Vídeos de supostos PMs são retirados do ar e repudiados

 

Do Correio Web

O Comando da Polícia Militar de Brasília não vai tolerar a apologia à violência por parte da tropa. A garantia partiu do comandante-geral da corporação, Suamy Santana. Ele prometeu investigar e punir os supostos policiais responsáveis pela publicação de um vídeo sobre o batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) que enaltecia a truculência e lançava ameaças a quem resistisse às abordagens policiais. “Acabou a época do Tropa de Elite. Agora, os policiais são treinados para respeitar os direitos humanos e não para sair atirando por aí ”, afirmou Santana, em alusão ao longa metragem brasileiro que revela os bastidores do treinamento do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

 (Youtube/Reprodução de vídeo)

Após denúncia publicada com exclusividade pelo Correio Braziliense, a Corregedoria da PM abriu inquérito para apurar o caso, considerado “gravíssimo” pelo titular da corregedoria, coronel Paulo Roberto Oliveira. O prazo para concluir a sindicância é de 30 dias. Na manhã dessa quinta-feira, o vídeo “Dia a dia da Rotam no DF” não estava mais disponível no YouTube. Ele mostra cenas de carros baleados e dois homens ensanguentados enquanto aparecem legendas como “Se tentar fugir da Rotam, vai se dar mal”. A segunda publicação revela imagens do confronto entre a cavalaria e manifestantes na Praça do Buriti.

 (Youtube/Reprodução de vídeo)

Quem batiza as grandes operações da Polícia Federal?

 

Da Superinteressante

Ensinam as cartilhas de marketing: em um mercado saturado, crie um diferencial. Foi o que a Polícia Federal fez, de caso pensado ou não, ao batizar suas operações com sacadinhas. Entre milhares de notícias, a que une “Daslu” e “Narciso” se destaca. O reposicionamento começou em 2002, com um ataque ao jogo do bicho em Mato Grosso chamado Operação Arca de Noé. Depois dela, o dilúvio: Ctrl+Alt+Del, contra fraudes bancárias online; Eros, contra tráfico de Viagra; até a recente Ventania, que focou falsificação de dinheiro – “na mão, é vendaval” (ver quadro PF de A a Z, abaixo).

Consta que grande amigo do trocadilho na PF era o diretor-executivo Zulmar Pimentel. Os nomes podiam até ser sugeridos pelos delegados, mas era o nº 2 do órgão quem aprovava e até as renomeava as operações se assim achasse necessário. Em maio de 2007, Zulmar foi afastado após uma investigação na própria PF, acusado de passar informações sigilosas a colegas. O nome da operação não podia ser melhor: Navalha, que fecha em si mesma e é feita para cortar quem a usa.

 

PF de A a Z
Melhores nomes de operações da Polícia Federal

Anjo da Guarda (2005)
Alvo: pornografia infantil

Castelo de Areia (2009)
Alvo: superfaturamento de obras públicas

Ctrl+Alt+Del (2006)
Alvo: roubo de senhas de banco na internet

De Volta Para Pasárgada (2008)
Alvo: fraudes em prefeituras, sequência da Operação Pasárgada

Eros (2007)
Alvo: tráfico de Viagra

Good Vibes (2007)
Alvo: tráfico de ecstasy

Narciso (2008)
Alvo: notas frias da loja de luxo Daslu

Pinóquio (2008)
Alvo: exploração ilegal de madeira

Toque de Midas (2008)
Alvo: fraude em ferrovias que passam por garimpos

Ventania (2010)
Alvo: falsificação de dinheiro

Zapata (2006)
Alvo: cartéis de drogas mexicanos

Fonte:

Fonte Agência de Notícias da Polícia Federal

 

Audiência do caso Ponte Joaquim Cardoso adiada outra vez

 

Foi adiada mais uma vez por, tempo indeterminado, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo de indenização por danos morais e materiais contra o estado solicitada pelos pais Zinael José Souza da Silva, de 17 anos. O rapaz teria sido espancado por policiais militares e foi obrigado a pular da Ponte Joaquim Cardoso em março de 2006. O adolescente não sabia nadar e morreu, juntamente com o amigo Diogo Rosendo Ferreira, 15, que sofreu as mesmas agressões. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ/PE), a sessão precisou ser adiada porque dois réus do processo não foram intimados. Os dois – que respondem ao processo criminal em liberdade – compareceram a audiência esponstaneamente. Receberam a intimação hoje e têm dez dias para apresentar as defesas. Terminado o prazo, o advogado dos pais da vítima terão mais dez dias para a réplica. Só depois disso poderá ser marcada uma nova data para a primeira audiência. O caso foi publicado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco, na época das mortes.

É a segunda vez que a audiência de indenização é adiada na 8ª Vara da Fazenda Pública da Capital. No dia 18 de maio deste ano, a sessão foi cancelada. De acordo com o juiz Wagner Ramalho Procópio, precisou ser remarcada porque três policias militares que tiveram participação nas agressões dos adolescentes não compareceram ao fórum. A ação civil foi solicitada pelo advogado Afonso Bragança, que representa os pais do adolescente Zinael, a dona de casa Zineide Maria de Souza e o policial militar reformado Israel Ferreira da Silva. Eles pedem R$ 350 mil ao estado pela morte do filho. Os corpos de Zinael e Diogo Rosendo foram encontrados boiando no Rio Capibaribe, nas imediações do bairro da Torre, um dia após as duas vítimas, junto com outros adolescentes, terem sido abordadas pelos PMs. O grupo seguia para brincar o carnaval no Recife Antigo quando foi parado por duas viaturas da Policia Militar. Os meninos foram confundidos com outros jovens que estavam praticando arrastões na localidade.

ADEPPE faz campanha para valorizar profissionais

 

Os delegados da Polícia Civil do estado já estão recebendo e-mails da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) informando sobre a realização da Campanha de Valorização do Delegado. Os associados estão sendo orientados a irem buscar adesivos e panfletos que já estão prontos na sede da ADEPPE. Além disso, serão colocados nas ruas outbus e outdoors onde está escrito que a Justiça começa na delegacia com o delegado cidadão. A iniciativa chega em boa hora. Isso porque todo mundo sabe da insatisfacação da categoria com as suas condições de trabalho, falta de profissionais e com a remuneração. Recentemente, um grupo de delegados resolveu entregar os plantões que estavam fazendo em jornadas extras alegando excesso de trabalho.

 

 

Alguns delegados já estão aderindo à campanha e inclusive postando a imagem acima em suas páginas nas redes sociais como forma de ressaltar a importância da sua profissão. Sem falar ainda que muitos policiais estão ansiosos nesses últimos dias devido às mudanças de comando. Além da troca do chefe de polícia, outros novos cargos foram criados e muitos delegados promovidos. Alguns postos ainda estão sem nomes definidos. No entanto, muitos desses delegados estão com a estima lá embaixo e a ADEPPE está tentando ajudar. Entre as principais características da instituição estão a vigília constante na defesa dos direitos e interesses dos delegados e delegadas de polícia e a preocupação com o planejamento, elaboração e implementação de políticas públicas de segurança que atendam aos anseios da sociedade pernambucana.