Será divulgado nesta semana o retrato falado dos dois bandidos que assaltaram a agência dos Correios de Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco, na última quarta-feira, onde a professora Alexandra Machado, de 33 anos, foi feita refém e morta durante a fuga. A Polícia Federal (PF) informou ainda que a perícia do projétil encontrado no corpo da vítima, que vai comprovar a autoria do disparo, será concluída nos próximos dias.
Há suspeitas de que a bala tenha partido da arma dos agentes durante troca de tiros. Nesse domingo, a PF divulgou as imagens da câmera de segurança de um banco próximo, que registrou o momento em que os suspeitos saem da agência levando uma funcionária refém.
Além do retrato falado, a identidade dos criminosos poderá ser revelada através da comparação das impressões digitais e amostras de sangue colhidas no banco de dados criminais da PF.
De acordo com o assessor de comunicação do órgão, Giovani Santoro, na fuga, os bandidos deixaram para trás uma caneta, um envelope e um óculos de sol, de onde foram levantadas as digitais. “Vamos cadastrar, no banco de dados, o DNA retirado do banco do carro, que acreditamos ser de um dos bandidos. Durante o confronto com a polícia ele saiu baleado. Se ele for reincidente, o programa vai acusar”, afirmou.
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O grupo de aprovados no último concurso da Polícia Militar de Pernambuco, realizado em 2009, e que ainda não foi contratado pelo governo do estado, infelizmente, vai ter que esperar mais um pouco por boas notícias. O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, afirmou ao blog que, por enquanto, as novas contratações estão sendo analisadas pelo governo. Isso faz com que não se tenha uma data definida para que os reservas iniciem o Curso de Formação de soldados.
“O Pacto pela Vida é uma política pública que um dos seus pilares é o recompletamento das polícias. Neste ano de 2013, nós já contratamos 2 mil novos policiais. Agora, temos que seguir a responsabilidade fiscal do estado. As novas contratações dependem de um estudo que está sendo feito pela Secretaria de Administração do estado e pela Fazenda. Ao secretário de Defesa Social cabe dizer das suas necessidades. Agora, as minhas necessidades não podem ser supridas em detrimento, em prejuízo do equilíbrio da folha de pagamento”, ressaltou Damázio.
Questionado se os aprovados em 2009 estariam na Polícia Militar antes da Copa de 2014, o secretário disse que esse tempo não dependeria dele. “Nós estamos trabalhando para fazer novas contratações. Agora, eu não posso adiantar se vão ser feitas ou não, porque não depende só de mim. Depende também desse estudo que o núcleo do governo está fazendo”, finalizou. Alô, então, Secretaria de Administração e da Fazenda, quando serão feitas as contratações? Os aprovados e a população esperam por essa resposta e por mais PMs nas ruas de Pernambuco.
As redes sociais viraram uma “feira livre” para a prática desenfreada de crimes. Venda de drogas, armas, anabolizantes, medicamentos abortivos, pornografia infantil. E o que dizer da troca de bebês por dinheiro? Em páginas do Facebook, por exemplo, se tornou comum encontrar “serviços” como esses oferecidos aos usuários.
A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos contabilizou, em 2012, mais de 11 mil denúncias. Enquanto isso, faltam meios que garantam a identificação e consequente punição dos responsáveis. Especialistas ouvidos pelo Diario apontaram como principal entrave a falta de lei que obrigue os servidores de internet a permanecerem por mais tempo com o registro de informações dos usuários.
Em Pernambuco, a Polícia Civil também caminha a passos lentos na implementação de uma delegacia especializada no combate aos crimes cibernéticos. O procurador de Justiça José Lopes de Oliveira Filho reconheceu a falta de mecanismos para diminuir a proliferação do mercado criminoso nas redes sociais. “Não há estrutura de rastreamento da origem das informações. É uma vergonha, mas é a realidade. Muitas vezes não conseguimos identificar de onde partiu o crime”, afirmou.
Outra dificuldade, segundo ele, acontece porque cerca de 95% dos delitos registrados na internet envolvem pessoas de mais de um estado. “Pernambuco ainda não tem delegacia nem uma promotoria especializada para agir com mais eficiência nos casos.”
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No marco dos 21 anos do episódio conhecido como Massacre do Carandiru e dos 25 anos da Constituição Federal, movimentos sociais e organizações de direitos humanos fizeram ontem (5) um ato na capital paulista para pedir o fim da violência policial.
A atividade teve início por volta das 15h30 no Parque da Juventude, local que abrigava a Casa de Detenção Carandiru, onde 111 detentos foram mortos em 1992 na ação policial para reprimir uma rebelião.
O ato encerra a série de mobilizações da Semana contra a Democracia dos Massacres promovida por diversas organizações populares de São Paulo. “Foi muito importante tematizar com a sociedade em geral os diversos problemas cruciais da chamada Constituição Cidadã. A gente quis reforçar a luta contra a continuidade dos massacres cometido por agentes do Estado, dito democrático, especialmente contra população negra, pobre e periférica”, declarou Danilo Dara, integrante do Movimento Mães de Maio.
Parentes do pedreiro carioca Amarildo de Souza, desaparecido em 14 de julho deste ano, participaram da atividade. A gestora de projetos Michelle Lacerda, 26 anos, sobrinha de Amarildo, considerou positiva a decretação da prisão preventiva dos dez policiais acusados de participação na morte do pedreiro. “O Estado tirou ele de dentro da sua residência e tinha que ser responsabilizado por isso. Para a gente foi mais uma batalha vencida, mesmo sabendo que a guerra é longa”, disse Michelle.
Ela espera que a morte do tio contribua para mudar o cenário de violência por agentes policiais nas favelas. “A noite, nós vemos nossos meninos chegando da escola, tomando tapa na orelha, sendo chamados de negrinhos e favelados. Essa é a nossa relação com a polícia. O que aconteceu com o meu tio, na verdade, contribuiu para que a minha comunidade desamarrasse as mãos e erguesse a cabeça”, apontou.
Sobrevivente do Massacre do Carandiru, o ex-detento Sidney Sales, 46 anos, fez questão de comparecer ao ato. “Vi várias pessoas sendo executadas. Eu fui uma das pessoas escolhidas para ajudar a carregar os cadáveres. Sobrevivi por um milagre”, relatou. Hoje, Sidney preside cinco centros de reabilitação para dependentes em álcool e droga. “Eu luto pelo fim dos massacres, mas enquanto não houver mudança política, isso vai continuar sendo um episódio normal”, avaliou.
Uma das principais propostas dos movimentos que organizam o ato é a desmilitarização do Estado penal-militar. “Trata-se de um conjunto de medidas que incluem não só as polícias, mas elas são, sim, um dos primeiros pontos, porque elas são o braço armado do Estado sobre a sua população”, declarou Danilo Dara. Para ele, o atual inimigo das forças de segurança são identificados como os jovens negros da periferia.
Dara destaca, ainda, que a desmilitarização passa pelo controle social da atividade dos agentes do Estado. Entre os mecanismos, ele cita as ouvidorias autônomas, corregedorias e o fortalecimento das defensorias. “Sem isso, não há uma democracia direta e efetiva. Há uma farsa”, avaliou.
As buscas pelos criminosos que assaltaram a agência dos Correios de Bom Conselho e provocaram um intenso tiroteio no fim da manhã da quarta-feira seguirão durante o fim de semana. Segundo o comandante do Gati, capitão Gilson Cerqueira, as equipes estão em diligências ininterruptas para tentar prender os suspeitos.
“Além dos PMs do Gati, os policiais da Rocam e os do Serviço Reservado do 9º Batalhão estão empenhados nessas capturas. As polícias Civil e Federal dão apoio às investigações. Estamos recebendo algumas informações da população sobre o paradeiro dos suspeitos pelo assalto”, afirmou Cerqueira.
Quem tiver pistas de onde os assaltantes possam estar escondidos deve entrar em contato com a polícia através dos números 190 ou (87) 3761-8300. A Polícia Militar de Alagoas também apoia as buscas aos criminosos. A morte de Alexandra Machado deixou a população de Bom Conselho de luto.
A cidade parou para acompanhar a missa e o sepultamento do corpo na quinta-feira. Desde o momento do crime, o assunto tem sido o mais comentado localmente. Alexandra era professora e atualmente estava trabalhando como diretora de uma escola da rede municipal de ensino. Ela era casada e deixou uma filha de três anos.
Quem passava pelo estacionamento do Shopping Center Recife, por volta do meio-dia de ontem, levou um susto ao se deparar com viaturas de polícia, ambulâncias e pessoas aglomeradas perto da entrada que liga o centro de compras à Avenida Visconde de Jequitinhonha. Dois homens baleados após uma suposta briga entre gangues rivais pelo domínio do tráfico de drogas correram até o estacionamento, onde foram socorridos por uma brigada de emergência e encaminhados ao Hospital da Restauração.
Maik Henrique Bezerra da Silva, 20 anos, e Thiago Rodrigues de Oliveira, 25, morreram. Já os dois suspeitos de terem atirado neles perto de uma parada de ônibus estão sendo procurados pela polícia. Apesar de imagens de câmeras de segurança terem sido analisadas, a baixa qualidade não permitiu que os mesmos fossem identificados.
O delegado Joaquim Braga, da Força-Tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, informou que as imagens mostram o momento em que as vítimas saem do shopping em direção à Avenida Visconde de Jequitinhonha, onde deixaram as motos estacionadas.
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Depois da dor e da revolta, a dúvida. Familiares e amigos da professora Alexandra Machado, 33 anos, estão se perguntando até agora de onde realmente partiu o tiro que a matou após um intenso tiroteio entre policiais e assaltantes. O crime aconteceu no final da manhã dessa quarta-feira, no município de Bom Conselho, no Agreste, e deixou grande parte da população do estado revoltada.
Até o momento, a polícia não tem pistas dos dois suspeitos de assaltarem a agência dos Correios e fazeram Alexandra e uma criança de um ano reféns. A cidade de 45 mil habitantes está de luto. Nessa quinta-feira, a cidade parou para acompanhar o sepultamento do corpo da professora. Muita gente levou faixas e cartazes homenageando Alexandra e cobrando justiça.
O “Blog do Poeta”, editado em Bom Conselho, publicou supostas fotos do carro da vítima, no qual ela morreu. O veículo, um Fiat Uno, tem 14 marcas de tiro. Na cidade, circulou o boato de que Alexandra teria sido morta durante o tiroteio entre a polícia e o bandido e não assassinada pelo assaltante na zona rural do município, como foi divulgado pela polícia. Apesar do caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, comentou que apenas com o final do inquérito é que vai ser possível afirmar de onde partiu o tiro que matou Alexandra.
“Dentre em breve, a gente terá o desfecho desse caso. As informações preliminares davam conta que o tiro que a matou teria partido do assaltante, mas só o inquérito que está sendo conduzido pela Polícia Federal poderá dizer de que forma ela realmente foi morta”, afirmou Damázio. De acordo com o assessor de imprensa da PF, Giovani Santoro, a possibilidade de Alexandra ter sido morta por tiros disparados pelos policiais militares não está descartada. “Tudo está sendo investigado”, afirmou.
Até o final deste mês, o estado de Pernambuco deverá receber mais 47 câmeras de videomonitoramento. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira durante uma coletiva de imprensa realizada pelo secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, na qual ele apresentou os resultados das ocorrências registradas através das câmeras instaladas no Grande Recife.
De acordo com o balanço da SDS, de janeiro até o final de setembro, um total de 6.145 casos foram flagrados pelos equipamentos dos quais, 76 resultaram em prisões em flagrante e 62 em registros de Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs). Atualmente, 535 câmeras são monitoradas pelas SDS. A maior parte delas, 519 estão espalhadas pelo Recife. As outras 16 estão instaladas no Sítio Histórico de Olinda.
Das 47 novas câmeras que serão instaladas, 20 serão colocadas no município de Caruaru, no Agreste, 20 em Petrolina, no Sertão, e outras sete na Avenida Presidente Kennedy, na cidade de Olinda. De acordo com a SDS, as principais ocorrências vistas pelas câmeras são crimes de furto, pichações e atos obscenos.
A Comissão de Turismo e Desporto rejeitou na última quarta-feira o Projeto de Lei 2282/11, do ex-deputado Nelson Bornier, que torna obrigatória a instalação de detectores de metal nas dependências dos estádios de futebol com capacidade para mais de 15 mil torcedores. Segundo o autor, o objetivo da proposta é impedir a entrada de armas de fogo nos estádios.
O parecer do relator, deputado Romário (PSB-RJ), foi contrário à matéria. Ele lembra que o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03) já determina que a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é do clube detentor do mando do jogo e de seus dirigentes, que deverão solicitar ao Poder Público competente a presença de agentes públicos de segurança.
Segundo o parlamentar, atualmente nada impede que os governos estaduais, por meio de seu equipamento policial, optem por utilizar detectores de metais portáteis nos procedimentos de revista. “Isso já é feito em eventos culturais e mesmo desportivos em que se espera um número fora do padrão de participantes”, disse.
Romário considera “mais apropriado garantir a cada localidade a liberdade de avaliar suas próprias necessidades de acordo com o histórico de conflitos e desafios que tem de enfrentar”. “A obrigatoriedade do uso do detector do tipo pórtico gera riscos e custos e não significa necessariamente menos acidentes e fatalidades”, opinou.
O mês de setembro de 2013 computou um total de 245 assassinatos em todo o estado de Pernambuco. Apesar de alto, o número foi comemorado pela Secretaria de Defesa Social (SDS). O balanço foi apresentado na manhã desta quinta-feira durante a reunião semanal do Pacto pela Vida, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Segundo o secretário Wilson Damázio, a redução no número de Crimes Violentos Letais Intencionais no mês de setembro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado foi de 20,3%.
Ainda de acordo com os dados da SDS, setembro foi o 5º mês deste ano com menos de 250 assassinatos registrados no estado. Em setembro de 2012, um total de 304 crimes foram registrados pela polícia. Também nos números da SDS, de janeiro a setembro deste ano, 2.293 pessoas foram mortas de forma violenta em Pernambuco.
No balanço apresentado na coletiva de imprensa, a SDS informou que 20 municípios do estado além do distrito de Fernando de Noronha ainda não teriam registrado nenhum crime de homicídio neste ano. “Esse resultado faz parte do esforço das ações que estão sendo desenvolvidas pela Pacto pela Vida, desde 2007, o estado tem trabalhado pesado para reduzir os índices de criminalidade”, frisou o secretário Wilson Damázio.