Após a denúncia de assaltos a veranistas e moradores das praias do Ponta da Ilha, Sossego e Enseada dos Golfinhos, na Ilha da Itamaracá, publicada ontem pelo blog, a Secretaria de Defesa Social (SDS) anunciou que fará um reforço na segurança da localidade. Quem frequenta a localidade afirma que a movimentação nos finais de semana reduziu desde o início deste ano.
Depois de ouvir as reclamações de representantes de quatro associações de moradores, o secretário executivo da SDS, Alexandre Almeida Lucena, afirmou que irá adotar medidas de segurança para reforçar o policiamento ostensivo e as investigações dos assaltos registrados pela Polícia Civil. Além disso, Lucena adiantou a intenção da secretaria em promover ações sociais no município, mas não deu detalhes.
Segundo dados da SDS, nos quatro primeiros meses deste ano, 70 ocorrências de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) foram registradas na Ilha de Itamaracá, mas poucas vítimas da região das três praias em questão procuraram a polícia após os assaltos. “A reunião foi bastante proveitosa. Vimos que a SDS está disposta a melhorar a segurança na área, mas precisamos que as pessoas façam os registros quando forem assaltadas. O secretário que nos atendeu não deu prazo para implentar as ações, mas se comprometeu a nos ajudar.”, ressaltou o presidente da Associação dos Moradores do Pontal da Ilha, Ednaldo Cabral.
O blog esteve ontem na região onde ficam as três praias. Moradores assustados, casas fechadas e várias placas de vende-se nos imóveis foram vistas pelo caminho. “A situação está péssima por aqui. Dia de domigo fica um deserto porque os veranistas não querem mais vir com medo dos assaltos”, disse um comerciante. O servente de pedreiro, V.C.S., 33 anos, mora na Praia do Sossego. Ele contou que as investidas acontecem nos finais de semana. “Os ladrões levam celulares e dinheiro das pessoas que vêm para as casas de praia. Sempre atacam na subida depois do presídio”, destacou.
O engenheiro Rodrigo Gomes Ferreira está trabalhando numa obra no Pontal da Ilha há seis meses. Mesmo sem nunca ter sido assaltado ou presenciado um crime, ele revelou que costuma dirigir atento no caminho até a obra. “Venho para cá de segunda a sexta-feira e tenho conhecimento dos constantes assaltos que acontecem na pista. Como já conheço a estrada e até sei onde ficam os buracos, não costumo dirigir devagar. É uma forma de evitar ser um alvo para os assaltantes”, ressaltou o engenheiro.