Acusados de matar rapaz com vaso sanitário foram denunciados pelo MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já ofereceu a denúncia contra os três acusados da morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, atingido por um dos dois vasos sanitários jogados do anel superior do estádio do Arruda. Everton Filipe Santiago, 23, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Waldir Pessoa Firmo, 34, foram indiciados por homicídio qualificado e por outras três tentativas, já que três pessoas ficaram feridas no episódio.

Polícia quer comprovar depoimentos dos suspeitos. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Polícia indiciou os três envolvidos na morte. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O crime aconteceu depois da partida entre Santa Cruz e Paraná, no dia 2 de maio – uma sexta-feira, à noite. Os três, que confessaram participação no assassinato, seguem presos no Centro de Triagem, em Abreu e Lima, onde devem aguardar pelos julgamentos. De acordo com a delegada Gleide Ãngelo, o inquérito foi remetido para avaliação do MPPE na sexta-feira da semana passada. A polícia espera apenas pelo laudo da reprodução simulada realizada no último dia 12 com a presença de dois dos três suspeitos para também juntá-lo ao inquérito.

“Não temos dúvidas da participação deles na morte de Paulo Ricardo. Mesmo que somente dois tenham jogado as privadas, os três irão responder pelos mesmos crimes. Estamos apenas esperando o laudo do Instituto de Criminalística (IC)”, ressaltou Gleide Ângelo, que apurou o caso juntamente com o delegado Alfredo Jorge, também do DHPP. Na denúncia, o promotor Eduardo Tavares requisitou a manutenção da prisão preventiva dos três envolvidos.

O crime

Na investigação, os delegados descobriram que os acusados retornaram ao estádio pelo portão 10, que dá acesso direto ao anel superior, antes do término do jogo. Eles haviam saído do campo, viram uma briga e resolveram voltar para jogar pedras no grupo que estava brigando. Como não acharam pedras, resolveram atirar os vasos.

Na reconstituição, foi esclarecido o local exato de onde os vasos sanitários foram jogados. Depois de arrancarem as privadas do banheiro feminino, os suspeitos caminharam mais de 100 metros no anel superior, de onde atiraram os objetos. Everton, De acordo com a polícia, não jogou as privadas. Foram Luiz Cabral e Waldir que jogaram os objetos sobre os torcedores do Sport e do Paraná. Depois disso, os três deixaram o campo em dois minutos pelo portão 11.

Lançada campanha “Violência contra as mulheres – eu ligo”

O governo lançou a campanha nacional “Violência contra as mulheres – Eu ligo” que visa a estimular as denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. A campanha, que começa a ser veiculada em TV aberta e fechada a partir de domingo (25) fica no ar por um mês e terá a participação das atrizes Luana Piovani e Sheron Menezzes. Além das peças para televisão, a campanha inclui rádio, internet, folhetos e cartazes. A iniciativa é da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Ministério das Cidades e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas pelo companheiro dela. Foto: Reprodução/Facebook
Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas pelo companheiro dela. Foto: Reprodução/Facebook

“Esperamos que essa campanha elimine de vez a violência contra as mulheres ao sensibilizar toda a sociedade para abraçar essa luta. A campanha é lançada agora, na época da Copa do Mundo, porque temos que nos preocupar com a preservação da garantia dos direitos das meninas e mulheres. As crianças e mulheres brasileiras não podem ser vítimas de turismo sexual. Receberemos com maior carinho a todos os turistas que vierem, mas não admitiremos da parte de brasileiros ou de estrangeiros qualquer violência contra as nossas mulheres. Qualquer pessoa que estiver no nosso país e usar as mulheres para fins de exploração sexual ou de turismo sexual terá que responder como qualquer brasileiro”, disse a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.

Em março, a secretaria adaptou o Ligue 180 para o formato disque denúncia. Com isso, as denúncias recebidas são encaminhadas aos sistemas de segurança pública e ao Ministério Público de cada um dos estados e do Distrito Federal. De acordo com a secretaria, a mudança trouxe mais agilidade à apuração das denúncias. As ligações são gratuitas e o serviço funciona 24 horas.

No evento, também foi lançado o aplicativo para celular Clique 180, desenvolvido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e pela ONU Mulheres. O aplicativo permite o acesso direto ao Ligue 180 e contém informações sobre os tipos de violência contra a mulher, dados de localização dos serviços da rede de atendimento e proteção, além de sugestões de rota para chegar até eles.

O aplicativo também traz o conteúdo da Lei Maria da Penha e uma ferramenta que mapeia os locais da cidade que oferecem mais risco às mulheres. Serão indicados, por exemplo, locais pouco iluminados ou onde há ocorrências de roubos nas cidades. O aplicativo gratuito está disponível para os sistemas IOS do Iphone e Android dos demais smarthpones.

“O Clique 180 é mais um instrumento no combate à violência contra a mulher. Esperamos que essa campanha de divulgação massiva leve informações importantes para a sociedade que podem salvar a vida das mulheres”, disse a diretora da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.

Da Agência Brasil

Perícia não consegue identificar digitais no caso Artur

Peritos do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) não conseguiram localizar em seu banco de dados criminal as três impressões digitais encontradas na garrafa plástica deixada perto do carro do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos. O recipiente, segundo a polícia, teria sido usado para transportar o produto que incendiou o carro do médico.

Garrafa foi encontrada perto do carro da vítima. Foto: Allan Torres/DP/D.A Press
Garrafa foi encontrada perto do carro da vítima. Foto: Allan Torres/DP/D.A Press

Os fragmentos foram analisados primeiro no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, em seguida, encaminhados à sede do IITB. Como não foi possível identificar de quem são as digitais, resta à polícia agora guardar o material para uma possível comparação com as impressões dos suspeitos do crime. Isso, quando eles começarem a ser presos.

As digitais têm excelente qualidade e podem ser usadas pelo delegado que investiga o caso, Guilherme Caraciolo, muito em breve. Isso porque as equipes de investigações da 11ª Delegacia de Homicídios continuam em diligências, inclusive, fora da Região Metropolitana do Recife (RMR). Enquanto isso, estão sendo tomados depoimentos de testemunhas, amigos e familiares. A viúva do médico, Carla Rameri de Azevedo, ainda não prestou depoimento. A polícia acredita que ela possa ter informações que ajudem na linha de investigação que está sendo trilhada até o momento.

O delegado Guilherme Caraciolo preferiu não falar nada sobre o caso, para não atrapalhar as investigações. A polícia já tem em mãos as imagens das câmeras de segurança do prédio onde a vítima morava, no bairro de Boa Viagem, de onde ele foi levado na noite de 12 de maio, após deixar o Hospital Português, na Ilha do Leite. Além disso, imagens das câmeras da CTTU e da SDS estão auxiliando o trabalho da polícia. Ontem, parentes e amigos participaram de missas em homenagem à alma do médico Artur Eugênio. Houve celebrações no IMIP e no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP).

Médico tinha 36 anos, era casado e deixou um filho pequeno. Foto: Arquivo Pessoal
Médico tinha 36 anos, era casado e deixou um filho pequeno. Foto: Arquivo Pessoal

Amigo e colega de trabalho de Artur, o anestesista Raphael Galvão disse que o sentimento entre os conhecidos do cirurgião é de revolta e indignação com o crime. “Sabemos que nada vai trazer Artur de volta, mas esperamos que a polícia esclareça esse assassinato rápido e que os culpados sejam punidos”, ressaltou.

O cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo foi encontrado morto no último dia 12 deste mês, às margens da BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes. O carro dele, um Golf preto de placas OYS-1564, só foi localizado na manhã do dia seguinte, no bairro da Guabiraba, no Recife, completamente carbonizado. O Disque-Denúncia está oferencendo R$ 10 mil por informações sobre os suspeitos do crime.

Delegados do estado decretam Operação Legal

Mais uma categoria ligada à segurança pública de Pernambuco se revolta contra o governo do estado. Agora foram os delegados da Polícia Civil de Pernambuco que decidiram em Assembleia Geral Extraordinária decretar oficialmente a Operação Legal a partir de hoje. A decisão foi tomada, após a sinalização negativa do governo do estado a respeito da reestruturação da categoria.

Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Investigações dos crimes poderão ficar comprometidas, caso o governo do estado não atende aos pedidos da categoria. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Numa reunião entre uma comissão da Associação dos Delegados do Estado de Pernambuco (Adeppe) e o chefe da Casa Civil, Luciano Vásquez, realizada no dia 20, o secretário afirmou que não poderia conceder a atualização remuneratória devido às vedações impostas pela lei de responsabilidade fiscal e pela lei geral das eleições.

“O mesmo rigor legal na condução do Estado, no entanto, não é adotado no tratamento com os delegados. A falta de pagamento de horas extras e adicional noturno, direitos garantidos pela Constituição Federal, é um exemplo. Delegados são submetidos a jornadas extras de trabalho, recebendo valores que correspondem a um quinto do valor previsto na legislação”, ponderou Gileno Siqueira, presidente da Adeppe

“Diante da negativa do governo e considerando a insatisfação da classe, a categoria optou por iniciar a Operação Legal, que consiste no incremento do rigor na aplicação da lei, o que causará maior segurança à população”, complementa Gileno Siqueira.

Gileno acrescenta, ainda, que “materiais de expediente que em alguns locais são comprados pelos delegados com recursos próprios, não mais o serão, o que dificultará a atuação da Polícia Judiciária”. Na cartillha produzida pela Adeppe, existem 62 itens que deverão ser seguidos à risca, como por exemplo, não fazer hora extras, devolver qualquer colete à prova de balas ou qualquer tipo de equipamento de segurança que estejam vencidos.

“A categoria está com elevado grau de insatisfação e espera o reconhecimento do trabalho desempenhado nos últimos 7 anos, que elevou o Estado ao topo dos que mais reduziram os índices de homicídio no País”, acentua Francisco Rodrigues, membro da diretoria da Adeppe. O diretor ressaltou, também, que a remuneração dos delegados em Pernambuco está entre as cinco piores do País.

Conforme deliberação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na manhã dessa terça, os delegados irão manter a entrega dos PJE’s (Programa de Jornada Extra de Segurança), além da implementação da Operação Legal.

Menos 19 delegados na Polícia Civil de Pernambuco

A Lei Complementar Nº 144, de 15 de maio de 2014, também chamada Lei Dilma, pegou de surpresa também a chefia da Polícia Civil de Pernambuco. Até o final da tarde de ontem, segundo o delegado Osvaldo Morais, chefe da corporação, 19 delegados deixaram de trabalhar na investigação de crimes ou em serviços administrativos.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, muitos profissionais que estão deixando de trabalhar não pretendiam abandonar a carreira agora.

Osvaldo vai ser nomeado para o novo cargo ainda nesta semana
Morais disse que a Polícia Civil foi pega de surpresa. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

“Desses profissionais que já saíram, 17 tinham mais de 65 anos e duas delegadas já completaram mais de 25 de serviço e optaram pela aposentadoria. Além disso, até o final do ano, mais dois delegados irão chegar aos 65 anos e precisarão deixar a polícia também”, revelou Morais.

Para ocupar os lugares deixados pelos policiais que partiram, a chefia já está programando um remanejamento de postos de trabalho. Alguns delegados atuavam em plantões na Região Metropolitana, outros eram titulares em delegacias do interior ou estavam realizando trabalhos internos.

Falta de peritos no Instituto de Criminalística (IC) atrasa investigações

A falta de peritos no Instituto de Criminalística (IC) de Pernambuco está prejudicando as investigações e, consequentemente, a Justiça. Segundo a Associação de Polícia Científica de Pernambuco (Apoc-PE), o número reduzido de profissionais tem comprometido a qualidade dos laudos. E muitos deles estão deixando de ser entregues no prazo. Atualmente, só 128 peritos estão na ativa no estado, quando uma lei estadual de 2007 diz que deveriam ser 270.

Com uma defasagem de mais de 50% no número de profissionais, o IC ainda corre o risco de perder mais 15 peritos nos próximos meses devido à lei sancionada semana passsada que determina aposentadoria compulsória para profissionais com mais de 65 anos e opcional para as mulheres com mais de 25 anos de serviços.

Trabalho pericial é essencial para a obtenção de respostas sobre as ocorrências. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press
Trabalho pericial é essencial para a obtenção de respostas sobre as ocorrências. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

“A situação é precária. O número de peritos é pequeno. Muitos deles estão levando laudos para concluir em casa, quando deveriam estar descansando. Isso acontece devido à pressão para a entrega dos resultados”, afirmou Enock José dos Santos, presidente da Apoc-PE.

As dificuldades para a realização das perícias acontecem do Grande Recife ao interior. “Existem três regionais em Salgueiro, Caruaru e Petrolina. Apenas os peritos de Petrolina, que são seis, atendem a 18 municípios”, contou Enock. Hoje, a situação da regional vai ser denunciada ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O mesmo será feito em relação à situação de Caruaru, Salgueiro e Recife, na próxima semana. “Estamos trabalhando com a corda no pescoço. O IC precisa urgentemente de mais profissionais”, disse um perito.

Ainda de acordo com o presidente da Apoc, cerca de 200 armas aguardam por perícia na regional do IC de Petrolina. Porém, o número de profissionais não é suficiente para a demanda. “O último concurso aconteceu em 2006. O quadro está defasado. Isso faz com que a Justiça receba laudos que podem não estar bem fundamentados”, completou Enock Santos.

Segundo o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, a falta de peritos é muito percebida no interior. “A carência é grande, e os profissionais se esforçam para entregar os laudos”, ressaltou Osvaldo. O papel do perito criminal é a busca da verdade material com base técnica. Não é atribuição da categoria acusar ou suspeitar de ninguém, mas examinar fatos e elucidá-los para compor as conclusões dos inquéritos.

Polícia Civil faz paralisação de 24 horas, mas Pernambuco não adere

Para cobrar melhores condições de trabalho e reajuste salarial, policiais civis paralisaram hoje as atividades por até 24 horas. A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis garantiu que policiais de 13 estados vão às ruas para fazer passeata, mas o movimento pode não ter a adesão esperada. Em Pernambuco, por exemplo, a categoria não deixou de trabalhar. O Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal também prometeu mobilização pelo país, mas muitos estados recuaram.

Caso diálogo não avance, categoria pode aderir à greve (DOMINGOS PEIXOTO / AGENCIA O GLOBO)

O Sindicato da Polícia Civil de Pernambuco garantiu que não haverá passeata. A diretoria alegou que o diálogo entre o governo e a categoria foi aberto, garantindo uma negociação salarial em curso. Informou ainda que a diferença de salário entre os agentes e delegados está sendo reduzida.

Já a União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco, movimento de oposição, afirmou que um grupo de cerca de 3 mil pessoas sairá da Praça Oswaldo Cruz até o Palácio do Campo das Princesas para pedir a negociação da pauta de reivindicações entregue na última sexta-feira.

“O delegado ganha 225% de gratificação do risco de vida sobre o salário base. O resto da categoria ganha 100%. Não vamos aceitar”, disse um dos líderes, Áureo Cisneiros. Ele informou que a categoria poderá decidir pela paralisação por tempo indeterminado caso o governo não abra espaço para negociação.

O Sindicato dos Policiais Federais em Pernambuco informou que não vai aderir ao movimento porque haverá hoje assembleia para deliberar o encaminhamento de negociações da classe com o governo federal.

Do Diario de Pernamnbuco

Danielle Fasanaro: 11 meses e nenhuma resposta

Nessa segunda-feira fez 11 meses que a modelo Danielle Solino Fasanaro, 35 anos, foi assassinada pelo tatuador Emerson Du Vernay Brandão, 27, que se apresentou à polícia com o nome de André Cabral Muniz. Segundo a família da vítima, até o momento não houve nenhuma resposta da Justiça para o caso.

Corpo de Danielle foi retirado do apartamento no meio da tarde. Fotos Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Corpo de Danielle foi retirado do apartamento no meio da tarde. Fotos Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

O crime aconteceu em frente ao edifício Estrela do Mar, do tipo caixão, no bairro de Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a polícia, Danielle foi assassinada pelo homem com o qual mantinha um relacionamento, porque não queria mais viver com ele. O rapaz segue preso no Cotel.

Vítima e suspeito juntos com o filho dela. Foto: Divulgação
Vítima e suspeito juntos com o filho dela. Foto: Divulgação

Leia mais sobre o assunto em:

Família da modelo Danielle Fasanaro cobra justiça

 

Polícia mais perto dos assassinos do médico Artur Azevedo

Novos depoimentos sobre o caso do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, serão colhidos nesta segunda-feira. Desde a última terça-feira, a equipe da 11ª Delegacia de Homicídios de Jaboatão dos Guararapes está em campo para desvendar o crime e tentar prender os suspeitos do assassinato. Até agora, o delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelo inquérito, recebeu os laudos periciais produzidos do local do crime, em Jaboatão, e do veículo que foi encontrado carbonizado no bairro da Guabiraba, no Recife.

Cirurgião foi abordado em frente ao prédio onde vivia, no bairro de Boa Viagem (WAGNER OLIVEIRA/DP/D.A PRESS)
Cirurgião foi abordado em frente ao prédio onde vivia, no bairro de Boa Viagem

Faltam ainda os laudos tanastocópico (do corpo) e o do Instituto de Identificação de Tavares Buril (IITB). O Diario apurou que três impressões digitais foram encontradas num recipiente usado para transportar o líquido que pode ter sido usado para incediar o carro do médico. Ainda segundo a polícia, as imagens das câmeras de segurança colhidas até o momento estão ajudando bastante as investigações. Além dos registros feitos pelas câmeras das empresas e do poder público (CTTU e SDS) que ficam no trajeto feito pela vítima, a polícia conta ainda com as imagens dos prédios na Rua dos Navegantes, Boa Viagem, de onde o médico foi levado na noite da última segunda-feira antes de ser assassinado com quatro tiros à queima-roupa.

O carro do profissional (D) foi encontrado carbonizado na Guabiraba (TV CLUBE/REPRODUCAO (esq), ARQUIVO PESSOAL (dir))
O carro do profissional (D) foi encontrado carbonizado na Guabiraba

A polícia investiga a possibilidade de Artur ter sido vítima de vingança. Uma das linhas é de que ele estava sendo ameaçado após a realização de uma cirurgia na Paraíba em que o paciente teria morrido. Outras hipóteses ainda não foram descartadas pela polícia. O Disque-Denúncia está oferecendo o valor de R$ 10 mil para quem tiver informações que levem à prisão dos envolvidos. Quem tiver alguma pista do paradeiro dos criminosos pode telefonar para o número 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata Norte, ou para o telefone (81) 3719-4545, no interior do estado. O anonimato é garantido.

Formado em medicina pela Universidade Federal de Campina Grande (2003), Artur era paraibano e morava na capital pernambucana havia três anos. Trabalhava no HCP e ajudava pacientes vitimas do câncer. Artur era Doutor em Cirurgia Torácica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Especialista em Cirurgia Torácica pela FMUSP; Cirurgião Torácico do Hospital das Clínicas da UFPE; – Cirurgião Torácico do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (IMIP).

De acordo com os colegas de trabalho, era uma pessoa alegre, querida, estudiosa e muito competente. Ele era casado com uma médica e pai de um menino de pouco mais de um ano.

Ipojuca adere ao Pacto pela Segurança Pública

A partir desta terça-feira, Ipojuca será mais um município pernambucano a aderir ao projeto “Pacto dos municípios pela Segurança Pública”, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo do programa é não apenas combater, mas, principalmente, prevenir ações criminosas. O termo de compromisso será firmado pelo prefeito Carlos Santana durante cerimônia a ser realizada no Hotel Armação, localizado no balneário de Porto de Galinhas, a partir das 8h.

Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Município passou por toque de recolher. Fotos: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

Entre as autoridades que estarão presentes, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon de Barros e o promotor de Justiça do Estado Paulo Augusto de Freitas Oliveira, além de promotores locais, secretários municipais, vereadores, oficiais da Polícia Militar, delegados de Polícia, educadores, dirigentes de ONGs e conselheiros tutelares, além de líderes comunitários.

O projeto, que visa promover atividades com impactos diretos na redução da violência, é dividido em 10 eixos temáticos, abrangendo desde melhorias na iluminação pública até a instalação de câmeras de vídeo e monitoramento, ações essas já realizadas pela Administração Municipal. O Pacto dos Municípios pela Segurança Pública propõe a união entre diversas esferas do Poder Público e a sociedade civil para combater a violência e, consequentemente, promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos em Pernambuco. Trata-se de um trabalho conjunto entre MPPE e Municípios.

Rapazes estavam na cobertura de uma casa quando a polícia chegou
Rapazes estavam na cobertura de uma casa quando a polícia chegou

O Pacto apresenta uma série de medidas relacionadas à segurança que podem ser adotadas pelos municípios. Após avaliar quais serão implantadas, a cidade firma um compromisso com o MPPE e pas­sa a ser constantemente avaliada. Ao fim do ciclo, aqueles que atingirem as metas recebem do MPPE uma certificação.

Com informações da assessoria da Prefeitura do Ipojuca