paiva, onde tentaram conversar com pessoas que teriam visto o que aconteceu com o universitário. De lá, foram até o IML, em Santo Amaro, para liberar o corpo. O enterro será hoje em Campina Grande.

Outro caso
Em 2005, o estudante Rodrigo Correa Soares, 27, morreu ao saltar de uma altura de aproximadamente 50 metros, durante a realização de uma festa também da Liquid Sky na Lagoa Azul, em Jaboatão dos Guararapes. A perícia apontou a causa da morte como afogamento. Testemunhas  afirmaram que Rodrigo mergulhou espontaneamente, caindo de costas sobre a lagoa.

 

Caso Sérgio Falcão segue repleto de polêmica

O laudo do Instituto de Criminalística (IC) sobre a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52, entregue ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), já é alvo de questionamentos da polícia e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O documento indica suicídio, mas um dos exames, a reprodução simulada no apartamento da vítima, que teve a presença do suspeito pelo crime, foi assinado apenas pelo perito criminal Gilmário Lima.

O especialista apontou que a encenação do PM reformado Jailson Melo, 53 anos, não está de acordo com a cena encontrada da morte da vítima, segundo revelou uma fonte do DHPP. No entanto, os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos, que assinaram o laudo final, garantem que o empresário se matou. O resultado do laudo foi antecipado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco. Um novo laudo será solicitado, segundo o promotor de Justiça André Rabelo.


A contradição dos peritos chama atenção, mas a direção do IC preferiu não entrar na polêmica. A delegada Vilaneida Aguiar analisa os exames. Após a leitura, ela se posicionará sobre o caso e encaminhará o laudo à Justiça para apreciação do MPPE. Sabe-se que a polícia e o promotor creem que o empresário foi assassinado por Jailson a mando de outras pessoas. A motivação estaria relacionada às dívidas da Construtora Falcão, que pertencia a Sérgio. Outros questionamentos devem ser feitos nos próximos dias.

Na próxima segunda-feira, a morte do empresário completará cinco meses. O corpo foi encontrado com um tiro na boca no apartamento de Sérgio na Avenida Boa Viagem. A defesa do suspeito afirma que Jailson foi armado ao local por solicitação da vítima. Num momento de distração, Sérgio teria puxado a pistola 380 da cintura do suspeito e atirado contra a própria boca.

Do Diario de Pernambuco texto do repórter Raphael Guerra

 

 

Um ano após a morte do taxista Seu Lucas, acusado do crime ainda não foi julgado

Nesta terça-feira faz um ano que o taxista Amaro Bernardo da Silva, 59 anos, mais conhecido como Seu Lucas foi assassinado. A morte do dono do único Fusca laranja que ainda circulava no Recife deixou indignada grande parte da população de Pernambuco. A indignação nasceu da forma cruel e covarde como a morte aconteceu. O assassino era neto de um amigo da vítima e cometeu o crime por causa de uma diferença de R$ 2 no valor da corrida do táxi que ele pegou junto com um irmão adolescente depois de passar o dia brincando em um bloco de carnaval bebendo e tomando comprimidos alucinógenos. Três dias após o crime, o jovem de 19 anos acusado de ter matado o motorista com 16 facadas foi preso e confessou o que fez.

Seu Lucas fazia ponto em frente ao Hospital da Restauração. Foto: Helder Tavares/DP/D.A.Press

Até hoje, no entanto, o rapaz ainda não foi julgado. Sua defesa ingressou com um pedido de realização de um exame de sanidade mental que está sendo elaborado pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Itamaracá, onde o jovem está interno. O acusado de ter matado Seu Lucas havia recebido autorização da Justiça cinco dias do crime para deixar o Centro de Triagem, em Abreu e Lima, onde estava preso após ter sido autuado em flagrante pelo crime lesão corporal leve contra o irmão de 16 anos. A Justiça e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entenderam que o garoto não oferecia riscos à segurança da coletividade.

Equipe do delegado Francisco Diógenes do DHPP prendeu o suspeito. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A.Press

Seu Lucas já era uma figura conhecida nas ruas do Grande Recife devido ao seu fusca laranja fabricado em 1976. Ele fazia ponto em frente ao Hospital da Restauração (HR) desde 1979. Apaixonado pelo carro, Seu Lucas estava prestes a se aposentar porque não iria conseguir mais autorização da Prefeitura do Recife para fazer transporte de passageiros e não queria se desfazer do veículo. A praça já havia sido vendida a um amigo por R$ 65 mil, mas ele não queria comprar outro táxi devido ao amor que tinha pelo fusquinha.

 

Laudo do IC diz que empresário da construção civil Sérgio Falcão cometeu suicídio

Nova polêmica à vista no caso Sérgio Falcão. O laudo conclusivo do Instituto de Criminalística (IC) garante não haver dúvidas de que o empresário da construção civil, de 52 anos, cometeu o suicídio. O relatório de 800 páginas assinado pelos peritos criminais Sérgio Almeida e Jairo Lemos deve mudar o rumo das investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já que a polícia e o Ministério Público de Pernambuco acreditavam que Sérgio fora assassinado pelo PM reformado Jailson Melo, 53, a mando de outra pessoa. A vítima morreu com um tiro na boca dentro de seu apartamento no Edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem, em 28 de agosto de 2012.

“A pessoa mais indicada para dizer o que realmente aconteceu é o perito, pois ele foi ao local da morte. Pelo que Sérgio Almeida me falou, estou convencido de que foi um suicídio. Ele fez uma sequência de estudos e analisou provas. O laudo está muito bem fundamentado”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Cláudio Marinho. Por determinação do IC, o perito Jairo Lemos não pode comentar o resultado do laudo, que teve mais de dez exames complementares. “O que posso dizer é que tenho 32 anos de experiência no assunto”, afirmou.

Veja matéria completa assinada pelo repórter Raphael Guerra na edição impressa do Diario desta sexta-feira

Ministério Público também vai investigar morte de estudante da UFPE

As investigações sobre a morte do estudante de ciências sociais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Raimundo Matias Dantas Neto, 25 anos, agora contam com novo reforço. O promotor criminal Humberto Graça foi designado para acompanhar o caso junto com a delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O promotor criminal informou que vai acompanhar cada passo das investigações até que se descubra como aconteceu a morte do universitário, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira, na praia de Boa Viagem. “Vou sugerir o que achar necessário para que a verdade venha da forma mais clara possível”, pontuou Humberto. Desde a última terça-feira, imagens do circuito interno de segurança do Shopping Center Recife estão sendo analisadas para confirmar se a vítima esteve no local após sair de casa para comprar um notebook, dois dias antes de o corpo ser encontrado.

Parentes e amigos estiveram no MPPE. Foto: Helder Tavares/DP/D.A.Press

A Polícia Civil também precisa identificar em que trecho da praia ele entrou realmente no mar antes de morrer. As câmeras da Secretaria de Defesa Social (SDS) instaladas em pontos estratégicos da orla devem ajudar. Por enquanto, três testemunhas já foram ouvidas – um irmão e dois amigos de Raimundo. A delegada Gleide Ângelo, acompanhada de equipes do DHPP, realizou diligências externas durante toda essa quarta-feira.

Enquanto o caso não é solucionado, sobram especulações. Familiares acreditam que o universitário foi vítima de crime racial, pois era negro. O corpo foi encontrado com dreadlocks (cachos em estilo rastafári) arrancados, supostas escoriações e pescoço deslocado. Trajava apenas uma bermuda, que também estaria rasgada. Raimundo foi o primeiro da família a entrar numa universidade e se formaria neste ano. Pobre e órfão, era motivo de orgulho para os quatro irmãos, que deixaram os estudos ainda na adolescência para trabalhar e sustentar a casa em Jardim Paulista, no município de Paulista.

Do Diario de Pernambuco