Aprovados na Polícia Civil sem data para serem chamados

 

Dentro da reformulação do governo do estado na área de segurança para tentar reduzir os índices de criminalidade em Pernambuco, surge uma luz no fim do túnel para quem espera nomeações. Além de já ter afirmado que irá nomear os 1.612 aprovados no concurso da Polícia Militar realizado em 2009, o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio disse que sua expectativa é de que os 640 aprovados no último concurso da Polícia Civil do estado também sejam convocados. No entanto, ainda não há uma data prevista para a boa notícia. O governo esperar ainda abrir concurso para o cargo de delegados, uma vez que o quadro está defasado. Devem ser abertas 120 vagas para as delegacias do estado.

Em resposta enviada ao blog no início do mês passsado, a Secretaria de Administração afirmou que em relação ao concurso para agente de polícia da Policia Civil, foi convocado um número acima do previsto em edital que foi de 800. Neste caso, o governo convocou 1.530 aprovados neste certame, respeitando, portanto, o que prevê a lei.  A SAD reforçou, na época, que a convocação dos candidatos classificados além das vagas previstas no edital poderia ocorrer respeitando o equilíbrio fiscal do Estado.

Delegados na dança do “Vou não, quero não, posso não…”

 

Não é de hoje que as delegacias de polícia do interior do estado passam temporadas sem delegados titulares. Essa é uma ferida antiga que a Secretaria de Defesa Social (SDS) não conseguiu curar até agora. Com exceção dos policiais que já moram nas cidades do interior ou daqueles que são punidos pelos superiores com transferências para lugares distantes, ninguém quer trabalhar fora da área da capital e Região Metropolitana. A dificuldade de mandar delegados para chefiar as equipes nos municípios mais afastados acaba gerando outro problema. O acúmulo de função de alguns profissionais que são obrigados a responder por duas ou até três delegacias diferentes.

No último dia 22 de junho, uma portaria do secretário Wilson Damázio determinava que sete delegados especiais deveriam assumir delegacias do inteior a partir do início de julho. No entanto, dos sete nomes, apenas um delegado seguiu para o seu destino. Os outros seis, entre eles dois ex-secretários de Segurança Pública do estado, bateram o pé e não assumiram os novos postos. Como justificativa para não atender à determinação do chefão, apresentaram atestados médicos alegando a impossibilidade de viagens longas. Além disso, dois deles deram entrada em pedidos de licença-prêmio e outros dois teriam solicitado a tão esperada aposentadoria. Todos esses delegados estavam desempenhando funções burocráticas na capital do estado e não gostaram nadinha de terem que partir para o interior.

Entre os delegados, inclusive uma mulher, que entraram na conhecida dança do “vou não, quero não, posso não”, hit que dominou a internet há cerca de dois anos, estão ainda ex-chefes do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e ex-titulares de delegacias distritais. O que sobrou para a SDS, mais uma vez, foi determinar que outros delegados do interior passem a assumir os lugares não ocupados pelos colegas. E isso não é um privilégio só do interior do estado. Na RMR, também há falta de delegados para os plantões, o que levou a SDS até a tirar delegados da Corregedoria para assumir delegacias. Leia matéria abaixo sobre o assunto.

 

Delegados tirados da Corregedoria para fazer plantões

 

 

Delegado Tiago Cardoso fala sobre os dias no Cotel

 

Quase quatro meses após sua chegada ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, o delegado Tiago Cardoso, que foi preso em março deste ano suspeito de comandar um esquema criminoso dentro da Delegacia de Combate à Pirataria, a qual ele comandava,  falou com exclusividade ao repórter André Estanislau e ao cinegrafista Jackson Gomes da TV Clube, do grupo Diários Associados. A entrevista foi exibida no programa Cardinot Aqui na Clube.

Na conversa, Tiago Cardoso diz que a vida dele virou um inferno após a prisão. Ele conta ainda o que tem feito para passar os dias dentro da unidade e relata como foram os minutos em que os colegas policiais invadiram seu apartamento para fazer a prisão. O delegado, que está afastado das funções até que o processo seja julgado, disse que perdeu quatro quilos após chegar ao Cotel e que pretende responder ao processo em liberdade.

Confira a entrevista completa:

Tráfico é o maior motivo de prisões de estrangeiros no Brasil

 

Da Agência Brasil

 

Mais de 90% dos presos estrangeiros atendidos pela Defensoria Pública Federal no Brasil estão presos pelo crime de tráfico de drogas. A maioria deseja ser expulsa para cumprir a pena em seu país de origem e grande parte reclama da demora do processo no Brasil. As informações foram dadas no dia 6 pela defensora pública federal Letícia Sjoman Torrano, durante o 2º Seminário sobre Presos Estrangeiros, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, na Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ). O primeiro seminário sobre o tema ocorreu em março, em São Paulo.

“Os [presos] que chegam para nós, 90% são ‘mulas’ [pessoas que transportam entorpecentes] do tráfico de drogas”, disse Letícia. Ela revelou que a maioria alega passar dificuldades financeiras em seus países de origem. “Mesmo países de primeiro mundo”. Estão presos no Brasil, estrangeiros de países como Bolívia, Paraguai, China, Nigéria e África do Sul. Entre as mulheres estrangeiras presas, a quase totalidade tem filhos nos países de origem. Para os presos estrangeiros, a principal dificuldade é ficar longe da família e passar o período de cumprimento de pena “sem receber visita de praticamente ninguém”. Isso ocorre com mais frequência entre presos africanos e da América Latina. “Se eles forem presos dois anos, quatro anos, oito anos, vão passar esse tempo todo sem receber visitas”.

Entre os principais problemas enfrentados pela defensoria no atendimento aos presos estrangeiros está a comunicação, porque nem todos falam inglês ou espanhol. “Já peguei preso que fala russo, alemão. Então, a gente tem uma série de dificuldades com relação à língua”. Outra dificuldade diz respeito ao próprio trabalho da defensoria. Letícia explicou que as visitas periódicas a esses presos, tendo em vista a quantidade de penitenciárias e a distância em que estão situadas, não são suficientes para suprir a falta de contato de que necessitam e costumam ocorrer sempre antes da audiência.

Outro entrave é a produção de provas. “A produção de provas tem que ser produzida no exterior. Muitos deles não sabem como produzir essa prova e não trouxeram endereço das pessoas que poderiam ajudá-los”. A defensora admitiu que a aplicação de medidas cautelares poderia ser uma alternativa, em substituição à prisão, no caso de presos estrangeiros com penas de até quatro anos, sendo réus primários e sem antecedentes criminais. “Eu entendo que o preso estrangeiro tem esse direito”. Letícia acrescentou que no caso de presos encaminhados à defensoria pela Justiça Federal por levarem ou trazerem drogas, “eles preferem ficar no regime fechado, porque vão remir a pena [resgate da pena por meio do trabalho desenvolvido pelo condenado que esteja em regime fechado ou semi-aberto] ao final”. A defensora entende, entretanto, ser “plenamente possível” que a nova lei que estabeleceu medidas cautelares para o tráfico, com exceção da fiança, possa aplicar essas medidas também ao preso estrangeiro.

Letícia disse que o processo de expulsão desses presos estrangeiros está sendo feito de forma mais rápida. “Mas sempre tem um intervalo entre a pena cumprida e a expulsão”. A defensora informou que para os presos que não pretendem buscar refúgio no Brasil, o maior interesse é que sejam expulsos do país o quanto antes. O sistema prisional brasileiro abrigava, em junho de 2011, de acordo com o Ministério da Justiça, um total de 3.191 presos estrangeiros, sendo 2.417 homens e 774 mulheres. Os estrangeiros são oriundos de 109 nacionalidades diferentes, sendo que 537 vieram da Bolívia. Da América Latina, como um todo, estavam presos no Brasil 1.546 pessoas.

Sinesp começa a funcionar após Dilma sancionar lei

 

Da Agência Brasil

Está em vigor desde a quinta-feira o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), uma ferramenta com dados atualizados de segurança pública e padronização do registro de ocorrências no país. A lei foi sancionada no dia 4 pela presidenta Dilma Rousseff. O Sinesp vai armazenar e integrar dados e informações de segurança pública, como ocorrências criminais, registro de armas de fogo, entrada e saída de estrangeiros, pessoas desaparecidas, sistema prisional, condenações, penas, mandados de prisão, além da repressão à produção, fabricação e tráfico de crack e outras drogas, bem como apreensão de drogas ilícitas.

O sistema é integrado pela União e por governos estaduais. Os municípios, o Poder Judiciário, a Defensoria Pública e o Ministério Público poderão participar do Sinesp posteriormente. Um conselho gestor será responsável pela administração, coordenação e formulação de diretrizes do sistema. “O integrante que deixar de fornecer ou atualizar seus dados e informações no Sinesp não poderá receber recursos nem celebrar parcerias com a União para financiamento de programas, projetos ou ações de segurança pública e do sistema prisional, na forma do regulamento”, diz a lei.

De acordo com o Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça vai iniciar o processo de desenvolvimento e implantação do sistema em parceria com os entes federados para adequação às novas regras. Posteriormente, um edital será aberto para facilitar a compra de equipamentos e capacitação de profissionais. A ferramenta foi anunciada em fevereiro do ano passado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante a divulgação do Mapa da Violência 2011. A proposta, de autoria do Poder Executivo, foi enviada ao Congresso Nacional como uma das medidas do Programa Crack É Possível Vencer.

Meninos da Funase mostram trabalhos na 13ª Fenearte

 

Até o próximo domingo, dia 15, acontece no Centro de Convenções de Olinda, a 13ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), onde produtores da arte de várias partes mostram ao público aquilo que sabem fazer de melhor: o artesanato. Quem for visita a feira nesses dias irá encontrar também as peças produzidas pelos adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).

 

Os socioeducandos, que participam da Fenearte desde a primeira edição, comercializam produtos como toalhas de mesa e de prato, velas e bolas decorativas, roupas confeccionadas com jeans, lenços indianos, origami, tapetes de tear, bijuterias e bordados. Todo o dinheiro obtido com a venda dos produtos será repassado aos adolescentes responsáveis pelas confecções.

O horário de funcionamento da Fenearte é das 14h às 22h, mas nos dias 8, 13, 14 e 15, a feita terá o horário ampliado para das 10h às 22h. Os ingressos de segunda a sexta-feira custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Já nos sábados e domingos, os precos são R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Os ingressos estão à venda no Shopping Tacaruna e nas bilheterias do Centro de Convenções. Haverá Vans saindo do Tacaruna para a Fenearte a cada 15 minutos entre o horário das 14h às 22h.

 

 

Depois da posse, almoço prestigiado de comemoração

 

Vez por outra, gosto de almoçar no shopping. Nessa sexta-feira, quando já estava deixando o Shopping Tacaruna, passei em frente ao restaurante Mercado 153 e me deparei com uma mesa gigante e muito animada formada, na sua maioria, por senhores trajando paletós. De pronto identifiquei um deles. Era o gestor da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), Zaneli Alencar. Em seguida, reconheci muitos outros que estavam alí sorridentes após um almoço de comemoração pela posse do novo chefe da Polícia Cívil do estado, delegado Osvaldo Morais. Horas antes do almoço, Morais, assim como o coronel Luiz Aureliano haviam sido empossados pelo governador do estado, Eduardo Campos.

Posse aconteceu no Palácio do Campo das Princesas. Foto: Raul Buarque/SEI

Entre os delegados presentes no almoço estavam Antônio Barros, José Cláudio Nogueira, Fernando Souza e muitos outros. O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e seu executivo, Alessandro Carvalho, também completavam a mesa.

SDS promete convocar os 1.612 PMs aprovados em 2009

 

A longa espera dos 1.612 aprovados no último concurso da Polícia Militar do estado tem data certa para acabar. Pelo menos se a promessa do governo do estado for cumprida. A PM deve receber esse reforço no início do próximo ano. Durante coletiva de imprensa realizada na manhã dessa sexta-feira, o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, anunciou a convocação de 1.612 aprovados no último concurso público da PM, realizado em 2009. Antes de ir às ruas, os convocados terão quer passar por curso de formação que começa em setembro e deve durar cinco a seis meses.

O secretário anunciou, ainda, que será aberto novo concurso público para oficiais da PM (120 vagas) e do Corpo de Bombeiros (20 vagas). A data de realização, no entanto, ainda não foi definida. Também serão nomeados 50 médicos legistas para atuar no Instituto de Medicina Legal do Recife e no complexo da Polícia Científica que será inaugurado em outubro, em Caruaru.

Outra novidade mexe no bolso de todos os envolvidos nas ações do Pacto pela Vida. O Prêmio de Defesa Social (PDS) foi reestruturado. Antes, a gratificação só era concedida caso o estado batesse a meta de redução de 12% dos crimes violentos letais intencionais. No primeiro semestre deste ano, a redução ficou em 10%, mas 16 das 26 áreas integradas (conjunto de bairros ou municípios) do estado alcançaram os 12%. Como o índice do estado ficou abaixo da meta, ninguém recebeu o prêmio. A partir deste semestre, isso muda. A premiação será concedida às áreas que chegarem aos 12%, independentemente do resultado geral do estado.

GOE deixará de existir e DGOPJ será dividida em quatro

 

Após o anúncio da mudança do comando da Polícia Civil, novas alterações começam a aparecer e desanimar muitos servidores. Uma das mais polêmicas é a extinção do Grupo de Operações Especiais (GOE). A unidade especializada em crimes que envolvem extorsão, sequestro, e que cumpre mandados de prisão e serve como Quartel General das grandes operações feitas pela corporação vai deixar de existir em breve. O que era GOE, no prédio do bairro do Cordeiro, agora passará a ser a Delegacia Anti-sequestro. O GOE passará a ser agora um grupo tático de apoio, e será subordinado à Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), comandada pelo delegado José Silvestre, que já foi delegado-adjunto do GOE.

GOE, no bairro do Cordeiro, era Quartel General para operações

Outra novidade na corporação será a divisão da Diretoria Geral de Operações de Polícia Judiciária (DGOPJ) em quatro áreas. O delegado Joselito Kehrle deixará o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para comandar a DGOPJ que abrangerá todos os departamentos especializados. Já o delegado Luiz Andrey sairá do comando do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) para assumir a DGOPJ que englobará a capital e Região Metropolitana. Outros dois delegados assumirão as DGOPJs da Zona da Mata e Agreste, que serão uma só,  e do Sertão.

Quem também ganhará novo posto na PC é o delegado Antônio Barros. Ele deixará o comando do Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri) para assumir o Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social (CIIDS). Barros ganha o novo cargo porque Romano Costa, que respondia pelo CIIDS será empossado como sub-chefe da Polícia Civil de Pernambuco. O que ainda não foi definido é quem irá assumir o DHPP, o Denarc e o Depatri.

PM que atirou em Lara no ano de 2003 será julgado

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decide hoje o destino do PM Tibério Gentil Figueiredo de Lima. Ele é apontado como o autor do disparo que feriu Lara de Menezes Albert, atualmente com 16 anos, em 2003. Na época, Lara, que tinha sete anos, assistia à TV na sala do seu apartamento, em Boa Viagem, quando foi atingida na cabeça por uma bala perdida. Tibério foi condenado em 2007 por crime doloso, mas conseguiu embargar a decisão judicial. Hoje, o embargo será julgado e o policial poderá ser obrigado ou não a cumprir a pena. Caso discorde da decisão, ele ainda terá a chance de recorrer.

Segundo o irmão de Lara, o estudante Yuri de Menezes, 21, a jovem ficou com sequelas. “Como foi preciso retirar boa parte da massa cefálica que corresponde às reações emotivas, ela ficou com distúrbios alimentares e também sofre de depressão”, relatou. Ele lembra que, como o projétil atingiu a parede do apartamento, o Instituto de Criminalística (IC) conseguiu identificar de onde ele teria partido, no caso, do apartamento do PM, que morava perto da família.

O caso aconteceu no dia 24 de junho de 2003. Na época, a arma do PM foi apreendida, mas Tibério ficou respondendo ao processo em liberdade. Em 2007, ele foi condenado a passar um ano e quatro meses em reclusão, mas recorreu.  “A gente espera esse julgamento há quase dez anos, o que para a família é uma eternidade”, declarou Yuri.

 

Do Diario de Pernambuco