Foi publicada no Diário Oficial do estado a deliberação do processo administrativo que pede a expulsão da Polícia Civil de Pernambuco do ex-delegado e ex-chefe da Polícia Civil Aníbal Moura. Além de poder ser expulso da corporação, Moura pode ter a aposentadoria cassada e perder a carteira de identificação policial além da arma que tem direito de usar.
Depois de uma investigação feita pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS), foi entendido que o policial foi considerado culpado das acusações de que ele valeu-se do cargo de delegado para tirar proveito pessoal e se envolver em escândalo que comprometeu a função. Segundo o corregedor Sidney Lemos, o procedimento administrativo disciplinar especial contra Aníbal foi concluído há um mês. O destino de Aníbal Moura agora será decidido pelo governador do estado, João Lyra.
As investigações comprovaram ainda que Moura comandava a empresa Korpus Segurança Privada, intimidava ex-funcionários e induzia empregados de uma nova empresa, a Segnor Segurança Privada, a contrair empréstimos particulares em instituições financeiras.
Aníbal Moura chegou a se envolver em polêmicas com o então promotor de Ipojuca Miguel Sales sobre as investigações do Caso Serrambi, que investigou as mortes das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ocorridas em maio de 2003. Na época, Sales chegou a devolver o inquérito quatro vezes alegando falta de provas contra os acusados.