Delegada vai receber Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo

O presidente e a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves e Adriana Rocha de Holanda Coutinho, e a presidente da Comissão em Defesa da Mulher Advogada da OAB-PE, Graça Maria Barza Garrido Paz farão a entrega da Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo.

Gleide Ângelo esteve à frente de grandes investigações no estado. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press
Gleide Ângelo esteve à frente de grandes investigações no estado. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Serão agraciadas as mulheres que no ano de 2013 se destacaram nas áreas de ciências jurídicas, medicina, ensino, segurança, dentre outras profissões. Na Polícia Civil de Pernambuco, a delegada Gleide Ângelo será a única a receber a honraria. A entrega acontece nesta quinta-feira, no Auditório do Banco Central, no bairro de Santo Amaro, a partir das 16h.

Fórum no Recife vai discutir assuntos polêmicos ligados à segurança pública

A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados (ACS-PE) está promovendo desta quarta até a próxima sexta-feira (28), no Recife Praia Hotel, em Boa Viagem, o IX Fórum Nacional de Entidades Representativas da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares.

O evento contará com a participação de 20 entidades de todo o Brasil que discutirão assuntos que estão sendo tratados pelas associações, como a desmilitarização da Polícia Militar, o ciclo completo da polícia, voto em trânsito, código de ética e a criação do Ministério de Segurança Pública.

Os dois primeiros dias do evento serão fechados para as associações participantes. “A nossa ideia é unificar a pauta de reivindicações nacional, além de trocar experiências de como está sendo realizado o trabalho em cada estado. No terceiro dia, vamos abrir para todos os policiais do estado. Esperamos mais de 300 participantes durante todo o dia”, comentou o presidente da ACS-PE, Alberisson Carlos.

Na sexta-feira, serão discutidas as Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) 024 e 300. A PEC 024 cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública, que tem como objetivo melhorar as condições de atuação das forças policiais estaduais.

Violência contra mulher em alta em Fernando de Noronha

Por Rebeca Silva, do Diario de Pernambuco

Conhecido por suas belezas naturais, o arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 quilômetros do Recife, tem chamado atenção pelos registros de violência doméstica contra as mulheres. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investiga cerca de 70 denúncias de agressão ao público feminino, geralmente praticada pelos companheiros.

O promotor André Múcio Rabelo considera a situação grave e começa nesta semana, que é comemorado o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, a elaborar uma carta ao governo do estado exigindo a criação de um centro de apoio às noronhenses.

Moradoras da famosa ilha sofrem agressões dos companheiros. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Moradoras da famosa ilha sofrem agressões dos companheiros. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Para o promotor, entre os fatores que contribuem para as agressões está o alto nível de alcoolismo na ilha. Em maio deste ano a coordenadoria de saúde pública do arquipélago lançou, inclusive, uma campanha contra o uso abusivo de bebidas alcoólicas.

“Outro fator é que a maioria das mulheres agredidas são independentes financeiramente e, no universo machista, isso gera insatisfação no homem”, acrescentou. Segundo ele, a principal problemática continua sendo o não registro oficial da queixa. Na ilha, não há um centro voltado especificamente para o atendimento às vítimas nem juizado especial, este último preconizado na Lei Maria da Penha. Os procedimentos são realizados nas varas criminais comuns.

Já as denúncias são feitas na delegacia, no Centro de Referência em Assitência Social (Cras) ou no MPPE. “É díficil elas falarem sobre isso. Às vezes na primeira audiência o casal já se reconcilia, desiste de prestar denúncia”, acrescentou. Com isso, dos cerca de 70 casos, apenas 30 se tornaram de fato processo judicial.

Segundo a gestora do Departamento de Polícia da Mulher de Pernambuco, Lenise Valetim, outro agravante é a área limitada. “As moradias são poucas e não se pode sair construindo novas. Às vezes o casal se separa e continua convivendo no mesmo imóvel com o ex e, algumas, com o novo companheiro. Também gera ciúmes o flerte com os turistas”.

Lenise disse ainda que a criação de uma delegacia da mulher na ilha não é viável porque não há equipe e a população é pequena. “O que poderia ser feito é a capacitação dos policiais ou levar pessoas capacitadas para fazer o atendimento das mulheres. Faz tempo a capacitação não é retomada”.

A doutora em sociologia e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosário Andrade avaliou que, além das características específicas de Noronha, há ainda uma cultura social que favorece a reprodução desse tipo de violência. “As mulheres são estimuladas a aguentar a situação. A própria Maria da Penha disse que antes havia tentado se separar e a família achou que não era para tanto. As meninas também são criadas para estarem mais em casa, terem obediência”.

Brigas em unidades prisionais deixam presos mutilados

As agressões praticadas por detentos contra os colegas de cárcere nas unidades prisionais de Pernambuco estão cada vez mais violentas. Desde a semana passada, brigas estão acontecendo nas unidades do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho. Uma delas, inclusive, resultou em morte.

Detento ficou ferido em confusão nesta segunda-feira. Foto: Divulgação
Detento ficou ferido após uma confusão nesta segunda-feira no PFDB. Foto: Divulgação

Fontes do blog informaram que nesta segunda-feira, outras duas confusões foram registradas pelos agentes penitenciários. As duas brigas aconteceram no Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB). Pela manhã, um detento teve os dedos dilacerados durante a confusão com outro preso. Por volta do meio-dia, outra confusão deixou mais um detento esfaqueado.

De acordo com funcionários da unidade prisional, ele foi socorrido e medicado. Apesar da gravidade do ferimento, o homem que não teve a identidade revelada, não corre risco de morte. Um dos motivos para a ocorrência de tantas brigas entre presos seria a superlotação das celas. Das 20 unidades penais existentes em Pernambuco para a prisão de adultos, todas já estão com a capacidade máxima esgotada.

Esse problema se arrasta há anos no estado. Entra governo, sai governo e ninguém se dispõe a resolver as mazelas atrás das grades. O resultado disso são presos cada vez mais violentos e cada vez menos ressocializados. O que o governo e a sociedade se esquecem é de que um dia esses presos estarão nas ruas novamente e podem voltar ao convívio social muito mais perigosos e revoltados do que quando cometeram o primeiro crime.

Governo pagará R$ 530 mil mensais por aluguel de 130 viaturas da PM

Mais de meio milhão. Esse é o valor que o governo do estado terá que pagar todo mês pelo aluguel de 130 viaturas que serão utilizadas pela Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), a cerimônia de entrega será realizada nesta segunda-feira (24), no Palácio do Campo das Princesas.

Dos 130 carros, zero quilometro, 34 são modelos Spin, cujo custo unitário mensal será de R$ 2.377,25, totalizando R$ 80.826,50 ao mês. Os outros 96 veículos modelo Duster terão custo unitário mensal de R$ 4.676,24, o que soma R$ 448.919,04 por mês.

Os novos carros serão destinados ao Programa Patrulha do Bairro, em substituição às viaturas de unidades operacionais com atuação na Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão do estado, as quais contratualmente completaram dois anos de uso.

É certo que os policiais precisam de viaturas novas e equipadas para combater a criminalidade, no entanto, o aluguel de veículos custa muito alto para o estado. Com base nos valores apresentados pelo próprio governo, em apenas um ano, o aluguel dessas viaturas custará mais de R$ 6,3 milhões.

Enquanto isso, delegacias, presídios, penitenciárias e batalhões da PM estão em situação caótica em todo o estado. Segurança pública não se faz apenas com policiamento ostensivo. É preciso investir em todos os setores.

Polícia Federal divulga balanço da Operação Trevo

A Polícia Federal divulgou nesta segunda-feira o balanço da “Operação Trevo” que desarticulou uma organização que agia em 13 estados brasileiros em atividades que se estendiam desde a prática do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis até a emissão de bilhetes de loteria, disfarçados como títulos de capitalização.

Polícia Federal fechou vários estabelecimentos. Fotos: PF/Divulgação
Polícia Federal fechou vários estabelecimentos. Fotos: PF/Divulgação

As operações se davam através de loterias estaduais, cujos valores arrecadados eram repassados a entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro ilícito retornasse ao grupo, em procedimento suspeito, com fortes indícios de lavagem de dinheiro. Outro segmento do grupo, com sede no estado de São Paulo, era responsável pelo fornecimento de máquinas eletrônicas programáveis (caça-níqueis), tanto para Pernambuco como para outros estados e até para o exterior.

Grandes quantias em dinheiro, cheques, máquinas e computadores foram apreendidos
Grandes quantias em dinheiro, cheques, máquinas e computadores foram apreendidos

Outro ramo figurava como instituição financeira seguradora de incontáveis bancas de jogo do bicho no nordeste, garantindo o pagamento dos prêmios e promovendo lavagem de dinheiro. O tronco principal da organização registrou uma movimentação financeira registrada em bilhões de reais e atuava tanto no jogo do bicho como a comercialização de bilhetes lotéricos ocultados em título de capitalização em sua modalidade popular, apropriando-se dos valores que deveriam ser destinados a instituições beneficentes ou revertidos em capitalização, obtendo vantagem ilícita em detrimento do povo.

Os investigados estão respondendo pela prática dos delitos de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a Economia Popular, jogo de azar e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam o limite de trinta anos.          

BALANÇO:

1ª FASE:

Data: 12.11.2014

300 policiais

11 Mandados de Prisão Temporária – 04 em Pernambuco – (todos já soltos por determinação da justiça);

23 Mandados de Prisão Preventiva – 15 em Pernambuco – (apenas 01 está solto por determinação da justiça);

61 Mandados de Busca e Apreensão – 29 em Pernambuco;

47 mandados de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis de luxo.

(Em Pernambuco tivemos a Apreensão):

R$ 2 milhões de reais;

R$ 360 mil dólares;

19 veículos de luxo;

Sequestro de valores financeiros em conta bancárias na ordem de R$ 300 milhões de reais.

Vários cheques apreendidos no cifra de aproximadamente R$ 300 mil reais – (oriundo de agiotagem)

12 Notebooks;

 

2ª FASE:

Data: 21.11.2014

160 policiais

43 Mandados de Busca e Apreensão – Todos em Pernambuco;

25 Mandados de Intimações Coercitivas – Todos em Pernambuco;

16 estabelecimentos fechados: Banca Aliança, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Sonho Real.

10 máquinas de feitura de jogos;

R$ 372 mil de reais;

02 Revólveres

Documentos diversos

 

TOTAL DAS DUAS FASES:

460 policiais

11 mandados de prisão temporária

23 mandados de prisão preventiva

104 mandados de busca e apreensão

25 Mandados de Intimações Coercitivas

47 mandados de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis de luxo.

R$ 302,6 milhões de reais;

R$ 360 mil dólares;

19 veículos de luxo;

16 estabelecimentos fechados: Banca Aliança, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Sonho Real.

02 revólveres;

12 notebooks;

Vasta documentação;

Enfim, as férias chegaram!!!

Pessoal, a partir deste domingo (19) estarei de férias. No período de descanso não irei atualizar o blog. Retorno ao trabalho no dia 24 de novembro para seguir com as atividades aqui no blog, no Diario de Pernambuco e também na TV Clube/Record. Obrigado a todos, um abraço e até a volta.

Audiência pública discutirá combate ao roubo de cargas

Da Agência Câmara

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados realizará audiência pública para debater as consequências dos elevados índices de roubo de cargas no País. Também será abordada a possibilidade de ações para aumentar a segurança no transporte de bens e reduzir o crime organizado do segmento.

Roubos de cargas seguem desafiando a polícia. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP/D.A Pres
Roubos de cargas seguem desafiando a polícia. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP/D.A Pres

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que sugeriu a audiência, quer dar continuidade a debates realizados em algumas edições do Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, promovido anualmente pela comissão, em conjunto com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e a Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac).

Para Arnaldo Faria de Sá, é necessário reduzir as cotidianas ocorrências de roubo de cargas no Brasil e garantir a redução dos custos operacionais do transporte de bens. “É importante retomar a discussão a fim de debater a dimensão dos prejuízos causados à sociedade”, diz o deputado.

A audiência pública será realizada em 12 de novembro, às 10 horas, no plenário 11.

Delegado escreve sobre as funcões da polícia e do MPPE

A polícia que queremos

A notícia veio como uma bomba: investigação da morte de promotor expõe crise entre polícia e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). E, de fato, expôs uma crise que se teimava em esconder-se embaixo de mentiras e mais mentiras. Ora! Falando em um português bastante direto, uma investigação bem feita trabalha com fatos extremamente sensíveis e que, se manuseados de forma inadequada, podem colocar todo o trabalho investigativo em xeque.

Para exemplificar, imaginemos uma sala de operações onde há um anestesista, um cirurgião e um instrumentador. Se todos resolverem operar o paciente, ao invés de anestesiar e de instrumentar, fatalmente o paciente morrerá. Nosso sistema de persecução criminal é um dos melhores ou talvez o melhor que existe no mundo. Explico: pelo nosso sistema, a Polícia Militar realiza o trabalho ostensivo. A Polícia Militar é a polícia que está o tempo todo patrulhando e tentando fazer com que o crime não ocorra.

Por ser uma polícia de repressão, é utilizada também para contenção de manifestações e rebeliões. É o braço armado forte do Estado. Seus membros são selecionados por concurso público, no intuito de encontrar os candidatos mais aptos a esta tarefa repressiva. Por isso, há exames intelectuais, de perfil psicológico e até exames físicos além, lógico, do curso na academia totalmente voltado para o patrulhamento ostensivo e operacional.

A Polícia Civil, por sua vez, é a polícia investigativa. Sua função é investigar o crime, a partir de uma notícia qualquer. É uma polícia que trabalha eminentemente com provas e evidências e, exatamente por isso, tem por função colher todo e qualquer elemento probatório, quer seja ele físico ou depoimentos colhidos em cartório para que, ao final, tenha-se uma conclusão lógica acerca da autoria de algum fato criminoso.

Por ser uma polícia eminentemente investigativa, seu compromisso é tão somente com as provas colhidas. Daí porque, havendo provas da autoria do crime, o Delegado de Polícia indicia o responsável e encaminha tudo ao Ministério Público para que o MP possa oferecer a denúncia a partir das provas colhidas pela polícia civil. As provas podem incriminar cidadãos, banqueiros, usineiros, policiais civis ou policiais militares, dentre outros. Ou seja: havendo provas, alguém será indiciado.

Ao Ministério Público cabe, além da função de denunciar ou não a pessoa que foi indiciada pelo Delegado de Polícia, promover o controle externo da atividade policial, observando se as investigações realizadas pela polícia civil estão isentas ou não.
Observe-se que o sistema é altamente equilibrado, onde a Polícia Militar labora de forma ostensiva para evitar que o crime ocorra, sendo que aqueles crimes que ocorrerem, independentemente da ação da Polícia Militar, serão apurados pela polícia civil. Tudo isso é fiscalizado pelo MP.

Quando ocorre um crime e todos querem investigar, o que ocorre, na prática, é que provas são perdidas em infinitos manuseios; testemunhas se calam após serem interrogadas por pessoas sem preparo; perícias tornam-se improdutivas pelas violações sucessivas do local do crime e, por fim, muitas vezes, no afã de solucionar logo o caso, na frente de todos os outros, colhem-se provas insuficientes, o que termina por fragilizar o conjunto probatório.

Agora, essa briga para investigar é o que causa maiores prejuízos para as investigações. Ao invés de o MP brigar para investigar, deveria cobrar do Estado um aparelhamento maior da Polícia Civil, inclusive um efetivo mínimo e autonomia financeira. Se o MP entende que a Polícia Civil não tem isenção para investigar, deveria fomentar exatamente tal isenção. Ocorre que estranhamente, toda vez que há qualquer mudança na legislação para dar maiores garantias ao Delegado de Polícia, o MP é contra.

Quantos casos de homicídios não são investigados a contento pela falta de recursos humanos e materiais? Quantos homicidas estão impunes pela falta de autonomia da Polícia Civil que, ainda hoje, sofre pela falta de aparelhamento. Algo tem que ser feito urgente. Afinal, toda vida é importante e todo homicídio deveria ser investigado com o mesmo empenho, independentemente se a vítima é um promotor, um delegado ou um desempregado.

Flávio Tau, delegado da Polícia Civil (titular da Delegacia do Alto do Pascoal) e diretor de Prerrogativas da Associação dos Delegados da Policía Civil de Pernambuco (Adeppe)

MPT recomenda que W9! priorize pagamento dos funcionários

O Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendou que a agência de eventos W9!, que fechou as portas sem realizar formaturas já contratadas, priorize o pagamento dos funcionários. Ao longo desta semana, a firma tem quitado débitos diretamente com comissões de formatura.

Após protestos, estudantes começaram a ser ressarcidos (RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS)

A procuradora do Trabalho à frente do caso, Janine Miranda, lembrou que essa medida fere a lei, já que créditos trabalhistas têm prioridade sobre os demais. A recomendação foi formulada ontem, após uma audiência com representantes da empresa e dos trabalhadores.

A procuradora disse que também devem ser suspensos pagamentos a fornecedores até que os débitos com os funcionários estejam quitados. Cerca de 40 trabalhadores foram diretamente prejudicados pelo fechamento inesperado da empresa.

A polícia estima que pelo menos 150 turmas foram lesadas também, e que os prejuízos chegam a R$ 10 milhões. Já a empresa afirma que o valor é de R$ 2,7 milhões. O dono da firma, Lídio Gomes, está foragido, já que a Justiça expediu um mandado de prisão por suspeita de estelionato.

Nova audiência

Amanhã, às 14h30, no Ministério Público do Trabalho, a procuradora terá uma nova audiência com a empresa e representantes dos funcionários. Na ocasião, a W9! deverá apresentar o montante preciso das dívidas com trabalhadores e também com os formandos.

O MPT entrou com ação cautelar, no dia 25 de setembro, e a Justiça julgou procedente, bloqueando todos os valores e bens da empresa. Decisão semelhante também foi tomada após ação impetrada pela Justiça estadual. O Diario procurou ontem o advogado da W9!, Jethro Silva Júnior, que não atendeu as ligações.