Suspeitos de morte de jovem na Aeronáutica serão ouvidos no dia 9

A primeira audiência de instrução do julgamento dos acusados da morte da estudante Monique Valéria de Miranda, 20, dentro do hotel de trânsito da Aeronáutica, foi adiada. A sessão deveria ter acontecido na 9º Vara Criminal do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na tarde desta quarta-feira (27), no entanto, foi remarcada para o próximo dia 9, porque um dos réus não teria recebido a intimação para comparecer à sessão. O blog havia informado, erradamente, mais que cedo que seria realizado o julgamento.

Nesta tarde, deveriam ser interrogados dois acusados de envolvimento no crime. Monique Freitas, amiga da vítima que estaria na festa acompanhando a jovem, e o soldado licenciado Gleyson Gonzaga dos Santos, que permitiu a entrada das mulheres e deu uma arma de uso restrito para elas tirarem fotos. A sessão seria presidida pela juíza Sandra Beltrão, mas, segundo ela, Gleyson Gonzaga não recebeu a intimação em casa e desconhecia a data da audiência.

A vítima participava de uma festa em um dos quartos do hotel de trânsito da Aeronáutica, há dois anos, quando foi atingida por um tiro no rosto. A amiga dela, Monique Freitas, confessou que brincava com a arma, quando ocorreu o disparo.  Monique e o soldado são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e aguardam o julgamento em liberdade.

Além da ação criminal que irá julgar a participação de cada um dos envolvidos e avaliar se houve omissão e intenção e que determinará as penas individuais, o crime está sendo avaliado pela Justiça Federal. A família da vítima move um processo contra a União pedindo uma indenização e discutindo sua responsabilidade no assassinato de Monique.

Audiência do trio de canibais marcada para 12 de dezembro

A Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda vai realizar, no próximo dia 12 de dezembro, às 13h, uma audiência de instrução do processo relativo ao homicídio de Jéssica Camila da Silva Pereira, assassinada ano de 2008. Os três suspeitos pelo crime, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, serão ouvidos, na ocasião. A audiência acontecerá no Fórum Lourenço José Ribeiro, localizado na avenida Pan Nordestina.

Acusados estão presos. Crimes foram descobertos há um ano. Foto: Reprodução/TV Clube
Os três suspeitos estão presos.  Foto: Reprodução/TV Clube

A secretaria da vara recebeu, na última sexta-feira (22), os laudos sobre a capacidade mental dos réus, solicitado pela defesa dos acusados. Segundo os exames, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva podem responder pelos seus atos.

Essa é a 3ª audiência de instrução do caso. A juíza Maria Segunda, titular da vara, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em julho de 2012. Os suspeitos respondem por ocultação de cadáver e homicídio quadruplamente qualificado (por motivo fútil; meio cruel; sem dar chance de defesa a vítima; para assegurar a execução, a  ocultação, a impunidade de outro crime).

Da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco

Dupla será julgada por morte ocorrida no Hotel de Trânsito da Aeronáutica

O ano era 2011 e uma festa feita às escondidas no Hotel de Trânsito dentro do parque de materiais da Aeronáutica terminou com a morte de uma mulher de 20 anos. Monique Valéria de Miranda foi ao local acompanhada de mais duas amigas, convidadas por soldados da Aeronáutica. Naquela noite a jovem morreu após ser baleada no rosto com uma pistola 9mm. Uma amiga com o mesmo nome da vítima, Monique Freitas da Silva, confessou que brincava com a arma na hora do disparo, que teria sido acidental.

Para mãe, condenação vai ajudar a superar perda (RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS)

Dois anos após a tragédia, Monique Freitas e o soldado licenciado Gleyson Gonzaga dos Santos, que teria dado a arma para as meninas, vão ser julgados hoje, no Fórum Joana Bezerra, às 13h30. Os dois são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar e aguardam o julgamento em liberdade.

Para a mãe da vítima, a comerciante Vilma Rejane, 48 anos, a prisão dos envolvidos no assassinato vai ajudar a superar a ausência da filha. “Creio que vou me sentir mais confortada de saber que eles não ficaram impunes”, comentou.

Além da ação criminal que irá julgar a participação de cada um dos envolvidos e avaliar se houve omissão e intenção e que determinará as penas individuais, o crime está sendo avaliado pela Justiça Federal. A família da vítima move um processo contra a União pedindo uma indenização e discutindo sua responsabilidade no assassinato de Monique.

Defesa dos canibais vai pedir novos laudos

Os advogados de dois dos três suspeitos de matarem e comerem a carne de três mulheres entre 2008 e 2012 vão pedir na Justiça a realização de um novo laudo psicológico para seus clientes. A decisão da defesa foi tomada após a divulgação dos exames de sanidade mental feitos nos três suspeitos, relativo a um dos crimes, cometido em Olinda. O laudo apontou que eles não têm problemas mentais e podem ir a julgamento.

O parecer elaborado pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) foi entregue na última sexta-feira à Justiça de Olinda. Segundo o documento, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52, Isabel Cristina Pires da Silveira, 52, e Bruna Cristina de Oliveira da Silva, 23, são considerados mentalmente capacitados. Os suspeitos, que também usaram carne de vítimas para rechear salgados, estão  presos desde abril de 2012. Segundo a assessoria de imprensa do TJPE, os laudos referentes aos outros dois assassinatos, cometidos em Garanhuns, ainda são aguardados.

De acordo com a juíza Maria Segunda Gomes, da Vara do Tribunal do Júri de Olinda, a partir da próxima semana as partes começarão a ser intimadas para que possam se manifestar. “Também irei marcar o interrogatório dos suspeitos”, adiantou. Os crimes praticados pelos suspeitos que ficaram conhecidos como os Canibais de Garanhuns teve repercussão nacional.

O advogado Ranieri Aquino, que defende Bruna Cristina, 22 anos, e Jorge Beltrão, 51, informou que pedirá novo exame para Jorge. “Existe uma perícia do INSS atestando que ele tem esquizofrenia paranoide”, adiantou Ranieri. O advogado Paulo Sales, que atua na defesa de Isabel Cristina, 51, também informou que pedirá um novo laudo.