Polícia investiga padres e funerárias que estariam superfaturando túmulos

Por Raphael Guerra

Padres, membros de irmandades da Igreja Católica e funcionários de pelo menos seis funerárias estão sendo investigados por fazerem parte de um esquema de venda ilegal de túmulos no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos estariam se aproveitando da fragilidade de familiares de pessoas mortas para comercializarem espaços pertencentes às irmandades religiosas por preços que chegam a R$ 800.

Por uma vaga, parentes dos mortos têm que desembolsar valores de até R$ 800 (BLENDA SOUTO MAIOR/DP/D.A PRESS)

Oito vítimas já prestaram depoimento. O vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor Albérico de Almeida, também foi ouvido como testemunha. Ele confirmou que há instituições da Igreja proibidas, pelo estatuto criados por elas, de vender ou alugar túmulos. Diante da gravidade, o Ministério Público de Pernambuco passou a acompanhar o caso.

As denúncias começaram a ser investigadas há três meses. Pelo menos três padres são suspeitos de participação no esquema por terem autorizado a venda dos túmulos.
À polícia, as vítimas relataram que, ao procurarem funerárias próximas ao cemitério, foram abordadas por funcionários que alegaram falta de vagas. Mostrando-se solidários, porém, eles afirmaram que tentariam conseguir um túmulo e pediram um telefone para contato.

Pouco tempo depois, as vítimas receberam telefonemas, que informaram que havia vaga de posse das irmandades católicas. Para isso, precisariam pagar a taxa de R$ 38,80 à prefeitura e até R$ 800 em dinheiro à vista. No inquérito ainda consta que um suposto padre também era indicado aos familiares para o momento de oração no velório por R$ 100.

Leia matéria completa na edição impressa do Diario desta quinta-feira

Jornalistas falam sobre a cobertura policial no estado de Pernambuco

Assista ao vídeo dos jornalistas Wagner Santos e Raissa Tabosa onde eles conversaram com vários jornalistas pernambucanos sobre a cobertura policial no estado. Fui um dos entrevistados no trabalho.

Videodocumentário produzido para a conclusão do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Faculdade Maurício de Nassau (FMN), em junho de 2012. Produção prática apresentada como exigência final para a obtenção do título de bacharel em Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau, sob orientação da Professora Mestre Andréa Trigueiro.

O jornalismo policial compõe uma linha editorial de grande audiência, e com o passar dos anos vem tomando cada vez mais espaço na preferência da população consumidora de informação. Realizado em forma de videodocumentário, “A nossa arma é essa?” pretende retratar os jornalistas e o trabalho da editoria policial, além de propor o inicio de um questionamento aos espectadores sobre as diretrizes nas quais a programação pernambucana é baseada.

RAISSA TABOSA JACINTO
WAGNER JOSÉ DOS SANTOS

Policiais federais de Pernambuco param atividades nesta quinta-feira

Após deliberação em assembleia realizada pelo Sindicato dos Policiais Federais do Estado de Pernambuco – SINPEF/PE na última sexta-feira, os escrivães, papiloscopistas e agentes da Polícia Federal no Recife decidiram parar suas atividades (greve) nesta quinta-feira (Dia das Bruxas).

A greve de um dia acompanha o movimento nacional da categoria promovido pelo Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais – FENAPEF, que congrega os Presidentes dos Sindicatos dos Policiais Federais dos 26 estados do Brasil e do Distrito Federal.

Em Pernambuco, a paralisação ocorrerá na Superintendência Regional da Polícia Federal no Recife e Delegacias de Polícia Federal de Caruaru e Salgueiro, visando protestar e denunciar a insatisfação das categorias com o tratamento que a Administração da Polícia Federal e o Governo Federal têm lhes dispensado, especialmente sobre:

  • a péssima gestão de recursos humanos da Polícia Federal que ignora a Lei nº 9.266/96 que definiu o nível superior dos cargos de Escrivão, Papiloscopistas e Agentes Federais e que, por outro lado, não estabelece em lei as atribuições desses cargos, atualmente definidas em uma Portaria do MPOG, (523/89) e por isso inconstitucional, assim declarada pelo STF (Supremo Tribunal Federal);
  • a crise decorrente do sucateamento funcional e salarial desses policiais, caracterizada pela desvalorização, desmotivação, assédio moral, adoecimentos, perseguições e evasão de policiais para outros órgãos.
  • a ineficiente gestão da Polícia Federal, que aliada à redução sistemática do orçamento do Órgão,  vem produzindo inoperância, retrocesso e queda na persecução criminal, agravando as deficiências inerentes ao modelo ultrapassado de investigação que é feita através do inquérito policial.

A luta dos Policiais Federais é pela valorização de seus cargos que são os responsáveis pelas investigações policiais de combate à sonegação, à corrupção, aos crimes do colarinho branco, dentre outros tão relevantes para o Brasil.

Na paralisação programada, os Policiais Federais estarão trajando as camisas SOS POLÍCIA FEDERAL, (movimento decretado a partir da greve de 70 dias ocorrida em 2012 e até hoje sem solução do Governo Federal). Serão ainda ostentadas faixas de protestos e distribuídos panfletos informativos para o esclarecimento da população.

Durante o dia de greve serão mantidas as atividades dos Serviços Essenciais com 30% (trinta por cento) do efetivo grevista, conforme estabelecido pela Lei de Greve (Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989).

Com informações da assessoria de imprensa do Sinpef/PE